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Jumento do dia
Passos Coelho
Se ainda havia dúvidas quanto ao estatuto de pau mandado da senhora Merkel na questão da Grécia esta notícia do Expresso demonstra que o governo português fez o que a Alemanha e os EUA lhe ordenaram.
«Confrontada com o risco de um ‘Grexit’, desejado pelo seu ministro das Finanças, Angela Merkel recorreu aos três países do resgate — Portugal, Irlanda e Espanha — para ajudarem a não complicar em excesso a negociação com a Grécia e, sobretudo, a travar a saída de Atenas do euro.
Os três países não tiveram uma real importância na negociação em si (apesar da contribuição que Pedro Passos Coelho disse ter dado para a solução final e a que António Costa, líder da oposição, chamou “uma tecnicidade”) mas facilitaram ou, como resume fonte próxima do processo, “contribuíram para manter uma posição construtiva”.
A validar esta utilização dos países do resgate também estiveram, com um papel diplomaticamente ativo, os Estados Unidos. Ao que o Expresso apurou, as respetivas embaixadas em Lisboa, Madrid e Dublin passaram a devida mensagem: os três países “deviam deixar muito claro que queriam a Grécia no euro”. E se esta posição fraquejou no Eurogrupo, onde segundo o ministro das Finanças italiano relatou numa entrevista, ele terá ficado sozinho com os colegas francês e cipriota a baterem-se contra a saída da Grécia do euro, a verdade é que à mesa do Conselho Europeu essa posição vingou. Ainda que com um programa duríssimo para Atenas.» [Expresso]
A candidatura de Maria de Belém
Maria de Belém é uma política que foi bem mais longe do que alguma vez poderia imaginar, mesmo no PS é absolutamente incrível como chegou a presidente do partido, digamos que o lugar de comentadora da CMTV seria um cargo ao seu alcance. Mas a senhora quer ser presidente e parece que no PS há quem acredite nisso.
Só que a candidatura de Maria de Belém é tóxica para o PS, ninguém acredita num país presidido por essa senhora e com um governo do PS. Se Maria de Belém avançar isso só pode ser entendido como uma candidatura apoiada pelo PS pois a senhora nada tem de independente.
Uma candidatura de Belém vai ser um desastre para o PS e um precioso frete para a direita. Mas a ambição da senhora e a vingança de alguns seguristas vale mais do que mudar o governo. Esta gente fala de austeridade mas nem faz ideia do que isso é e anda a brincar com o país. Por aqui apoia-se outra candidatura mas se as coisas chegarem ao ponto de ter de se escolher entre Rui Rio e esta senhora não tenho a mais pequena dúvida de que nela nunca votarei.
A verdade é que a candidatura de Maria de Belém é pouco mais do que um anúncio anunciado de Seguro que tenta dividir o eleitorado do PS ainda antes das legislativas. Bem, resta-nos a esperança de alguém ter pensado que estamos no princípio de Abriol e decidiu contar uma anedota, porque Maria de Belém em Belém só pode ser isso mesmo, uma anedota.
A Europa
Há vinte anos a Europa estaria a condenar o muro da Hungria e a ser solidária com a Grécia. Hoje a Europa apoia com o seu silêncio o muro da Hungria e tenta provocar uma catástrofe na Grécia. A Europa dos fundadores morreu.
Passos Coelho
Se ainda havia dúvidas quanto ao estatuto de pau mandado da senhora Merkel na questão da Grécia esta notícia do Expresso demonstra que o governo português fez o que a Alemanha e os EUA lhe ordenaram.
«Confrontada com o risco de um ‘Grexit’, desejado pelo seu ministro das Finanças, Angela Merkel recorreu aos três países do resgate — Portugal, Irlanda e Espanha — para ajudarem a não complicar em excesso a negociação com a Grécia e, sobretudo, a travar a saída de Atenas do euro.
Os três países não tiveram uma real importância na negociação em si (apesar da contribuição que Pedro Passos Coelho disse ter dado para a solução final e a que António Costa, líder da oposição, chamou “uma tecnicidade”) mas facilitaram ou, como resume fonte próxima do processo, “contribuíram para manter uma posição construtiva”.
A validar esta utilização dos países do resgate também estiveram, com um papel diplomaticamente ativo, os Estados Unidos. Ao que o Expresso apurou, as respetivas embaixadas em Lisboa, Madrid e Dublin passaram a devida mensagem: os três países “deviam deixar muito claro que queriam a Grécia no euro”. E se esta posição fraquejou no Eurogrupo, onde segundo o ministro das Finanças italiano relatou numa entrevista, ele terá ficado sozinho com os colegas francês e cipriota a baterem-se contra a saída da Grécia do euro, a verdade é que à mesa do Conselho Europeu essa posição vingou. Ainda que com um programa duríssimo para Atenas.» [Expresso]
A candidatura de Maria de Belém
Maria de Belém é uma política que foi bem mais longe do que alguma vez poderia imaginar, mesmo no PS é absolutamente incrível como chegou a presidente do partido, digamos que o lugar de comentadora da CMTV seria um cargo ao seu alcance. Mas a senhora quer ser presidente e parece que no PS há quem acredite nisso.
Só que a candidatura de Maria de Belém é tóxica para o PS, ninguém acredita num país presidido por essa senhora e com um governo do PS. Se Maria de Belém avançar isso só pode ser entendido como uma candidatura apoiada pelo PS pois a senhora nada tem de independente.
Uma candidatura de Belém vai ser um desastre para o PS e um precioso frete para a direita. Mas a ambição da senhora e a vingança de alguns seguristas vale mais do que mudar o governo. Esta gente fala de austeridade mas nem faz ideia do que isso é e anda a brincar com o país. Por aqui apoia-se outra candidatura mas se as coisas chegarem ao ponto de ter de se escolher entre Rui Rio e esta senhora não tenho a mais pequena dúvida de que nela nunca votarei.
A verdade é que a candidatura de Maria de Belém é pouco mais do que um anúncio anunciado de Seguro que tenta dividir o eleitorado do PS ainda antes das legislativas. Bem, resta-nos a esperança de alguém ter pensado que estamos no princípio de Abriol e decidiu contar uma anedota, porque Maria de Belém em Belém só pode ser isso mesmo, uma anedota.
A Europa
Há vinte anos a Europa estaria a condenar o muro da Hungria e a ser solidária com a Grécia. Hoje a Europa apoia com o seu silêncio o muro da Hungria e tenta provocar uma catástrofe na Grécia. A Europa dos fundadores morreu.
REPER (Bruxelas) ocupada por boys
«Desde finais de março que o Governo já nomeou para a Reper, a Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia, oito novos técnicos e renovou os contratos a outros seis, num movimento que entre substituições e renovações deverá atingir 28 funcionários até ao final do ano, segundo fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
As nomeações, que incluem dois elementos de gabinetes ministeriais — um ex-adjunto do ministro do Ambiente, Rui Boavida, e uma assessora do gabinete da ministra das Finanças, Maria João Mendes — dizem respeito a técnicos especializados de diversas áreas (assuntos jurídicos, economia, finanças, ambientes, pescas) e são designados pelos ministros das respetivas pastas.
Este movimento não inclui diplomatas, que são colocados no âmbito do chamado “movimento diplomático ordinário” que se realiza anualmente. Em 2015, foram colocados quatro, segundo informação prestada pelas Necessidades.
A Reper é a maior das representações diplomáticas portuguesas, com 91 pessoas no total, sendo atualmente chefiada pelo embaixador Domingos Fezas Vital, já indicado entretanto para Washington. É composta por diplomatas e técnicos especializados, que preparam e tratam as informações relativas aos diferentes ministérios junto da União Europeia.
Estes técnicos são “a linha da frente” da ação dos ministérios na UE, que reúnem com os seus “pares” dos outros países para preparar os encontros e Conselhos ao mais alto nível, assumindo em primeira mão as políticas dos respetivos países. Esta é a razão pela qual os ministros preferem ter pessoal seu em vez de diplomatas nas áreas mais especializadas, alimentando uma ‘guerra’ antiga que se estende aliás a outras representações não nacionais.» [Expresso]
Parecer:
Um sina do medo da direita.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»