Foto Jumento
Vista de Lisboa (São Bento)
Jumento do dia
Cavaco Silva, condómino ilustre da Quinta da Coelha
Se Cavaco Silva fosse sincero na sua busca de consensos teria imposto esse desejo a Passos Coelho a propósito do Plano de Estabilidade, mas não o fez e aceita que um governo minoritário e sem hipóteses de renovar a maioria absoluta e mesmo de vencer as eleições comprometa Portugal com mais um programa de austeridade para quatro anos.
Ao nada ter feito em relação ao PE Cavaco SIlva perdeu o direito de falar de consensos e os seus apelos devem a partir de agora como meros actos de politiquice, termo que ele muito aprecia.
«Cavaco Silva reforçou o apelo a entendimentos entre os partidos “para garantir estabilidade política e a governabilidade” e apontou áreas onde no futuro seria desejável a convergência: natalidade, emprego jovem, justiça, sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e crescimento. O Presidente diz que os partidos devem reconhecer a necessidade de consenso “de uma vez por todas”. Costa diz que ninguém deve pedir consensos ao PS e que o Presidente não deve definir programa do Governo. PSD pediu “mais humildade” e diz que o país está confrontado com a escolha entre o “caminho da responsabilidade” e o “caminho da ilusão”.
Em ano de eleições legislativas, o Presidente da República insistiu que os últimos 41 anos de democracia mostram que os entendimentos inter-partidários são “imprescindíveis”. Lembra que se tem assistido em Portugal a um nível de “crispação e agressividade” que não hesita em “extravasar da controvérsia de opiniões para os ataques e os insultos de caráter pessoal” e, por isso, pediu aos deputados (atuais e da futura legislatura) que elevem o debate público. E deixou mais um aviso: é preciso mobilizar os portugueses: “Se não existir, da parte dos agentes políticos, a consciência clara de que devem mobilizar os portugueses, para estes desafios, de pouco valerão os sacrifícios que fizemos, e que, em muitos casos, deram azo a situações dramáticas”.» [Observador]
Michael Seufert
Este deputado do partido de Paulo Portas fez o discurso mais miserável e canalha de que há memória nas comemorações do 25b de Abril. A paciência para aturar deputados que imitam o chefe nos fatos às riscas a lembrar os sicilianos é um preço a pagar por uma democracia que é generosa para aqueles que mesmo em ditadura seriam deputados, e nessa altura acabaria o discurso com o mesmo "Portugal sempre!" como se só os deputados da direita mais à extrema fossem defensores do país, como se um viva aos que fizeram a democracia tivessem esquecido Portugal.
Graças a descuidos destes percebemos que há dua versões do partido de Portas, a versão democrata que exibe em público e a versão ultra que esconde o mais que pode.
Siameses culigados
Parece que os cenários macroeconómicos dos economistas de António Costa provocaram diarreia na direita e daí a culigação anunciada à pressa.
Cavaco Silva, condómino ilustre da Quinta da Coelha
Se Cavaco Silva fosse sincero na sua busca de consensos teria imposto esse desejo a Passos Coelho a propósito do Plano de Estabilidade, mas não o fez e aceita que um governo minoritário e sem hipóteses de renovar a maioria absoluta e mesmo de vencer as eleições comprometa Portugal com mais um programa de austeridade para quatro anos.
Ao nada ter feito em relação ao PE Cavaco SIlva perdeu o direito de falar de consensos e os seus apelos devem a partir de agora como meros actos de politiquice, termo que ele muito aprecia.
«Cavaco Silva reforçou o apelo a entendimentos entre os partidos “para garantir estabilidade política e a governabilidade” e apontou áreas onde no futuro seria desejável a convergência: natalidade, emprego jovem, justiça, sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e crescimento. O Presidente diz que os partidos devem reconhecer a necessidade de consenso “de uma vez por todas”. Costa diz que ninguém deve pedir consensos ao PS e que o Presidente não deve definir programa do Governo. PSD pediu “mais humildade” e diz que o país está confrontado com a escolha entre o “caminho da responsabilidade” e o “caminho da ilusão”.
Em ano de eleições legislativas, o Presidente da República insistiu que os últimos 41 anos de democracia mostram que os entendimentos inter-partidários são “imprescindíveis”. Lembra que se tem assistido em Portugal a um nível de “crispação e agressividade” que não hesita em “extravasar da controvérsia de opiniões para os ataques e os insultos de caráter pessoal” e, por isso, pediu aos deputados (atuais e da futura legislatura) que elevem o debate público. E deixou mais um aviso: é preciso mobilizar os portugueses: “Se não existir, da parte dos agentes políticos, a consciência clara de que devem mobilizar os portugueses, para estes desafios, de pouco valerão os sacrifícios que fizemos, e que, em muitos casos, deram azo a situações dramáticas”.» [Observador]
Michael Seufert
Este deputado do partido de Paulo Portas fez o discurso mais miserável e canalha de que há memória nas comemorações do 25b de Abril. A paciência para aturar deputados que imitam o chefe nos fatos às riscas a lembrar os sicilianos é um preço a pagar por uma democracia que é generosa para aqueles que mesmo em ditadura seriam deputados, e nessa altura acabaria o discurso com o mesmo "Portugal sempre!" como se só os deputados da direita mais à extrema fossem defensores do país, como se um viva aos que fizeram a democracia tivessem esquecido Portugal.
Graças a descuidos destes percebemos que há dua versões do partido de Portas, a versão democrata que exibe em público e a versão ultra que esconde o mais que pode.
Siameses culigados
Parece que os cenários macroeconómicos dos economistas de António Costa provocaram diarreia na direita e daí a culigação anunciada à pressa.
Tratar o cão com o pêlo do próprio cão
«As medidas, a saber, a reintrodução do imposto sucessório, a criação do complemento salarial para os trabalhadores abaixo do limiar mínimo e o contrato de trabalho único, foram defendidas pela troika. Porém, o Executivo liderado por Pedro Passos Coelho opôs-se a elas e vetou-as.
Explica o Expresso que é o caso do complemento salarial, por exemplo, que chegaria pela via de um crédito fiscal, na prática um ‘imposto negativo’ aplicável a todos os que durante um ano declarassem um rendimento do trabalho inferior ao limiar da pobreza.
A medida foi sempre empurrada pela coligação para um período pós-troika, mas é agora recuperada pelos economistas socialistas que apresentaram um modelo macroeconómico em que se baseará o programa do PS. » [Notícias ao Minuto]
Parecer:
O PS apanhou Passos Coelho de surpresa, ainda se anteciparam na TSU depois de terem ouvido alguma dica mas acabaram por ser surpreendidos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Discurso de quarta classe
«"Pouco mais do que generalidades resta à direita. Basta ver o discurso do Presidente da República de hoje, sobre o 25 de Abril, na Assembleia da República. Um discurso das habituais generalidades que não cabem a um Presidente da República discorrer sobre elas. Um discurso de quarta classe", declarou Carlos César.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Foi mais de telescola...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»