A inveja, vulgo dor de cotovelo ou dor de corno, é uma doença tão nacional quanto a dos pezinhos e ao contrário da gripe que tem a sua época e a respetiva vacina, para esta epidemia não há nem épocas nem medidas preventivas. E quando se esperava pela chagada da gripe, com o velhinhos já todos vacinados, eis que somos atingidos por mais uma das nossas típicas pandemias de dor de corno.
Como não podia deixar de ser, o presidente de todos nós incarna como poucos as qualidades e males nacionais. Quando se antecipava ao Centeno e ao próprio INE, divulgando previsões de crescimento muito acima do inicialmente esperado, não promovia excesso de perspetivas, nem mesmo era um grande otimista. Agora, que o crescimento económico á não parece ser estimulado pelos beijinhos e abraços presidenciais Marcelo é um pessimista.
Isto de ter um ministro com mais prestígio internacional do que o conseguido com a fotografia do abraço à velhinha publicada na Time é uma chatice. Ter um ministro a quem se leu as mensagens privadas e agora não poder voltar a fazê-lo, porque a Europa morreria à gargalhada se soubesse que o Lobo Xavier foi mostrar os SMS da senhora Merkel ao seu amigo Marcelo é uma chatice. O melhor é usar os incêndios para meter o Costa e o Centeno na linha.
Outra bela manifestação da dor de corno nacional foi terem descoberto que em Portugal um vestido de luxo custa 200 euros, algo que deve estar a intrigar as grandes casas de moda de Paris, como é que uma senhora portuguesa que tratam por doutora, se veste com uns trapos de 200 euros e vai pavonear-se ao lado da Letícia. Então a Kate Middleton veste vestidos de “luxo” da Sara e a pindérica que vendia jornais numa avenida secundária de Lisboa é que se veste com luxo mais barato do que camarão de aquacultura vendido no Pingo Doce?
Não pode ser, ainda por cima tem o desplante de empregar o marido e o filho pagando-lhe essa barbaridade corrupta de 1000 euros brutos. Há mesmo que acabar com a vaidade da senhora, tirar-lhe o Dr, o BMW e os vestidos de 200 € e meter no lugar dela alguém de boas famílias, mais ao estilo da senhora do Banco alimentar, educadinha e temente a Deus, sem a mania de andar de braço dado com governantes na praia de Copacabana.