domingo, janeiro 14, 2007

Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Pormenor de uma estação de serviços da REPSOL (imagem enviada por AM/Quebeque)

IMAGEM DO DIA

[Sergei Supinsky/AFP]

«UKRAINESATUE-COAT-A statue covered bay a coat temporary placed there by a neraby worker in the center of Kiev» [AFP Link]

JUMENTO DO DIA


O lado idiota de Marques Mendes

Acontece aos piores, até Marques Mendes pode ter razão de vez em quando, teve-a ontem quando protestou contra o facto de a evolução dos preços dos combustíveis não acompanharem os preços do crude, e até tem motivos para protestar contra os aumentos do ISP. Mas foi o seu lado idiota que concluiu que o desfasamento entre preços de combustíveis e do crude se devem aos impostos.

O PS PODIA FAZER UM FAVOR À CAMPANHA DO SIM NO REFERENDO

Evitando apresentar Jorge Coelho em público, já era tempo de o PS e o próprio perceberem que a esta personagem tem um balanço eleitoral extremamente negativo.

O CASO BRAGAPARQUES

O à vontade com que um administrador tentou corromper Sá Fernandes, o vereador do BE na CML, é preocupante não tanto pelo facto em si, mas porque revela a dimensão do fenómeno corrupção. Se alguém tenta corromper uma personalidade como Sá Fernandes quer dizer que a taxa de sucesso dessas tentativas é tão elevada que o administrador considerou não haver grande risco de recusa. É um sinal de que a corrupção está generalizada e que há por aí muito "santinho" que se deixa corromper.

DIPLOMACIA SALOIA

A visita de Cavaco Silva à Índia, como muitas protagonizadas elos presidentes e primeiros-ministros portugueses, é mais um exemplo de diplomacia ingénua que acha que é com argumentos idiotas do género "porta da Europa" que se leva alguém a fazer negócios.

Os negócios conseguem-se com empresas competitivas e se a diplomacia não tem propostas de negócios o melhor é esquecer estes discursos saloios.

VIAGEM À ÍNDIA

A opinião de Miguel Sousa Tavares sobre a viagem de Cavaco Silva com que concordo do princípio ao fim:

«Quando, em 1992, Mário Soares fez a primeira visita de um Presidente português à Índia, o que a opinião pública reteve, até hoje, foi a célebre imagem do casal presidencial baloiçando-se em cima de um elefante (inconvenientemente patrocinado pela Fiat), em Jaipur, a cidade dos marajás. A fotografia ficou como a imagem de marca da viagem e do próprio estilo viajante de Soares - incansável, luxuoso e diletante. Afinal, o tempo encarrega-se de repor algumas coisas no seu justo lugar. Primeiro, desmentindo a lenda de que Soares tenha sido um Presidente incansavelmente viajante: Sampaio viajou mais, sem dar nas vistas. Depois, corrigindo essa mítica ideia que ficou da viagem à Índia. Soares levou uma comitiva de 135 pessoas, jornalistas incluídos; Cavaco leva agora 130 - 15 anos depois e quando o essencial do trabalho de desanuviamento politico-histórico está feito.

As grandes diferenças entre uma e outra viagem residem nas circunstâncias históricas e na composição das comitivas. Eu estive nessa viagem de Soares - não como convidado, mas como jornalista, em trabalho. E tinha lá estado também poucos anos antes, como jornalista, igualmente. Tinha visto e testemunhado o sentimento dominante de desconfiança antiportuguesa, que ficara desde 1961 e que era particularmente sentido no território de Goa, que Salazar ordenara que fosse defendido até ao último homem. O clima não estava fácil para Portugal e, infelizmente, tinha sido agravado por uma desastrada escolha diplomática para a chefia da nossa representação em Deli. Com um embaixador que nunca tinha posto um pé em Goa e com uma forte presença política no Estado dos chamados «freedom fighters», que constituíam o resquício histórico da oposição à presença portuguesa até 61, ninguém poderia garantir que a passagem de Soares por Goa - momento politicamente determinante da viagem - não se saldasse por uma humilhação lusa.

Avisadamente, mas também fazendo uso daquela sensibilidade aguda que sempre teve (ou quase sempre...) nos grandes momentos, Soares optou por levar a Goa não uma simples comitiva mas uma verdadeira embaixada do país. Havia empresários e políticos, claro, até havia militares que tinham defendido Goa contra as tropas de Nehru. Mas havia, igualmente, escritores, artistas, gente que não apenas podia representar o que de melhor Portugal tinha culturalmente que merecesse ser conhecido mas também gente com laços culturais ou com sensibilidade para perceber a Índia e dela dar testemunho. E alguns eu posso garantir que não desperdiçaram a oportunidade. Essa gente que viajou com Soares misturou-se com a gente de Goa ou de Deli, falaram, conversaram, escutaram, ouviram, explicaram. Não foram de Oliveiras da Figueira para vender sabonetes, nem de diplomatas para tentarem vender a eterna ficção da grande influência portuguesa em África e no Brasil. Foram com o verdadeiro espírito dos viajantes, que é o da abertura cultural para a diferença, e fazendo-o, redescobrindo uma Índia que de todo os portugueses ignoravam, deram também a conhecer uma outra imagem que não a do Portugal salazarento que lá existia. Digam o que disserem, foi uma viagem de Estado que serviu Portugal.

O que Cavaco levou à Índia desta vez não tem nada a ver com isso. Vai uma fadista (por acaso, excelente: a Kátia Guerreiro) para dar um concerto em Goa, vai uma comissária de uma misteriosa exposição de pintura a ter lugar em Deli, vão os presidentes de três Fundações e vão 80 empresários. Cavaco vai a negócios - assumidamente.

Não vem mal ao mundo e pode ser até altamente louvável que o Presidente se ocupe também da ‘diplomacia económica’ nas suas viagens de Estado. Embora no caso da Índia - com uma economia pujante, a crescer 7,5% ao ano em toda a última década e com indústrias na área da tecnologia e inovação que fazem corar de vergonha as nossas (quem diria!) - o mais lógico fosse ter levado os empresários em visita de estudo e não em viagem esperançadamente de negócios. Por outro lado, a próxima visita de Sócrates à Índia, em Outubro, também parece que poderia servir para deixar para o Presidente uma função apenas complementar nessa matéria. Mas em Belém explica-se que a jogada é conjugada: Cavaco prepara os negócios, Sócrates fecha-os. Sim, e os indianos, tal como há cinco séculos atrás, estão sentados à espera que lá vá o rei e depois o vice-rei dos portugueses para lhes abrir a porta do comércio mundial...

Faz-me confusão que o Presidente visite a Índia sem levar na sua comitiva ninguém que represente a cultura portuguesa. Faz-me confusão que esta seja a segunda visita de Estado de Cavaco e que a situação se volte a repetir. Tanto mais que, segundo se depreende da entrevista que ele deu ao ‘Hindustan Times’, o grande argumento comercial que Cavaco Silva levou para a Índia é o mítico mercado dos 500 milhões de seres que, em África e no Brasil, falam português e em relação aos quais nós seremos o tal interlocutor, intérprete e intermediário privilegiado. Dando de barato que, para fazer negócios com o Brasil ou com Angola, seja preciso falar português (!), não deixa de ser contraditório constatar que, a um tempo julgando que o grande trunfo da nossa diplomacia é a língua, Cavaco se abstenha de levar consigo, entre 130 pessoas, um escritor ou um editor que seja. Tenho pena que numa viagem de Estado, que é das raras que tem um verdadeiro carácter de representação nacional, o Presidente não leve consigo alguém que pudesse representar o que de melhor o país tem no domínio cultural: a Agustina, o Mário Cláudio, o Vasco Graça Moura, o António Barreto, o João Bénard, a Maria Filomena Mónica, o Pacheco Pereira, a Luísa Costa Gomes, a Lídia Jorge, o Vasco Pulido Valente, ou novos escritores, como o José Luís Peixoto, o Pedro Rosa Mendes, o Rodrigo Guedes de Carvalho. Enfim, todas as listas acabam por ser injustas, mas a ideia é que não se reduza a representação do país a uma espécie de arca de Noé de caixeiros-viajantes, como já Sócrates fez na sua visita a Angola - o que se torna particularmente incompreensível e pobre quando se trata de visitas de Estado a países que têm ou tiveram grandes afinidades culturais com Portugal. De facto, a língua é, juntamente com o futebol, talvez o único verdadeiro trunfo diplomático que temos para usar em situações destas. Mas não basta apregoar a língua e a cultura: é necessário também promovê-la, defendê-la e ajudar a divulgá-la, no concreto. Imagina o Presidente da República a importância que poderia ter para Portugal haver autores portugueses traduzidos e divulgados na Índia?» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ACÇÃO DE GRAÇAS

Fernando Madrinha deve achar que somos um rebanho de idiotas, pois só um idiota pode pensar que Paulo Macedo nada fez para se promover na comunicação social, o mesmo baixo QI que seria necessário para não ver nalgumas notícias do próprio Expresso uma encomenda do Millennium:

«Raramente uma pessoa quase desconhecida do grande público suscitou tanta polémica e deu origem a tão grande número de comentários apaixonados nos meios de comunicação social. Este deve ser o único caso de um contratado para a Função Pública, embora em regime de requisição, que atinge o estrelato sem ter feito nada para se promover nos «media» - a não ser a missa de acção de graças que mandou rezar pela sua Direcção-Geral no momento menos oportuno para que ela tivesse passado como um acto normal. Se é que uma missa com este propósito pode, em algum momento, ser considerada um acto normal.» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a Fernando Madrinha que nem todos os leitores do Expresso são seguidores cegos da Opus Dei ou admiradores do dinheiro do Millennium e que deveria respeitar a sua inteligência.»

NEM NA QUESTÃO DO ABORTO HÁ UNANIMIDADE NO CDS

Teresa Caeiro demarca-se da campanha do "não":

«Teresa Caeiro, deputada do CDS, demarca-se dos argumentos do ‘não’ na campanha para o referendo sobre o aborto. A ex-secretária de Estado defende a alteração da lei que está actualmente em vigor e, por essa razão, não dará a cara por qualquer movimento do ‘não’, ao contrário de boa parte dos seus colegas de partido.

‘Esta é uma questão de enorme sensibilidade, que não tem tido um debate sério, sem demagogias nem ideias preconcebidas de parte a parte’’, diz ao Expresso. ‘‘Nunca podemos esquecer que o aborto é interromper o desenvolvimento de uma vida. É verdade que é uma prática extremamente condenável. Mas acho que a criminalização não é a forma ideal de o Estado enviar essa mensagem”.» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Paulo Portas.»

OS PENDURADOS

A crítica de Rui Reininho à qualidade dos STCP:

«O enforcamento é a maneira mais sexy de liquidar alguém, melhor do que o feminino envenenamento ou a sodomita estrangulação. Somos todos filhos dos transportes públicos, sabemos o que é andar dependurados. Nós as vítimas desse STCP, sigla estalinista de malcheirosos bigodaças que desde os anos setenta tinham a mania de fumar, coçar os tomates e fazer horas no meio do percurso lá para a Praça D. João I e os Aliados.» [Jornal de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

AMADO FICA NO GOVERNO

São Bento desmente o Sol:

«A hipótese do ministro dos Negócios Estrangeiros sair do Governo «não tem qualquer fundamento» e é «falso» que o executivo esteja a equacionar a substituição de Luís Amado, disse à Lusa fonte oficial de São Bento.

O semanário Sol noticia que a substituição do ministro dos Negócios Estrangeiros está a ser «equacionada em São Bento» e que «Amado pode ter que sair». » [Portugal Diário Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ficará mesmo?»

O RETRATO

Vasco Pulido Valente acha que a escolha dos 100 portugueses, no programa idiota da RTP 1, é o retrato do país que somos:

«ARTP anunciou uma lista de 100 "grandes portugueses", "votada" pelo público. Mas toda a gente sabe como são estas coisas. Se há um público amorfo de indivíduos, também há dúzias de "públicos": de uma igreja, de um partido ou de uma causa, ou de simples cómicos como o que votou em Maria do Carmo Seabra (a pior ministra de Santana Lopes). Se não se perceber isto, não se percebe como aparecem nos 100 personagens tão inesperadas como Adelaide Cabete (médica e feminista), Antónia Adelaide Ferreira (empresária vinhateira), António Teixeira Rebelo (fundador do Colégio Militar) ou João Ferreira Annes d"Almeida, tradutor da Bíblia no século XVII. A maioria dos "grandes" foi evidentemente "feita" pela televisão e pela imprensa, do "cavaquismo" para cá.

O exercício não deixa, de qualquer maneira, de ter interesse. Mais pela gente que não chegou à lista do que pela que chegou. Não chegou à lista, surpresa das surpresas, Camilo Castelo Branco. Nem Júlio Diniz. Por outras palavras, parece que o país rural, "essencialmente agrícola", da propaganda e da lenda, saiu para sempre da imaginação dos portugueses. Também o domínio absoluto da América reduziu os cantores "pop" a Mariza e António Variações (Amália é um caso diferente). O fado, como símbolo nacional, morreu. O teatro e o cinema não existem. Tirando Gil Vicente e Garret, que se aprendem na escola, nem um solitário dramaturgo ou realizador. Actor, um único: Ruy de Carvalho. Pela poesia, vêm Garret (em duplo emprego), Pessoa, Florbela Espanca, Bocage (por causa da tradição de obscenidade), Natália Correia (por causa de 20 anos de espalhafato) e Sophia de Mello Breyner. O "Portugal, berço de poetas", que tanto tempo consolou o patriotismo indígena, visivelmente já não convence.

De resto, não faltam os três tiranos do século XX, Afonso Costa, Salazar e Cunhal, acompanhados por Caetano, um tiranete efémero. O gosto irresponsável e servil pela autoridade continua vivo. Significativamente, e fora Fontes Pereira de Melo, nem sombra de um político da Monarquia Liberal e da República. Do PREC, Portugal ainda se lembra de Otelo, Salgueiro Maia e Vasco Gonçalves. E, entre o pessoal da nova democracia, é curiosa a ausência de Eanes, Guterres, Barroso e Santana e a presença de Jardim (a Madeira lá se esforçou) e de Pintasilgo (um mistério). No meio disto, nem sinal de um "herói" ou de um colonizador do Império de África, desde o princípio uma invenção impopular. Quer se goste, quer não, "a lista dos 100" não deixa de ser um bom retrato do Portugal de hoje: analfabeto, pretensioso e, saloiamente, "modernizado". » [Público assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O PREÇO DO ABORTO

A realidade do aborto em Portugal:

«Muitas portuguesas continuam a recorrer a Espanha para abortar, sobretudo as que vivem no Alentejo – mas também no Algarve. No último ano mais de quatro mil mulheres atravessaram a fronteira para fazer o desmancho em Badajoz, na já famosa Clínica dos Arcos. É perto, seguro e os preços são mais baixos do que os praticados nas clínicas portuguesas que fazem a interrupção voluntária da gravidez e até dos da maioria das parteiras que actuam na clandestinidade. Com anestesia local, varia entre os 360 e os 400 euros; com anestesia geral, o montante sobe para os 450 a 540 euros.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento aos partidários do "não".»

QUAIS OS NEGÓCIOS COM A BRAGAPARQUES?

A pergunta que Sá Fernandes fez a Carmona:

«O vereador do Bloco de Esquerda da Câmara Municipal de Lisboa, José Sá Fernandes, exigiu este sábado que a autarquia explique os negócios que mantém com a empresa Bragaparques.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao PGR se esta pergunta não deveria ser feita pelo próprio Ministério Público, há muito que o nome daquela empresa aparece em tudo quanto é negócio autárquico.»

HÁ MENOS EUROS EM PORTUGAL

Diz o Banco de Portugal:

«O número de notas de euro falsas em circulação em Portugal baixou para 7.610 em 2006, correspondendo a cerca de 24%, face a igual período de 2005, divulgou esta sexta-feira o Banco de Portugal.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pudera, há menos euros de qualquer tipo, não é verdade dr. Constâncio?»

O PRIMEIRO PONTO DO NOVO PGR

Administrador da BRAGAPARQUES acusado de corrupção activa:

«Domingos Névoa, sócio da empresa Bragaparques, foi acusado pe- lo Ministério Público (MO) por um crime de corrupção activa. Em causa está uma oferta de 200 mil euros ao vereador do Bloco de Esquerda José Sá Fernandes para que este recuasse nas críticas que fez ao negócio entre a Câmara Municipal de Lisboa e aquela empresa para a permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular. A acusação, a que o DN teve acesso, sustenta-se nas conversas entre Domingos Névoa e Ricardo Sá Fernandes, irmão do vereador, que funcionou como "agente infiltrado".» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns a Pinto Monteiro.»

HÁ COISAS DO DIABO

Louçã acha que a privatização da saúde põe em causa a democracia:

«Francisco Louçã até admite que temos feito progressos nos últimos anos, na educação, por exemplo, mas afirma que o país parece ter pedras nos bolsos e é arrastado para o fundo. A culpa é das políticas liberais de Bruxelas adoptadas por Cavaco e Sócrates. Políticas essas que, de resto, são o principal obstáculo a uma eventual coligação com o PS em 2009. Na entrevista ao DN e à TSF, Louçã manifestou enorme preocupação com as privatizações na saúde.» [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Já tinha reparado que os países mais democráticos do mundo eram os que tinham a saúde totalmente nacionalizada.»

MINISTRO INSPIRADO

Alberto Costa diz que se inspirou no Cavaquismo:

«O ministro da Justiça admite, em entrevista ao Expresso, que a redução das férias judiciais foi uma medida de “inspiração cavaquista” e elogia o “ímpeto reformista” dos governos de Cavaco Silva no final dos anos 80. Alberto Costa assume as divergências com João Cravinho sobre o combate à corrupção e garante que não se sente “pressionado” pela exigência de “resultados concretos” feita pelo Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo.» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Estará a ser sincero ou quererá parecer-se com Sócrates?»

A ESCOLA CONTRA A FILOSOFIA

Um bom artigo no caderno "Actual" do Expresso:

«As ameaças que desde sempre pesam sobre a Filosofia acabam de ser reactualizadas na escola portuguesa (mais propriamente, no ensino secundário) sob a forma da extinção dos exames no 11.º ano e a passagem a disciplina opcional no 12.º. Foi sob a forma de um lapso que o Ministério da Educação mostrou, em 2002, que a Filosofia estava excluída dos seus cálculos. Era ministro David Justino, e no plano para um «novo ensino secundário» desapareceu a Filosofia para o 12.º ano. Foi um engano, garantiu o ministro, que tratou de repará-lo recolocando a grande ausente entre um leque de disciplinas opcionais, tais como Psicologia e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). As nefastas consequências começam agora a verificar-se: as turmas de Filosofia no 12.º ano reduziram-se ao número mínimo de alunos, já que tanto as TIC, que ganharam a reputação de ser uma disciplina que serve para ensinar aos alunos aquilo que eles já sabem, como a Psicologia são reconhecidas como mais fáceis. Além disso, muitas escolas nem sequer oferecem a Filosofia como opção porque não têm número suficiente de alunos para constituir uma turma. Os que estão verdadeiramente interessados têm de procurar outra escola na área, quando ela existe, que preserve esta pequena reserva disciplinar. Um problema, aliás, que não é só da Filosofia: entre o número de opções consagradas na legislação e aquelas que existem de facto há uma diferença abissal. Tanto quanto a Filosofia, as línguas são vítimas deste «realismo» implacável e, na prática, o Inglês é quase a única língua estrangeira disponível neste mercado das opções.» [Expresso Actual assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Apoie-se a filosofia.»

OS PARTIDÁRIOS DO NÃO RECORRERAM À INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

De assinaturas:

«Os apoiantes do "não" à despenalização do aborto incitaram a uma corrida para a multiplicação de movimentos e assinaturas, no âmbito da qual contaram com a ajuda do CDS-PP. Uma estratégia que do lado do "sim" é considerada normal, porque "têm contra si a opinião pública".O mail que lança o apelo ao reforço de última hora na recolha de assinaturas data de 3 de Janeiro e é encabeçado por António Pinheiro Torres, social-democrata, activista em defesa da vida e figura de proa do já anteriormente existente movimento "Juntos pela Vida". E sugere claramente a necessidade de multiplicação de movimentos, pedindo ajuda para uma "operação de precisão cirúrgica" para chegar "aos 12 ou 13 grupos" (ver caixa). Acabaram por ser 15, reunindo 187.413 assinaturas em defesa do voto no "não" no referendo de Fevereiro. Muitas delas conseguidas graças a militantes e ao próprio líder do CDS-PP, Ribeiro e Castro.» [Jornal de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Obedeceram à ordem "multiplicai-vos", um gesto do mais são cristianismo.»

AS COISAS QUE BUSH CONSEGUE COMPREENDER...

Que a invasão aumentou a instabilidade no Iraque:

«O presidente americano, George W. Bush, admitiu em entrevista à rede de televisão CBS que a invasão do Iraque aumentou a instabilidade no país, de acordo com trechos adiantados pela emissora, que deverá exibir a entrevista neste domingo.» [BBC Brasil Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Bush não devia ser exonerado, precisa é de ser rapidamente internado.»

LE PEN NA "SECOND LIFE"

Abriu uma sede da Frente Nacional:

«El popular universo virtual de Second Life se ha convertido poco a poco en una importante plataforma publicitaria que ya han utilizado numerosas empresas: Toyota, Sony BMG, Sun Microsystems, Coca Cola, Cnet, Reebok o Vodafone son algunas de ellas.

El pasado mes de diciembre, el Frente Nacional de Le Pen abrió una oficina virtual permanente en Second Life, según informan en La Vanguardia [20 Minutos Link]

TERRORISTAS USAM O OOGLE EARTH

Para atacar os britânicos em Bassorá:

«Terrorists attacking British bases in Basra are using aerial footage displayed by the Google Earth internet tool to pinpoint their attacks, say Army intelligence sources.» [Telegrah Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Estava-se mesmo a ver.»

COMEÇAM A OUVIR-SE VOZES DISCORDANTES

Depois dos efeitos da vaga de propaganda promovida pelo Millenium/Opus Dei através dos órgãos de comunicação social amigos - Expresso, Sol e Diário Económico - e com a colaboração de alguns "cristãos novos" como o presidente do STI, começam a ouvir-se algumas vozes discordantes e desconfiadas das segundas intenções do Paulinho das Missas, o mais conhecido promotor de missas de acções de graças. Sinal de que nem todos os portugueses estão vergados ao domínio da Obra de Deus e das suas finanças.

PRESIDENTE DO STI DÁ UM PASSO ATRÁS

O apoio a Paulo Macedo estava a levá-lo ao estrelato e ao fim da sua liderança do sindicato:

«Os funcionários dos Impostos não estão preocupados com a eventual saída de Paulo Macedo. “Venha quem vier, o que interessa é ser um bom gestor”, afirmou ao Expresso o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Manuel Alberto Silva.

O mandato do director-geral termina em Maio e para ser reconduzido teria que abdicar de 75% dos mais de 23 mil euros brutos que recebe por mês. No ano em que tomou posse, Sócrates fez aprovar uma lei que limita os ganhos dos titulares de cargos públicos, que em caso algum podem ultrapassar o vencimento-base do primeiro-ministro (5360,58 euros).» [Expresso assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor Alberto se sabe o significado da palavra coerência e se é capaz de estabelecer a relação entre esta e a dignidade.»

PINTOU A CAPELA SISTINA EM CASA

Um decorador britânico:

«But inside, decorator Robert Burns has transformed his home into a work of art that makes it rather more Sistine Chapel than 1960s council terrace.» [Daily Mail Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ora aqui está uma excelente ideia para o Paulinho das Missas decorar o seu gabinete na DGCI.»

MICHAEL MOORE ESCREVE A BUSH

Na sua página:

«Listen, can I be frank? Sending in 20,000 more troops just ain't gonna do the job. That will only bring the troop level back up to what it was last year. And we were losing the war last year! We've already had over a million troops serve some time in Iraq since 2003. Another few thousand is simply not enough to find those weapons of mass destruction! Er, I mean... bringing those responsible for 9/11 to justice! Um, scratch that. Try this -- BRING DEMOCRACY TO THE MIDDLE EAST! YES!!! » [Link]

O "MACROSCÓPIO" [Link]

Atira-se a Ana Gomes:

«A política é uma subida aos extremos, como diria o "outro" (CvC) a propósito da guerra. Aqui a guerra (psicológica) é outra. Para lá convergem todas as tensões (não reprimidas, disciplinadas ou culturalizadas da política, como diria Elias), desejos (recalcados), aspirações (por realizar), sonhos (partidos), ambições (frustradas), enfim, a política (enquanto techné e arte) corre assim o risco de se transformar em pretexto, quer da boa consciência quer de todas as demissões pessoais, e então é todo o problema da democracia - enquanto dialéctica das estruturas e da acção - que se levanta. Ora, a drª Ana Gomes, bem sucedida enquanto diplomata, embora aqui o seu nome também seja problemático (mas das Necessidades já se espera tudo, até subsídios para alojamentos manhosos) - tem um problema matricial com o seu PS, ou melhor, com a forma como a liderança de Sócrates se impôs ab initio, e é daí que tudo efectivamente se precipita.»

U2 "WINDOWS IN THE SKIES"

ILUSÃO

VW: GTI GAME [Link]

DIGITAL CAMERA MAGAZINE PHOTOGRAPHER OF THE YEAR 2006 [Link]

DEAN AGAR [Link]

MG LIZI [Link]

BOLBES [Link]

STEVEN L. MILLER [Link]

VESPA RIQUEXÓ [Link]

ESTACIONAMENTO PERFEITO

BRITISH SAMARITANS [Link]

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NIKE + iPOD

HEINEKEN

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