sábado, dezembro 16, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Rui Rio e Pedro Santana Lopes, a desgraça que se segue

Os debates televisivos tanto podem dar uma vitória como resultar num desastre, quem está ou sente que está em vantagem nada tem a ganhar com debates televisivos, quem se julga em vantagem neste tipo de ação desafia o rival para debates. Rui Rio está convencido de que pode ganhar sem debates, Sanata Lopes julga-se uma vedeta televisiva e tenta resolver a questão através de debates televisivos.

O resultado é o que está à vista, em vez de debaterem ideias andam a debater a organização dos debates e não conseguem chegar a qualquer acordo. Já desistiram de ganhar com debate de ideias, cada candidato tenta agora derrotar o outro pondo-o na posição de cobarde com medo de debates.

E deste espetáculo deprimente vai sair o candidato do PSD a primeiro-ministro, isso se Passos Coelho não mudar de ideias e regressar antes das legislativas.

«O primeiro frente-a-frente entre Pedro Santana Lopes e Rui Rio foi cancelado. O embate estava agendado para sábado à noite, na TVI24, mas o braço de ferro em relação ao número e modelo de debates acabou por levar o antigo primeiro-ministro e ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa a roer a corda.

Os detalhes da cisão são contados pelo jornal Público, esta sexta-feira. De acordo com aquela publicação, Pedro Santana Lopes terá telefonado a Constança Cunha e Sá a manifestar o interesse em participar no programa Poder Laranja, que a jornalista conduz aos sábados à noite.

Nesse mesmo telefonema, a jornalista da TVI perguntou a Santana Lopes se aceitava que Rui Rio também participasse. O ex-primeiro-ministro acedeu e Constança Cunha e Sá telefonou ao antigo presidente da Câmara do Porto, que aceitou o convite. Estava tudo preparado para o primeiro debate entre os dois.

Tudo se complicaria depois. Na quarta-feira à noite, a candidatura de Rui Rio enviou um comunicado às redações, em que fechava o calendário de debates. “Ficaram, então, definidos e fechados os dois debates acordados: um a realizar na RTP [a 4 de Janeiro] e o outro na TVI” — que seria este frente a frente na TVI24.» [Observador]

 Funcionários do BdP em negócios de ações

Há muitos funcionários públicos que em consequência das suas funções estão proibidos de exercer determinadas atividades empresariais, é o caso, por exemplo, dos funcionários do fisco e das alfândengas. Fará algum sentido que altos quadros do BdP possam negociar na bolsa de valores quando no exercício das suas funções têm acesso a informação privilegiada?

o MP acusou formalmente um quadro do BdP por ter vendida de forma apressada ações do BES, evitando as menos-valias. O que faria um qualquer cidadão se estivesse no lugar desse funcionário, perdia todo o dinheiro em nome da isenção, não venderia as ações mesmo sabendo que iam ser desvalorizadas' Também se pode questionar o que levou esse funcionário a investir nessas ações no mês de julho, acreditou que seria encontrada uma solução e teria grandes lucros com ações vendidas ao desbarato?

 Portugal devia ter dois presidentes

Um para dar muitos beijinhos e abraços a velhinhas, para ir a todos os desastres, incuindo acidentes de automóvel, para servir jantares nas cantinas sociais ou para passar as noites com os sem-brigo. O outro era para o país de quem nunca partiu a perna, de quem não foi vítima ede nenhuma calamidade e que quer ser otimista e acreditar no progresso, sem intrigas e pequenos golpes baixos.

      
 Temos pena
   
«Quando as taxas de juro Euribor voltarem a subir, serão as famílias que contraíram um empréstimo a taxa variável e que têm rendimentos mais baixos aquelas que estarão expostas a impactos mais negativos, alerta o Banco de Portugal.

No Boletim Económico publicado esta sexta-feira, a autoridade monetária tenta antecipar um dos principais desafios que deverá enfrentar a economia portuguesa nos próximos anos: o provável regresso à normalidade da política monetária do Banco Central Europeu, o que terá como resultado a subida das taxas de juro de curto prazo que servem de indexante à maioria do crédito suportado pelos portugueses.

O banco central calcula, em particular, qual o efeito do aumento de um ponto percentual na taxa de juro de curto prazo sobre o rendimento dos portugueses por via, quer da alteração nas condições oferecidas nos depósitos a prazo, quer das condições dos empréstimos com taxa variável.» [Público]
   
Parecer:

Quem arrisca endividando-se para além do razoável deve aguentar as consequências quando os ciclos se invertem.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Demite-se por falta de dinheiro para se ser honesto
   
«A situação está a melhorar, mas tem sido “uma batalha terrível” combater o problema das infecções associadas aos cuidados de saúde em Portugal, afirma Paulo André Fernandes, o anterior director do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos que se demitiu em Julho passado, ao fim de um ano à frente do programa.

O médico, que dirige os cuidados intensivos do Hospital do Barreiro, decidiu sair por considerar que os recursos que tinha não eram suficientes para garantir “um trabalho honesto”. Ao longo do tempo em que permaneceu à frente deste programa prioritário da Direcção-Geral da Saúde diz que “batalhou” para obter mais recursos, sem sucesso. Por isso, decidiu dar oportunidade a outros para que tentassem fazer “esse milagre”. “As pessoas não têm ideia do que se passa nos hospitais”, afirma.

Os problemas começam logo dentro das instituições, por falta de recursos, enfatiza. Há, frisa, muitos hospitais e centros de saúde que não cumprem as normas definidas em 2013 — que estipulam que médicos e enfermeiros dediquem um determinado número de horas semanais às comissões de controlo da infecção.» [Público]
   
Parecer:

Talvez o ministro da Saúde devesse fazer um comentário.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se o ministro e pergunte-se se a despesa resultante de uma mudança desnecessária do INFARMED não seria uma preciosa ajuda.»

 Quem parte e reparte...
   
«O Ministério Público acusou um funcionário do Banco de Portugal pelo crime de abuso de informação, num caso ligado à venda de acções do BES e ao conhecimento antecipado do plano de contingência para o banco, divulgou o MP esta sexta-feira.

Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), ficou suficientemente indiciado que, depois de, em Julho de 2014, aquele funcionário do Banco de Portugal ter adquirido acções do BES, tomou conhecimento, na tarde do dia 31 do mesmo mês, de que iria fazer parte da equipa que iria preparar um plano de contingência para esse banco.

"Munido de tal informação, que conjugou com as demais informações públicas, concluiu que as acções do BES iriam sofrer forte desvalorização, pelo que procedeu, na manhã do dia 1 de Agosto de 2014, à venda de todas as acções dessa instituição bancária de que era detentor. Tal conduta permitiu-lhe evitar sofrer menos-valias correspondentes à totalidade do dinheiro que despendera para adquirir as referidas acções", diz a acusação.» [Público]
   
Parecer:

Seria interessante se esse funcionário explicasse o que o levou a investir nas ações do BES quando o banco já estava em grandes dificuldades.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Questione-se o governador sobre se não faria sentido proibir os seus funcionários de fazer determinados tipos de negócios.»

 Porcalhotos!
   
«Apesar da adesão das unidades de saúde à monitorização das práticas de higiene das mãos ter vindo a aumentar de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos, tendo em conta que, em 2016, a taxa de adesão dos profissionais à higiene das mãos foi de 73%.

Ainda em 2016 iniciou-se a monitorização do uso de luvas pelos profissionais de saúde nas diversas unidades de saúde, à qual aderiram 74 instituições, das quais 39% correspondem a hospitais públicos.» [DN]
   
Parecer:

Daqui a pouco estamos a meio do século XXI!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se essa gente lavar-se.»