No país da TVI entre duas notícias que os deixam emocionados por causa do achaque da Estrelinha ficamos a saber que uma criança chamada Esmeralda anda fugida por causa da insensibilidade dos magistrados.
No país da TVI, das telenovelas, os programas com a família do José Eduardo Moniz, do Fiel ou Infiel e dos filmes pornográficos para recuperar audiências, sabemos que desobedecer às decisões dos tribunais é um acto heróico que merece a solidariedade das ex primeiras-damas.
No país da TVI as adopções são forçadas, sem respeitarem as regras mínimas e feitas à mesa de uma qualquer pastelaria e o poder paternal é decido na rua ou po abaixo-assinados.
No país da TVI a mãe que abandona o filho a entrega a terceiros por interposta pessoa é a heroína e a capacidade do pai para exercer o pode paternal é avaliada na rua pelos vizinhos em entrevista ao jornalista. Neste país passam a ser pais e mães os candidatos a essas funções que revelem mais capazes do que os pais e mães biológicos.
No país da TVI a vida é uma telenovela onde a evolução das audiências determinam o fim da história. Que interessa o que a Esmeralda vai pensar daqui a uns anos, o que importa que quando a Esmeralda for jovem e experimentar inserir o se nome no Google ficando a saber que tantas almas se preocuparam consigo, decidindo o seu futuro?
No país da TVI os tribunais não existem, a opinião pública é a que resulta das suas manipulações, a democracia é uma ficção à medida das suas telenovelas.
O problema é que no país da TVI é mais fácil eleger ditadores do que assegurar o regular funcionamento de uma democracia que fica prisioneira de jornalistas sem o mínimo de princípios.
PS1: Alguém leu esta notícia?
«Um casal chinês conseguiu que o Supremo Tribunal do Tennessee, nos EUA, lhe desse razão. Em causa está a filha de sete anos que os pais entregaram a um casal norte-americano, para que tomasse conta dela temporariamente, e que nunca lhes foi devolvida. Agora conseguiram recuperar a menina. Shaoquiang e Qin Luo He viviam uma situação financeira e legal complicada, quando pediram aos Baker que lhes ficassem com a filha, Anna Mae He, durante um tempo. Há anos que pedem ao casal americano que lhes devolva a criança. Os Baker queriam adoptá-la, alegando que teria uma vida melhor se ficasse nos EUA. Em 2003 o tribunal de Memphis condenou os He, mas agora o Supremo do Tennessee deu-lhes razão. Os pais biológicos poderão levar a criança de novo para a China.» [Público Link]
Ainda bem que nos EUA não há TVI, que as primeiras-damas têm com que se entreter, que os professores de direito não recorrer à turba popular para dar força aos seus requerimentos ou parar obter notoriedade enriquecedora e os opinion-makers dizem o que pensam e não o que o que os outros esperam ouvir.
PS2: Vale a pena ler o documento disponibilizado pelo Conselho Superior de Magistratura [Doc Link] que apresenta entre outras coisas apresenta a cronologia dos acontecimentos e descreve o comportamento dos diversos intervenientes. Vale a pena ler e comparar com o que resulta de alguns órgãos de comunicação social, designadamente a TVI, que se querem substituir aos tribunais, prmovendo jornalistas estagiários a juízes preidentes de tribunais populares reunidos em torno dos seus microfones.
No país da TVI, das telenovelas, os programas com a família do José Eduardo Moniz, do Fiel ou Infiel e dos filmes pornográficos para recuperar audiências, sabemos que desobedecer às decisões dos tribunais é um acto heróico que merece a solidariedade das ex primeiras-damas.
No país da TVI as adopções são forçadas, sem respeitarem as regras mínimas e feitas à mesa de uma qualquer pastelaria e o poder paternal é decido na rua ou po abaixo-assinados.
No país da TVI a mãe que abandona o filho a entrega a terceiros por interposta pessoa é a heroína e a capacidade do pai para exercer o pode paternal é avaliada na rua pelos vizinhos em entrevista ao jornalista. Neste país passam a ser pais e mães os candidatos a essas funções que revelem mais capazes do que os pais e mães biológicos.
No país da TVI a vida é uma telenovela onde a evolução das audiências determinam o fim da história. Que interessa o que a Esmeralda vai pensar daqui a uns anos, o que importa que quando a Esmeralda for jovem e experimentar inserir o se nome no Google ficando a saber que tantas almas se preocuparam consigo, decidindo o seu futuro?
No país da TVI os tribunais não existem, a opinião pública é a que resulta das suas manipulações, a democracia é uma ficção à medida das suas telenovelas.
O problema é que no país da TVI é mais fácil eleger ditadores do que assegurar o regular funcionamento de uma democracia que fica prisioneira de jornalistas sem o mínimo de princípios.
PS1: Alguém leu esta notícia?
«Um casal chinês conseguiu que o Supremo Tribunal do Tennessee, nos EUA, lhe desse razão. Em causa está a filha de sete anos que os pais entregaram a um casal norte-americano, para que tomasse conta dela temporariamente, e que nunca lhes foi devolvida. Agora conseguiram recuperar a menina. Shaoquiang e Qin Luo He viviam uma situação financeira e legal complicada, quando pediram aos Baker que lhes ficassem com a filha, Anna Mae He, durante um tempo. Há anos que pedem ao casal americano que lhes devolva a criança. Os Baker queriam adoptá-la, alegando que teria uma vida melhor se ficasse nos EUA. Em 2003 o tribunal de Memphis condenou os He, mas agora o Supremo do Tennessee deu-lhes razão. Os pais biológicos poderão levar a criança de novo para a China.» [Público Link]
Ainda bem que nos EUA não há TVI, que as primeiras-damas têm com que se entreter, que os professores de direito não recorrer à turba popular para dar força aos seus requerimentos ou parar obter notoriedade enriquecedora e os opinion-makers dizem o que pensam e não o que o que os outros esperam ouvir.
PS2: Vale a pena ler o documento disponibilizado pelo Conselho Superior de Magistratura [Doc Link] que apresenta entre outras coisas apresenta a cronologia dos acontecimentos e descreve o comportamento dos diversos intervenientes. Vale a pena ler e comparar com o que resulta de alguns órgãos de comunicação social, designadamente a TVI, que se querem substituir aos tribunais, prmovendo jornalistas estagiários a juízes preidentes de tribunais populares reunidos em torno dos seus microfones.