sexta-feira, março 24, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Passos Coelho, primeiro-ministro no exílio

Há poucos dias a ex-ministra das Finanças veio a Público dizer que concordava com o rating atribuído à dívida portuguesa e com os fundamentos adiantados por uma das agências, só faltou abrir uma garrafa de champanhe. Quando o ministro das Finanças ofendeu os portugueses, Passos Coelho ficou em silêncio, talvez porque se lembrou que o holandês fez seus argumentos que o próprio defendeu durante anos.

Agora apressa-se a criticar a taxa de juro paga pela CGD, esquecendo o rating da CGD e ignorando que mesmo assim o banco português conseguiu taxas bem mais baixas do que outros bancos. Passos Coelho continua a ser um devoto do mafarrico.

«A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi ao mercado para obter 500 milhões de euros através de títulos de dívida subordinada. Registou uma procura elevada, mas a taxa acabou por não descer muito face aos termos iniciais. Ainda assim, o banco estatal terá, segundo fontes citadas pela Bloomberg, conseguido um juro de 10,75%.

Tendo em conta informação obtida junto da operação, que não pode ser identificada, a agência noticiosa revela que a taxa final da operação que foi lançada esta quinta-feira, 23 de março, foi encerrada com um juro de 10,75%. Esta taxa baixou face aos níveis iniciais, acima de 11%.

As primeiras ofertas registadas apontavam para uma taxa entre 11% e 11,50%. Contudo, perante o volume de ofertas registado, o juro acabou por encolher, ficando ainda assim num nível elevado. Mourinho Félix, secretário de Estado das Finanças, tinha dito em outubro que uma taxa de “8% seria o valor que gostaríamos”.» [Eco]

«Numa conferência sobre Cultura e Património, organizada pelo grupo parlamentar do PSD, Pedro Passos Coelho aproveitou para se referir à emigração obrigacionista de hoje do banco público.

"O que é intolerável é que o primeiro-ministro entenda dizer que este preço que vamos pagar, que é elevadíssimo, resulta, imaginem, do governo anterior ter iludido os problemas da banca", criticou Passos Coelho.

O líder do PSD acusou António Costa de querer "passar a culpa" para o executivo PSD/CDS que chefiou e concretizou: "É dele a decisão de fazer uma emissão obrigacionista perpétua em que vai pagar quase 11% de juros para que isto não tenha impacto no défice e para que o Governo possa dizer que a operação foi um sucesso, mas a culpa tem de ser minha, não é dele, que tomou a decisão".» [RTP]

«"Foi de facto nos 10,75% mas este valor é inferior aos 12% que o Banco Popular de Espanha, que tem um `rating´ melhor que a CGD, conseguiu, e essa é que é verdadeiramente a comparação que devemos fazer, porque é banco com banco que estamos a comparar, irem ao mercado, através de investidores privados", declarou.

O secretário de Estado, que tomou posse em dezembro e interveio hoje pela primeira vez no parlamento, respondia ao deputado do CDS-PP João Almeida, no debate de urgência promovido pelo PCP sobre a questão da dívida pública.

Álvaro Novo disse que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) conseguiu uma "taxa melhor" do que o Banco Popular, em consequência de beneficiar de um programa aprovado pela Comissão Europeia "sem ser ajuda de Estado" e esse facto "gerou confiança junto dos investidores".» [RTP]

 Uma mania antiga nos países do Sul




Esta pintura de Jean-Leon Gerome, retratando o que teria sido o mercado de escravos sexuais da Roma Antiga onde se vendiam mulheres, mostra que a mania dos países do Sul de gastarem o dinheiro das mulheres e entrarem em decadência já é muito antiga, está-lhes na massa do sangue.

Esta pintura de Jean-Leon Gerome retrata o que teria sido o mercado de escravos sexuais da Roma Antiga, onde se comercializava as mulheres que seriam forçadas à prostituição. Elas eram a maioria naquele período, apesar de uma pequena parcela de mulheres da elite terem optado pelo ofício após o imperador Augusto criar leis que forçavam mulheres a se casarem e terem filhos.


 Da academia de Fátima para a equipa A do Vaticano



Digamos que na fábrica de Santos da Santa Sé foi introduzido o trabalho infantil.

 A culpa foi do Medina




 Passos ensaia nova táctica 

Desorientado com as sondagens o primeiro-ministro no exílio ensaia novas tácticas a um ritmo semanal. Há pouco tempo o seu partido sentia-se asfixiado, depois era o deputado educadinho que ficava muito ofendido sempre que o primeiro-ministro abria a boca. Parece que desistiu depressa, agora organiza jantares de mulheres do PSD e salta de feira em feita ou de seminário em seminário para comprara pequenas medidas deste governo com as do seu. Pobre coitado, andou armado em cigarra convencido de que o diabo vinha em seu auxílio e agora corre por desespero.

      
 Não são só gajas e copos
   
«Na promulgação publicada esta quinta-feira pela sala de imprensa do Vaticano, lê-se que “o Santo Padre Francisco recebeu esta manhã em audiência Sua Eminência o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos”, e autorizou a congregação a publicar os decretos relativos a um conjunto de processos de canonização em curso.

Fica agora aprovado “o milagre atribuído à intercessão do Beato Francisco Marto, nascido a 11 de junho de 1908 e morto a 4 de abril de 1919, e da Beata Jacinta Marto, nascida a 11 de março de 1910 e morta a 20 de fevereiro de 1920, crianças de Fátima”.

Ao Observador, a irmã Ângela Coelho, postuladora da causa de canonização dos pastorinhos, confirmou que o decreto publicado pelo Papa significa que “o estudo das comissões da Congregação levou à conclusão de que o evento é mesmo um milagre”. “O estudo em ordem à canonização está terminado”, afirmou.» [Observador]
   
Parecer:

Também temos santinhos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»


 No melhor pano cai a nódoa
   
«A ACT identificou 404 falsos recibos verdes numa ação realizada ao longo de quatro dias, em março, que abrangeu 35 locais de trabalho na área da comunicação social.

Num comunicado enviado às redações, a ACT explica que fez uma inspeção em todo o território continental com o objetivo de verificar a regularidade do recurso a contratos de prestação de serviço na comunicação social.

A ACT diz que está a acompanhar todas as situações irregulares detetadas e garante que estão a a ser adotados todos os procedimentos necessários para que a legalidade seja reposta.» [TSF]
   
Parecer:

que bela comunicação social.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 De dívida sabe ele
   
«O antigo presidente da Assembleia da República considera que o país não está a preparar-se para os efeitos do fim do programa de compra de activos do Banco Central Europeu (BCE) e para a subida dos juros. E que é "ilusório" que o país possa por si só limpar o seu passivo, pedindo uma reflexão sobre a dívida e as políticas sociais.

"Imagine o que é a perspectiva do endividamento português quando o BCE resolver deixar de comprar dívida aos Estados-membros. (…) Esses cenários não são discutidos. (…) Há uma ilusão geral muito grande em relação à situação que envolve a economia portuguesa," afirma esta quinta-feira, 23 de Março, o histórico socialista em entrevista a Maria Flor Pedroso, na Antena 1.» [Negócios]
   
Parecer:

Assim fala o ex-administrador do BES e agora empregado do Pingo Doce, enfim, mais uma social-democrata de águas profundas muito parecido ao holandês. Mas ganhou uma admiradora!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»