O papagaio Nigel da Califórnia desapareceu e quando voltou a ser entregue ao dono em vez de falar em inglês falava em espanhol. Este papagaio lembra muitos papagaios da nossa comunicação social que até há pouco tempo só sabiam falar laranja e desde que as sondagens sugerem que Passos Coelho vai tentar um acordo com o Seguro na Autónoma começaram a ter sotaque rosa.
Mas mais confusos do que o papagaio Nigel são os papagaios da nossa justiça que concluíram que como galinha velha dá bom caldo a sua sexualidade deve ser avaliada segundo o preço da canja, concluindo que como uma senhora com 50 anos e dois filhos já não tem muito a esperar da sua sexualidade a indemnização devida por causa de um erro que a impediu de voltar a ter relações sexuais deve ser reduzida. Se a sexualidade dos nossos magistrados com 50 ou mais anos merecer apenas a meia dose de indemnização porque já deram quase tudo o que teriam a dar então é caso para dizermos que Deus no livre da justiça e dos seus juízes insatisfeitos.
A Maria Luís apresentou o OE 2015 e a conclusão é óbvia, o Passos Coelho não quer lixar apenas os portugueses, também quer lixar as eleições e de caminho ainda lixou um Paulo Portas que lidera um partido que já foi dos idosos e dos contribuintes. A austeridade ganha mais um fôlego, e aos cortes que já se aplicavam acrescenta-se agora um aumento da receita fiscal por conta da eficácia fiscal mais um imposto verde que vai deixar muita gente azul no momento de pagar a conta no supermercado.
O país ficou a saber de mais uma causa possível de saída dos membros deste governo, exluída a imbecilidade, a incompetência e a mentira, qualidade muito apreciadas por estes governantes e depois de se ter sabido que um tacho em Bruxelas é motivo para abandono do governo, soube-se agora que o copianço não fica bem aos governantes. Ainda por cima o copianço feito por um alto responsável da educação. As escolas aguentam tudo, desde um ministro que só sabe viajar a erros de aritmética nas nos concursos dos professores, agora já só nos faltava que tem a cargo a educação dos jovens fosse um governante preguiçoso que rouba o património intelectual alheiro.
Na mesma semana em que o governo perdeu um governante a direita portuguesa perdeu um dos seus maiores símbolos morais. Vítor bento foi para o BES ainda no tempo da família Espírito Santo e apregoou ao mundo que o fazia por razões patrióticas e até anunciou que se tinha desvinculado do BdP. Afinal, agora sabe-se que esse exemplo moral da direita portuguesa se esqueceu de meter os papéis e uns meses depois ainda veio a tempo de voltar ao BdP.