terça-feira, abril 27, 2010

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Enrique De La Osa/Reuters]

«SHOUTING OUT: A pro-government supporter shouted slogans at a member of the Ladies in White, a group of women with relatives who are political prisoners, during a rally in Havana Sunday.» [The Wall Street Journal]

JUMENTO DO DIA

Medina Carreira

O mínimo que se pode dizer de Medina Carreira é que tem muito pouca imaginação e criatividade, imaginação porque há anos que anda a defender o mesmo e criatividade porque é incapaz de dar uma solução para um problema.

Faço uma sugestão a Medina Carreira: que divulgue os seus rendimentos, seria interessante sabermos quanto ganha em pensões e quanto lha pagam as televisões para nada produzir além da costumeira bazófia da austeridade.

«O ex-ministro das Finanças Medina Carreira considera que Portugal corre sérios riscos de chegar a uma situação em que "não vai haver dinheiro para pagar salários".

Num debate realizado sábado à noite, na Tocha, Cantanhede, o advogado lembrou que o País vive "todos os dias com o dinheiro que vem de fora". A cada hora que passa Portugal "deve mais dois milhões e meio de euros", referiu, ao alertar para a necessidade de uma redução da despesa com salários, pensões e subsídios. "Dez anos assim e vai haver um reboliço ou um corte radical", teme Medina Carreira. » [CM]

QUEM SABIA DO NEGÓCIO TVI-PT?

Se algum português não sabia do desejo da PT de comprar a TVI então que meta o braço no ar.

PAÍS DE DOIDOS

Só num país de doidos o parlamento ganha o dinheiro dos contribuintes para saber se o primeiro-ministro sabia de uma coisa que todos sabiam, só num país de idiotas a extrema esquerda está tão empenhada em provar que uma afirmação da líder da direita era verdadeira, só num país de passados é que os cidadãos são sujeitos a interrogatórios sem regras em que os deputados mais parecem cabos de esquadra.

CONSTRUÇÃO DE UM MONSTRO

«O aborto é apenas um aspecto, de longe o mais sangrento, da vasta investida recente contra a vida. A "lei da procriação medicamente assistida" de 2006 assumiu um regime laxista e irresponsável na protecção ao embrião humano, ultrapassando o pior do mundo. As leis do divórcio de 2008 e uniões de facto de 2009 constituem enormes atentados à instituição familiar, só comparáveis à campanha de 2010 pelo casamento do mesmo sexo. Mais influente, o Estado sob a capa de educação sexual impõe às crianças e jovens a sua ideologia frouxa e lasciva. A tolice atinge o paroxismo em detalhes ridículos, como as praias de nudistas onde se anuncia regulamentação. Em todos os casos fez--se a coisa de forma apressada, ligeira e arrogante, à maneira dos tiranos de antigamente, sem respeito por instituições e articulados seculares.» [DN]

Parecer:

Parece que o dia 25 de Abril deixou João César das Neves irritado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se a adopção da sharia católica no nosso direito.»

ASSIM SE VÊ A FORÇA DO TGV

«Imagine-se sentado no Maglev, o comboio chinês que anda a 500 km/h. Quando terminar de ler esta crónica terá já viajado 13 quilómetros. Uma velocidade mágica, só possível porque a locomotiva e as carruagens levitam sobre os carris. Mas, com passageiros a bordo, os comboios de alta velocidade costumam respeitar o máximo de 300 km/h. E se um dia tivermos finalmente um TGV a ligar Lisboa a Madrid seria excelente a média de 250 km/h. Dava para avançar seis quilómetros enquanto lia este artigo sobre como o mundo se está a render ao fenómeno da alta velocidade sobre carris. Com os projectos em curso, em Marrocos como na Rússia ou na Coreia, a rede global passará de 11 mil quilómetros para 42 mil. O que dá que pensar, sobretudo se um dia destes viajarmos no Lusitânia, que todas as noites liga as capitais ibéricas a um ritmo em que, após lidos estes 2600 caracteres, só se andou dois quilómetros.
A alta velocidade é cara. Um quilómetro de via custa 12 a 30 milhões de euros. E ainda 70 mil euros de custos anuais de manutenção. Um comboio vale 25 milhões, mais um milhão de euros por ano para se manter em forma. As contas são do El Mundo, que tem obrigação de saber do que fala, afinal há 18 anos que a Espanha se rendeu à alta velocidade, com a pioneira ligação Madrid-Sevilha a bater por grande margem o avião, o que mostra que, mesmo na época das low-cost, a centralidade das estações e a ausência de check-in tornam o comboio competitivo. Um dia falou-se de cem euros para o bilhete de TGV Lisboa-Madrid como se tal fosse sinónimo de falhanço anunciado na luta contra o avião e o carro. Nada mais errado. Há muitas maneiras de fazer os cálculos, e nem só os euros contam. Há quem dê valor ao tempo, outros ao conforto, já para não falar dos que não gostam de voar ou dos que se assustam só de pensar em conduzir seis horas para depois ainda pagarem o estacionamento a preço milionário.»
[DN]

Parecer:

Por Leonídeo Paulo Ferreira.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

A EXTINÇÃO DA ORDEM DOS ADVOGADOS

«O sindicato dos juízes pediu esta semana a extinção da Ordem dos Advogados (OA), pelo facto de um advogado ter criticado um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que absolvera um empresário do Norte acusado de tentativa de corrupção.

O desembargador António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), considerou que as críticas do advogado Ricardo Sá Fernandes àquela decisão judicial punham em causa a legitimidade dos tribunais e a autoridade do Estado. E, como em sua opinião a OA não castigaria os advogados que falam sobre decisões judiciais, preconizou então, pura e simplesmente, a sua extinção. Recorde-se que o advogado em causa considerou que a decisão do TRL revelava que alguns juízes eram complacentes com a corrupção e que, assim, não seria possível combatê-la eficazmente. Ricardo Sá Fernandes exprimiu essa opinião como cidadão, já que nunca teve qualquer intervenção no processo como advogado ou como parte, mas tão só como testemunha. Por isso, não estava sujeito aos deveres que o Estatuto da Ordem dos Advogados impõe a todos os seus membros, nomeadamente o chamado dever de reserva, ou seja, o de não poderem pronunciar-se publicamente sobre processos pendentes em que intervenham profissionalmente.

Mas, mesmo que não fosse esse o caso, ou seja, mesmo que Ricardo Sá Fernandes tivesse infringido o seu estatuto profissional, o que haveria a fazer era participar o caso aos órgãos disciplinares da OA para que fosse desencadeado o adequado procedimento. Pedir a extinção da OA apenas porque um dos seus membros comete uma infracção releva de uma cultura totalitária que não convive com as críticas e tenta punir (ou agredir moralmente) quem as faz.

Ainda recentemente, António Martins, perante uma crítica de Mário Soares sobre a excessiva exposição pública de alguns juízes, respondeu que se devia investigar a maçonaria. Há alguns anos, um outro juiz sugeriu a cassação da licença de uma estação de televisão apenas porque num seu programa se criticou o teor de uma sentença. Esta patente dificuldade em aceitar a crítica significa que há um grande trabalho a fazer para democratizar a justiça portuguesa. Curiosamente, as posições mais fundamentalistas surgem de juízes que, como António Martins, estão permanentemente na comunicação social a atacar as decisões de outros órgãos de soberania, por vezes lançando as piores suspeitas sobre os decisores, e, sobretudo, a insurgirem-se constantemente contra as leis que deviam acatar e respeitar.

Os juízes portugueses, enquanto titulares de poderes soberanos vitalícios, escolhem-se uns aos outros, avaliam-se uns aos outros, promovem-se uns aos outros, julgam-se uns aos outros e absolvem-se uns aos outros, sempre sem qualquer escrutínio democrático. Até por isso, as suas decisões devem ser sujeitas a uma crítica pública mais intensa, critica essa que deveria ser aceite como um factor de aperfeiçoamento funcional e como uma manifestação salutar da sociedade. A crítica em democracia só põe em causa os poderes ilegítimos. Nunca deslegitima os poderes que são exercidos em respeito pelos valores superiores do estado de direito.

O que deslegitima os tribunais perante a sociedade é o facto de os juízes enquanto titulares de poderes soberanos se organizarem em sindicatos como se fossem proletários. O que deslegitima os tribunais é o facto de os magistrados não respeitarem o princípio da separação de poderes e estarem constantemente a interferir com os outros poderes do estado, sobretudo, a criticar e a desautorizar publicamente as leis que deviam aplicar. O que deslegitima os tribunais é o facto de os juízes receberem parte significativa dos seus vencimentos totalmente isenta de impostos, devido a decisões suas e não serem capazes de julgar e condenar com imparcialidade os colegas que cometem crimes graves. O que deslegitima os tribunais perante a sociedade é o facto de os juízes fazerem greve às funções soberanas em que estão investidos e faltarem, frequentemente, ao respeito aos advogados e aos cidadãos seus clientes dentro das salas de audiência. O que deslegitima os tribunais é o facto de os juízes se terem apropriado da função soberana de administrar a justiça e exercê-la mais em função das suas comodidades e dos seus privilégios do quem em benefício dos direitos e necessidades dos cidadãos. Em suma, o que deslegitima os tribunais perante a sociedade é o facto de o poder judicial não se adaptar à democracia e ao Estado de direito.» [JN]

Parecer:

Por A. Marinho e Pinto.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O PAVÃO EMBATUCADO

«São farinha do mesmo saco - e de calibre indigesto. Ambos conviveram muito bem com os regimes anteriores, que por iniciativa deles não cairiam. Ambos foram estudar economia para o estrangeiro. Ingressaram ambos em duas carreiras no Estado (do tal anterior regime): a académica e a burocrático-bancária.

Num ponto se distinguiram: um deles ainda farejou no ar a mudança e aderiu à Revolução de Veludo, correndo riscos - pequeninos, mas riscos; o outro não foi nisso, esperando que os corajosos fizessem por ele (e para ele) a dos Cravos. Os dois foram ministros das Finanças, chegaram ambos a primeiros-ministros, os dois encontraram-se já chefes de Estado - uma desgraça nunca vem só.

Ufanos os dois não sei de que milagre económico, diferem nisto: um é fanfarrão, ferrabrás de conversa, provocador; o outro é falso modesto à força de mumificar em esparadrapo o pavão que se lhe quer soltar a todo o momento.

Duas personagens, enfim, que quem as encomendou se sirva, nanja eu - e muitos outros, estou em crer.

Encontraram-se as almas gémeas em Praga e ao anfitrião, casca grossa, deu-lhe para fazer chacota do hóspede perante os capitães da indústria dos dois países. «Fiquei muito surpreendido por Portugal não estar nervoso com o seu défice de oito por cento», disparou Vaclav Klaus, piscando o olho aos empresários checos, já a pedirem linimento para o peritoneu dorido de tanto rirem.

Que fez Cavaco Silva? Avançou com a táctica da tartaruga surda, a que sempre recorre intramuros para fugir a interpelações - e leu o discurso que lhe escreveram, confiante em que, agachando-se, a tempestade lhe passaria por cima. Para mais, Klaus tinha dito a coisa em tom de confidência: «Espero que não estejam aqui jornalistas.»

Mas o checo queria bombo. Voltou com a mesma conversa, em conferência de Imprensa conjunta, provocando Cavaco urbi et orbi. Lembrou que fora ministro e primeiro-ministro e nunca deixaria acontecer um défice assim, patati-patatá. E Cavaco? Ah, esse encheu o peito de ar - para salvar a sua própria pele: que não tinha funções governativas, que era só presidente.

Sobre a consideração devida ao país - embatucou. O país que se safe, como já o fez, do anterior regime e de outras desgraças - sem precisar dele!

Com Ramalho Eanes, Mário Soares, ou Jorge Sampaio não ficaria sem resposta um desaforo destes, nem me deixariam a mim - e a muitos outros, estou em crer - envergonhado de os ter por presidentes.

Já tivemos homens de Estado, amigos. Agora só temos saudades. Eu - e muitos outros, estou em crer.» [JN]

Parecer:

Por Oscar Mascarenhas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

CATÓLICOS ALEMÃES ABANDONAM A IGREJA EM MASSA

«O escândalo de abusos de crianças está a levar centenas de fiéis católicos alemães a dar baixa da tributação voluntária do imposto destinado ao financiamento das comunidades religiosas.

Números que foram divulgados este fim-de-semana pelo jornal Frankfurter Rundschau mostram que a situação é muito dramática no Sul da Alemanha, sobretudo no estado da Baviera.

Na diocese de Bamberg, onde havia duas a três centenas de desistências por mês, foram registadas 1400 no mês passado. Na de Würzburg o aumento foi de 400 para um total de 1200. » [DN]

Parecer:

O encobrimento da pedofilia foi um mau negócio para a Igreja Católica.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao papa quanto é que a Igreja já perdeu.»

O JORNALISTA QUE INVENTAVA ENTREVISTAS

«Até há pouco tempo, Tommaso Debenedetti era um jovem jornalista italiano, freelancer, com uma carreira em ascensão. No seu currículo tinha entrevistas a escritores como Gore Vidal, Herta Müller, John Le Carré, Philip Roth ou John Grisham, publicadas na imprensa italiana. A fama mundial chegou este mês mas não pelas melhores razões: Debenedetti é uma fraude e as suas entrevistas foram todas inventadas.

As primeiras suspeitas surgiram quando, a 26 de Fevereiro, a jornalista Paola Zanittini do La Repubblica entrevistou Philip Roth e questionou-o sobre declarações suas a outro diário italiano, Libre, em que criticava duramente Obama, chamando-o "antipático, ineficaz e deslumbrado pelos mecanismos do poder". O autor de A Mancha Humana reagiu: "Nunca disse tal coisa. É grotesco. Escandaloso. Penso exactamente o contrário." Quando Paola Zanutttini publicou o seu artigo, na Itália, as reacções mais violentas vieram da blogosfera. Maurizio Belpietro, director do Libre, pediu desculpa pelo sucedido e mandou retirar a entrevista do site.» [DN]

Parecer:

Por cá também há uns jornalistas mais criativos mas em vez de inventarem entrevistas preferem inventar suspeitas em casos judiciais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

O EFEITO PERVERSO DA TRIBUTAÇÃO DAS MAIS-VALIAS

«Os portugueses repatriaram quase 1,3 mil milhões de euros das mais de três dezenas de offshores, nos primeiros dois meses do ano. Em sentido inverso, "apostaram" na saída de quase mil milhões de euros, em busca de rentabilidades, a salvo de impostos. Mas, a dois meses de entrar em vigor a nova taxa sobre as mais-valias em Bolsa, os capitais correm risco de voltar a emigrar em massa para paraísos fiscais.

Os fiscalistas não arriscam previsões, mas temem que o agravamento do imposto sobre as mais-valias para 20% - as aplicações a um ano são actualmente taxadas em 10% - resulte em correria de capitais para fora de fronteiras.» [DN]

Parecer:

Enfim, temos mais princípios e menos dinheiro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acompanhe-se o fenómeno.»

JOVEM INGLESA SUICIDA-SE DEPOIS DE 200 RECUSAS DE EMPREGO

«Vicky Harrison estudou som e imagem e tinha o sonho de ser produtora de televisão. Inicialmente foi sobre essa área que incidiu a sua procura de emprego. À medida que o tempo foi passando alargou o âmbito da pesquisa, até ser candidata a empregada de balcão, de mesa, repositora em cadeias de supermercados. Mas a reposta foi sempre negativa. Duzentas recusas e dois anos depois, a jovem britânica, de 21 anos, pegou em várias caixas de comprimidos e suicidou-se por overdose. » [DN]

Parecer:

A Europa parece estar a dormir sobre um vulcão que mais tarde ou mais cedo vai explodir.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Estude-se seriamente e sem demagogia política o problema do desemprego entre os jovens.»

WALL STREET JOURNAL DIZ QUE PORTUGAL NÃO JOGA NO CAMPEONATO DA GRÉCIA

«O reputado jornal económico norte-americano falou com especialistas e considera "improvável que o país deslize para uma crise financeira" como a grega.

"Portugal ficou sob pressão dos mercados financeiros na semana passada, motivando preocupações de que poderia ser o próximo país da zona euro a soçobrar perante o peso da dívida pública, mas a maioria dos economistas diz que o país está mais bem posicionado para resolver os problemas", escreve hoje, segunda-feira, o Wall Street Journal.» [JN]

Parecer:

É uma pena, dirão alguns dos nossos políticos da oposição.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Registe-se.»

NO 'CONVENÇÃO EXTRAORDINÁRIA'

O post "A palavra dos militantes: Top Secret":

«O Bloco de Esquerda, constitui-se como uma Organização Partidária de Esquerda Socialista e Democrática, nas suas vontades, quereres e exemplos para a transformação da sociedade capitalista rumo ao socialismo.

A sua estrutura organizativa parece cada vez mais enclausurada nos órgãos dirigentes, as suas decisões cada vez menos discutidas e o seu poder burocrático extremamente “agarrado” e desconfiado.

O grupo de centenas de militantes que pedem uma Convenção Extraordinária, e por isso necessitam de 10% de aderentes, requerem os cadernos de inscrições/militantes, e estes não lhes são facultados.Uma candidatura a uma Coordenadora Concelhia, requer o mesmo e é-lhes vedado o acesso. Quer dizer, o partido esconde o nome de todos os jogadores, à equipa e ao treinador que concorre à possibilidade de poder formar equipa e treiná-la. Coisa estranha, este secretismo, num partido que pugna pelo exemplo de democracia interna e informação horizontal.

O BE caminha para onde? O BE deve ser aberto, plural e sem receio da alternância dos seus corpos dirigentes, tanto concelhios como distritais e nacionais.

Liberdade, o 25 de Abril está aí, camaradas.»

NO 'CÂMARA CORPORATIVA'

O post "Anúncio":

«Procura-se Ministro dos Assuntos do Mar capaz de explorar as potencialidades desse imenso mar que se estende diante dos nossos olhos, mas que teimamos em não ver.

Principal missão: utilizar dois submarinos acabadinhos de comprar para detectar nesse "imenso mar" as famosas contrapartidas, luvas e pagamentos similares

TÍTULO

O post "Seja bem vindo senhor Presidente":

«Cavaco abandonou o discurso da explosão social e entrou nas propostas: é preciso apostar na criatividade e no mar. Uau! Como é que ninguém tinha pensado nisto? Esperem. Cavaco não lê jornais, mas vê-se que tem lido os livros de Hernâni Lopes. E o que dizem estes livros? Banalidades, claro. Apostar no mar, apostar na criatividade - 'apostar nisto e naquilo' só se torna numa recomendação com conteúdo se: as políticas actuais não apontem nesse sentido e se for possível dar algum conteúdo a essas exortações para além das generalidades contidas no seu mero enunciado. Olhando para as políticas deste governo, Cavaco falhou o alvo. O governo tem apostado em quase tudo o que o presidente referiu. Em relação ao mar, temos: a energia das ondas, portos - expansão, modernização e ligação dos portos às redes viárias, ferroviárias e a plataformas logísticas -, aquacultura; em relação à criatividade, temos: a aposta em I&D, a politica de ciência de Mariano Gago, o cluster das renováveis, etc. Cavaco falou...por falar. Cavaco quer ser moderno - e isso só lhe fica bem - e quer demarcar-se do catastrofismo apocalíptico das cassandras do regime. Seja bem vindo, senhor Presidente.»

LAD-I-MIR

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