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Maria Luís Albuquerque esconde o seu silêncio tentando denegrir outros partidos, sugerindo que está disponível para falar no parlamento e defendendo que ao contrário de outros partidos respeita o parlamento.
Quanto ao respeito pelo parlamento todos se recordam da forma como o respeitou quando foi chamada a prestar declarações sobre os famosos swap. Mas vir dizer que espera que parlamento a chame e que é esse o local próprio para falar já é abusar da nossa paciência. Maria Luís fala em todo o lado,quando lhe convém vai à escola dos putos do PSD a Castelo de Vide, dá entrevistas, fala que se desunha.
Agora que está atrapalhada prefere ver o que se consegue saber, antes de dar a cara para assumir responsabilidades. A verdade é que depois de Passos já ter falado e de Paulo Núncio ter sio desmascarado, o que o levou ao seu momento de elevação de carácter ao assumir responsabilidades políticas, Maria Luís não tem argumentos para ficar calada e muito menos para fazer insinuações sobre outro políticos.
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Haverá alguma relação entre as práticas governativas de Paulo núncio e a sua ida para o escritório da Morais Leitão? Sendo este escritório especializado na advocacia para os ricos a dúvida faz sentido, em todos os processos envolvendo os ricos Paulo Núncio teve uma postura pouco ortodoxa para um SEAF a quem cabe cobrar impostos.
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Quando o jornal Público divulgou o apagão das transferências para as offshores, Paulo Núncio apressou-se a desvalorizar o incidente dizendo que era apenas um problema de divulgação de estatísticas. Só que são cada vez mais as vozes preocupadas com a possibilidade de não ter havido qualquer controlo. Até onde terá ido Paulo Núncio na protecção dos mais ricos?
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«Há uma forma mais eficaz do que qualquer outra quando alguém não quer que os outros descubram que se é dono de uma sociedade. Essa forma são as ações ao portador. Não há nomes inscritos em lado nenhum, não existem titulares declarados a entidades reguladoras. São ações detidas apenas por quem as possui fisicamente e, em regra, costumam estar guardadas em cofres. As da Portmill estavam. A Portmill foi uma sociedade usada para adquirir posições relevantes nos maiores sectores de atividade da economia angolana. No verão de 2009, conseguiu ganhar a privatização parcial da operadora pública de telecomunicações, a Movicel, ficando com 40% da empresa. E pouco depois adquiriu 24% do capital social do BES Angola (BESA), um dos bancos mais robustos do país, por 290 milhões de euros.
Já nessa altura, para Rafael Marques, o mais conhecido jornalista angolano fora de Angola, havia um triunvirato por trás da Portmill: Hélder Vieira Dias, ministro e chefe da Casa Militar da Presidência da República, o general Kopelipa; Leopoldino Fragoso do Nascimento, chefe de comunicações da Presidência, general Dino; e Manuel Vicente, então presidente da Sonangol e, pela inerência de estar à frente da petrolífera estatal angolana, o verdadeiro tesoureiro do regime. Cada um dos três teria um terço das ações da Portmill. Nunca isso foi confirmado oficialmente. Em agosto de 2010, o jornal “Público” escrevia que tinha confrontado o BESA com a revelação feita por Rafael Marques, mas não obteve qualquer resposta.» [Expresso]
Parecer:
Um dia destes o caso BES, o caso do Magistrado e o caso BES vão ser unidos num único processo porque o malandro por detrás de tudo só pode ser o Sócrates.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»