quinta-feira, abril 30, 2015

E se os nossos cães também formassem o seu governo?


Umas no cravo e outras na ferradura



 Foto Jumento


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Vila Maria da Luz, Ajuda, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Hélder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue

Parece que ir às prostitutas ao Conde Redondo não é problema para a doação de sangue, o grande problema está nas relações entre homossexuais.

«O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) afirmou esta quarta-feira que é um fator de exclusão para a dádiva de sangue ser homem e ter tido sexo com outros homens.

Segundo Hélder Trindade, que foi ouvido na comissão parlamentar de Saúde, o instituto não faz qualquer discriminação em função da orientação sexual, mas sim em função da prática sexual.

"O contacto sexual de homens com outros homens é definido como fator de risco", afirmou o presidente do IPST, sem contudo reconhecer tratar-se de preconceito, como acusam os partidos da oposição.» [Expresso]

  Terá batido com a cabeça nalguma parede?

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Confesso que em tempos manifestei alguma simpatia por esta senhora, deixei de a ter quando a ouvir juntarse ao coro do esfola sempre que a troika dizia mata. A senhora tem uma concepção da política económica muito própria. Os economistas não são propriamente matemáticos, h´correntes antagónicas e só alguém com pouca honestidade intelectual se pode arvoar com o direito de avaliar as propostas daqueles de que discorda. É como se a medicina tradicional chamasse a si a avaliação e a decisão sobre o que a medicina convencional pode fazer nos hospitais públicos.

Além disso, não se entende a razão porque serão sujeitas a visto prévio de uma qualquer Teodora as medidas no domínio económico e o mesmo não se faz em relação ao ambiente, á saúde, à educação e a muitos outros domínios importantes para o futuro do país. E porque não sujeitar as nomeações nos cargos do Estado e no governo a um visto prévio do Ministério Público ?

Ainda na mesma linha de ideias de Marco António ainda antes de avaliar as propostas dos partidos da oposição pois só essas são duvidosas na opinião do novo rico de Valongo, faz sentido criar uma comissão técnica independente para avaliar as mentiras dos governantes que pretendem renovar o seu mandato. Seguindo ainda a ideia defendida por Ferreira Fernandes na sua crónica no DN faria sentido auditar o PSD para se saber se as suas propostas e medidas são compatíveis com a sigla que ostenta, pois podemos estar perante um caso grosseiro de publicidade enganosa.

Deixo aqui uma sugestão à Dra. Teodora que devido a um qualquer acidente perdeu a noção das competências do seu conselho e quer ter no domínio da política económica os poderes dos coronéis na reserva no tempo da censura prévia, que leia de novo as competências do Conselho de Finanças Públicas para que não volte a fazer figuras tristes. Que a senhora se sinta a título pessoal no direito de se armar em coronel na reserva é uma coisa, outra é exceder-se nos poderes que o conselho que dirige lhe confere. E o que a senhora pretende não consta das atribuições do Conselho de Finanças Públicas são as seguintes:

a) Avaliar os cenários macroeconómicos adotados pelo Governo e a consistência das projeções orçamentais com esses cenários;

b) Avaliar o cumprimento das regras orçamentais estabelecidas;

c) Analisar a dinâmica da dívida pública e a evolução da sua sustentabilidade;

d) Analisar a dinâmica de evolução dos compromissos existentes, com particular incidência nos sistemas de pensões e saúde e nas parcerias público-privadas e concessões;

e) Avaliar a situação financeira das regiões autónomas e das autarquias locais;

f) Avaliar a situação económica e financeira das entidades do sector público empresarial;

g) Analisar a despesa fiscal;

h) Acompanhar a execução orçamental.

Muito mal estará este país se cada um decidir o que pode fazer nas suas instituições, violando a lei, abusando do poder e condicionando o regular funcionamento da democracia.
 
 Interrogações que me atormentam

Porque será que os muitos defensores da vida ligados à Igreja Católica e que tanto se têm manifestado ao longo dos últimos anos ficaram em total silêncio em relação à criança de 12 anos que está internada no HSM e ficou grávida na sequência de abusos sexuais?

 Abriu o ramal da Lousã, após intervenção de Portas!

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Foi a grande novidade que me chegou por email com a fotografia do novo ramal. Com um ramal destes o CDS tem as eleições no papo!

 The beauty of pollination


  
      
 E auditar os líderes que mentiram, pode?
   
«O PS tem um programa económico para as eleições. Ele diz que vai burilar e só quando disser "este é o nosso programa" é que será o seu programa eleitoral (e, sabemos todos, de todos os programas, de todos os partidos, quanto isso é volúvel). Agora, Marco António, do PSD, quer que especialistas de apoio parlamentar façam uma auditoria ao programa do PS. Isso só pode ser uma chicana própria da época pré-eleitoral. Porque a ser mais que um truque, seria um golpe de Estado. Seria pôr a Assembleia da República e qualquer das suas comissões a dar bitaites aos programas eleitorais. Está-lhes a dar forte, aos políticos! Depois da tentativa de controlarem o "plano de cobertura eleitoral" dos jornais, querem, agora, controlar os programas eleitorais dos partidos. A reação dos jornais permitiu mandar aquela tentativa às urtigas; mas não é claro que a reação ao controlo dos programas seja tão cidadã. É que se a estupidez do PSD, neste caso da auditoria, é igual à de PSD, PS e CDS, no outro, pode haver a tentação de o PS querer correr o risco que os jornais, por princípio, não aceitaram. É sempre politicamente aliciante ser sujeito a um exame em que se pode passar. Ora, o problema não é de circunstância, é de princípio: quem garante que, amanhã, com outro Parlamento, não se manda uma comissão auditar, por exemplo, as siglas? "Verde", quão verde? Do "centro", mesmo?... Ou auditar líderes: esse mentiu da outra vez, não pode ser cabeça de lista.»  [DN]
   
Autor:

Ferreira Fernandes.


 Um país cada vez mais feio
   
«Segundo a Sic Noticias, estão a decorrer buscas no ministério dos Negócios Estrangeiros, ministério da Administração Interna e em empresas. Elementos da Polícia Judiciária estão também a fazer buscas nas instalações da direção regional do Norte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, no Porto, revelou a Lusa.

A PGR confirma que no âmbito do inquérito dirigido pelo DCIAP estão a decorrer várias diligências - 34 são buscas"em diversos organismos públicos, nomeadamente serviços da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), serviços do Ministério das Finanças, entre outros, bem como em diversas empresas e residências particulares".

Neste inquérito "investigam-se, entre outras, matérias relacionadas com a atribuição de vistos gold e estão em causa suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais", garante a PGR.» [DN]
   
Parecer:

É muito feio ver buscas num gabinete governamental, ou a justiça está a eprseguir a corrupção ou persegue a democracia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo desfecho deste espectáculo lamentável.»

 Decisão duvidosa
   
«O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) afirmou esta quarta-feira que é um fator de exclusão para a dádiva de sangue ser homem e ter tido sexo com outros homens.

Segundo Hélder Trindade, que foi ouvido na comissão parlamentar de Saúde, o instituto não faz qualquer discriminação em função da orientação sexual, mas sim em função da prática sexual.

"O contacto sexual de homens com outros homens é definido como fator de risco", afirmou o presidente do IPST, sem contudo reconhecer tratar-se de preconceito, como acusam os partidos da oposição.» [Expresso]
   
Parecer:

Mas não há problema se for cliente habitual de um bordel.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Eu é que sou o presidente da junta!
   
«Em entrevista a um jornal alemão, o ministro das Finanças da Grécia diz que é ele quem continua a marcar o compasso nas conversações com o Eurogrupo.

Depois da agitação europeia em torno do afastamento de Yanis Varoufakis da negociação grega com os parceiros europeus, o ministro das Finanças veio esclarecer, numa entrevista ao jornal alemão Zeit que ainda é ele o responsável do governo pelas negociações com os credores, e que um acordo está mais próximo do que os media julgam.

"Eu marco o compasso. Ainda sou responsável pelas negociações com o Eurogrupo". A afirmação ao semanário germânico segue-se ao que foi anunciado como uma remodelação promovida por Tsipras na segunda-feira, reduzindo Varoufakis a um papel menor nas negociações. Por detrás desta decisão do primeiro-ministro estará a incapacidade demonstrada pelo ministro das Finanças em conseguir bases de entendimento com os parceiros europeus, especialmente na reunião em Riga, no fim-de-semana passado.» [DE]
   
Parecer:

Este Varoufakis saiu melhor do que a encomenda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: Sorria-se.»

 Não será melhor confirmar com a UCTAD
   
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que a recuperação económica de Portugal poderá ser "mais vigorosa" nos próximos anos, mas alertou que tal depende das "escolhas políticas" e "do dia-a-dia" que forem feitas.

"É com realismo que lhes digo que, se soubermos manter aquilo que tem sido a nossa persistente recuperação, não há nenhuma razão para pensar que não estaremos em condições, nos próximos anos, de assistir a uma recuperação mais vigorosa da economia em Portugal", afirmou.» [DE]
   
Parecer:

Parece que as previsões económicas de Passos Coelho estão dispensadas de auditorias prévias.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos se vai mandar as suas previsões para a UCTAD e para o Conselho de Finanças Públicas.»
  

   
   
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quarta-feira, abril 29, 2015

Pagar a dívida com cuecas de algodão?

A direita tenta fazer passar a ideia de que o objectivo de toda a política económica é o equilíbrio das contas públicas e que este é a fonte exclusiva do progresso económico e social. A política económica deixa de discutir objectivos de médio ou longo prazo, os cidadãos deixam de pensar no país que quem, tudo se resume a saber quanto de vai cobrar de IMI, se a sobretaxa deve ser reduzida, reembolsada ou consolidada, se os funcionários públicos devem ter vencimentos baixos ou serem declarados propriedade do Estado e sujeitos a um regime de escravatura em nome da salvação nacional.
  
O governo tenta fazer passar a ideia de que o Estado apenas se deve limitar à gestão de um Estado cada vez mis diminuto, cabendo às empresas todas as opções económicas. O modelo económico não deve ser o resultado da vontade colectiva dos cidadãos, mas sim o resultado das decisões económicas das empresas. A democracia serve apenas para decidir onde ficam as rotundas e as eleições para escolher os que mais cortam na despesa pública e nos direitos laborais. O futuro do país é decidido pelas empresas e o mesmo é dizer que pelos grandes bancos, o verdadeiro parlamento deixa de estar em São Bento e os deputados não passam de palhaços, as assembleias que tudo decidem são as do BPI ou do Millennium, mesmo que aí sejam os catalães ou os angolanos a mandar.
  
Neste país onde os cidadãos sem capital não passam de um fardo a qualidade da escola pública não é uma prioridade, o SNS deve centrar-se nos mais pobres e investir numa qualidade orientada para esse “segmento de mercado” rejeitado pelo sector privado e os quadros mais qualificados só são necessários ao país na medida em que as empresas os contratem. 
  
Neste quadro o crescimento apenas é importante para assegurar receitas fiscais que paguem os juros da dívida soberana e assegurem o funcionamento de um Estado mínimo e com quadros cada vez menos qualificados e prestigiados. A forma mais fácil de atingir crescimento com este modelo é apostando nas empresas que produzem bens com baixo valor acrescentado, que contratam mão de obra pouco qualificada.
  
O governo desprezou o crescimento durante três anos e agora tenta empurrar o país para um modelo de crescimento miserável, assente na desvalorização dos portugueses e naquilo que de pior tem o nosso sector empresarial. Esta abordagem miserável do crescimento significa menos riqueza a médio e longo prazo e a incapacidade do país de gerir recursos suficientes para o livrar da dívida externa.
  
A solução para o futuro do país passa por criar valor e para isso é necessário apostar na produção de bens de elevado valor acrescentado o que pressupõe a aposta em empresas que empregam trabalhadores cada vez mais qualificados. O absurdo desta opção do governo português está no facto de enquanto a generalidade dos países desenvolvidos estarem a enfrentar um problema de escassez de recursos humanos qualificados, Portugal está a forçar a sua melhor geração a encontrar emprego no estrangeiro.
  
Este governo aprece querer pagar a dívida soberana com cuecas de algodão e é por isso que se quer baixar ainda mais os salários, que se oferecem quinhentos euros aos licenciados, é para isto que temos ministros como os nossos, gente sem ideias, sem competência e com intenções muito duvidosas.

Umas no cravo e outras na ferradura



 Foto Jumento


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 Jumento do dia
    
Marco António, novo rico de Valongo

O mesmo Marco António que ainda não disse nada sobre as graves acusações de que foi alvo no Facebook de um antigo dirigente da JSD dá uma semana ao PS para responder a perguntas como se as propostas do PS estivessem sujeitas à censura prévia do PSD.

A jogada de Marco António parece ser inteligente ainda que o PS não tenha que lhe dar qualquer resposta. Mas este truque do PSD para reagir a uma proposta que o apanhou de surpresa só vai servir para prolongar o protagonismo do PS.

«O secretário-geral do PS afirmou hoje que o seu partido vai responder na quarta-feira às 29 questões formuladas pelo PSD sobre o cenário macroeconómico dos socialistas e sustentou que a avaliação do atual Governo "já está feita".» [DN]


 Vi sair-lhe cara a vaidade
   
«O ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral foi condenado a pagar 500 mil euros aos pais de Madeleine McCann, por danos causados com a publicação do livro intitulado "Maddie: A Verdade da Mentira", disse hoje à agência Lusa a advogada do casal britânico.
  
O tribunal cível condenou Gonçalo Amaral "a pagar a cada um dos primeiros [Kate McCann e Gearald McCann] o montante indemnizatório de 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil euros) acrescido de juros de mora, à taxa legal de juros civis, desde 05 de janeiro de 2010, até integral pagamento".» [DN]
   
Parecer:

Este inspector disse e escreveu muito mas nada provou, só que uma coisa é condenar a mãe da Joana com quedas mirabolantes pelo meio e outra é atacar o casal inglês.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor se tem dinheiro.»

 Trabalhadores pró Pinto da TAP fazem marcha silenciosa
   
«"É muito importante que o Sindicato dos Pilotos perceba que existem rostos, para além do seu pequeno mundo, que estão em completo desacordo com tamanha insensatez", lê-se no email enviado esta manhã aos trabalhadores do grupo por Fernando Santos, trabalhador que tem sido porta-voz dos que criticam a luta do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

O programa prevê uma marcha silenciosa, marcada para as 12.00, desde a portaria da sede da companhia e termina com uma concentração junto ao terminal dos tripulantes, com passagem pelas chegadas e partidas do aeroporto da Portela.» [DN]
   
Parecer:

Este Pinto está a ir um pouco longe demais na forma como luta contra a greve dos pilotos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Fernando Pinto quanto custaram à TAP as suas decisões erradas, como a do negócio do Brasil.»

 Treinador racista!
   
«O árbitro do Valadares - Aliados de Lordelo, disputado no sábado passado, não tolera atitudes ou insultos racistas. Por isso, quando ouviu o treinador do Lordelo chamar um jogador por Preto expulsou-o de imediato.

O insólito é que o jogador do Lordelo, o clube do treinador, se chama mesmo Preto e não houve da parte de Juvenal Brandão qualquer comentário depreciativo em relação à cor da pele de alguém.
"Tinha acabado de lançar um jogador que não está rotinado na posição. Ele é central e tive de o colocar a lateral direito. Em vez de defender, estava a subir e eu, no banco, gritei 'Hugo, não subas, junta-te ao Preto e fica'", contou ao Jornal de Notícias de hoje o treinador Juvenal Brandão, que, segundo explicou, no início nem percebeu o que estava a acontecer.» [DN]
   
Parecer:

O imbecil do árbitro não leu o nome dos jogadores.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 UBER proibida em Portugal
   
«A notícia é avançada pelo Shifter, que refere que a empresa de transporte de passageiros é obrigada a encerrar a sua página em território português, bem como a aplicação e a parar de angariar empresas de transporte sob o nome 'Uber'. A empresa tecnológica americana terá também de notificar todos os operadores de telecomunicações, bancários e entidades pagadoras registadas em Portugal de forma a suspender as atividades com a Uber.

A decisão do Tribunal da Relação chega por via de uma acção interposta pela ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, que na sua página online manifesta a sua "satisfação" pela decisão. Ao Notícias ao Minuto, o presidente da ANTRAL, Florêncio de Almeida, apelidou a situação como "lamentável" e que o Tribunal da Relação "repôs a lei em vigor". O presidente da ANTRAL referiu também que o serviço do Uber viola "o direito europeu e nacional das regras de acesso e exercício da atividade e de concorrência".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Não conheço os fundamentos, mas estou certo de que os argumentos dos taxistas profissionais serviriam para retirar da circulação mais de metade dos tais de Lisboa, a começar pelos que frequentam habitualmente locais como o Aeroporto ou Santa Apolónia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelas consequências do TTIP.»
  

   
   
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terça-feira, abril 28, 2015

A deorientação

A desorientação do PSD perante a divulgação dos cenários macroeconómicos pelos economistas convidados pelo PS é tanta que não há dia em que não haja uma novidade. Começou pela reacção em massa dos jihadistas do “Observador”, comandados pelos velhos tarecos maoístas da “Voz do Povo” mordendo no documento de todas as formas possíveis. Como os ataques dos jihadistas não surtiram efeito, o país assistiu ao parto induzido de uma coligação que é a primeira a nascer de parto prematuro. Mas o anúncio da coligação teve menos impacto do que um boletim meteorológico.
  
Perante o falhanço o pequeno da apresentação dda coligação do cravo sim, cravo não o zipadinho Marco António de Valongo lembrou-se dos tempos em que Guterres era candidato a primeiro-ministro e o PSD usou o seu homem de mão da Direcção-Geral de Estudos e Previsão para criticar com ar quem tinha poderes censórios as propostas económicas do líder do PS. Como agora a inspiração para atribuir alcunhas a António Costa não é grande (a Guterres puseram a alcunha de picareta falante) e já não podem contar com os serviços um pouco emporcalhados do tal Patinha Antão à frente da DGEP, o PSD lembrou-se de exigir que as propostas da oposição passem pelo crivo da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) e do Conselho das Finanças Públicas.
  
O PSD, que não consultou nenhuma destas estruturas para adoptar medidas como o corte dos vencimentos, o golpe nas TSU ou o corte das pensões, que contou com um tal Cavaco da Quinta da Coelha para que o Tribunal Constitucional não fosse igualmente consultado, vem agora exigir que as propostas do PS antes de serem apresentadas aos eleitores passem pelo crivo de estruturas que são promovidas a uma espécie de conselho económico eleitoral. É instituída desta forma a censura prévia às propostas económicas da oposição. Mas uma coisa é a Dra. Teodora Cardoso ter um certo ar de tenente coronel na reserva, outra é dar-lhe um lápis azul para riscar as propostas da oposição.
O mais divertido disto tudo é que ainda recentemente o governo adoptou um Plano de Estabilidade cheio de incertezas, com medidas que num dia eram definitivas e no dia seguinte eram esquecidas e, tanto quanto se sabe, o documento não passou pelo crivo daquelas estruturas e não é muito seguro que Cavaco tenha tido conhecimento prévio das propostas. Parece que o PSD não se limita a querer a censura prévia dos programas económicos da oposição. 
  
Quando o Gaspar tentou dar o golpe da TSU consultou alguém? Quando em vez da TSU decidiu um aumento brutal do IRS de um dia para o outro consultou alguém, fez algum estudo? O excesso de troikismo de Passos Coelho foi fundamentado nalgum estudo ou assentou nalguma avaliação do seu impacto no crescimento e no emprego?
  
O PSD tenta impingir a uma política económica decorrente de uma ideologia alimentada por shots numa verdade económica única e pretende que todos os que opinem de forma diferente respeitem premissas igualmente decorrentes dessas ideologia massamiana. 
  
Mas há uma boa notícia na carta do novo rico de Valongo, assume na sua sexta pergunta o sucesso no combate à evasão fiscal o que nos faz pensar que a sobretaxa de IRS ou uma parte substancial dessa sobretaxa pode ser devolvida em 2015, até porque essa foi a grande promessa de Passos Coelho e Paulo Portas no OE de 2015, promessa reafirmada por várias vezes pelo Núncio Ficoólico do CDS no ministério das Finanças. Acontece que o mesmo PSD que quer escrutínio prévio das propostas alheias ignora as leis que ele próprio adopta e até esta data a AT ainda não tornou públicos os resultados do combate à evasão fiscal, uma norma legal adoptada em apoio da tão prometida devolução da sobretaxa.
  

Umas no cravo e outras na ferradura



 Foto Jumento


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Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Fernando Pinto, presidente da TAP

Quando soube que o presidentre da TAP tinha convocado a comunicação social para uma conferência de imprensa pensei com os meus botões que o senhor ou ia anunciar um acordo ou pedir a demissão pelas consequências ruinosas que o seu negócio no Brasil teve para a sobrevivência da empresa.Enganei-me, o presidente da TAP apenas queria tentar apelar aos pilotos que furem a greve.

«O presidente da TAP, Fernando Pinto, afirmou esta tarde, numa conferência de imprensa, que a greve dos pilotos da TAP, agendada para entre os dias 1 e 10 de maio, tira um milhão de euros por dia à empresa pelo cancelamento de reservas.

"Dez dias de greve é algo extremamente crítico para qualquer empresa", afirmou, dando a greve praticamente como certa ao dizer que as "energias" já estão todas voltadas para a operação no período de paralisação. "Da minha parte considerei como finalizado o processo de negociação", disse.» [DN]

  A diferença entre Portugal e o Vaticano

O Vaticano tem um papa emérito, Portugal tem um presidente sem mérito.

 A refundação do Estado segundo o CDS

O CDS, um pequeno partido no extremo da direita que representa pouco mais do que 5% dos eleitores detém vários ministérios e está colocando militantes seus em dezenas de cargos dirigentes do Estado. Quando sair do poder e voltar a embarcar no taxio este pequeno partido vai dominar uma boa parte do aparelho de Estado, usando estes cargos para boicotar a política dos futuros governos.

A nomeação dos dirigentes do Estado tem sido uma verdadeira fraude, os concursos só servem de fachada às escolhas políticas do governo.

 Avalanche nos Himalaias



      
 António Correia de Campos
   
«Uma Década para Portugal, documento produzido para o PS por uma equipa de economistas sobre o cenário macroeconómico que queremos influenciar, abriu um debate político de natureza diferente do habitual, a seis meses de eleições legislativas. Mesmo os mais encarniçados oponentes à oposição, prática hoje corrente em governos sem programa, reconhecem utilidade à iniciativa e alguns até lhe apreciam a qualidade. Não o Governo, cada vez mais fechado à medida que se fecha o ciclo político, mas comentadores próximos, o que revela impacto e surpresa. Impacto, por um simples documento continuar na agenda política, ocupando a respectiva centralidade. Surpresa, por em tempos de descrédito da política, poucos esperarem propostas claras, detalhadas, articuladas, pertinentes e razoavelmente fundamentadas, vindas de um think-tank criado pelo principal partido da oposição.

A Década varreu, de uma assentada, vários mitos: o de que o PS não tinha programa e teria dificuldades em o preparar; o de não haver alternativa à austeridade, tal como a troika e os seus seguidores aditivados haviam interiorizado; o de que o debate eleitoral seria à volta de “mais do mesmo”, assemelhando-se as políticas e programas de esquerda e direita como gémeos univitelinos; o de que as medidas de política apenas se analisam pelo seu custo orçamental, em soma algébrica de cortes e aumentos; e que tendo o PSD deitado a toalha ao chão na reforma de Segurança Social, nenhum partido se atreveria a nela tocar. Desde terça-feira passada tudo mudou.

O documento desenha um cenário macroeconómico por alternativa ao da Comissão Europeia, propondo sobre ele um programa realista e inovador. Documento de gente sabedora mas com humildade para acolher críticas, aperfeiçoamentos e correcções no mês e meio que medeia daqui até ao programa eleitoral.

Existe alternativa à ideologia e teimosia da austeridade cuja execução acrítica nos levou ao fundo do buraco: mais trinta pontos percentuais de dívida pública, desemprego elevado que erraticamente avança e recua, exportações que patinam na dependência da escala do exportador e do comportamento inseguro dos mercados de destino; investimento anémico; défice que não nos larga e provavelmente este ano registará dois choques adicionais: novas dívidas na saúde e os prejuízos da resolução do BES; crescimento económico ainda tímido e apenas devido à recusa do Tribunal Constitucional em caucionar todos os cortes.

O debate já não vai ser à volta de “mais do mesmo” como a direita e a esquerda à esquerda do PS tanto gostariam: ninguém ficou indiferente às propostas — os empresários a quem a descida do IRC não agrada; os sindicatos, avessos a qualquer mudança, que receiam a redução das pensões no futuro, em troca do alívio temporário das taxas contributivas patronal e laboral para a Segurança Social; a direita, roída de inveja pela inovação que supunha estar esgotada à esquerda, acusa o modelo de relançamento do consumo, poupança, investimento e emprego como eleitoralismo que tanto gostaria de aplicar; jornalistas económicos dissecam números com lupa e bisturi, dividindo-se entre o cepticismo prudente e uma ainda hesitante adesão, perdida que foi a oportunidade de desancar uma proposta cuja qualidade os surpreendeu. O documento instalou-se no meio do debate político, recolheu surpreendentes apoios, elevou o nível do debate e fez estremecer o Governo.

Todas as medidas se relacionam e interactuam. O clássico normativismo da esquerda foi substituído pela concepção de incentivos a comportamentos desejáveis, sobretudo na criação de emprego e solidificação do precário. Não mais é possível uma contabilidade de deve e haver, ela complica-se com o multiplicar e dividir, efeito de incentivos e penalidades numa economia regulada de forma mais inteligente que o trivial. Poderá não se realizar? Certamente. Mas a esquerda demonstra que se pode modernizar, enquanto a direita ficou no dogma, lançando medida atrás de medida sem estimar os seus efeitos perversos. É tempo de inovar na política económica.

Restam as propostas sobre a Segurança Social. Tão interessantes e complexas que a elas teremos de voltar em próxima ocasião. E o Governo, como reagiu? A quente, sem ler o documento, postulando aquilo que ele não continha. Em stress, enviou o vice-primeiro-ministro ao Parlamento, convencido que dois ou três sound bites resolviam o problema. Preparou um argumentário negativo. Enterrou-se. Filho da austeridade receia a orfandade, reagindo com comentários entre a desacreditação e a ironia. Pede o consenso do PS para um corte de 600 milhões em pensões, por não saber como os encontrar, perdido no labirinto austeritário. Não se viu ainda uma refutação substantiva e quando se atiram números eles são como chapadas de cimento a uma parede não descascada. Não pegam. Nem sequer dão sinal de terem lido bem o texto e de tentarem compreender as contas. E depois, exibir o fantasma de 2011 começa a cansar.» [Público]
   
Autor:

António Correia de Campos.


 Voar alto com os negócios do Estado
   
«O Ministério Público está a investigar o contrato de contrapartidas entre o Governo e a Airbus. De acordo com o jornal Público, Artur Mendes, que era em simultâneo conselheiro de comunicação do ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e sócio de Miguel Caetano Ramos, neto do fundador do Grupo Salvador Caetano e gestor de topo do grupo, pode ter ajudado a Salvador Caetano a reunir com o Ministério da Economia. Manuel Pinheiro, na altura adjunto do ministro da Economia, fez chegar a informação do interesse da Salvador Caetano à Airbus.

O primeiro contacto entre Governo e Salvador Caetano aconteceu no início de 2012. Estariam presentes Artur Mendes, que também tinha sido consultor de imagem de Passos Coelho, na campanha eleitoral que lhe deu a vitória e o cargo de primeiro-ministro, o ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, Miguel Caetano Ramos, neto do fundador do Grupo Salvador Caetano e Manuel Pinheiro.

Foi aí que a Salvador Caetano apresentou ao ministro um projeto de entrada na atividade da aeronáutica. O grupo pretendia ser um dos beneficiários das contrapartidas devidas pela Airbus Space and Defense, divisão da Airbus responsável pelo desenvolvimento e produção de produtos destinados à aplicação aeroespacial e de defesa. As contrapartidas vinham na sequência da compra, por parte do Estado à Airbus, de 12 aviões C-295, em 2006.

Após um aditamento ao contrato entre Governo e Airbus, o nome da Salvador Caetano não só passou a fazer parte do acordo como passou a ser o maior parceiro. Em setembro de 2012, um mês após o aditamento ao contrato entre Governo e Airbus, foi criada a Salvador Caetano Aeronautics.

Ao Público, Artur Mendes disse que não se recorda de alguma vez ter participado na reunião. Manuel Pinheiro afirma que foi ali que conheceu o conselheiro de Álvaro Santos Pereira. Há mais contradições. A Airbus explicou ao Público que tomou conhecimento do projeto da Salvador Caetano através de “um pedido do gabinete do ministro da Economia”, onde trabalhava Manuel Pinheiro. Manuel Pinheiro afirma que nunca sugeriu a Salvador Caetano. Por seu turno, a empresa portuguesa diz que se tratou de “uma iniciativa direta da Airbus com a Salvador Caetano, sem qualquer relação com o Governo”. A Airbus insiste que os contactos em relação às contrapartidas eram feitos com o Governo.» [Observador] [Páginas do Público 4 5]
   
Parecer:

Este caso mostra o porquê de tanta gente estar interessada nos lugares de adjuntos e assessores.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Marcelo já fala como candidato presidencial
   
«“São dois caminhos diferentes mas têm pontos em comum. Se o resultado das legislativas não apontar para uma maioria absoluta, há espaço para conversações entre PSD e PS. Tenho a certeza absoluta disso”. Foi assim que o ex-líder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou a apresentação das propostas económicas do PS.

No comentário semanal na TVI, o professor de Direito da Universidade de Lisboa examinou as duas alternativas, considerando que a direita “tem uma aposta empresarial forte e é tímida em relação às famílias” enquanto o PS “olha pouco para o tecido empresarial”. E defende que PSD e PS convergem tanto na preocupação com o défice e a dívida pública como partilham do mesmo “ponto fraco”: a Segurança Social. “Onde vão buscar dinheiro?”, perguntou referindo-se às propostas de baixa da TSU.» [Observador]
   
Parecer:

Marcelo já fala como presidente.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 O Bilhim está triste
   
«O presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CreSap), João Bilhim, admite, em entrevista à Lusa, que sentiu "muito desconforto" e "tristeza" com as nomeações políticas feitas na área da Segurança Social.

Em causa estão as nomeações para os Centros Distritais da Segurança Social (CDSS) onde, segundo um trabalho publicado pelo Jornal de Negócios em fevereiro, a maioria dos cargos foi entregue a responsáveis do PSD e do CDS.

João Bilhim diz só ter conhecimento do assunto pela comunicação social, uma vez que o trabalho da CreSap é o de apresentar três nomes ao Governo que, a partir daí, faz a sua escolha. Ainda assim, diz que esta é uma situação que "dá muito desconforto".» [DN]
   
Parecer:

Pobre senhor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Varoufakis em queda
   
«O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras decidiu alterar a equipa responsável pelas conversações com os parceiros europeus e com os credores, depois de o ministro das Finanças ter sido duramente criticado pela sua actuação na reunião da zona do euro, na passada sexta-feira.
  
O próximo líder da equipa deverá ser Euclides Tsakalotos, vice-ministro das Relações Exteriores e um economista com larga experiência internacional, nomeadamente na universidade de Oxford.
  
Varoufakis ficou isolado na reunião do Eurogrupo em Riga e passou a ser um problema que o governo grego tem de resolver. Não apenas pelo impacto que a sua actuação causou - nomeadamente por via de comentários que deixou nas redes sociais, onde se mostrava confortável com o "ódio" com que os seus homólogos do Eurogrupo lhe dedicam - mas porque, mesmo internamente, Varoufakis está a deixar de ter apoio.» [Diário Económico]
   
Parecer:

Vaidoso demais para o cargo que exerce, enfim, uma vaidade que por cá também é visível no BE.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 veremos o que dá esta batalha da CNPD
   
«A associação de consumidores DECO lançou a aplicação IRS Sem Custo sem solicitar a autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados para o tratamento da informação pessoal que recolhe junto dos contribuintes através da Internet.» [Expresso]
   
Parecer:

Esta comissão começa a evidenciar alguma ambição por mais poder, um dis destes vão querer serem os polícias do país.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver se fazem com a DECo o que fizeram com a AT.»
  

   
   
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