Nem com a epidemia de ébola o governo e a nossa comunicação social tem sorte, agora que já havia um suspeito de ser portador da doença no Hospital de São João, devidamente isolado e com os procedimentos de segurança já cumpridos veio a má notícia, afinal o doente não era portador do vírus. O George ainda se apressou a ser ele a dar a boa notícia e aproveitar o melhor possível esta situação, já que não se ganha protagonismo aparece-se com ar de quem assustou o vírus.
Depois de uma semana de ebolização da comunicação do governo e com um OE miserável para divulgar dava um jeitão um caso de ébola. Em vez de termos de aturar a ministra da Educação e as suas mentiras com ar ditas com aquele ar angelical que começa a enjoar e um Paulo Portas a chamar a atenção para as consequências positivas do seu desempenho como defensor dos contribuintes, teríamos o Opus Macedo a chamar a si o protagonismo.
Enquanto o ébola não matasse o doente poria fim a qualquer preocupação com a paralisação da justiça que já vai para um mês, faria esquecer que o governo não se contenta com o seu desempenho miserável e cria mecanismos para prolongar a austeridade para além das eleições em que o portugueses mandarão Passos Coelho para junto de António José Seguro, ajudaria o Crato na sua tarefa de destruir o ensino público.
O protagonismo passaria ao Opus Macedo, uma espécie de Irina Shayk do governo, o único governante que se sente à vontade me frente Às câmaras e que ainda na semana passada promoveu uma imensa campanha de promoção pessoal à custa do ébola, com a ajuda do sempre servil George.
A própria comunicação social já sem grande matéria teria a oportunidade de animar, sempre é mais lucrativo para os nossos jornalistas descobrir mais suspeitos de doentes com o ébola do que entrevistar advogados que não vão ganhar nada este mês por causa da incompetência da ministro ou professores que se mantiveram uma semana a fazer de conta que davam aulas numa escola lonf«ge de casa.