Jumento do Dia
Santana Lopes anima as suas hostes, ele vai ganhar as eleições, a maioria parlamenrtar vai desfazer-se e o PPD chega ao governo, melhor seria impossível
«O candidato à presidência do PSD Pedro Santana Lopes disse “acreditar cada vez menos” que a legislatura se cumpra, acusando os partidos que sustentam o Governo de estarem preocupados com a “sobrevivência no poder seja a que custo for”.
Na Trofa, para uma sessão de esclarecimento, o antigo primeiro-ministro e candidato a líder do PSD salientou que “nunca” viu uma coligação como aquela que possibilitou uma solução de Governo à esquerda “onde se ofendem tanto uns aos outros”.
Confrontado com a exigência da líder do BE, Catarina Martins, feita na quinta-feira em Braga, para que o Governo “ponha na mesa” a renegociação da dívida, Pedro Santana Lopes afirmou que esse caminho seria “contraproducente” e que Portugal tem é que provar que cumpre os seus compromissos.
“Devo dizer-lhe que eu nunca vi uma coligação assim, onde se ofendem tanto uns aos outros. Dizer o que diz a líder do BE sobre o Partido Socialista é grave, que é por em causa a honra e integridade dos membros do Governo e isso, com toda a franqueza, ninguém gosta de ouvir”, afirmou Santana Lopes, referindo-se à acusação de Catarina Martins que afirmou que o PS é “permeável” aos interesses económicos.
“Há ali um conceito de relacionamento entre estes dois partidos que me faz confusão e que me leva a convencer-me cada vez mais de que a preocupação é a sobrevivência no poder seja a que custo for mas isso não dura muito tempo”, disse.
Segundo o candidato à liderança do PSD, “normalmente a desagregação, quando é assim, é mais rápida do que as pessoas pensam, apesar de o PPD/PSD não ter interesse rigorosamente nenhum em que a legislatura não cumpra o prazo previsto”.» [Jornal Económico]
O ÚLTIMO URSO PARDO DE PORTUGAL
«Foi no segundo dia do mês de Dezembro de 1843, com o espírito de Natal já instalado na comunidade serrana e o frio entorpecedor a prometer a chegada de neve e fome, que uma multidão subiu à serra da Mourela, no Gerês, e até ao sítio do Sapateiro. Aí dispersaram e percorreram todo o vale do ribeiro do rio Mau até encontrarem num bosque denso o corpulento urso-pardo que procuravam. Mataram-no e transportaram o seu cadáver para a vila de Montalegre. A notícia da sua morte não ficou por Trás-os-Montes e percorreu todo o país graças à pena de um escriba, que redigiu uma breve nota publicada na Revista Universal Lisbonense a 21 de Dezembro desse mesmo ano. E agora Miguel Brandão Pimenta e Paulo Caetano evocam esse acontecimento como a “última matança”, no livro Urso-pardo em Portugal – Crónica de uma Extinção, publicado em Novembro em versão bilingue (português e inglês) pela editora Bizâncio.
Os dados arqueológicos indicam que o urso-pardo é uma espécie originária da Ásia, onde é conhecida há 450 mil anos. Há 300 mil terá coexistido com outra espécie de urso, o urso-das-cavernas, um habitante mais antigo das montanhas europeias que, menos apto a enfrentar um período glaciar, acabou por sucumbir. Agora, o urso-pardo (Ursus arctus), que num passado distante vagueou por quase toda a Europa, é aquele que tem maior distribuição geográfica entre todos os membros vivos da família dos ursídeos (que, para além de ursos, também inclui pandas). Reconhece-se pelo seu aspecto pesado, cauda e patas curtas, uma cabeça grande com olhos pequenos e frontais e pequenas orelhas arredondadas. A pelagem tanto pode ser de um dourado-claro como de um castanho-escuro. E o seu peso e dimensões variam conforme a região, identificando-se diferenças notáveis de urso para urso até entre a mesma população.A eleição de Mário Centeno para a presidência do Eurogrupo trará “consequências inevitáveis” para a condução do Ministério das Finanças em Lisboa. Esta é a leitura feita pelo Presidente da República que, segundo o Jornal Expresso, está preocupado com o impacto que a dupla missão terá na equipa das Finanças, sobretudo na preparação do próximo Orçamento do Estado. Este processo será marcado pelo ambiente pré-eleitoral e por um crescendo nas reivindicações por parte dos sindicatos, funcionários públicos e parceiros à esquerda.» [Público]
Parecer:
Temos uma tradição muito pobre no capítulo do respeito pela natureza.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»