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Bairro da Bica, Lisboa
Jumento do dia
Cavaco Silva
De um economista espera-se rigor, a um presidente espera-se honestidade, a um economista que se candidatou a presidente exibindo os seus conhecimentos de economia exige-se rigor, honestidade e a explicação dos fenómenos económicos sem recurso a artimanhas e truques de linguagem. Ao elogiar a descida milimétrica do desemprego, chegando a pedir aos portugueses para elogiarem os novos dados, Cavaco não está sendo nem honesto, nem rigoroso, nem comportando-se como um economista.
É impossível falar de tendências ou elogiar dados de desemprego sem a mais pequena análise do mesmo, ignorando como esta taxa é determinada, esquecendo ostensivamente que a taxa é tão influenciada pela criação de emprego como o é pela desistência de busca de emprego ou pela emigração. Dizer que houve uma alteração de tendência ignorando estes factos é uma análise digna de um taberneiro, não é aceitável num economista, num presidente e muito menos num economista que exibiu os seus conhecimentos de economia como uma vantagem para ser presidente.
Mas não é apenas no domínio da economia que Cavaco fica longe do que se espera de um presidente, mais grave ainda no domínio do mais essencial da democracia, o debate e a luta política, Cavaco revela fragilidades pouco dignas, já por várias vezes desvalorizou o debate entre políticos, agora designou o debate em torno das obras de Miró como um arma de arremesso político. Mas que raio de presidente é este que o país tem que só vê vantagens na democracia para ajudar a derrubar governos democráticos ou para se fazer eleger?
Começa a ser um hábito, sempre que o seu governo está em dificuldades no debate público Cavaco Silva arranja um qualquer argumento e vem falar em armas de arremesso político, tentando desvalorizar as críticas da oposição. Desta vez foi mesmo ridículo, começou por dizer que não ia intervir no debate sobre as obras de Miró porque o assunto corria nos tribunais, mas acabou mais uma vez por o fazer de uma forma obscura, voltando ao argumento pouco digno das armas de arremesso. Cavaco e Passos Coelho tudo fazem para eliminar qualquer forma de debate político, umas vezes com o argumento do consenso, outras porque são armas de arremesso, na verdade pretendem silenciar toda e qualquer voz discordante.
«"São números extremamente positivos que não podem deixar de ser aplaudidos", disse hoje Cavaco Silva em reacção à diminuição da taxa de desemprego para 15,3% no quarto trimestre hoje anunciada pelo INE.
"Pela primeira vez nos últimos anos revelam uma melhora não só relativamente ao trimestre anterior, mas também comparativamente com o período homólogo", disse. "Continuam a ser um valor alto, mas o importante é termos invertido a tendência", concluiu o Presidente da República.» [DE]
O desemprego só pode descer
Não é preciso ser um grande economista, nem sequer um especialista em conseguir lucros fáceis com negócios duvidosos de acções não cotadas, para se perceber que mesmo que não seja criado um único emprego a taxa de desemprego desce, bastando para tal que não haja um agravamento da recessão.
Para isso contribuem os seguintes factores:
Mesmo que seja criado algum emprego importa saber que tipo de empregos foram criados, se foram quadros ou empregadas domésticas, se foram empregos estáveis ou sazonais, se foram empresas estabelecidas a criá-lo ou novas empresas, se resultaram ou não de investimento.
Por outro lado, as empresas que pretendiam despedir ou já o fizeram ou enfrentam limites legais, as dificuldades económicas que possam ser sentidas já não geram os níveis de despedimentos dos primeiros tempos da crise, até porque as empresas menos eficientes há muito que foram eliminadas, se não sobrevivem à custa da desregulamentação e da evasão fiscal e contributiva.
Analisar o desemprego da forma como os nossos políticos da situação o fazem só pode revelar uma de duas coisas: incompetência ou falta de honestidade.
Cavaco Silva
De um economista espera-se rigor, a um presidente espera-se honestidade, a um economista que se candidatou a presidente exibindo os seus conhecimentos de economia exige-se rigor, honestidade e a explicação dos fenómenos económicos sem recurso a artimanhas e truques de linguagem. Ao elogiar a descida milimétrica do desemprego, chegando a pedir aos portugueses para elogiarem os novos dados, Cavaco não está sendo nem honesto, nem rigoroso, nem comportando-se como um economista.
É impossível falar de tendências ou elogiar dados de desemprego sem a mais pequena análise do mesmo, ignorando como esta taxa é determinada, esquecendo ostensivamente que a taxa é tão influenciada pela criação de emprego como o é pela desistência de busca de emprego ou pela emigração. Dizer que houve uma alteração de tendência ignorando estes factos é uma análise digna de um taberneiro, não é aceitável num economista, num presidente e muito menos num economista que exibiu os seus conhecimentos de economia como uma vantagem para ser presidente.
Mas não é apenas no domínio da economia que Cavaco fica longe do que se espera de um presidente, mais grave ainda no domínio do mais essencial da democracia, o debate e a luta política, Cavaco revela fragilidades pouco dignas, já por várias vezes desvalorizou o debate entre políticos, agora designou o debate em torno das obras de Miró como um arma de arremesso político. Mas que raio de presidente é este que o país tem que só vê vantagens na democracia para ajudar a derrubar governos democráticos ou para se fazer eleger?
Começa a ser um hábito, sempre que o seu governo está em dificuldades no debate público Cavaco Silva arranja um qualquer argumento e vem falar em armas de arremesso político, tentando desvalorizar as críticas da oposição. Desta vez foi mesmo ridículo, começou por dizer que não ia intervir no debate sobre as obras de Miró porque o assunto corria nos tribunais, mas acabou mais uma vez por o fazer de uma forma obscura, voltando ao argumento pouco digno das armas de arremesso. Cavaco e Passos Coelho tudo fazem para eliminar qualquer forma de debate político, umas vezes com o argumento do consenso, outras porque são armas de arremesso, na verdade pretendem silenciar toda e qualquer voz discordante.
«"São números extremamente positivos que não podem deixar de ser aplaudidos", disse hoje Cavaco Silva em reacção à diminuição da taxa de desemprego para 15,3% no quarto trimestre hoje anunciada pelo INE.
"Pela primeira vez nos últimos anos revelam uma melhora não só relativamente ao trimestre anterior, mas também comparativamente com o período homólogo", disse. "Continuam a ser um valor alto, mas o importante é termos invertido a tendência", concluiu o Presidente da República.» [DE]
O desemprego só pode descer
Não é preciso ser um grande economista, nem sequer um especialista em conseguir lucros fáceis com negócios duvidosos de acções não cotadas, para se perceber que mesmo que não seja criado um único emprego a taxa de desemprego desce, bastando para tal que não haja um agravamento da recessão.
Para isso contribuem os seguintes factores:
- A emigração,
- A desistência de muitos desempregados de encontrar um novo emprego,
- A não inscrição nos centros de emprego de muitos jovens quadros que procuram o primeiro emprego que sabem que estes centros não lhes irão encontrar emprego qualificado.
- A reforma de muitos desempregados de longa duração que atingem a idade de reforma ou com que podem solicitar a reforma antecipada.
Mesmo que seja criado algum emprego importa saber que tipo de empregos foram criados, se foram quadros ou empregadas domésticas, se foram empregos estáveis ou sazonais, se foram empresas estabelecidas a criá-lo ou novas empresas, se resultaram ou não de investimento.
Por outro lado, as empresas que pretendiam despedir ou já o fizeram ou enfrentam limites legais, as dificuldades económicas que possam ser sentidas já não geram os níveis de despedimentos dos primeiros tempos da crise, até porque as empresas menos eficientes há muito que foram eliminadas, se não sobrevivem à custa da desregulamentação e da evasão fiscal e contributiva.
Analisar o desemprego da forma como os nossos políticos da situação o fazem só pode revelar uma de duas coisas: incompetência ou falta de honestidade.
«Paulo Portas foi num instantinho a Espanha e falou um bocadinho em portunhol. Vi, na televisão, pressurosa a transmitir o magno acontecimento, o chefe do CDS, muito ancho, sorrindo a glória do instante. A cena ocorreu na Convenção do Partido Popular espanhol, e os dirigentes sorriam, não se descortinou se de gozo se de cortesia. Porém, o que Portas disse não foi de molde a suscitar a alegria dos distintos. "Venho trazer-lhes boas notícias de Portugal." O mal-estar foi nítido. Rajoy olhou, apreensivo, para a senhora a seu lado, e o semblante turvou-se--lhe, sobretudo quando o orador asseverou que Portugal estava à beira de ser feliz e muitíssimo livre, com a ida da troika para os limbos.
Está por esclarecer o que deu origem ao facto de Portas substituir Passos no palco da Convenção, porque as regras consuetudinárias exigem a reciprocidade nestes assuntos. Depois, o PSD e o Partido Popular são "irmãos" na Europa e nos desígnios. O CDS, neste caso, é uma excrescência. Aliás, os representantes do PSD estavam remetidos para as filas do fundo. Embalado no contentamento juvenil de dizer coisas que não são exactas, e de ter com a verdade uma relação assaz conflituosa, Paulo Portas esqueceu-se, pouco diplomaticamente, de a Espanha estar a atravessar uma crise gravíssima, sem fim à vista.
Quanto a nós. A dívida pública portuguesa aumentou assustadoramente; o desemprego é medonho; os cortes nos rendimentos das pessoas, com particular incidência nos reformados, nos pensionistas e nos funcionários, são infames; 140 mil jovens foram, até agora, coagidos a emigrar; a investigação científica está a esboroar-se, com um ministro esburacado que traiu os testamentos legados; cada vez há menos estudantes nos cursos superiores; o Serviço Nacional de Saúde, a jóia da coroa, está a ser atingido de morte; a Justiça é uma amolgadela social e moral; a Segurança Social mingua a olhos vistos. Ora bem: pode alguém mentir assim tanto e apregoar virtudes que lhe não cabem?
Sei muito bem que toda esta aldrabice faz parte de uma estratégia ideológica das direcções políticas ocidentais, articulada na esterilidade de ideias, no esvaziamento do debate, na manipulação dos valores que conduzem ao desprezo pela política e à ascensão da insignificância e da futilidade. A política passou a ser obliterada e substituída por "gestores" e "economistas" que possuem do facto social uma noção de insensatez. Estou a lembrar-me do banqueiro Ulrich, que, desaforado, teve o descoco de afirmar, em resposta a uma pergunta sobre se a população aguentaria tantos sofrimentos: "Ai, aguenta, aguenta!"
O desgosto que nos assola é demasiado. A nossa tristeza torna-se endémica. Mas sou autor de uma frase muito citada, que continuo a sublinhar: a esperança tem sempre razão. No entanto é preciso lutar por ela. Pela esperança.» [DN]
Baptista Bastos.
Em defesa do trouxe-mouxe
«Eu fui trouxe-mouxado e trouxe-mouxei e estou farto de ouvir debates que falam do trouxe-mouxe sem saber o que é o trouxe-mouxe. Para já, nenhum caloiro que nasce em Portugal é obrigado a fazer trouxe-mouxe. Só é trouxe-mouxado quem quer. E ser trouxe-mouxado ajuda o caloiro a integrar-se no Portugal dos trouxe-mouxes, atabalhoado e à lagardère: por exemplo, o dos "Mirós" vendidos ao desbarato. Como é que julgam que se chega lá? Os verdadeiros adeptos do trouxismo nunca estudam, passam anos e anos nas associações de jovens a aprender como se ganha os partidos a trouxe--mouxe e por isso chegam a dux do governo e a dux da oposição. O código do trouxe-mouxe da Academia da República é claro: cumprindo a tradição epidémica - até porque a causa das epidemias são geralmente os parasitas - rapidamente teremos um Portugal vestido de preto, submisso e rastejando com pedras amarradas aos pés, desnorteado, para glória da confusão do trouxe-mouxe. E quem for trouxe-mouxado, hoje, fá-lo convicto de que amanhã trouxe-mouxará outros, sempre na certeza de que - abrenúncio! - nada será feito estudado, pensado, debatido e programado. O Portugal do trouxe-mouxe estará, então, pronto para enfrentar a onda, à sua maneira. Isto é, não estará. E, então, quando a onda vier e o desastre se consumar, iremos dizer: não houve trouxe-mouxe. Foi um acidente. E será verdade, claro que foi. Acidente é o outro nome de Portugal.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
ONU quer padres pedófilos na justiça
«A organização pediu ao Vaticano para assumir as suas funções e revelar imediatamente "todas as pessoas suspeitas de abuso sexual e levar esses casos às autoridades judiciais competentes para investigação e julgamento".
O comité sublinhou no relatório, publicado hoje em Genebra, a "sua profunda preocupação quanto aos abusos sexuais de crianças por membros da Igreja Católica sob a autoridade da Santa Sé, com religiosos implicados em abusos de dezenas de milhares de crianças no mundo".
"O comité está profundamente preocupado pelo Vaticano não reconhecer a extensão dos crimes cometidos e não tomar as medidas necessárias para tratar de casos de abusos sexuais de crianças e proteger estas crianças, não aplicando políticas e práticas que levam ao julgamento e punição destes abusos.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Parece que ao papa Francisco não chegarão as boas intenções.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver a resposta do papa Francisco a este cancro.»
«O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia tem em mãos um documento interno cuja divulgação estará a ser retardada devido ao tom crítico com que se refere às políticas do Governo para a área da ciência e da investigação em Portugal. A RTP online sabe que, face à dureza das conclusões, o texto está a ser negociado há vários dias pelos conselheiros, que não se puseram ainda de acordo quanto à sua divulgação.
Trata-se de um comunicado de imprensa que aponta a preocupação do conselho "com a redução do número de bolsas individuais atribuídas pela FCT no concurso de 2013", uma decisão que apanhou a comunidade científica de surpresa, causando "instabilidade ao sector". O conselho sublinha que a polémica em torno desse concurso "abalou a confiança dos investigadores".
O documento em causa, a que a RTP online teve acesso, resume as conclusões da reunião de 23 de janeiro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCT), na qual participou Leonor Parreira, a secretária de Estado da Ciência, e Miguel Seabra, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O CNCT é um órgão consultivo presidido pelo primeiro-ministro e é composto por personalidades prestigiadas na área de ciência e tecnologia. Do grupo fazem parte investigadores como António Coutinho, Alexandre Quintanilha, Elvira Fortunato, Maria João Valente Rosa, Mónica Bettencourt-Dias ou Pedro Magalhães. » [RTP]
Em tempos o pequeno Montenegro, actual líder parlamentar do PSD, chamava a isto asfixia democrática.
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, responsabilizou hoje a leiloeira Christie's por todo o processo de venda dos 85 quadros de Joan Miró.
Em declarações aos jornalistas, Passos Coelho garantiu que a leiloeira se responsabilizou pelo processo e que deveria ter evitado, pela experiência que tem nesta matéria, "estas situações", referindo-se à "situação menos clara do ponto de vista jurídico" que foi criada em torno da exportação e preparação para colocação à venda em leilão das obras.» [DE]
Este Passos Coelho é o Jesus da política, para além de só dizer baboseiras nunca é ele o responsável pela escolha de quem marcas as grandes penalidades. Agora só nos resta ficar a saber que tudo o que de incompetente se pode encontrar em Portugal é culpa da leiloeira.
«Os 85 quadros de Miró, cujo leilão previsto para ontem e hoje a Christie's suspendeu, foram para Londres via mala diplomática, ou seja o seu transporte foi efetuado como se se tratasse de propriedade do Estado, soube o Expresso.
O Expresso apurou ainda que a Direção-Geral do Património não passou quaisquer guias de transporte para que a coleção que pertenceu ao BPN saisse do país, facto que seria indispensável caso se tratasse de propriedade privada.
"Dizer que os Mirós são do Estado é uma mistificação", afirmou ontem à noite o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, em entrevista à TVI24.» [Expresso]
Vá lá que não se lembraram de vender os quadros na Feira da Ladra.
Asfixia quê?
«O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia tem em mãos um documento interno cuja divulgação estará a ser retardada devido ao tom crítico com que se refere às políticas do Governo para a área da ciência e da investigação em Portugal. A RTP online sabe que, face à dureza das conclusões, o texto está a ser negociado há vários dias pelos conselheiros, que não se puseram ainda de acordo quanto à sua divulgação.
Trata-se de um comunicado de imprensa que aponta a preocupação do conselho "com a redução do número de bolsas individuais atribuídas pela FCT no concurso de 2013", uma decisão que apanhou a comunidade científica de surpresa, causando "instabilidade ao sector". O conselho sublinha que a polémica em torno desse concurso "abalou a confiança dos investigadores".
O documento em causa, a que a RTP online teve acesso, resume as conclusões da reunião de 23 de janeiro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNCT), na qual participou Leonor Parreira, a secretária de Estado da Ciência, e Miguel Seabra, presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O CNCT é um órgão consultivo presidido pelo primeiro-ministro e é composto por personalidades prestigiadas na área de ciência e tecnologia. Do grupo fazem parte investigadores como António Coutinho, Alexandre Quintanilha, Elvira Fortunato, Maria João Valente Rosa, Mónica Bettencourt-Dias ou Pedro Magalhães. » [RTP]
Parecer:
Em tempos o pequeno Montenegro, actual líder parlamentar do PSD, chamava a isto asfixia democrática.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
A culpa é da Christie's
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, responsabilizou hoje a leiloeira Christie's por todo o processo de venda dos 85 quadros de Joan Miró.
Em declarações aos jornalistas, Passos Coelho garantiu que a leiloeira se responsabilizou pelo processo e que deveria ter evitado, pela experiência que tem nesta matéria, "estas situações", referindo-se à "situação menos clara do ponto de vista jurídico" que foi criada em torno da exportação e preparação para colocação à venda em leilão das obras.» [DE]
Parecer:
Este Passos Coelho é o Jesus da política, para além de só dizer baboseiras nunca é ele o responsável pela escolha de quem marcas as grandes penalidades. Agora só nos resta ficar a saber que tudo o que de incompetente se pode encontrar em Portugal é culpa da leiloeira.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Coisa estranha
«Os 85 quadros de Miró, cujo leilão previsto para ontem e hoje a Christie's suspendeu, foram para Londres via mala diplomática, ou seja o seu transporte foi efetuado como se se tratasse de propriedade do Estado, soube o Expresso.
O Expresso apurou ainda que a Direção-Geral do Património não passou quaisquer guias de transporte para que a coleção que pertenceu ao BPN saisse do país, facto que seria indispensável caso se tratasse de propriedade privada.
"Dizer que os Mirós são do Estado é uma mistificação", afirmou ontem à noite o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, em entrevista à TVI24.» [Expresso]
Parecer:
Vá lá que não se lembraram de vender os quadros na Feira da Ladra.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»