quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 

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Ayamonte, Espanha
  
 Jumento do dia
    
Sérgio Monteiro, rapazola dos Transportes

Alguém viu este rapazola dialogante sugerir diálogo quando decidiu mudar o porto de Lisboa para a margem sul? Claro que não, este imbecil não dialogou nem consultou os outros partidos ou os agentes económicos quando achou que tinha uma grande ideia.

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«"Nós faremos, obviamente, as reuniões que estão agendadas com todos os grupos parlamentares que se mostraram disponíveis para esse diálogo - o PSD, o CDS, o PCP, o PEV e o BE. Estão disponíveis para discutir connosco aquele plano com sendo um documento de partida para o consenso", afirmou Sérgio Monteiro, após debate em sessão plenária da Assembleia da República sobre profissão de auditor de segurança rodoviária.

O Ministério da Economia já recebeu confirmações de todas as forças políticas com assento parlamentar para o encontro, mas os socialistas pediram esclarecimentos adicionais.» [Notícias ao Minuto]
 
 Está encontrado o novo discurso do governo

Uma das funções da Presidência da República no quadro do novo relacionamento designado por "consenso institucional" é a de apoiar o governo nas suas tarefas de propaganda, o ainda e infelizmente titular da Presidência da República usa a dignidade e prestígio de um cargo que não lhe deve qualquer contributo para ir em auxílio do governo com novas estratégias de propaganda.

O último contributo foi dado já durante o presente passeio à América com Cavaco a lamuriar-se de que o programa de ajustamento tem sido mais duro do que se antecipava. Desta forma subtil iliba-se o seu governo pelos excessos de troikismo que encapotou um programa ideológico à muito debatido nas discotecas de Lisboa e deixa-se no ar que os sacrifícios se deveram a um erro de cálculo ou mesmo ao azar, nunca às decisões premeditadas adoptadas no âmbito do consenso institucional entre governo e presidência.

Parece que apesar do apoio de Relvas o primeiro-ministro ainda precisa de "limar" arestas na sua propaganda, recorrendo à assessoria de Belém.

«O Presidente da República reconheceu terça-feira à noite que o programa de ajustamento tem sido mais duro do que se antecipava, mas sublinhou a forma como os compromissos assumidos foram "quase integralmente cumpridos".

"Dentro de pouco mais de dois meses vamos encerrar o programa de ajustamento que negociamos com as entidades internacionais, que nos concederam um empréstimo para Portugal ultrapassar uma situação muito difícil em que se encontrava em 2011 e isso tem sido duro para os portugueses, tem sido mesmo mais duro que do aquilo que inicialmente se antecipava", admitiu.» [Expresso]

 A resposta da ala das namoradas dos pensionistas

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 Tão novo e já o conhece tão bem

 
 Canção da faturinha

 
 O próximo congresso do PSD realiza-se no Circo Cardinali

Com tanto artista, tanto animal amestrado e mais as palhaçadas do professor Marcelo o local mais adequado para realizar um congresso do PSD só pode ser mesmo o Circo Cardinali.
 
 Paco de Lucia (1947-2014)

 
      
 O concílio do Coliseu
   
«Levanta-te, e caminha"- disse o Rabi a Lázaro; e este levantou-se, impulsionado pela força divina. Milagre! Milagre!, exclamaram os que ao facto assistiram." A parábola da Ressurreição, ou do Ressurrecto sobreveio-me à memória, quando assisti a um morto, não só político, mas sobretudo moral, emergir do mundo das trevas. Foi no congresso do PSD, quando Pedro Passos Coelho fez ressurgir Miguel Relvas das tumbas da calamidade para ocupar um lugar importante da direcção do partido. Entre a perplexidade e a repulsa, os sentimentos dos circunstantes dividiam-se. Mas a notícia não deixou de ser escabrosa. O título académico de "doutor", "dr." Miguel Relvas, voltou a circular entre as afirmações dos dirigentes mais importantes do PSD, como se a ressuscitação da criatura reabilitasse a própria mentira.
Passos Coelho é um homem em constante sobressalto, tomado de pequenas angústias quotidianas. A necessidade de se impor provém das pessoais inseguranças. E a reabilitação de Relvas, assim como a expulsão de António Capucho, possui, somente, um significado: quero, posso e mando. Não é novidade. O que ele tem feito ao País é a injunção de ideias confusas, desordenadas, que pertencem a outros e que ele mistura no almofariz de uma certa perversidade.

Disse, no congresso, de que estamos melhor do que há dois anos. Mentira. E mentira desaforada. Também disse que o PSD nunca se afastou da "matriz" social-democrata. Mentira e ignorância. Nem nos seus melhores tempos o PSD foi, alguma vez, social-democrata. Aliás, a mentira e a ignorância tornaram-se razões no discurso dele e dos seus.

Passos Coelho pertence à geração da insignificância que povoou a Europa de fatuidades, por ausência de cultura política e geral, e por cansaço e desistência de quem tinha a obrigação de defender e de desenvolver os testamentos legados. Não é só ele. Marcelo Rebelo de Sousa é outro, acaso mais responsável porque lê, pelo menos é o que se diz.

Ele foi o bobo da festa, no conclave do Coliseu. Tem a tineta de açambarcar os holofotes, e quando viu que a ocasião era propícia, saltou para o tablado e fez rebolar de riso os circunstantes. Passos concedeu-lhe a esmola de um escasso sorriso, enquanto a barriga do ministro Miguel Macedo saltava de gozo e satisfação, por igual insanos.

O congresso do PSD para nada serviu, a não ser o de congregar, para as televisões e para o retrato de grupo, alguns "notáveis" desavindos, e demonstrar a falta de carácter de outros, fingidamente esquecidos das afrontas de que têm sido alvo, por Passos Coelho. Ele é que quer, pode e manda. Tem-no comprovado com minuciosa implacabilidade e extrema frieza. Já o disse e escrevi: este homem é muito perigoso.» [DN]
   
Autor:
 
Baptista-Bastos.
      
 Mário Coluna, o primeiro homem
   
«O último livro, e inacabado, de Albert Camus chama-se O Primeiro Homem. É um romance autobiográfico. Um casal de colonos europeus, pobres, muito pobres, por um caminho agreste da Argélia. A mulher está grávida e o pastor árabe que os acompanha diz: "Tu vais ter um filho. Que ele seja belo." Camus, que não era crente, descreve o seu próprio nascimento como uma cena natalícia, em homenagem à mãe que era iletrada e religiosa. Nós somos sempre o primeiro homem, a esperança da redenção. Na década em que Camus morreu (com o manuscrito inacabado de O Primeiro Homem espalhado na mala do carro enfaixado numa árvore, 4 de janeiro de 1960), dois homens que representavam as duas superpotências rivais, o soviético Yuri Gagarine ("a Terra é azul", 1961) e o americano Neil Armstrong ("um pequeno passo para um homem, um salto gigantesco para a Humanidade", 1968) contaram o mesmo sonho. O primeiro homem, a visão, o salto. Nem sempre essas coisas se passam grandiosas como as acima descritas, nem sempre recebem o Nobel da Literatura ou ficam marcadas como marcos históricos. E, no entanto, movem--nos. Eu tive a sorte de amar desesperadamente a minha terra e por isso estar atento aos sinais anunciadores. Naquele década, houve muitos domingos e quartas-feiras europeias em que vi jogadores de um jogo simples e quem mandava neles era naturalmente o chefe. Ele não era branco, como eram sempre, até então, os que mandavam. Mário Coluna, primeiro homem.» [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.
   
   
 Mandou-os à fava
   
«General Luís Araújo pediu a passagem à reforma no fim de dezembro, quando ainda era CEMGFA - sem avisar o Presidente da República e Governo - para evitar "uma injustiça" e "exercer um direito" que iria perder no OE 2014. "Foi um gesto de insubmissão contra uma decisão absolutamente leviana e aleatória (...). Que fiz de mal? Absolutamente nada. Não permiti é que me roubassem", diz ao DN. E se tivesse recebido resposta sobre a reforma antes de terminar o mandato "tinha ido embora", garante.
  
O anterior chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), Luís Araújo, pediu a reforma no fim de 2013 para evitar os cortes impostos pelo Orçamento do Estado (OE) deste ano, sem informar o Presidente da República, o Governo ou a instituição por entender que era "uma questão pessoal".
  
"Se a Caixa Geral de Aposentações (CGA) me desse conhecimento" da resposta antes de terminar o mandato (6 de fevereiro de 2014), adiantou ontem o militar ao DN, "tinha-me ido embora" - o que colocava o Chefe do Estado, o Governo e as Forças Armadas perante a saída imediata do seu principal chefe militar.» [DN]
   
Parecer:

Este consenso institucional no ódio aos servidores do Estado só merece respostas do tipo "vão à bardamerda".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
  
 PSD põe em marcha o golpe do programa cautelar
   
«"O que transmitimos à 'troika' é que, caso as condições sejam favoráveis, um programa cautelar nos pareceria mais prudente tendo em conta, por exemplo, que os juros da dívida pública portuguesa a dez anos se encontram ainda nesta altura acima do que a Irlanda registava quando saiu do programa", disse o deputado.

Miguel Frasquilho, que falava após uma reunião dos chefes de missão da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) no Parlamento com os deputados que integram a comissão parlamentar que acompanha a implementação das medidas do programa, disse ainda que questionou a 'troika' sobre as medidas impostas à Irlanda para aceitar um programa cautelar.» [DN]
   
Parecer:

Depois vem dizer que para que haja um programa cautelar "favorável" terá de haver um consenso com o PSD, isto é, o que querem é que no caso de o PS ganhar as eleições deve governar com base no programa que o PSD vier a sugerir à troika. Mais um pouco e ainda vão querer que o Seguro convide o Miguel Relvas para ministro da Ciência e do Ensino Superior.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Bardamerda para o "favorável".»
   
 Ministra defende que a banca deve pagar futuras crises bancárias
   
«A ministra das Finanças criticou hoje a indefinição do calendário para terminar a União Bancária, e defendeu que devem ser os próprios bancos a pagarem as futuras crises bancárias.

Num discurso no Parlamento, onde participa numa conferência organizada sob o tema da União Bancária, Maria Luís Albuquerque diz que Portugal defendeu em Bruxelas a consagração expressa da necessidade de criar um fundo com dinheiro dos orçamentos nacionais que complemente o fundo de resolução dos bancos (que é constituído a partir de vários fundos nacionais construídos com contribuições dos bancos) para gerir eventuais falências.» [Expresso]
   
Parecer:

O que a ministra está dizendo de forma indirecta é que o empobrecimento forçado dos portugueses serviu para ajudar os Ulrichs e outros incompetentes e maus gestores cá da praça.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à ministra quem pagou a actual crise bancária.»
      
 Holigans, diz ele
   
«Os dois maiores partidos merecem de António Barreto duras críticas. Os independentes são o medo que pode mudar a actual lógica partidária, diz o sociólogo em entrevista ao Negócios e Rádio Renascença.

António Barreto defende um país com mais liberdade de escolha na saúde, mas mais prudência na Educação. Ao longo da conversa aponta como urgente um acordo entre o PS e o PSD. Diz mesmo que serão autênticos ...» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Holigans políticos são os assalariados do Tea Party financiado pelo merceeiro holandês para manipuklar os acontecimentos políticos em seu favor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
  E podemos confiar nas notícias?
   
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«Jornalistas reincidentes no álcool podem ser despedidos com justa causa. Protecção de dados autorizou.

Os trabalhadores do grupo Cofina, detentora dos títulos Correio da Manhã, Record e Jornal de Negócios, que apresentem sinais exteriores que indiciem notório estado de embriaguez terão de se submeter a um teste de alcoolemia. Se a taxa for igual ou superior a 0,5 gramas por litro o resultado é considerado positivo e o funcionário será repreendido com um processo disciplinar. Sendo reincidente, o jornalista arrisca o despedimento com justa causa.» [DE]
   
Parecer:

Parece que a Cofina enfrenta uma vaga de alcoolismo justificando uma campanha digna dos tempos da ex-URSS.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
     

   
   
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