Como parece óbvio tanto a Ana Isabel Albergaria como as caras amigas e amigos a que se refere Passos Coelho são as lagostas que se lixaram com as suas opções. Infelizmente desde o Natal de 2012 que Passos Coelho deixou de se dirigir às lagostas através do Facebook:
Amigos,
Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.
Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar outros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer.
A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor.~
A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes.
Um abraço,
Pedro.
(26/12/2012)
Queria escrever-vos hoje, nesta página pessoal, não como Primeiro-Ministro mas como cidadão e como pai, para vos dizer apenas isto: esta história não acaba assim. Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito, e nunca esqueceremos que os nossos filhos nos estão a ver, e que é por eles e para eles que continuaremos, hoje, amanhã e enquanto for necessário, a sacrificar tanto para recuperar um Portugal onde eles não precisarão de o fazer.
(9/9/12)
Caras Amigas e Amigos,
Nestes tempos em que os Portugueses têm de enfrentar tantas dificuldades e sofrer tantos sacrifícios, o Natal é um momento que nos pode juntar, inspirar e motivar. Esta quadra é sinónimo de solidariedade, de união e de esperança, sentimentos e valores que nos podem ajudar a ultrapassar este tempo difícil.
(25/12/2011)
Caras amigas e amigos,
Nas últimas semanas esta wall tem recebido milhares de posts, vindos de Portugueses de todo o mundo. Como imaginam, e especialmente num momento tão complicado, é-me impossível acompanhar todos eles, mas a minha equipa faz-me chegar muitos dos vossos posts e leio-os com atenção. Considero ser verdadeiramente importante conhecer as histórias e preocupações dos Portugueses reais, de modo a nunca me esquecer que as decisões difíceis que tomo medem-se não só em números e percentagens, mas em vidas e sacrifícios.
Desde que anunciei, no dia 13 de Outubro, as medidas mais duras do Orçamento de Estado para 2012, muitas têm sido as mensagens de frustração ou desespero que li nesta página. Mensagens como a da Ana Isabel Albergaria que escreveu “ Exmo Sr Primeiro Ministro. Votei no senhor e ainda acredito que está a fazer o melhor que pode e sabe. Preciso muito da sua ajuda. É sobre o meu orçamento familiar. Até aqui o ordenado nunca chegava ao fim do mês. Era com os subsídios de natal e férias que eu conseguia equilibrar as finanças, pagar seguros, contribuições, irs, ou outra despesa extraordinária, como um par de óculos. Já cortei tudo... mas as despesas não essenciais. Tomo banho só uma vez por semana, só acendo uma lâmpada, dispensei a mulher a dias, só saio no carro em casos extremos. Não sei mais onde cortar e o dinheiro não chega. Por favor diga-me o que hei-de fazer para poder continuar a pagar as obrigações ao Estado. Estou desesperada. Agradeço que me ajude e dê sugestões de como equilibrar as minhas finanças.”
Como a Ana Isabel, muitos de vocês estão assustados com o desafio que temos de enfrentar. Mas acredito também que, por mais que estes sacrifícios nos custem, sabemos hoje que não podemos mais fechar os olhos aos erros do passado. O momento de rescrever o futuro dos nossos filhos é agora e eu acredito que vamos consegui-lo.
(21/11/2011)