Os gregos estão escolhendo entre a chantagem dos credores e a chantagem do Tsipras e, entretanto, o mesmo Varoukakis que aceitou quase na totalidade a propostas dos credores concorda agora com a posição do mesmo FMI que queria excluir das negociações. Resta agora esperar o que se via discutir na próxima semana para que os gregos aprovem em referendo daqui a quinze dias.
Aos poucos as coisas na comunicação social vão retomando a normalidade, todos os ex-líderes do PSD são comentadores independentes, a oposição está bem representada por vozes muito pluralistas pois tanto crítica o governo como o fazem em relação ao PSD. A única voz dissonante e incómoda foi calada, depois de um processo de assédio moral ao comentador, com sucessivas e inesperadas alterações de programação a TVI24 rescindiu o contrato e calou Augusto Santos Silva. Agora resta-nos esperar para ver quem o substitui, Talvez Francisco Assis ou Maria de Belém.
Durão Barroso reapareceu mas como receou aparecer sozinho fez acompanhar de Miguel Relvas, o grande reformador a quem Portugal deve uma revolução nas autarquias. Só lá faltou o empresário exemplar Dias Loureiro.
O MP prendeu mais um grupo mafioso do Porto, esperemos agora que o Super Teixeira mais o seu inspector dos Impostos consiga descobrir que os 70 mil euros em notas de quinhentos que estavam na posse de Luís Henriques não lhe pertenciam, pertenciam a José Sócrates e foi precisamente por isso que Pinto da Costa chegou a visitar o ex-primeiro-ministro em Évora, foi lá buscar o dinheiro, o último pacote que lhe havia sido entregue pelo motorista em Paris, e escondeu-o na casa do seu vice-presidente. Resta agora que o inspector dos impostos vasculhe na informação fiscal para ver qual a relação entre Coimbra Henriques e Sócrates.
A oposição teve uma boa notícia, contrariando as sondagens a mensagem que vem do governo é de o pessoal já está fazendo as malas, o próprio Passos Coelho já garantiu a um adjunto um cargo de recuo para quando tiver de sair de São Bento, vai reabrir uma embaixada fechada nos tempos em que era moda destruir o Estado.