domingo, fevereiro 02, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Flor do Parque Eduardo VII, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
António José Seguro

Para sde defender das críticas dos que o acusam de nada dizer António José Seguro defendeu-se acusando tudo e todos, incluindo os do seu partido, como responsáveis por falsas promessas. Seguro, cujas soluções pelo país dependem sempre das decisões dos governos estrangeiros, opta pela pior via, a do auto-elogio, afirmando-se como o rapaz melhorzinho do que os outros.

«"Nós precisamos de ter um Estado transparente e um Estado que honre a sua palavra e ter governos que prometem uma coisa em campanha eleitoral e cumprem aquilo que prometem no exercício da sua governação. Os últimos quatro governos prometeram todos que não aumentavam impostos e quando chegaram ao governo aumentaram esses impostos", afirmou António José Seguro, referindo-se a executivos desde 2004, durante uma intervenção na conferência mensal do Clube da Alameda.» [Notícias ao Minuto]
 
      
 Ó pra mim a ser do contra!
   
«Em 2012, o Governo decidiu abolir quatro feriados. O argumento foi o do aumento da competitividade na economia, perigosa forma de justificar o que quer que seja em Portugal já que o tempo encarrega-se sempre de desmentir. Mas, em todo o caso, o fim dos feriados não é o meu ponto, hoje. Aceito que haja prós e haja contras e até gosto que, uns e outros, se expressem de forma irada ou em aclamação - na opinião, a palavra gritada tem pelo menos o mérito de abanar a morrinha. Ainda há um mês, Marcelo, na sua habitual missa na TVI, vergastou: "Acho que a abolição dos feriados foi das coisas mais estúpidas deste Governo." Paf!, sem paninhos quentes. Devíamos falar assim mais vezes, nas homilias e nos debates, nas conversas entre amigos e nos conselhos de administração. Sendo a nossa tendência pegar a palavra de cernelha, agarrá-la pelos cornos só nos faria bem. E também no Parlamento não ficava mal mais força na voz. Outra coisa, porém, é o tom gritado ser, não na opinião, mas num projeto de lei. Os projetos de lei não são lugares de trincheira, como a opinião pode ser, mas de abrangência de ação. Não querem dividir, mas unir e alargar. Assim, quando o PCP apresenta um projeto de lei com o título de "Reposição dos Feriados Roubados", não estava interessado em ganhar um projeto de lei. Depois, mudou "roubados" para "abolidos" e perdeu a votação mas nada disso interessa. Ele só queria fazer prova de vida de oposição. Estéril.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
   
 Passos já promete bandalheira para o pós-troika
   
«O Governo Regional da Madeira tem um conjunto de reivindicações que apresentou ao primeiro-ministro no sentido de rever o programa de ajuda financeira à região negociado em 2011.

Passos e Jardim já se encontraram em São Bento mas a margem negocial nesta altura é mínima. Só no pós-troika poderá haver abertura, para não dar o sinal político errado aos credores internacionais nesta altura.» [Expresso]
   
Parecer:

Vai ser o bom e o bonito.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 O verdadeiro défice
   
«As medidas de austeridade em vigor ao longo de 2013 custaram mais 851 milhões de euros aos portugueses do que o inicialmente anunciado pelo governo. O executivo retirou mais 839 milhões de euros em impostos à economia portuguesa do que aquilo que tinha anunciado que iria fazer, tendo ainda ido buscar mais 12,5 milhões de euros aos pensionistas - os 527,5 milhões de euros que estes iam pagar foram afinal 540,3 milhões.

Os valores foram ontem avançados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental, a UTAO, entidade especializada em finanças públicas que presta apoio aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças. "Em 2013, a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) rendeu 540,3 milhões de euros, tendo alcançado um valor superior ao perspectivado no segundo rectificativo", referem os técnicos do parlamento, que salientam ainda "uma receita fiscal superior à estimada, em 839 milhões" e uma despesa "em consumo público inferior à estimada, em 832 milhões, nomeadamente em aquisição de bens e serviços e em outras despesas correntes".» [i]
   
Parecer:

Afinal o sucesso orçamental não passou de uma treta.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
   
 Até a Pitagórica
   
«Em Janeiro, os portugueses retomam a maré descendente de cotações do governo, ao atribuírem ao executivo de Passos Coelho 7,1 valores no primeiro barómetro i/Pitagórica do ano. A melhor classificação desde o início da avaliação – com oito valores atribuídos há apenas um mês – sofre agora uma inversão.

Quando responderam ao inquérito deste mês, os portugueses – sobretudo aqueles abrangidos pelas medidas de austeridade – já poderiam ter constatado no primeiro recibo de 2014 o corte que veio com o Orçamento doEstado para este ano. Talvez isso possa explicar a quebra de quase um ponto na classificação do executivo – o que significa que mais 7% dos inquiridos atribuíram nota igual ou abaixo de oito valores face aos que o tinham feito em Dezembro.» [i]
   
Parecer:

Já nem a Pitagória produz sondagens simpáticas para o governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
     

   
   
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