domingo, janeiro 14, 2007

A Semanada

Semana Santa no FISCO

Enquanto a Igreja da a entender que o Papa não vem a Portugal porque o Estado se está a portar mal, Paulo Macedo decidiu ajudar esse mesmo Estado a redimir-se dos seus pecados promovendo uma missa de acção de graças pela DGCI. Graças ao fervor religioso do dr. Macedo o país teve uma semana mais agitada do que quando a Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos.



Os Cravinhos partiram em busca de especiairias

Ao mesmo tempo que Cavaco Silva viajou para a Índia, o eng. Carvinho partia para a Europa deixando a sua grande batalha contra a corrupção entregue ao grupo parlamentar do PS, não se esquecendo de no assegurar que não tinha sido comprado. Se foi ou não comprado o certo é que com o ordenado que o BERD vai pagar a Cravinho estes pode pagar muita coisa, muito mais do que o que Luís Amado vai poder fazer com o pequeno subsídio de residência que atribuiu a si próprio de ele próprio ter verificado que reunia as condições para o receber.

E como Luís Amado teve um fanico cardíaco, enquanto Cravinho pai viajou para o BERD, Cravinho filho, a sua promissora cria, seguia viagem para a Índia. Digamos que a semana, além de ter sido marcada pelas liturgias do Macedo, teve o perfume das especiarias do PS, Cravinho pai foi a colhê-las no BERD e Cravinho filho a semeá-las na Índia.

Mas tal pai tal filho, assim como Cravinho não resistiu à tentação de nos consolar garantindo que não tinha sido comprado, também Cravinho filho decidiu fala demais criando um incidente em plena visita oficial à Índia, ao afirmar que a viagem de Soares não tinha sido devidamente aproveitada pelos governos do próprio Cavaco Silva.

Esforço prociador dos defensores do "não"

Parece que os defensores do não recorreram à inseminação artificial e os movimentos defensores do aborto clandestino conseguiram triplicar os movimentos, de forma a dominar os tempos de antena. Muito espertos estes "niet".

E o Cardeal Patriarca de Lisboa parece ter defendido a contracepção e aborto químico

Depois de se ter esquecido das propostas para a defesa da vida, que foram feitas na campanha do primeiro referendo, os mais fundamentalistas do "não" e a própria Igreja Católica socorre-se de tudo o que lhes vem à cabeça para justificarem a sua posição. Chega-se ao cúmulo de o próprio Cardeal Patriarca justificar que, com a contracepção e os medicamentos (leia-se aborto químico), não faz sentido alterar a lei. Outros com menos pruridos defendem que se não há registo de mulheres mortas ou presas a legalização não faz sentido, isto é, mandaram a defesa da vida à fava.

Pelas declarações do Vaticano parece que a defesa da vida se joga no Lisboa-Dakar.

Compreensão lenta

Ao fim de mais um ano Manuel Maria Carrilho percebeu que apesar das suas enormes capacidades e mesmo com recurso aos seus conhecimentos filosóficos não conseguia estar em dois sítios ao mesmo tempo, e demitiu-se de vereador da CM de Lisboa.