Jumento do Dia
O Presidente da República está a promulgar o OE de 2016, 2017 ou 2018? Não faz o mais pequeno sentido o Presidente da República promulgar o OE para 2018 e desatar a fazer avisos para o OE de 2019, ainda por cima sobre pretensos eleitoralismos. Se o Presidente da República acha que pensar em eleições num regime democrático deve explicar o que entende por eleitoralismo.
Não será eleitoralismo dispensar Passos Coelho da sua campanha eleitoral porque considerava que lhe tirava votos? Não foi eleitoralismo prolongar o mais tempo possível o seu tempo de antena televisivo adiando a apresentação da sua candidatura? Não será eleitoralismo tanto beijinho, abraços e jantares servidos aos pobrezinhos coitadinhos?
O que que é que para Marcelo é eleitoralismo, cumprir promessas eleitorais e respeitar as metas exigentes estabelecidas para o défice.
Em Portugal parece harveem duas pessoas muito preocupadas com eleições que só se realizarão daqui a dois anos, Marcelo Rebelo de Sousa e Assunção cristas.
«Numa nota no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa deu luz verde ao Orçamento do Estado para o próximo ano, mas não sem deixar quatro "chamadas de atenção", entre elas o aviso para que o Governo não ceda a "eleitoralismos", uma vez que em 2019 o país terá duas eleições.
O Presidente da República segue o mesmo modelo do ano passado e decide deixar quatro comentários ao Governo, mas desta vez, as chamadas vão mais longe, lembrando Marcelo que a negociação para o descongelamento da carreira dos professores, sem nunca referir directamente esta classe profissional, tem de ser vista com atenção para que não condicione o Governo seguinte: "O debate em torno das despesas de funcionamento do Estado não pode deixar de atender à igualdade de situações, sensatez orçamental e liberdade de escolha nas eleições parlamentares que definirão o Governo na próxima legislatura, em domínio em que não é aconselhável haver mudanças todos os quatro anos"
Esta é apenas uma das notas que deixa. Além disto, o chefe de Estado avisa para a economia mundial e para os cuidados que é preciso ter para não contar com uma melhoria que pode não ser igual à de 2017. "Apesar do panorama positivo na economia europeia e mundial, a sua evolução em 2018 pode não ser tão favorável como em 2017", escreve.
Outra das chamadas de atenção prende-se com a realização de eleições em 2019: "A existência de duas eleições em 2019 não pode, nem deve, significar cedência a eleitoralismos, que, além do mais, acabem por alimentar surtos sociais inorgânicos, depois difíceis de enquadrar e satisfazer".» [Público]
Dúvidas que me atormentam a alma
Porque será que a Assunção cristas não ficou assanhada com o caso das crianças levadas pela IURD, fazendo perguntas ao titular da pasta de Segurança Social, para depois dizer que está fragilizado' Não me digam que é porque na época a provedora da Santa Casa, entidade com grandes responsabilidades no processo, ao ponto de ter produzido falsidades para viabilizar as adopções, era alguém que tinha sido presidente do CDS.
Não era uma greve
«Cerca de 30 trabalhadores da distribuição da Sonae cortaram esta sexta-feira o trânsito, na zona da Maia, junto do centro de distribuição do grupo SONAE, num protesto para reivindicar aumentos salariais. A PSP foi chamada ao local para facilitar a circulação do trânsito e os manifestantes recuaram.
Este é o primeiro de três dias de luta nacional e que hoje se concentra nos trabalhadores da distribuição, seguindo-se ações dos funcionários das empresas da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que incluem os principais super e hipermercados do país.» [DN]
Parecer:
Compreende-se, é mais fácil fechar uma estrada do que fechar uma loja do Continente.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se e sugira-se aos sindicalistas que tramem os Azevedos e deixem o cidadão comum descansado.»
A demitidora
«A presidente do CDS-PP visitou nesta sexta-feira uma instituição de solidariedade para assinalar "o melhor" do sector social, reiterando que o ministro Vieira da Silva está "visivelmente fragilizado" e não respondeu a "todas as perguntas" sobre a Raríssimas.
"São muitos temas relevantes na esfera de um ministro que eu creio que está visivelmente fragilizado, até porque não conseguiu responder com rigor a todas as perguntas sobre o caso Raríssimas", defendeu Assunção Cristas aos jornalistas.» [Público]
Parecer:
O problema e que não perde a oportunidade, mas perde a credibilidade, pedir a demissão por tudo e por nada, fazer perguntas sabendo que qualquer que seja a demissão vai responder sempre com a exigência de mais uma demissão retira-lhe toda a credibilidade.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»