domingo, dezembro 31, 2017

ADIVINHAÇÕES E PALPITES PARA 2018

Mário Centeno vai inscrever-se na Universidade Lusíada onde terá a oportunidade de frequentar as aulas de Maria Luís Albuquerque a fim de assegurar que elabora orçamentos sem erros de aritmética. Com alguma sorte ainda poderá ter aulas de Passos Coelho. 

Marcelo Rebelo de Sousa entrará no Guiness como recordista mundial em várias categorias: o presidente que deu mais abraços, que deu mais beijinhos, que tirou mais selfies, que deu mais beijos nos rubis dos anéis de bispos, que foi a mais missas, funerais e procissões.

O cachorro de Eduardo Cabrita vai receber treino na GNR, guarda tutelada pelo dono, a fim de aceitar a presença dos polícias à porta, para que estes deixem de estar condenados a estar à chuva.

Marcelo Rebelo de Sousa via anunciar em janeiro que o OE para 2019 será analisado cuidadosamente, a fim de não ter nada que suscite quaisquer simpatias com o governo, incluindo medidas que constem no programa aprovado no parlamento. Exceptuam-se as medidas resultantes das definições semanais de prioridades nacionais a longo prazo, definidas pelo Presidente da República, porque nada do que Marcelo faz é eleitoralismo.

Enquanto não tem nada que fazer Passos Coelho vai dedicar-se a colecionar pins com bandeiras nacionais.

Inspiradas nas palavras de Bruno de Carvalho que incitou os sportinguistas a serem mais militantes na sua vida fora do clube, várias claques legais vão abrir delegações na Polícia Judiciária e no Ministério Público.

Seguindo o princípio adotado na empresa dos pernis Ministério Público vai instaurar processos de investigação a todos os portugueses que dupliquem os seus rendimentos. Seguindo a lógica do enriquecimento ilícito tudo o que estiver acima da média estatística é suspeito de crime, sejam os despachos mais céleres dos diretores-gerais ou os lucros das empresas. Os diretores-gerais exemplares devem atrasar os despachos e as empresas modelo devem apresentar prejuízo.

Depois de decidir a deslocalização do INFARMED para o Porto o governo vai decidir mais deslocalizações, o Instituto do Mar vai para Manteigas, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical vai para a Comporta, e o Instituto Nacional de Administração vai para Celorico.

Paulo Portas não se vai candidatar ainda à liderança do CDS, ainda não há sondagens que apontem para o regresso do CDS ao poder e, por enquanto, ainda há muitos regimes onde é fácil influenciar negócios.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, utente do Hospital Curry Cabral

O Presidente da República não deixou escapar a oportunidade de mostrar mais uma das suas grandes qualidades, mesmo estando internado num hospital e poucas horas depois de ser operado já tinha dado quatro, isto é, promulgou quatro diplomas, dando um exemplo de trabalho de se capacidade de sacrifício, só comparável ao banho dado por Mao no rio Yangtze.

Convenhamos que os diplomas eram tão urgentes que ninguém perguntou o tema e muito menos se o trabalho presidencial foi além da assinatura, para a história ficou o corajoso presidente que mesmo com as tripas acabadas de cozidas já trabalhava. Mas como se isto fosse pouco, Marcelo foi ainda mais longe, ainda não vetou o diploma do financiamento dos partidos, mas já consta e os jornais amigos já deram a notícia.

Agora aguardamos a convalescença do Presidente para saber porque motivo veta o diploma, ain da que com tanto populista a exigi-lo essa era a decisão lógicas. Mas também terá de explicar porque motivo depois de sugerir aos deputados e ao próprio primeiro-ministro para suscitarem o envio do diploma para o Tribunal Constitucional, optou agora pelo veto. Isto é, ou Marcelo queria apenas queimar tempo usando um expediente ou julga que o diploma é constitucional e achou que devia ser António Costa a fazer o frete.


 Até em Miranda há burros!



 Aquino morreu de fome



Cheguei à imagem através derterrorist, crianças velam o caixão de Kenyerber Aquino, uma criança venezuelana que morreu de fome com 17 meses. Se os seus apoiantes tivessem vindo protestar para a rua a quem é que Maduro atribuiria as culpas, a Portugal?

sábado, dezembro 30, 2017

PERSONALIDADES DE 2017

Político do ano

Se há três anos atrás se perguntasse a alguém se Marcelo ia ser Presidente da República todos acertariam, acertariam até no seu estilo polpulista ou no almoço com Santana Lopes, de Marcelo Rebelo de Sousa só não se sabia da hérnia umbilical, porque de outras relações umbilicais todos sabem. Mas se alguém nos questionasse se em janeiro de 2018 o país viveria sem a ameaça do segundo resgate, reembolsaria rendimentos e acabava com a sobretaxa sem sucessos do fisco e que um ministro das Finanças português seria presidente do Eurogrupo a nossa reação seria dar uma gargalhada, isso se não ligássemos de imediato para 112 a pedir para o mandar para o Júlio de Matos.


Menções honrosas:

Menção Honrosa para o político populista do ano: Marcelo Rebelo de Sousa

Considerar Marcelo o político do ano seria a mesma coisa que ignorar o campeão europeu e considerar como treinador do ano o campeão do regional. Marcelo afirmou-se como a personalidade com mais credibilidade para consumo interno à bse de beijinhos e abraços, encostando-se ao governo nos bons momentos e fazendo de líder da oposição quando dava jeito. Pelo caminho ajudou a derrubar Passos Coelho ao mesmo tempo que almoçava com Santana Lopes por ocasião do lançamento da candidatura deste à liderança do PSD. 

Menção Honrosa para a sumidade em aritmética: Maria Luís Albuquerque

Dava seminários a funcionários do ministério das Finanças alemão, falava como se fosse uma sumidade na economia, até havia como a apontasse como sucessora de Passos Coelho. Na oposição celebrizou-se sobre os seus comentários sobre as metas orçamentais, do cima da sua sapiência até concluiu que eram aritmeticamente impossíveis. 

Menção Honrosa para a especialista em previsões: Teodora Cardoso

Teodora Cardoso nunca aceitou que o governo pudesse ter sucesso invertendo a política económica no sentido contrário ao que ela tinha apoiado de forma tão militante e  a sua teimosia foi tanta que acabou por perder a credibilidade. Começou por tentar descredibilizar o governo com previsões que se se vieram a revelar erradas, agora alinha as suas previsões com as do governo mas continua a prever o pior para o país a não ser que este siga a sua cartilha.

Menção Honrosa para a alcoviteira do reino: Marques Mendes

Durante o governo de Passos Coelho foi chamado a fazer o papel sujo na comunicação governamental, antecipava as noticias com o ar de contar grandes segredos, desta forma esgotava-se o debate em torno das más notícias para que quando estas fossem tornadas públicas já não fossem tema de discussão pública. Agora limita-se a fazer algumas alcoviteirices, enquanto se arma em pilar moral da sociedade política portuguesa. Depois de uma carreira política com 30 anos, o rei dos jogos de influências Marques Mendes é uma espécie de Dona Doroteia, a personagem da telenovela Gabriela que era o "Pilar moral da sociedade, mas que nos seus tempos de juventude já tinha sido  quenga!

Menção Honrosa para o homem de negócios do ano: Paulo Portas

Habituado a luxos Paulo portas tentou sair do governo enquanto se sentiu em alta, mas obrigado a aguentar-se até ao fim da legislatura acabou por ter sorte, saindo incólume e a tempo de se tornar num importante gestor de influências em negócios de países com democracias muito avançadas e sem corrupção, como a Venezuela, Angola ou Moçambique. Esteve duas vezes no governo e saiu-se sempre bem, desta vez até se esqueceu do sue programa na TVI24, onde até já havia um estúdio montado só para ele.

Menção Honrosa para o político desaparecido: Cavaco Silva

Em poucos meses deixou de se sentir fazer a falta dele, Marcelo não só correu com Passos Coelho como num momento de ilusionismo fez desaparecer Cavaco Silva.


Menção honrosa para o político mais assanhado: Assunção Cristas

No governo poupou energia dispensando os seus funcionários de usr gravata enquanto colhia as azeitonas das oliveiras plantadas no tempo de Jaime Silva. Na oposição conseguiu rasteirar Passos Coelho em Lisboa, tendo-lhe cabido organizar o funeral do ainda líder do PSD. Animada pelo sucesso em Lisboa Cristas parece ter ficado assanhada e desde então limita-se a uma verdadeira guerra de guerrilha qe começa a enjoar.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 É como ir ao dentista

Foi assim que Ferro Rodrigues se referiu à cirurgia a que Marcelo foi sujeito. Agora ficamos todos a aguardar que os consultórios de dentistas sejam visitados regulamnete pelo presidente da ARR, pelo minisro da Saúde, pelo primeiro-ministro e até pelo cardeal.

 Assim se constroem os mitos

Poucas horas depois o Presidente da República em vez de dormir desatou na sua tarefa incansável de presidir e promulgou quatro diplomas, certamente leis sem as quais o país teria de parar. Agora espera-se que mal tenha alta vá a nado até Cacilhas, almoce no Ginjal e regresse, novamente a nado, subindo à margem norte do Tejo na estação de Belém.

      
 Ao que isto chegou
   
«Os organizadores das celebrações da noite de passagem de ano em Berlim prepararam uma “zona segura” para mulheres, algo de que acontece pela primeira vez e após centenas de mulheres terem indicado que foram alvo de ataques durante as celebrações do ano novo de 2016 em Colónia.

A “zona de segurança” surge como uma das diversas apertadas medidas de segurança que estão a ser implementadas junto às portas de Bradenburgo. Centenas de milhares de pessoas devem afluir àquela zona do centro da capital alemã, para onde não será possível levar bebidas alcoólicas ou malas de grandes dimensões.

As mulheres que tiverem sido atacadas ou que se sintam assediadas vão poder obter apoio de elementos da Cruz Vermelha alemã na zona especial, que ficará situada na Eberstrasse.» [Expresso]

sexta-feira, dezembro 29, 2017

A LIÇÃO DO PERNIL

A dois dias do fim do ano os 2017 os portugueses tiveram a oportunidade de aumentar a sua bagagem cultural de forma significativa, ficaram quase especialistas em hérnias umbilicais e ainda tiveram a oportunidade de saber que o pernil está para os venezuelanos como o bacalhau está para os portugueses. De caminho ainda receberam uma lição de direito constitucional, para saberem porque razão Ferro Rodrigo não foi Presidente da República durante a noite que passou.

Mas como o país é pequenino o pernil levou-nos à empresas que supostamente devia ter feito a exportação e ficámos a saber que Mário Lino é o presidente do Grupo. Faz todo o sentido, se a empresa faz tantas exportações nada como um especialista em transportes para gerir o grupo. Ninguém pode levar a mal que o nosso velho Jamais faça pela vida, a notícia nem sequer chega sê-o, até porque na mesma empresa há mais correntes político-partidárias devidamente representadas, enfim, há pernil que chegue para todos.

Mas o mais curioso é que essa mesma empresa foi alvo de uma investigação e a acreditar na comunicação social o crime de que era suspeita foi o de ter crescido muito! Enfim, seria maldoso questionar se não seria para tentar tramar Mário Lino, até porque alguém se poderia lembrar de sugerir que em relação ao governo de Sócrates a vontade de tramar surge antes da suspeita. 

Mas não deixa de ser ridículo que o Observador noticie de forma quase ingénua que em Portugal o sucesso empresarial é motivo de suspeita opor parte da nossa justiça. Aliás, no Freeport a grande causa da suspeição estava não em qualquer ilegalidade mas sim na forma célere como um processo legal foi aprovado. Enfim, ainda bem que os que não têm jeito para gerir empresas ou são defensores de um Estado lento optem por certas profissões.

Mas fica o aviso aos nosso jovens empreendedores e aos investidores estrangeiros, tenham cuidado com o sucesso, evitem ser muito bem sucedidos pois correm um sério risco de caírem nas malhas da lei, de serem investigados e verem os seus telefonemas escutados e as vossas vidas íntimas fotografadas. A não ser que contratem o o Paulo Portas ou um qualquer outro selo de garantia de honestidade...

Enfim, daqui a três dia teremos Ano Novo, ainda que com muita gente “velha”.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Rui Rio, o Libertador

Rui Rio andou durante os anos a tentar libertar o PSD do Passos Coelho sem o conseguir e agora quer libertar o país do PS? Se ele conseguir libertar-se e libertar o PSD do Pedro Santana Lopes não não é mau.

«O candidato à presidência do PSD Rui Rio exprimiu hoje o desejo de poder vir a "libertar o país da amarração à extrema-esquerda", uma vez chegado à liderança social-democrata, após as eleições diretas de janeiro, frente a Santana Lopes.

"Tenho de ser mais ambicioso do que António Saraiva. Eu quero libertar o país - não o PS -, mas o país dessa amarração à extrema-esquerda", disse o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, questionado sobre declarações do presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal), na sede nacional do PSD, em Lisboa.» [DN]

 Se ao menos fosse presunto...




      
 Marcelo operado
   
«O Presidente da República vai ser operado esta quinta-feira de urgência a uma hérnia umbilical e por isso desmarcou toda a agenda do dia, preenchida com audiências a agentes da Justiça. Foi também desmarcada toda a agenda até 1 de Janeiro, incluindo as deslocações a concelhos afectados pelos incêndios de Outubro no dia de Ano Novo.

De acordo com uma nota publicada no site da Presidência, o chefe de Estado "foi esta tarde internado no Hospital Curry Cabral para ser operado a uma hérnia umbilical". "Esta operação estava há muito prevista para o início de Janeiro, mas os médicos assistentes decidiram antecipá-la, por ter encarcerado", explica a mesma nota. Que explicita: "O chefe do Estado cancelou, por isso, toda a agenda de hoje, bem como as dos próximos dias, incluindo as deslocações previstas para 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, à área da tragédia de Outubro".

A Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP) foi, por isso, avisada o cancelamento da audiência apenas 20 minutos antes da hora marcada, 13 horas, e que seria a primeira da agenda presidencial do dia.» [Público]
   
Parecer:
Digamos que vamos estar um ou dois dias sem os seus comentários matinais, vespertinos e noturnos durante um ou dois dias. Esperamos que o país não venha a sofrer de algum síndroma de abstinência.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Deseje-se as melhoras e aguardemos pel comentário e explicação técnica do que é uma hérnia a dar pelo professor logo que se recomponha e tenha o buraco tapado.»

quinta-feira, dezembro 28, 2017

MODERNISMOS...



A primeira página do Público de hoje merece ser vista e revista, lida e relida, pensada e repensada, os jornalistas do Público dizem num único título o Estado a que a democracia portuguesa chegou, dizem-no de forma espontânea, como se alguém tivesse adotado um artigo 1.ºA da Constituição no rescaldo das imensas sessões de beijinhos, desde os beijinhos a crianças ao beijinho no anel do arcebispo à saída da missa. Um artigo a dizer que no país nada pode ser feito e decidido sem o conhecimento prévio de Marcelo.

“Partidos aprovaram bónus de milhões sem dizer nada a Marcelo”, ao que isto chegou! Quem poderia imaginar que um dia os partidos deste país tivessem a coragem de alguma vez fazerem a este Marcelo o que a ANP, nem mesmo os deputados da ala liberal, alguma vez ousaram fazer ao outro Marcelo, por coincidência o padrinho deste. Ao que isso chegou, os partidos andarem a decidir coisas no parlamento sem dizerem, isto é, sem pedirem autorização a Marcelo! 

Ao que isto chegou! Será que estes barrabotas dos nossos deputados já pensam que são arcebispos e estão convencidos de que o Presidente vai começar a reproduzir as suas homilias à saída do parlamento como se fosse os seus guias espirituais? Já não há respeitinho, os deputados já se dão ao luxo de decidirem coisas no parlamento sem que Marcelo seja avisado com a devida antecedência.

Os partidos ainda não parece terem percebido que antes de decidirem qualquer coisa no parlamento devem pedir uma audiência em Belém e meterem-se na bicha como fazem todos os bons portugueses, as senhoras das Raríssimas antes de caírem em desgraça o sindicato que nos tempos em que Marcelo ia ao Ténis com o Ricardo era patrocinado pelo BES, os provedores das santas casas, os mais variados representantes do clero, a seleção de futebol e todas as outras forças vivas da sociedade.

Um dia deste compramos o Público e vemos lá escarrapachado que a Junta Freguesia da Messejana decidiu mudar a torneira do fontanário sem primeiro fazer o devido aviso a Marcelo, para que o Presidente não fosse apanhado de surpresa por uma torneira nova. Ao que a pouca vergonha do nosso parlamento chegou, decidir coisas sem avisar primeiro Marcelo! Enfim, é como o compadre que apanhou a mulher com o amigo e exclamou com grande indignação “com estes modernismos ainda vais fumar para a cama!”.

Haja respeitinho, Marcelo quer saber de tudo e nada se deve fazer sem que Marcelo seja devidamente informado, a Marcelo cabe decidir semanalmente quais as prioridades do governo para os próximos anos, acompanhar as obras de Pedrógão, certificar-se de que os anéis dos bispos estão bem lavados, enfim, tudo o que de importante suceder no país tem de ter o seu visto prévio.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Santana Lopes

Santana Lopes, que sempre foi um rapaz de boas contas, acha que o seu PSD devia viver de gorjetas.

«O candidato à presidência do PSD Pedro Santana Lopes declarou esta quarta-feira não “perceber” a posição dos sociais-democratas nas alterações à lei de financiamento dos partidos, mas mostrou-se cauteloso até falar com o líder parlamentar ou outros responsáveis.

“Gostava de ter uma explicação para o que vou lendo, e aquilo que li até agora…não consigo perceber de todo a razão pela qual o partido a que pertenço se mostrou favorável a este caminho”, declarou Santana Lopes, antes de realçar, todavia, que “não teve tempo” para falar com os dirigentes do PSD sobre o tema.


O candidato a líder do PSD falava em Ponta Delgada, nos Açores, à margem de uma sessão de cumprimentos com o líder social-democrata na região autónoma, Duarte Freitas, e no arranque de uma visita ao arquipélago que levará o candidato não só à ilha de São Miguel mas também à ilha Terceira.

Ainda no que refere ao financiamento partidário, Santana reconheceu que esta matéria “é de facto complicada”, mas admitiu, mesmo falando “sob reserva de ainda não ter ouvido explicações” do PSD, que “é incompreensível para o povo português” haver alterações de maior alívio fiscal ou benesses nesse campo aos partidos políticos.» [Observador]

      
 O dinheiro não compra tudo
   
«Anna Muzychuk, xadrezista ucraniana por duas vezes campeã do mundo, recusou participar no mundial feminino de xadrez que começa esta terça-feira na Arábia Saudita. “Não quero jogar pelas regras de outros, não quero usar abaya [veste árabe obrigatória para as mulheres], não quero ter de andar acompanhada para sair e, no geral, não me quero sentir uma criatura secundária”.

Numa publicação na sua página de Facebook, Anna Muzychuk escreveu que o faz para ser coerente com os seus valores. “Estou preparada para me erguer pelos meus princípios e não ir a um evento onde em cinco dias deveria ganhar mais do que ganho numa dezena de eventos juntos”, afirmou Muzychuk. “Tudo isto é irritante, mas o mais perturbador é que quase ninguém se preocupa”, acrescentou.» [Observador]
  
 Sindicatos de luxo
   
«Sindicato dos Oficiais de Justiça vai ser recebido amanhã às 18 horas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, informa o Sindicato dos Oficiais da Justiça em comunicado.

Na mesma nota, o sindicato esclarece que a audiência foi solicitada pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça para apresentar as suas "preocupações com a nova organização judiciária, o sistema de justiça e a carreira".

"Carreira que, pese embora mais de um século de regulamentação, não tem merecido, nos últimos anos, a devida atenção e o reconhecimento, necessário para salvaguarda do sistema de Justiça", lê-se ainda. A revisão da carreira dos Oficiais de Justiça está prevista ocorra durante o ano de 2018.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

A seguir a receber os sindicatos de luxo Marcelo vai receber todos os sindicatos ou a sua proecupação com os trabalhadores é proporcional ao poder que exercem na sociedade?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»

 Marcelo dá prazo a parlamento
   
«O Presidente da República fez saber esta quarta-feira que vai esperar para “se pronunciar” sobre as alterações à lei do financiamento dos partidos, aprovadas na Assembleia da República na semana passada, por PS, PSD, PCP, Bloco de Esquerda e PEV. Só o CDS e o PAN votaram contra. Marcelo dá um prazo total de oito dias aos deputados para poderem ser eles a agir relativamente a um diploma que está a levantar polémica ( o prazo começou a contar na sexta-feira, dia 22, quando recebeu o diploma em Belém). Partidos que estiveram envolvidos nas alterações fizeram um comunicado conjunto (que o Bloco não quis assinar), já depois da reação presidencial, onde atiram para Marcelo Rebelo de Sousa a responsabilidade de”decidir ou não” pela promulgação da lei. “Se tivéssemos dúvidas de constitucionalidade não tínhamos aprovado”, diz fonte do PS.

Numa nota publicada no site oficial da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa refugia-se numa norma da Constituição para evitar pronunciar-se já sobre o diploma que lhe chegou na sexta-feira, dia 22. Tendo em conta que as alterações visam uma lei orgânica (a do Tribunal Constitucional, neste caso), “o Presidente da República não se pode pronunciar antes de decorridos oito dias após a sua receção”, de acordo com o que está definido na Constituição, entende Marcelo.» [Observador]
   
Parecer:


O Presidente da República parece não querer perceber que em democracia há paridos, parlamento e Presidente da República, que os poderes não se sobrepoem e que o respeito entre os órgãos do poder deve ser mútuo. O Presidente não tem qualquer tutela paternalista dos deputados, ou concorda ou discorda, ou acha que uma norma é constitucional ou não acha, ou veta ou não veta,.

É inaceitável e constitucionalmente muito duvidoso que um Presidente dê prazos aos deputados para que mudem de ideias, sem arriscar a dizer o que pensa, limitando-se a sugerir que os deputados terão cometido um errito que o mestre-escola não aceita. Isto não é forma de um presidente se relacionar com o parlamento que não tem nada a aprender em democracia com o ex-comentador de televisão.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lembre-se a gestão das contas do PSD no tempo em que foi liderado por Marcelo.»


 Frasquilho "demitido" do DN
   
«Uma decisão que surge na sequência das notícias que davam conta que familiares do chairman da TAP terão recebido transferências de uma conta na Suíça, detida pela Espírito Santo Enterprises.

Miguel Frasquilho já não será o ‘diretor’ por um dia na edição impressa do Diário de Notícias do dia em que o jornal celebra o seu 153º aniversário. Seria uma edição especial a publicar no dia 29 de dezembro, mas o ECO sabe que essa mesma edição já não contará com a colaboração do atual chairman da TAP.

Contactado pelo ECO, Paulo Baldaia confirmou a suspensão do convite. “Perante a notícia do Expresso sobre a transferência de rendimentos e tendo Miguel Frasquilho pedido uma auditoria à Autoridade Tributária sobre este assunto, entendemos de comum acordo que fazia sentido suspender este convite”, disse o diretor do jornal centenário. “O que importa agora é sublinhar os 153 anos do DN e esta edição especial”, concluiu Paulo Baldaia.» [Eco]
   
Parecer:

De vedeta a dispensado, num dia baldaia era o seu admirador e agora foge dele como do diabo.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

quarta-feira, dezembro 27, 2017

QUEM SAI AOS SEUS NÃO DEGENERA

Em Portugal somos todos amantes da democracia, mas com um pequeno senão, odiamos partidos e políticos. EM maior ou menor grau somos uma espécie de democratas transgénicos, democratas a quem foi inoculado um bocadinho de Salazar. Em públicos somos democratas exemplares, em privamos temos um altar com o Salazar, o santo de muitos democratas.

Quando ouvi Jorge Ferreira na SIC falar da lei dos financiamento dos partidos percebi logo que a coisa ia acabar mal, quando o jornalista da SIC Notícia disse que a última esperança era a intervenção de Marcelo, percebi logo o que ia suceder, se o jornalista melhor combina estupidez com populismo exigia a intervenção salvadora de Marcelo, era certo e sabido que o Presidente aproveitaria a vaga e fazia mais uma surfada populista.

Ouvir Jorge Ferreira insinuar que com o reembolso do IVA os partidos iriam fazer concorrência desleal às empresas ou que ainda se lembrariam de ocupar um qualquer Mosteiro dos Jerónimos foi de ir ao vómito. Mas a verdade é que muitos dos que hoje ouvem a SIC, depois de horas e horas de doutrinação, concordaram com o pequeno ser que anda armado em economista quando a última coisa que aprendeu neste domínio foi a tabuada.

Marcelo perdeu a oportunidade de se afirmar como Presidente da República democrática, poderia explicar aos portugueses que a democracia precisa dos partidos e que estes funcionam porque muitos cidadãos oferecem horas e horas de trabalho e muito dinheiro do bolso. Que o financiamento do Estado correspondia ao pagamento de uma despesa necessária a assegurar a democracia.

Marcelo tinha a oportunidade de usar a influência do seu populismo angariado com discursos duvidosos, conquistando por uma vez os mais exigentes e menos dados aos seus truques populistas. Mas não preferiu uma forma menos própria e em vez de dar a cara faz um pedido ao parlamento que mais não é que o discurso do Jorge Ferreira, um pedido onde de forma subliminar condena os partidos, dando razão aos que em Portugal nunca falam bem dos partidos. Cada vez tenho menos consideração democrática por Marcelo, mas, enfim, tenho de reconhecer que quem sai aos seus não degenera.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Hugo Soares, líder parlamentar apalermado do PSD

Se Hugo Soares não existisse tinha de ser inventado, algo que nem seria difícil pois em termos inteletuais nem seria necessária muita matéria-prima. Imagine-se que a mensagem de Natal era uma oportunidade para que  que António Costa "demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal", subentendendo-se que aquilo de que Portugal precisa é do que Passos Coelho defendia e o PSD continuará a defender, até que para engrandecer o sucessor comecem a dizer que ele tinha ideias erradas.

Enfim, Hugo Soares perdeu mais um a oportunidade para mostrar que tem um mínimo de aptidões para desempenhar o cargo de líder parlamentar do PSD, evitando ficar na memória como um palerma que esteve no cargo durante alguns meses e porque com a queda previsível de Passos ninguém se ofereceu para o cargo.

«O líder parlamentar do PSD considerou hoje que a mensagem do primeiro-ministro foi uma "oportunidade perdida" para António Costa "demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal".

"O senhor primeiro-ministro perdeu, mais uma vez, uma oportunidade de demonstrar ser ainda capaz de fazer aquilo que é preciso fazer em Portugal", disse Hugo Soares, destacando que "a maioria está esgotada nela própria e há só um objetivo de António Costa, a sua manutenção do poder".

O líder parlamentar do PSD, que reagia em Viana do Castelo à mensagem de Natal de António Costa, adiantou que o primeiro-ministro "não foi capaz de trazer nada de novo ao discurso político".» [DN]

      
 Ainda ficamos sem "capitão"
   
«A responsável da Unidade Central de Coordenação do Tesouro afirmou em tribunal que há contribuintes que estão detidos por com infracções fiscais menos graves do que as do futebolista português Cristiano Ronaldo.

"Temos na prisão pessoas que não pagaram 125.000 euros", afirmou Caridad Gómez Mourelo em tribunal, em 7 de Dezembro.

Nas declarações, divulgadas nesta terça-feira pelo jornal El Mundo, a responsável pela Unidade Central de Coordenação do Tesouro, considerou "importantíssima" para o fisco espanhol a verba de quase 15 milhões de euros que é imputada a Cristiano Ronaldo.

O internacional português do Real Madrid, que já está a ser julgado, é acusado de ter, de forma "consciente", criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.» [Público]
   
Parecer:

mas não era o Lobo Xavier que dizia que estava tudo muito bem e que era tudo um problema de interpretação.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Solicite-e um comentário ao advogado tuga de Ronaldo.»
  
 Não tenhais medo
   
«“A minha presença aqui traduz a presença de todos os portugueses. Todos me pediram para estar presente - mesmo os que não me pediram. Ainda ontem à noite me disseram no Barreiro: ‘leve um abraço’”. E Marcelo levou (à letra). Beijos e abraços. E os afectos: “Não tenham medo de dizer afecto. Ou amor”, disse o chefe de Estado.

“Não esquecerei o que vivemos. Não parecem seis meses, parecem uma eternidade para quem os viveu”. A tragédia deixou marcas - nas casas, algumas já recuperadas; nas florestas, ainda pretas até ao horizonte nos deixar ver; e nas almas, sabe-se lá até quando, até onde. “É uma saudade muito dolorosa”, reconhecia Marcelo, depois de andar passo a passo a distribuir uma palavra por cada familiar, por cada vítima presente.

“Hoje é o dia de agradecer ao sr. Presidente”, disse Nádia Piazza, repetindo a palavra que só não estranhamos naquele sotaque brasileiro. “Ele tem o que de mais rico e nobre uma pessoa pode dar: o amor”.» [Público]
   
Parecer:

Este presidente é uma espécie de Papa da República, até já se inspira nas máximas de João Paulo II.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Vamos para Espanha
   
«Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol, celebrou um acordo com os parceiros sociais esta terça-feira, 26 de Dezembro, que coloca o salário mínimo nos 850 em 2020, ainda que as actualizações estejam dependentes da evolução da economia, de acordo com a imprensa espanhola.

Em 2018, o salário mínimo vai aumentar 4% para 735,9 euros, segundo o acordo firmado. Esta actualização deverá abranger mais de 530 mil pessoas e terá um impacto de 33,2 milhões de euros nas contas da Segurança Social.

Nos anos seguintes haverá novos aumentos do salário mínimo, ainda que estejam dependentes de um crescimento da economia de, pelo menos, 2,5% por ano. Prevê-se ainda a criação de 450 mil postos de trabalho por ano até 2020, altura em que o salário mínimo deverá ser fixado nos 850 euros.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Por cá os patrões dos ordenados baixos querem ficar com os benefícios dos aumentos de produtividade e do crescimento só para eles.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 Imagem duvidosa
   
«“A fotografia que partilha connosco não se coaduna com a nossa política, valores e princípios pelos quais A Padaria Portuguesa se rege. Diariamente oferecemos as sobras de todas as lojas a organizações e associações, nomeadamente a Reefood e Comunidade Vida e Paz”. É desta forma que a empresa se tem estado a defender perante os inúmeros internautas que têm deixado mensagens nas contas oficiais da padaria nas redes sociais.

Infelizmente a loja da Graça não aplicou as diretrizes que lhes foram transmitidas pelo que iremos proceder a uma análise interna de forma a apurar responsabilidades e tomar as devidas medidas corretivas“, completa a empresa.

Esta é mais uma polémica que se vem juntar a outras duas que rebentaram este ano. Logo no início de 2017, Nuno Carvalho, sócio-gerente d’A Padaria Portuguesa, questionado sobre o salário mínimo e a votação da Taxa Social Única, revelou que 25% dos colaboradores recebiam o salário mínimo “em regime de transição” e defendeu a maior “flexibilização da contratação, do despedimento e do horário extra de trabalho“. Esta revelação e a forma como falou geraram indignação. Daniel Oliveira foi uma das vozes críticas: “Um País desigual é isto: cada um vive na sua bolha e, quando fala para a televisão, julga que quem o está a ouvir partilha as suas prioridades”.

Mais recentemente, em outubro, o mesmo sócio-gerente voltou a gerar indignação quando, em entrevista ao Dinheiro Vivo, disse que a empresa faz “investimento a sério nas pessoas”. “Somos muito informados e tratamos as pessoas como pessoas. Criamos um espírito de equipa que vale muito mais do que a remuneração base”, disse Nuno Carvalho. “Isto é o que nos faz ser uma grande empresa. Atender 40 mil pessoas todos os dias com funcionários insatisfeitos não seria possível”, rematou.» [Observador]
   
Parecer:

Ninguém com bom senso acredita que uma empresa minimamente séria, mesmo que não tenha quaisquer preocupações sociais vá atirar uma carrada de bolos-rei no lixo, colocando-os à vista de toda a gente, num tempo em que cada cidadão é uma espécie de paparazi, sempre pronto a fotografar ou filmar e colocar as imagens nas redes sociais.

A imagine dos bolos-rei no caixote do lixo lembra um filme que passou nas televisões onde uma super lesma nadava alegremente num prato de sopa, o que faz supor que  em Portugal há uma nova lema que resiste à fervura e às varinhas mágicas.

Sejamos minimamente inteligentes, algum idiota da empresa, muito provavelmente alguém que ganha o salário mínimo, estava cheio de pressa e nem pensou no que estava a fazer ou algum concorrente vizinho teve uma ideia brilhante e tramou a Padaria Portuguesa.

O mais curioso é o Observador, um jornal tão amigo das empresas e das ideias liberais que crucifica os responsáveis da Padaria Portuguesa e até reproduzem declarações antigas para ajudar ao auto de fé em que se condena e queima a empresa.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

terça-feira, dezembro 26, 2017

ESTOU SEM TOLERÂNCIA PARA AS TOLERÂNCIAS DE PONTO

A Passos Coelho não bastava retirar direitos e rendimentos aos portugueses que trabalhavam parta o Estado, fazê-lo recorrendo à difamação e humilhação, passou a imagem de inúteis engordados á custa do país, causadores de todos os males e os cortes dos seus rendimentos sem quaisquer negociações eram uma bênção para o país. O menos dotado e com menos experiência profissional de todos os primeiros-ministros da história de Portugal reduziu os funcionários públicos a despesa inútil, a única despesa que merecia e devia ser cortada.

A Geringonça repôs alguns rendimentos, o horário de trabalho e pouco mais, nalguns segmentos salariais por pressão eleitoralista do BE e do PCP, para os restantes lá se eliminou a sobretaxa depois de se ter arrastado os pés o mais possível. A imagem de que houve uma recuperação dos rendimentos ou de quaisquer outros direitos é falsa e os funcionários públicos continuam a ser as vacas da austeridade.

Mas o pior de tudo isto é a forma como os funcionários públicos são olhados e é por isso que sou contra a concessão de tolerâncias de ponto. Não faz sentido um governo cortar nos dias de férias e vir outro governo dar umas baldas porque é tradição ou, piro ainda, com o argumento de que não sendo muito necessários até é bom que desempatem as estradas para que o trânsito. Gosto pouco de receber favores ou gorjetas, se quisesse ficar hoje em casa tinha recorrido a um dia de férias. 

Acho uma vergonha esta mania dos governos portugueses darem um diazinho a esses pobres coitados, dando a notícia uma semana antes. Daqui a uns tempos lá aparece alguém, a dizer que esses malandros não trabalham e ainda lhes dão dias de tolerâncias, ainda se vão lembrar que só eles têm férias ilimitadas e alguns acrescentarão que não fazem nada. 

Em vez de modernizarem o Estado os governos têm tentado reduzir os custos salariais no Estado e em vez de o fazerem com medidas de gestão fazem-no recorrendo à difamação, umas vezes feita de forma objetiva, outras vezes de forma subliminar. Com Sócrates foi a avaliação, o SIADAP e a avaliação de professores, o governo era modernizador porque com a avaliação punha-se a malandragem a trabalhar. Passos nem se deu ao trabalho de explicar, difamou e cortou.

Começa a ser tempo de os que trabalham no Estado serem vistos como qualquer trabalhador, acabando de vez com estas tolerâncias e outras gorjetas avulso, ao mesmo tempo que em nome da austeridade lhes são recusados outros direitos. Os funcionários públicos podem ser maltratados, mas têm o direito a não ser humilhados.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, crente

Começa as ser cansativo e até mesmo enjoativo ter de assistir às homilias de Marcelo Rebelo de Sousa sempre que decide que o país deve acompanhar as suas celebrações eucarísticas, como se o proselitismo tivesse acampado em Belém e a Presidência exerce agora o seu papel numa visão evangélica da sua missão.

Mas ver um Presidente da República, à saída de mais uma das suas muitas missas a que gosta de ir e levar o país através das televisões país, citar a homilia do bispo que se este fosse um guia espiritual do país, devendo ser ouvido, seguido e citado por um Presidente da República começa a ser exagero. Como também é um exagero o Presidente apelar a uma espécie de peregrinação nacional a Pedrógão para ajudar a região, inventando uma nova modalidade de turismo, o turismo caridoso, onde se mistura a solidariedade com o voyeurismo social, com muita gente caridosa a ir a Pedrógão manifestar a sua pena aos indígenas promovidos a vítimas.

O Presidente teve uma ideia brilhante, depois do turismo das praias, da gastronomia, das aves e da cultura teremos o turismo das vítimas, como o país está na moda podemos vender itinerários a estrangeiros como "viste o Portugal ardido", "Visite as estradas onde se morre" ou "venha conhecer a rota dos AVC".


«À saída da missa que se celebrou na Igreja Matriz de Pedrógão Grande, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou com os jornalistas, num dia de Natal em que o chefe das Forças Armadas passa em regiões afetadas pelos fogos deste ano. Em declarações, o Presidente afirmou: “Acho que as pessoas não podem nunca esquecer, e não esquecer é estar presente”.

Após a celebração eucarística que começou às 11h30, o Presidente da República disse, quanto aos esforços para a recuperação dos danos causados pelos incêndios, que “as pessoas arregaçaram as mangas e recomeçaram as suas vidas”. O chefe de Estado disse ainda que as pessoas “começaram a partir para um futuro diferente e felizmente houve um grande apoio por todo o país”. Marcelo Rebelo de Sousa mencionou ainda que é necessária a presença de todos, ressalvando a importância de “autarcas, instituições e da Igreja” para as recuperação dos danos dos incêndios.» [Observador]

segunda-feira, dezembro 25, 2017

O QUE ESTAVA NO SAPATINHO

Marcelo Rebelo de Sousa:

No sapatinho de Marcelo Rebelo de Sousa estava uma vacina contra a gripe e um frasco de desinfetante, alguém que à saída da missa entra numa interminável sessão de beijos não só corre sérios riscos de saúde como se transforma num propagador de tudo o que é bactérias.

António Costa:

O ruído provocado á sua volta pelo próprio Presidente da República é um sério risco para a sua saúde, um risco que justifica que na vida política também seja obrigatório usar proteções para os ouvidos, tal como sucede nalgumas instalações industriais.

Maria Luís Albuquerque:

Com a partida anunciada de Passos Coelho também pareceu aquela que muitas vezes era apresentada como a sua sucessora, 2017 foi um desastre para a ex-ministra das Finanças e tudo se explica pela sua inaptidão para aritmética. Talvez por isso tivesse uma calculadora no sapatinho.

Passos Coelho:

Passos Coelho vai partir mas  depois de dois anos com o diabo no corpo justifica que lhe seja paga uma sessão de exorcismo na Igreja Universal do Reino de Deus.

Assunção Cristas:

No sapatinho de Cristas estava um picador de gelo, uma ferramenta indispensável para alguém que considera que os membros do governo das esquerdas, como ele o designa, são merecedores de serem cortados em fanicos por tudo e por nada.

Jerónimo de Sousa e Catarina Martins:

Os líderes do PCP e do BE recusaram-se a meter o sapatinho na chaminé.

domingo, dezembro 24, 2017

BOAS FESTAS


UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Teresa Caeiro, deputada raríssima

Dantes era fino passar pela Raríssimas, de entre as escolas de caciquismo político do mundo da economia social aquela instituição era a coisa mais fina, políticos da esquerda e da direita com ambições governamentais na área da Segurança Social queriam lá estar. Agora que a coisa caiu em desgraça já ninguém parece querer aparecer nas cerimónias com rainhas e primeiras damas, fogem da Raríssimas como o diabo foge da cruz, chegam mesmo a mentir.

«A deputada do CDS Teresa Caeiro fez parte da assembleia geral da associação Raríssimas entre 2013 e 2015, apesar de ter garantido ao Observador que apenas tinha sido convidada para integrar o Conselho Consultivo de Reflexão Estratégica da instituição e de garantir que nunca assinou qualquer documento. Mas o nome e a assinatura da ex-secretária de Estado da Segurança Social do CDS constam mesmo da ata de 3 de junho de 2013, que oficializa a tomada de posse dos órgãos sociais para os dois anos seguintes. Há outra omissão relevante: no registo de interesses de Caeiro, no site da Assembleia da República, nada consta sobre qualquer relação com a Raríssimas. Caeiro defende-se dizendo que não participou “substantiva e presencialmente” em “qualquer ato ou reunião” daquela instituição.

Teresa Caeiro tomou posse como secretária da assembleia geral da instituição que apoia pessoas com doenças mentais e raras exatamente — e que está envolvida em polémica — no mesmo dia em que o ministro Vieira da Silva assumiu funções como vice-presidente daquele órgão. Além destes, o advogado e professor universitário Paulo Olavo Cunha assinava a ata e passava, a partir daquele momento, a presidir à assembleia geral. Dos três, é o único que se mantém em funções.» [Observador]


 Dúvidas que me atormentam a alma

A inspeção que Fraquilho diz ter pedido à AT sobre os seus rendimentos foi feito antes ou depois de saber que o Expresso ia denunciar os pagamentos do saco azul do BES aos seus familiares? Desde quando é que as remunerações dos trabalhadores de um banco são feitas a partir de ofsshores e com transferências para falimiares?


      
 Família cheia de sorte
   
«O pai, a mãe e o irmão do ex-deputado do PSD e ex-quadro do BES Miguel Frasquilho receberam seis transferências entre 2009 e 2011 de uma conta na Suíça titulada pela Espírito Santo Enterprises, uma companhia offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas que é considerada pelo Ministério Público como tendo funcionado como um gigantesco saco azul do Grupo Espírito Santo (GES) para pagamentos não registados. De acordo com a edição semanal do Expresso deste sábado, os valores das transferências para os familiares de Frasquilho somaram 54 mil euros e aconteceram numa altura em que o recém-nomeado chairman da TAP acumulava o lugar de deputado com o cargo de diretor da Espírito Santo Research, uma corretora do BES.

Miguel Frasquilho confirma as informações do Expresso, assumindo que esses pagamentos foram feitos e acrescentando que correspondem a rendimentos seus e não dos seus familiares. “A circunstância de esses pagamentos terem sido efetuados em contas de familiares meus deve-se apenas ao facto de eu ter pedido isso mesmo à minha entidade patronal, uma vez que tinha dívidas para saldar com os meus familiares diretos referidos”, diz, não explicando no entanto por que razão esses pagamentos foram feitos a partir de uma conta na Suíça titulada por uma offshore que não fazia parte da estrutura do BES. “Quanto à questão da proveniência dos valores, desconheço em absoluto”, diz. A ES Enterprises era uma offshore oculta do universo Espírito Santo que canalizou ao longo de anos milhões de euros de pagamentos "por fora", que não eram declarados em Portugal nem constavam nos relatórios e contas do BES. Na investigação "Panama Papers", o Expresso revelou uma rede de sociedades offshore que serviam para que o grupo Espírito Santo fizesse pagamentos desconhecidos. A ES Enterprises era uma dessas sociedades.» [Expresso]
   
Parecer:

A desculpa d Frasquilho merece uma gargalhada.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

sábado, dezembro 23, 2017

SALVAR O MONTEPIO?

O que tem de diferente o Montepio enquanto banco para que mereça ser salvo por uma injeção de dinheiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa? Tanto quanto sei este banco orientava-se pelos mesmos critérios de toda a banca comercial e se está em dificuldades é porque na busca do lucro fez más opções. Se os seus donos e gestores fizeram más opções ou se dedicaram a negócios duvidosos, sejam banqueiros gulosos ou associações, sejam geridos por gente gananciosa ou padres franciscanos, devem assumir as consequências.

O BPN foi mal gerido e os seus donos deixaram de o ser, o mesmo sucedeu com o BES e com o BANIF, em todos os casos os investidores que confiaram nos seus maus gestores, incluindo muitos pequenos clientes que foram ludibriados, foram penalizados, porque será que no caso do Montepio deve ser a Santa Casa a capitalizar um banco que pouco ou nada vale.

O que ganha o sistema financeiro português com um mau banco que o Estado ajuda a sobreviver nas mãos dos mesmos donos irresponsáveis? É mais do que óbvio que os mesmos senhores que agora têm poder para influenciar as decisões em seu favor no caso do Montepio voltarão a fazê-lo na próxima crise. A grande diferença entre o Montepio e os outros bancos é que os seus donos têm mais influência sobre a classe política.

O Montepio não faz falta ao sistema financeiro português, os seus donos demonstraram não terem condições para deter um banco e mesmo na hora de se salvarem foi o espetáculo a que se assistiu, não faz qualquer sentido que seja o país a pagar um balão de oxigénio. Também não faz sentido que os senhores da economia social passem a ser banqueiros à custa das receitas do jogo da Santa Casa. Digamos que esta não é propriamente uma boa causa.

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

O Presidente da República está a promulgar o OE de 2016, 2017 ou 2018? Não faz o mais pequeno sentido o Presidente da República promulgar o OE para 2018 e desatar a fazer avisos para o OE de 2019, ainda por cima sobre pretensos eleitoralismos. Se o Presidente da República acha que pensar em eleições num regime democrático deve explicar o que entende por eleitoralismo.

Não será eleitoralismo dispensar Passos Coelho da sua campanha eleitoral porque considerava que lhe tirava votos? Não foi eleitoralismo prolongar o mais tempo possível o seu tempo de antena televisivo adiando a apresentação da sua candidatura? Não será eleitoralismo tanto beijinho, abraços e jantares servidos aos pobrezinhos coitadinhos?

O que que é que para Marcelo é eleitoralismo, cumprir promessas eleitorais e respeitar as metas exigentes estabelecidas para o défice.

Em Portugal parece harveem duas pessoas muito preocupadas com eleições que só se realizarão daqui a dois anos, Marcelo Rebelo de Sousa e Assunção cristas.

«Numa nota no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deu luz verde ao Orçamento do Estado para o próximo ano, mas não sem deixar quatro "chamadas de atenção", entre elas o aviso para que o Governo não ceda a "eleitoralismos", uma vez que em 2019 o país terá duas eleições.

O Presidente da República segue o mesmo modelo do ano passado e decide deixar quatro comentários ao Governo, mas desta vez, as chamadas vão mais longe, lembrando Marcelo que a negociação para o descongelamento da carreira dos professores, sem nunca referir directamente esta classe profissional, tem de ser vista com atenção para que não condicione o Governo seguinte: "O debate em torno das despesas de funcionamento do Estado não pode deixar de atender à igualdade de situações, sensatez orçamental e liberdade de escolha nas eleições parlamentares que definirão o Governo na próxima legislatura, em domínio em que não é aconselhável haver mudanças todos os quatro anos"

Esta é apenas uma das notas que deixa. Além disto, o chefe de Estado avisa para a economia mundial e para os cuidados que é preciso ter para não contar com uma melhoria que pode não ser igual à de 2017. "Apesar do panorama positivo na economia europeia e mundial, a sua evolução em 2018 pode não ser tão favorável como em 2017", escreve.

Outra das chamadas de atenção prende-se com a realização de eleições em 2019: "A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos, que, além do mais, acabem por alimentar surtos sociais inorgânicos, depois difíceis de enquadrar e satisfazer".» [Público]

 Dúvidas que me atormentam a alma

Porque será que a Assunção cristas não ficou assanhada com o caso das crianças levadas pela IURD, fazendo perguntas ao titular da pasta de Segurança Social, para depois dizer que está fragilizado' Não me digam que é porque na época a provedora da Santa Casa, entidade com grandes responsabilidades no processo, ao ponto de ter produzido falsidades para viabilizar as adopções, era alguém que tinha sido presidente do CDS.


      
 Não era uma greve
   
«Cerca de 30 trabalhadores da distribuição da Sonae cortaram esta sexta-feira o trânsito, na zona da Maia, junto do centro de distribuição do grupo SONAE, num protesto para reivindicar aumentos salariais. A PSP foi chamada ao local para facilitar a circulação do trânsito e os manifestantes recuaram.

Este é o primeiro de três dias de luta nacional e que hoje se concentra nos trabalhadores da distribuição, seguindo-se ações dos funcionários das empresas da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que incluem os principais super e hipermercados do país.» [DN]
   
Parecer:

Compreende-se, é mais fácil fechar uma estrada do que fechar uma loja do Continente.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se e sugira-se aos sindicalistas que tramem os Azevedos e deixem o cidadão comum descansado.»
  
 A demitidora
   
«A presidente do CDS-PP visitou nesta sexta-feira uma instituição de solidariedade para assinalar "o melhor" do sector social, reiterando que o ministro Vieira da Silva está "visivelmente fragilizado" e não respondeu a "todas as perguntas" sobre a Raríssimas.

"São muitos temas relevantes na esfera de um ministro que eu creio que está visivelmente fragilizado, até porque não conseguiu responder com rigor a todas as perguntas sobre o caso Raríssimas", defendeu Assunção Cristas aos jornalistas.» [Público]
   
Parecer:

O problema e que não perde a oportunidade, mas perde a credibilidade, pedir a demissão por tudo e por nada, fazer perguntas sabendo que qualquer que seja a demissão vai responder sempre com a exigência de mais uma demissão retira-lhe toda a credibilidade.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»