domingo, fevereiro 09, 2014

Semanada

A melhor da semana foi o email que recebi em que se dava a conhecer mais uma vítima de uma praxe inaceitável, então não é que na Independente também há praxes e o Dux local em vez de ter atirado o Relvas para uma onda na praia do Meco não se lembrou de coisa ainda pior e obrigou-o a assistir a uma aula? Até há quem diga que essa praxe foi uma preparação de Relvas para assumir o alto cargo de Dux do governo.
  
Cavaco parece ter desistido de convencer o PS a ser a ala liberal do seu regime em nome do interesse nacional e do pós-troika, agora Cavaco inventou um novo conceito de consenso e já fala nos discursos oficiais em “consenso alargado entre os órgãos de soberania”. Resta agora saber a que órgãos de soberania Cavaco se refere e entre que órgãos de soberania ele acha que deve ser eliminada a separação de poderes. Depois da foram como tem tratado a Constituição tudo é possível e um dia destes teremos um consenso digno de outros tempos, quando os juízes faziam o que o poder mandava de forma rápida e sumária.
  
Nesta semana o país ficou a perceber a razão da importância dada à famosa diplomacia económica de que os fiéis de Paulo Portas dizer ser um grande sucesso. Se os investidores fugiram esbaforidos de um país à beira de um colapso social o governo correu atrás de gente endinheirada oferecendo-lhes um passaporte xpto para comprarem casa em Portugal, não temos a sede da Microsoft mas um dia haveremos de ter a sede das tríades chinesas, digamos que Marbella fica com os russos e nós com os chinocas. Agora foi o Lomba a aplicar a mesma receita, se os bons investigadores fogem da invasão dos bárbaros o Lomba vai atrás de algum investigador falhado e oferece-lhe um passaporte, é desta que vamos cruzar o ouriço-cacheiro com a minhoca e rivalizar com os chineses na produção de arame farpado.
  
Um idiota disse todos os direitos poderiam ser referendados e quem veio em seu apoio foi nada mais, nada menos que o tal patriarca que na sua primeira missa assistiu a mais aplausos do que nos dias de hoje se conseguem ouvir num congresso do PSD, até parece que em vez de um livro de missa o merceeiro holandês e os outros convidados levavam um guião escrito pelo Lomba. O patriarca não foi tão longe como o idiota e defende o referendo mas para os direitos das minorias, digamos que o patriarca se ficou pelo meio idiota, só aproveitou metade da imbecilidade em proveito dos objectivos da sua igreja. 
  
Nesta semana o Expresso teve o seu momento “SOL” ao aos apuradas investigações descobrir quea  culpa da venda dos Miró foi, tal como o senhor com ar ridículo disse, do maldito José Sócrates. Sócrates não vendeu, não decidiu nada, não soube de nada, não autorizou nada mas é o responsável porque alguém no seu tempo se lembrou de pensar em vender, curiosamente uma administração do  BPN onde até ex-governantes do PSD estavam. Sabe-se agora que se alguém no tempo de Sócrates pensou vender o cavalo da estátua equestre do D. José, no Terreiro do Paço, este governo pode vendê-la à vontade porque tudo começou no tempo do Sócrates. Enfim, quem empossou este governo não foi um feliz Cavaco, as eleições até se realizaram no tempo do Sócrates.
  
De acordo com a comunicação social portuguesa a grande vedeta do congresso do PP espanhol, pela forma como o seu discurso foi apresentado em Portugal o rapaz terá arrebatado as almas mais franquistas ao falar dos perigosos socialista como se fosse um velho admirador de José António Primo de Rivea. Ao que parece o governo espanhol gostou tanto do discurso do extremista português que, sabendo que ele é o presidente do partido dos pensionistas, decidiu aumentar os pensionistas do país vizinho. Aliás, há pouco tempo já tinha sido a Alemanha de Merkel a prestar-lhe uma homenagem idêntica ao reduzir a idade da reforma dos alemães para 63 anos. Agora só falta a Portas dizer aos pensionistas alemães e espanhóis que é a ele e ao brilhantismo vanguardista do ajustamento português que devem tal benesses.
  
Começa a ser cada evz mais evidente que Passos Coelho se enganou ao redigir o programa do seu governo, em vez de o copiar do programa eleitoral que apresentou aos portugueses, copiou-o do regulamento de praxes da Universidade Lusíada, esse super universitário onde aprendeu umas coisas de gestão.