terça-feira, março 21, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Carlos César, presidente e  líder parlamentar do PS

O mínimo que se pode dizer da posição de Carlos César a propósito da CGD é que é dúbia, o que define o presidente do PS por serviço público? É não ter em consideração critérios de racionalidade na gestão da sua presença física? É estar proibida de mudar o modelo de relacionamento com os clientes por mais que o mundo se modernize' ´manter uma rede de agências e, porventura, aumentá-la ao sabor da vontade dos caciques locais dos partidos do poder? É o Paulo Macedo ter de pedir autorização à Catarina Martins ou ao Francisco Loução sempre que quiser fechar uma agência?

A posição mais correta de um partido como o PS era apelar às estruturas nacionais e locais que se abstivessem de interferir na gestão da CGD, não condicionando as decisões dos seus gestores em função de objectivos políticos a coberto do tal conceito pouco claro de serviço público.

«O líder parlamentar do PS pediu esta segunda-feira aos deputados socialistas que defendam o "serviço público" no processo de reestruturação da rede de agências da CGD, alegando que não se pode "assobiar para o ar" nesta matéria.

Esta posição de Carlos César, também presidente do PS, consta de uma nota esta manhã enviada aos membros da direção da bancada socialistas, à qual a agência Lusa teve acesso, na qual também se salienta que essa linha ativa de atuação deve ser seguida mesmo que o Governo não dê qualquer orientação.

No âmbito do processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a administração do banco público deverá encerrar cerca de 70 balcões até ao final do ano, estimando-se que a redução de agências atinja as 180 no final de 2020 - uma reestruturação que tem levantado dúvidas ao PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" e que conta já com a oposição do PSD.

Na nota enviada aos membros da direção da bancada do PS, Carlos César refere que, numa próxima audição parlamentar sobre este assunto, o Grupo Parlamentar "deve defender que não é num caso de milhares de milhões de euros que se admite o fecho de um único balcão por concelho, onde podem estar dois funcionários e com limitação de prestação de serviços".» [Expresso]

      
 Terão comido mioleira e alheiras?
   

«Michel Temer quis minimizar os efeitos negativos da operação ‘Carne Fraca’, e organizou um jantar, este domingo, com ministros, embaixadores e representantes de 27 países numa churrasqueira em Brasília, a Steak Bull. O objetivo era provar que a carne brasileira não tem qualquer problema de qualidade – depois de uma investigação que revelou problemas de segurança e higiene no tratamento, armazenamento e venda de carne em algumas das maiores empresas do setor -, só que Temer não contava com o facto de o restaurante não utilizar carne brasileira.» [Observador]
   
Parecer:

Não gozem muito com o pobre presidente brasileiro, por cá, quando ocorreu a crise das vacas loucas, o ministro da Agricultura de Cavaco Silva foi ara Bruxelas comer mioleira, um must nacional na alimentação de crianças. Aliás, o ex-ministro de Cavaco Silva, que na época foi gozado, não perdeu a oportunidade para dizer que "Pensei logo, afinal não sou só eu que como mioleira para mostrar que não há problemas e não há medos" [TSF], quando Francisco George disse que ia a Mirandela comer uma alheira, para tranquilizar a população por causa da crise do botulismo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Temer se está concorrendo com Trump para o prémio do presidente mais imbecil das Américas, ou se quer mesmo destronar o norte corano no título mundial..»
  
 Há muito que o ditador otomano foi longe demais
   
«Erdogan acusou hoje a chanceler alemã de usar “medidas nazis”, depois de Berlim impedir que ministros turcos fizessem campanha no país para o referendo sobre o reforço dos poderes do líder turco.

O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Sigmar Gabriel, citado pela Agência France Presse, considerou as declarações de Erdogan “chocantes”.

"Somos tolerantes mas não somos estúpidos. Por isso, fiz saber ao meu homólogo turco que foi ultrapassado um limite”, disse, em declarações ao jornal Passauer Neue Presse."» [Oservador]
   
Parecer:

Mais tarde ou mais cedo toda a Europa vai ter de perceber que este Erdogan é para rejeitar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 O coitado até andou preocupado com a banca
   
«O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, revelou que a necessidade de proteger a banca dos riscos chegou a ser avaliada em valores “entre 40 mil e 50 mil milhões de euros” e que nos últimos quatro anos foram limpos de imparidades e crédito mal parado “para cima de 20 mil milhões de euros”. Num almoço com empresários, o ex-primeiro-ministro disse não acreditar que o problema se resolva sem custos para ninguém.

Lembrando que o sistema bancário entrou em pré-colapso em 2011, Passos Coelho referiu os números de imparidades e de crédito mal parado na banca, segundo o governador do Banco de Portugal. “Teríamos necessidade entre 40 a 50 mil milhões de euros para poder imunizar o sistema bancário dos riscos mais elevados”, afirmou, num almoço promovido pelo Fórum de Administradores de Empresas, presidido por Luís Filipe Pereira, ex-ministro da Saúde do PSD.» [Público]
   
Parecer:

mas não pareceu e a crer na Cristas parece que era tema que não dizia respeito ao governo, só a ele e ao Ti Costa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se,»

 Eles andem aí
   
«Ainda não há aeroporto, mas a discussão à volta do nome já levantou voo. Depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter sugerido chamar Mário Soares ao novo aeroporto complementar de Lisboa, previsto para o Montijo, um grupo de quase mil cidadãos insurgiu-se e fez uma petição. O documento deu entrada na Assembleia da República (AR) e tem um número suficiente de assinaturas para ser discutido em plenário: pelo menos 9510, segundo a informação disponível na petição online.

O texto da petição chama mesmo “fulano” ao antigo Presidente da República, Mário Soares, que morreu em Janeiro. Com o título Impedir o nome Mário Soares no aeroporto do Montijo, a petição quer “que a Assembleia da República defina o nome do novo aeroporto do Montijo, devendo ficar completamente colocada de parte o nome de Mário Soares para esse aeroporto e qualquer outra obra de grande envergadura. Haja respeito por mais de um milhão de portugueses que foram mais que prejudicados por esse fulano”. No final, uma “nota em relação ao substantivo ‘fulano’”, remetendo para um dicionário online no qual as explicações são as seguintes: “pessoa cujo nome não se conhece ou não se quer mencionar”; ou, em sentido coloquial, “indivíduo; sujeito”.

No documento, os signatários apresentam ainda as suas sugestões: “O objectivo desta petição será o de solicitar à Assembleia da República que defina o nome do novo aeroporto do Montijo. Estando o povo português tão ávido de ideias agregadoras da sua identidade, o nome do novo aeroporto deveria considerar os verdadeiros heróis aeronáuticos portugueses como Gago Coutinho ou Sacadura Cabral ou os verdadeiros heróis da Revolução como o general Jaime Neves ou o capitão Salgueiro Maia que tanto foram votados ao esquecimento.”» [Público]
   
Parecer:

É o ódio mal resolvido, talvez p+referissem Silva Pais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se que o aeroporto se chame Rossio.»

 Sharon Stobne cruzou as pernas há 25 anos
   

«Sharon Stone com um justíssimo – e curtíssimo – vestido branco, numa sala de interrogatório. À sua frente estão quatro polícias, entre os quais o detective interpretado por Michael Douglas. Estas duas frases são suficientes para que saibamos onde isto vai parar: a actriz vai descruzar as pernas e voltar a cruzá-las, deixando, pelo meio, perceber que não usa roupa interior. A cena foi – e continua a ser – polémica e ajudou a fazer de Instinto Fatal um clássico do cinema norte-americano dos anos 1990. Esta segunda-feira passam 25 anos desde a sua estreia.» [Público]

 Brexit: adeus e até ao meu regresso
   
«Downing Street desfez finalmente o tabu: a primeira-ministra britânica vai accionar o artigo 50 do Tratado de Lisboa no próximo dia 29 de Março, dando início ao processo que culminará na primeira saída de um Estado-membro da União Europeia. Quando enviar a carta com o pedido de divórcio, Theresa May iniciará uma acelerada corrida contra o tempo, sabendo à partida que tem dois anos para concluir as negociações, sob o risco de ser forçada a uma saída sem acordo.


O Governo britânico não era obrigado a revelar antecipadamente quando iria oficializar a decisão tomada há já nove meses, no referendo em que 52% dos eleitores optaram pelo “Brexit”. Tratou-se de “uma cortesia”, explicou o porta-voz de May, ao revelar que minutos antes de a data ter sido divulgada o embaixador britânico em Bruxelas, Tim Barrow, informou pessoalmente o gabinete de Donald Tusk, o presidente do Conselho Europeu, do dia em que lhe será enviada a carta com a notificação.» [Público]
   
Parecer:

Devia ser fixado um prazo durante o qual não poderão haver negociações para a reentrada do Reino Unido na UE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se.»
  
 Trump sob suspeita
   
«Era o segredo menos bem guardado da política norte-americana, mas a confirmação oficial não deixa de ser um golpe para a Administração Trump: o FBI está mesmo a investigar uma possível ligação entre a campanha eleitoral de Donald Trump e o Governo russo, incluindo a possibilidade de ter existido um plano para influenciar o resultado das eleições.

A revelação foi feita esta segunda-feira pelo director do FBI, James Comey, durante uma audição perante a Comissão de Serviços Secretos da Câmara dos Representantes, onde também foi ouvido o director da Agência de Segurança Nacional norte-americana, Mike Rogers.

Em resposta a uma pergunta de um dos congressistas, Comey disse que foi autorizado (de forma excepcional e perante a gravidade das suspeitas) pelo Departamento de Justiça a anunciar que o FBI está a investigar o caso. Esta informação é importante porque uma investigação oficial só pode ser aberta se houver indícios suficientes, e não apenas porque são levantadas suspeitas nos jornais – na prática, neste caso, o FBI confirma que há indícios suficientes para levar a sério as suspeitas de que a campanha de Donald Trump esteve envolvida com agentes do Governo russo para prejudicar a campanha de Hillary Clinton.» [Público]
   
Parecer:

Isto ainda vai acabar da pior forma.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»