Umas no cravo e outras tantas na ferradura

FOTO JUMENTO

Vista da Baixa de Lisboa desde o Elevador de Santa Justa

IMAGENS DO DIA

Parece que a luta com almofadas se está a tornar no desporto da moda, começou nos EUA e já podemos ver combates promovidos pelas organizações dos trabalhadores de fabricas chinesas.

[Timothy A. Clary/AFP/Getty Images]

«NEW YORK - Carmen Monoxide (L) takes a whack with a pillow from Laura Tunderin-Geezus during their match at the first US appearance of the all-woman Pillow Fight League (PFL) at the Galapagos Art Space in Brooklyn, New York 19 January 2007. The league, founded in Toronto in 2004, consists of 22 female fighters where the rules are almost anything goes as long as a pillow is used at the point of contact.» [Tiscali. News Link]

[EFE]

«GUERRA DE ALMOHADAS. Un grupo de trabajadoras de oficina participan en una lucha de almohadas en un club nocturno de Shangai, China. Unos 150 jóvenes oficinistas participan en esta actividad nocturna llevada a cabo por una organización no gubernamental de trabajadores de oficina. » [Ideal Digital Link]

JUMENTO DO DIA

Marques Mendes defendem o "nim" e vota "não"

A um político como Marques Mendes, que insiste em sonhar que chegará a presidente da câmara de Portugal, não basta dizer qual a sua opção de voto no próximo referendo, se defende o não justificando-o com a necessidade de adoptar medidas sociais que combatam o aborto clandestino terá que provar que nos vários governos em que participou tudo fez para que fossem adoptadas essas medidas. Que me recorde essa nunca foi uma preocupação de Marques Mendes.

O PRIMEIRO TESTE A PINTO MONTEIRO

A fuga ostensiva ao segredo de justiça no caso Apito Dourado é o primeiro grande teste a Pinto Monteiro, de quem se espera que ponha ordem na justiça começando precisamente por dar o exemplo, demonstrando que as fugas ao segredo de justiça deixaram de servir interesses ocultos.

AS RAZÕES DO MEU NÃO

Do de Marques Mendes que escreve um artigo de opinião para repetir o que já se sabe:

«Não ignoro, é certo, o problema social que é o aborto clandestino. Conheço-o e sou muito sensível a esse drama. Penso, todavia, que esse mal, que já foi reduzido em relação ao passado, se deve combater, como todos os males sociais e económicos, com medidas enérgicas, sociais, educativas e económicas. Será o caso da protecção da natalidade e da família, do planeamento familiar, da educação sexual dos jovens ou do incentivo à adopção de crianças não desejadas.» [Correio da Manhã Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marques Mendes que iniciativas teve enquanto esteve nos vários governos em que participou.»

REFERENDO SOBRE O ABORTO

O padre Anselmo Borges dá uma lição aos defensores do não:

«Numa questão tão delicada, com a vida e a morte em jogo, não se pretende que haja vencedores nem vencidos, mas um diálogo argumentado, para lá da paixão e mesmo da simples compaixão. Ficam alguns pontos para reflectir.

1. O aborto é objectivamente um mal moral grave. Aliás, ninguém é a favor do aborto em si, pois é sempre um drama.

2. A vida é um bem fundamental, mas não é um bem absoluto e incondicionado. Se o fosse, como justificar, por exemplo, o martírio voluntário e a morte em legítima defesa?

3. Para o aparecimento de um novo ser humano, não há "o instante" da fecundação, que é processual e demora várias horas.

A gestação é um processo contínuo até ao nascimento. Há, no entanto, alguns "marcos" que não devem ser ignorados. É precisamente o seu conhecimento que leva à distinção entre vida, vida humana e pessoa humana. O blastocisto, por exemplo, é humano, vida e vida humana, mas não um indivíduo humano e, muito menos, uma pessoa humana.

Se entre a fecundação e o início da nidação (sete dias), pode haver a possibilidade de gémeos monozigóticos (verdadeiros), é porque não temos ainda um indivíduo constituído.

Antes da décima semana, não havendo ainda actividade neuronal, não é claro que o processo de constituição de um novo ser humano esteja concluído. De qualquer modo, não se pode chamar homicídio, sem mais, à interrupção da gravidez levada a cabo nesse período.

4. Sendo o aborto objectivamente um mal, deve fazer-se o possível para evitá-lo. Tudo começa pela educação e formação. Impõe-se uma educação sexual aberta e responsável para todos, que, não ficando reduzida aos aspectos biológicos e técnicos, tem de implicá-los, fazendo parte dela o esclarecimento, sem tabus, quanto à contracepção.

5. O aborto é uma realidade social que nem a sociedade nem o Estado podem ignorar. Como deve então posicionar-se o Estado frente a essa realidade: legalizando, liberalizando, penalizando?

6. Não sem razão, pensam muitos (eu também) que, se fosse cumprida, a actual lei sobre a interrupção da gravidez, permitida nos casos de perigo de morte ou grave e duradoura lesão para a mãe, de nascituro incurável com doença grave ou malformação congénita e de crime contra a liberdade e autonomia sexual (vulgo, violação), seria suficiente.

7. De qualquer forma, vai haver um referendo. O que se pergunta é se se é a favor da despenalização do aborto até às dez semanas, em estabelecimentos devidamente autorizados, por opção da mulher.

Por despenalização entende-se que, a partir do momento em que não há uma pena, a justiça deixa de perseguir a mulher que aborta e já não será acusada em tribunal.

Aparentemente, é simples. Mas compreende-se a perplexidade do cidadão, que, por um lado, é a favor da despenalização - despenalizar não é aprovar e quem é que quer ver a mulher condenada em tribunal? -, e, por outro, sente o choque de consciência por estar a decidir sobre a vida, realidade que não deveria ser objecto de referendo. O mal-estar deriva da colisão dos planos jurídico e moral.

8. Impõe-se ser sensível àquele "por opção da mulher" tal como consta na pergunta do referendo, pois há aí o perigo de precipitações e arbitrariedades. Por isso, no caso de o "sim" ganhar, espera-se e exige-se do Estado que dê um sinal de estar a favor da vida.

Pense-se no exemplo da lei alemã, que determina que a mulher, sem prejuízo da sua autonomia, deve passar por um "centro de aconselhamento" (Beratungsstelle) reconhecido. Trata-se de dialogar razões, pesar consequências, perspectivar alternativas. A mulher precisará de um comprovativo desse centro e entre o último encontro de aconselhamento e a interrupção da gravidez tem de mediar o intervalo de pelo menos três dias. As custas do aborto ficam normalmente a cargo da própria.

O penalista Jorge Figueiredo Dias também escreveu, num contexto mais amplo: "O Estado (...) não pode eximir-se à obrigação de não abandonar as grávidas que pensem em interromper a gravidez à sua própria sorte e à sua decisão solitária (porventura na maioria dos casos pouco informada); antes deve assegurar-lhes as melhores condições possíveis de esclarecimento, de auxílio e de solidariedade com a situação de conflito em que se encontrem. Sendo de anotar neste contexto a possibilidade de vir a ser considerada inconstitucional a omissão do legislador ordinário de proporcionar às grávidas em crise ou em dificuldades meios que as possam desincentivar de levar a cabo a interrupção". [Diário de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Leia-se porque as opiniões diferentes nunca fizeram mal a ninguém, a não ser aos que não gostam de as respeitar.»

O QREN

A crítica de António Barreto:

«ESTE ÚLTIMO FOI ANUNCIADO ESTA semana com as habituais fanfarras e uma explosão do linguajar de pedra a que não faltavam as conhecidas expressões "apostas", "desafios", "prioridades", "coesão", "desenvolvimento sustentado", "reforço da competitividade", "qualificação do potencial humano" e outras que entretanto perderam totalmente sentido. O governo e o seu Primeiro-ministro criticaram, evidentemente, o QCA III e os governos que o precederam, tendo anunciado uma mudança de estratégia, de rumo, de organização e de prioridades. Estas declarações de bazófia não são confirmadas pela leitura dos textos fundamentais: na verdade, a coisa mais parecida com o QREN é o QCA III. Mas isso não é o importante. O que é realmente chocante é que, nos textos conhecidos (salvaguardada fica a existência de excelentes documentos secretos...), não se encontra a fundamentação para cessar, substituir, continuar ou reforçar o que se fez. Gastaram-se milhões com a educação e a formação profissional: quais foram os resultados? Não se sabe. Despenderam-se milhões com a igualdade de oportunidades regionais e a luta contra as assimetrias: quais foram as consequências? Ninguém diz. Investiram-se milhões na inovação tecnológica, na reconversão de empresas industriais, no lançamento de novas unidades, na requalificação do sector turístico e até na salvaguarda do património: quais foram os efeitos? Desaparecidos em parte incerta!» [Público assinantes Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Começo a ficar enjoado dos artigos de António Barreto, a única vez que o vi elogiar alguma coisa foi a pessoa do dr. Macedo e nesse caso sem quaisquer dados para além dos que os que o dr. Macedo mandou para a comunicação social. Afixe-se.»

ESTADO SUSTENTA METADE DOS PORTUGUESES

E não deverão estar contados os empresários que vivem de subsídios ou que ganham encomendas recorrendo a esquemas corruptos:

«Quase metade dos portugueses tem como principal fonte de rendimento o Orçamento de Estado, alimentado pelos impostos e contribuições de trabalhadores e empresas. Entre reformados do sector público e privado, funcionários do Governo central, regiões autónomas ou autarquias e beneficiários de subsídios e complementos, são perto de 4,7 milhões os portugueses que vivem (ou sobrevivem) à mercê do Estado.» [Jornal de Notícias Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Contabilize-se melhor.»

MARQUES MENDES ORGANIZOU FARSA EM FAVOR DO "NÃO"

Outra coisa não seria de esperar do "pequeno" Marques Mendes:

«As palavras de Marques Mendes, no início do colóquio organizado pelo PSD sobre a interrupção voluntária da gravidez, elogiavam o "espírito pedagógico", alegadamente imparcial, do colóquio. Mas o que se viu, nas cerca de seis horas que a sessão durou, foi um claro domínio dos defensores do "não", quer entre os oradores e os moderadores convidados, quer entre a plateia. A organização do evento, a cargo de Laurinda Alves (que faz parte do grupo Independentes pelo Não), dividiu a conferência em três painéis, cada um destinado a esclarecer uma parte da pergunta que será sujeita a referendo. » [Público Link]

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Homem pequeno, ou velhaco ou dançarino.»

AMERICANO COM SORTE

Caiu de um 17.º andar e sobreviveu:

«Um homem sobreviveu após cair do 17º andar de um hotel na cidade americana de Minneapolis, na madrugada deste domingo.

Joshua Hanson, de 29 anos, sofreu fraturas múltiplas e ferimentos internos mas deve se recuperar, de acordo com os médicos que cuidam dele.» [BBC Brasil Link]

ANDAM IRRITADOS POR FALTA DE SEXO

Alguns exemplares de espécimes em extinção de um zoo chinês:

«Los ejemplares de especies en vías de extinción, como el mono dorado o el gibón, de un zoo de Chengdu, en el suroeste chino, han comenzado a perder los estribos a causa de años de obligada castidad, según ha publicado hoy la prensa local.

El problema afecta a una veintena de animales, sobre todo machos, entre los que también hay rinocerontes, elefantes, ciervos almizcleros y macacos negros crestados, cuya "rareza y unicidad" les ha dificultado el apareo, ha dicho el director del parque natural, Wu Kongju, en declaraciones al diario China Daily.» [El Pais Link]

FIND SATOSHI PROJECT [Link]

Uma empresa britânica está testando a teoria dos "seis graus de separação" [Link] uma teoria segundo a qual entre quaisquer dois cidadãos do mundo há até seis relações. Quando comento isto com amigos todos ficam admirados, mas a verdade é que todos os testes que fiz não ultrapassaram os cinco "intermediários". A empresa procura um japonês chamado Satoshi.

STEEL ANIMALS [Link]

AZELMAN [Link]

GÖKÇE PEHLIVANOGLU [Link]

ALBERTO [Link]

FLYING MANTA RAY

WIKIPEDAL [Link]

A wiki dos cocktails.

CONSELHOS DO BLOGGER [Link]

O Blogger dá alguns conselhos úteis, como evitar que a tua mãe saiba que tens um blogue ou como evitar seres despedido por causa do teu blogue.

SUGESTÃO

Tenho sido surpreendido pelas caras do "não", quando esperava gente fora do período de validade aparecem jovens que deixam as hormonas de qualquer um aos saltos, o que vale é que á aparece o Gentil Martins ou o Bagão Félix a resfriar os ímpetos libidinosos. Para essas simpáticas caras do "não" sugiro um disco para as suas aulas de aeróbica, podem dançar ao som de músicas como: