sexta-feira, fevereiro 28, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Flor do Parque da Bela Vista, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Ministro Lambretas

Pior do que os cortes é a forma pouco digna como os governantes deste país tratam as vítimas desses cortes, dispõem do seu dinheiro a seu bel-prazer e tratam-nas como imbecis. Sabem quanto vão cortar e andam com tretas numa tentativa de iludir as suas vítimas na esperança de que os que ficam a passar fome ainda vão votar neles.

O ministro Lambretas ficou com a pasta da caridade em nome do partido dos pensionistas, agora é um artista que se dedica a montar manobras de propaganda e a cortar os rendimentos dos mais pobres com um discurso em que se fica com a sensação de que aqueles lhe devem ficar agradecidos por terem ficado ainda mais pobres, mas dois meses depois ou, como diz o imbecil, com estabilidade nos rendimentos.

«Os pensionistas da Segurança Social ainda não estão a sentir os cortes nas pensões de sobrevivência previstos no Orçamento do Estado e só a partir de Março serão confrontados com essa redução. A medida já devia estar a ser aplicada desde Janeiro, mas problemas com o sistema informático obrigaram a adiá-la e ainda não é certo se o impacto começa a sentir-se com o pagamento da prestação de Março ou de Abril.

Certo é que os acertos relativamente aos primeiros meses do ano só ocorrerão em Julho, na altura em que os pensionistas recebem o subsídio de férias. O objectivo, garantiu ontem o ministro a Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, é garantir a “estabilidade de rendimentos destes pensionistas”. Mas para o Partido Socialista (PS), o objectivo é “eleitoralista”, dado que o impacto maior vai sentir-se após as eleições europeias, marcadas para Maio.

A pensão de sobrevivência é atribuída ao viúvo, viúva ou filhos e corresponde a uma percentagem da pensão (50% a 60%, consoante se trate da Segurança Social ou da Caixa Geral de Aposentações) a que a pessoa que morreu teria direito. A redução das pensões ocorre porque essa percentagem é alterada e passa a depender do total das pensões que o beneficiário recebe.» [Público]
 
 Alguém me explica o que foi Cavaco fazer à Califórnia

Se era para reunir com jovens forçados a emigrar não precisava de ir tão longe, bastaria dar um pulo a Londres. Se queria falar com jovens empreendedores bastaria ficar em Lisboa, falaria para os que apostam no país e sentem as suas dificuldades. Mas Cavaco e esposa parecem querer tirar a barriga de misérias e ir onde nunca foram nem poderão ir depois de abandonarem as mordomias de Belém. A viagem de Cavaco não passa de turismo institucional pago pelos massacrados contribuintes portugueses, é por estas e por outras que a família Silva sai-nos mais cara do que os Bourbons de Madrid ficam aos contribuintes espanhóis.
 
 Tão pequenino e rindo como se fosse do PPD!


 
      
 O espaço vital alemão é-nos mortal
   
«Que importa que alguém tenha dito uma frase famosa sobre as repetições da história (primeiro, tragédia... depois, farsa... blá-blá-blá...)? O que conta é que a história repete os erros. Dava jeito aprender isso, o facto, e não memorizar a frase. Dava jeito, por exemplo, para saber o que se passa na Ucrânia. Já vimos o filme e não foi há muito tempo. A Jugoslávia teve o azar de se atravessar num conflito de interesses entre a Alemanha e a Rússia. Esta estava, então, ferida e a outra aproveitou para debicar. A Jugoslávia perdeu logo a Eslovénia e a Croácia, sobre as quais a Alemanha se sentia com antigas pretensões. A Europa seguiu a patroa (então, ainda incipiente) alemã e, numa guerra sem inocentes, demonizou só um lado: a Sérvia, a aliada russa, foi apresentada como a culpada única. Não foram só bombas que lhe lançaram, mas o anátema. Os intelectuais europeus que se insurgiram contra esta forma esguelha de olhar foram apontados como cúmplices: o francês Patrick Besson e o austríaco Peter Handke, escritores, e o cineasta bósnio Emir Kusturica passaram quase por criminosos de guerra. Agora, a mesma patroa alemã, já com poderes reforçados, vai pelo mesmo caminho na Ucrânia. Esta já se divide (a Crimeia parte) como há 20 anos a Jugoslávia e a explicação volta a ser sem nuances: os maus são os pró-russos. E aquela frase inicial é ingénua. Isto não vai acabar em farsa, mas numa tragédia maior: a Europa está a perder a Rússia.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
   
 Mais uma vez o nosso governo defende os mercados
   
«O Parlamento Europeu (PE) aprovou uma recomendação aos estados-membros para criminalizar a compra de serviços sexuais a prostitutas com menos de 21 anos. O modelo é aplicado nos países nórdicos, mas Portugal não tenciona segui-lo.

A lei portuguesa pune com prisão entre um e oito anos quem "profissionalmente ou com intenção lucrativa fomentar" a prática da prostituição e até 12 anos no caso de tráfico para fins sexuais, mas não prevê qualquer pena para os clientes ou para as prostitutas.

E assim deverá continuar. "É um disparate. Essa matéria é da competência dos estados- -membros", diz o deputado do PSD Duarte Marques, defendendo que a solução não é punir, mas "prevenir a saúde pública".

Os sociais-democratas consideram mesmo que a lei portuguesa é adequada à realidade do país. A eurodeputada do PSD Regina Bastos defende que o país adoptou "uma posição sensata perseguindo quem explora as mulheres ou os homens". E garante que em Portugal "a questão não está em aberto, nem merece tratamento diferente daquele que existe".
  
Os socialistas também não apontam qualquer alteração ao Código Penal. Edite Estrela, eurodeputada do PS, admite que não é um "problema prioritário". "Não me parece que existam razões para alterar o Código Penal nos próximos anos." Na intervenção que fez no plenário, Edite Estrela lembrou, porém, que a "prostituição não pode ser uma profissão" e que "o modelo nórdico parece ser o que melhor salvaguarda os direitos das mulheres".» [i]
   
Parecer:

O governo só está a ser coerente, se em relação aos filhos banqueiros defende o papel dos mercados é natural que às mães dos ditos tenha a mesma posição. Mas o mais curioso ainda é a posição da Edite Estrela, tenta arranjar boas justificações para defender o mesmo que o PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
     

   
   
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