De vez em quando vamos ouvindo notícias a propósito do desenvolvimento das investigações da chamada Operação Furacão no âmbito da qual se investiga uma imensa teia de operações fraudulentas que visam a evasão fiscal.
Ao que parece as investigações incidem sobre os anos 2003 a 2005 e estão em causa numerosas empresas e alguns bancos, suspeitando-se que a fuga ao fisco ascende a muitas dezenas de milhões de contos.
Antes de mais, não deixa de ser curioso que o período que está a ser investigado abrange mais de metade do mandato do dr. Macedo, o actual director-geral dos Impostos, que não se cansa de nos tentar fazer crer que é um campeão do combate à fraude. Mas deixemos os sucessos do dr. Macedo para outra ocasião, o que importa agora é questionar se centenas de operações passaram totalmente a margem do fisco, no seu total desconhecimento e sem o apoio de corruptos.
O que é feito da corrupção que Saldanha Sanches não se cansou de denunciar? Que se saiba nos últimos anos nada foi feito e o facto de algumas vozes se terem calado, convertidas o fascínio do dr. Macedo, não significa que as tais redes de corrupção tenham desaparecido, ate que os corruptos nunca se reforma, quando se aposentam vão para os escritórios de advocacia, para as empresas de consultoria fiscal ou mesmo para colaboradores de gabinetes de contencioso fiscais de alguns bancos.
Esperemos para ver se a Operação Furacão atinge a evasão e fraude fiscais em todas as suas dimensões.