domingo, abril 19, 2015

Semanada

A oposição andou tão empolgada com listas e listinhasn que no que respeita a IRS leu o PEC apresentado esta semana em diagonal. A grande medida do Orçamento de Estado para 2015 e grande bandeira do governo e, em particular, de Paulo Portas foi o famoso mecanismo do reembolso da sobretaxa do IRS. Era para isto que o Núncio Fiscoólico de Paulo Portas junto da AT e os seus assessores da JC trabalhavam com afinco, contando com as penhoras de tudo o que mexesse, incluindo encomendas postais, bicas e tudo o mais que mexesse. Agora o assunto foi esquecido de um dia para o outro e a oposição anda tão preocupada com listas e listinhas que não se preocupam muito com tudo o resto. Cá por mim trocava o meu nome numa lista VIP pelo reembolso da sobretaxa.
  
A senhora da CNPD tem tido o seu momento de glória e até já dá entrevistas à Antena 1 com declarando inconstitucionalidades a torto e a direito, como se tivesse um estatuto equiparado a presidente do Tribunal Constitucional. Percebe-se agora o porquê de tanto alarme público, a CNPD passou de um organismo quase desconhecido para uma espécie de super-polícia. Ainda vamos ver a presidente da CNPD a candidatar-se a Presidente da República.

Há um nono dialecto que devia ser reconhecido como língua nacional, apesar de só ser falado por uma elite com dotes intelectuais especiais, é o justices, uma língua dominada apenas por magistrados. È por isso que cidadão comum não consegue interpretar o que alguém disse quando falava ao telefone para alguém que está a contas com a justiça. Em português comum dizer "tem todo o meu apoio em tudo o que for necessário, pessoal e institucional... Estou totalmente disponível para tudo... para aquilo que considerar que possa ter alguma utilidade" é ser corrupto e por muito menos estão as cadeias cheias. Mas se for dito por um magistrado isto é uma manifestação de bondade, com direito a lugar no céu. Naquilo que num cidadão comum é ser filho da puta nas magistratura é ser boa pessoa, estamos perante uma nova versão da diferença entre maneta e deficiente.
  
Se o PS ganhar as eleições seria uma sorte para o país manter Paulo Macedo e a sua equipa no ministério da Saúde, para prosseguir uma obra tão boa e gerida com tanta competência que a equipa de António Costa tardou meses a fazer a primeira equipa. Mesmo assim não conseguiu pedir a demissão de um secretário de Estado que acha que os portugueses abandonados nos hospitais estão muito bem instalados, em macas de onde não podem cair.