domingo, abril 12, 2015

Semanada

1. Portugal como segunda escolha

Alguns ingénuos, onde podemos incluir António Costa, ainda imaginavam António Guterres na Presidência, mas este optou pelos tachos e tachinhos e para ele Portugal e o seu povo foi sempre uma segunda escolha, o que ajuda a perceber melhor a pouca dimensão humana e a famosa fuga do pântano, lançando Portugal nas mãos da direita para ele se poder candidatar a melhor tacho internacional. A verdade é que há muito que António Guterres tinha feito a sua escolha e só alimentou uma possível candidatura por pura vaidade pessoal. Ele que fique na ONU ou no raio que o parta por muitos e bons anos pois desde o dia que fugiu que devia ter sido riscado das opções políticas da esquerda portuguesa, ele que se afirmou precisamente pela esquerda, quando entrou em conflito dentro do PS com o seu ex-secretariado. Um lugar na ONU é um excelente tacho enquanto faz tempo para abichar algo melhor, como, por exemplo, passar de administrador não executivo da Gulbenkian a presidente da fundação.

2. Os amigos do Passos continuam em (tecno)forma

Agora que o negócio da Tecnoforma estava quase encerrado eis que o país fica a conhecer mais um esquema do género, desta vez sob a forma de Instituto do Território. A história é simples, um senhor que agora dizem ser quase um desconhecido, ainda que seja da membro da Comissão Política, director do gabinete de estúdios do PSD e responsável pela elaboração do programa eleitoral, beneficiou de muitos euros do Estado  graças a adjudicações sem concurso. Ao que parece o senhor ainda está em todos os cargos, pelo que é de esperar que possa beneficiar de mais umas adjudicações directas à sombra da protecção do seu amigo Passos Coelho.

3. Bom filho (da mãe)
 
O filho de Jaime gama decidiu entrar na luta política de uma forma pouco digna, usando o nome de um falecido para atacar Sampaio da Nóvoa enquanto presidente de um júri que chumbou Saldenha Sanches. Mas esqueceu-se de dois pormenores, do nome de todos os professores que, ao contrário de Sampaio da Nóvoa que como presidente estava impedido de votar, e do facto de o chumbo ter sido por seis a três, o que impedia o presidente do júri de intervir. Esqueceu-se também, como muitos outros, que o voto secreto nestas provas acabou na sequência deste caso e foi uma decisão do governo de Sócrates. A memória dos homens tem destas coisas, só se lembram do que querem.
 
4. O Opus Macedo não consegue manipular o INE
 
Agora que o grandioso Paulo Macedo estava a recuperar a imagem de seminário em seminário eis que as estatísticas fizeram mais uma das suas malditas partidas, depois de ter rasteirado Passos Coelho com o desemprego as estatísticas evidenciaram o trabalho sujo que Macedo tem vindo a fazer, desnatando o SNS e favorecendo o negócio privado da saúde. Os dados são tão evidentes que até António Costa que nunca critica a política para o sector se pronunciou sobre o assunto, ainda que tenha poupado Paulo Macedo. Quando será que as opus influências de Paulo Macedo deixam de manietar a esquerda?