sexta-feira, abril 10, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



 Foto Jumento


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Cacilheiro "Alentejense", Lisboa (2005)
  
 Jumento do dia
    
Marques Guedes

Uma coisa é um debte político sério, outra é o recurso à mentira, aos argumentos sujos e ao golpe baixo. Se já não é muito digno de um alto responsável do PSD comportar-se de forma tão feia isso é inaceitável da parte de um membro do gover e muito menos ainda na sua condição de porta-voz. As palavras do ministro da Presidência são um dos momentos mais baixos na vida política portuguesa, o senhor deve ter perdido a vergonha na cara.

«"São boas notícias, sobretudo, são a confirmação da confiança internacional na política e trajetória da economia portuguesa", afirmou o governante no final do Conselho de Ministros, contrapondo que "no mesmo dia", as taxas de juro da Grécia "estão acima de 15%".

Em declarações aos jornalistas, Marques Guedes assinalou as taxas acima dos 15% na Grécia, "cujo partido do Governo continua a ser o guru do Partido Socialista e de outros partidos à esquerda".

"A única coisa que ressalta é a confiança em relação à trajetória da economia portuguesa e das políticas que têm vindo a ser seguidas", acrescentou.

Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a cair a dois, cinco e dez anos, uma tendência que se estende à Irlanda, mas que não é acompanhada pela Espanha, Itália e Grécia.» [Notícias ao Minuto]

  Uma perguntinha a Carlos Zorrinho

Porque razão Carlos Zorrinho quer directas para escolher um candidato que não se vai candidatar às presidenciais pelo PS e não fez a mesma proposta quando ele próprio foi candidato a eurodeputado? Teria medo de ficar a receber pela Assembleia da República?

 A solução grega

Cada vez é mais óbvio que a extrema-esquerda grega não tem soluções para a Grécia limitando-se a uma estratégia de pressão e de chantagem. Ainda bem que a extrema-esquerda ganhou as eleições na Grécia.
  
 Quanto pode custar o Novo Banco

É absolutamente incrível como o processo de venda do Novo Banco avance sem que a oposição exija ao Banco de Portugal e ao Governo que divulgue os montantes que estão em causa, designadamente os montantes que muito provavelmente irão parar aos tribunais e que um dia serão pagos pelos contribuintes. Esta oposição é tão mole que depois de ter sido incapaz de contrariar a imagem da saída limpa ainda vai permitir ao governo que passe a mentira de que a intervenção no BES ainda deu lucro!

Enfim, é uma oposição ocupada com taxas e taxinhas, listas e listinhas, casos e casinhos.

 Dúvidas que me atormentam

É mais do que óbvio que os sorteios televisivos não passa de jogo ilegal com regras duvidosas em que vale tudo para levar os telespectadores a gastar pequenas fortunas em chamadas de valor acrescentado. Já aqui denunciei este negócio vergonhoso mais de uma vez e aqui fiz referência a uma apresentadora de televisão que dizia que o seu sorteio costumava sair aos mais pobres atraindo os portugueses em maiores dificuldades para este jogo viciado.

Se a Santa Casa passa a via a perseguir as rifas de mercearia e muitas das tradicionais rifas são tratadas como jogo ilegal, como se pode entender que a mesma Santa Casa nada faça contra estes casinos abertos todo os dias em todas as estações de televisão, onde o jogo ilegal compensou largamente as perdas de receitas de publicidade? Será porque à frente da Santa Casa estão políticos com ambições e preferem ter boa imprensa a defender os interesses das instituições?

Seria muito interessante ouvir Santana Lopes sobre este assunto e explicar porque motivo a sua Santa Casa nada faz contra este imenso mercado de jogo ilegal que desvia o dinheiro da sua instituição para os bolsos dos apresentadores e patrões da imprensa, sobrando ainda algum dinheiro para pagar comentadores a peso de ouro.

E, já agora, o que terá a dizer sobre isto a Direcção do Serviço de Inspecção de Jogos, hoje integrada no Turismo de Portugal?

Parece que neste país os novos sacerdotes de que todos têm medo e a quem todos bajulam de forma vergonhosa e indigna são os senhores da comunicação social, os donos, os apresentadores poderosos e os jornalistas influentes, são eles que fazem e desfazem governo, que julgam na praça pública e que impõem as regras de uma democracia cada vez mais corrompida.


 Assim também o povo aguentava
   
«O BPI repôs os salários dos administradores que tinham sido cortados durante a ajuda pública entre 2012 e 2014, refere o Diário de Notícias. Para além disso, o banco devolveu ainda os montantes relativos à redução da remuneração fixa, imposta desde 2012 pela ajuda pública que pediu ao Estado.

A reposição dos salários deve-se ao facto de, em junho de 2014, o BPI ter concluído o reembolso da totalidade dos 1.500 milhões de euros em obrigações de capital de contingente, usadas para assegurar as necessidades de capital do banco. Isto significa que os gestores estão a receber, desde essa altura, as remunerações que recebiam antes dos cortes e da ajuda estatal.» [Observador]
   
Parecer:

Parece que o Ulrich não aguentou.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

 Cavaco não recebe lesados do BES
   
«A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) avançou que ia ser recebida pelo Presidente da República, mas Cavaco Silva não vai marcar qualquer encontro, soube o Observador.

Para a tarde desta quinta-feira, Cavaco Silva tem marcado para as 17h a reunião habitual com o primeiro-ministro e, de acordo com fonte da Presidência, não haverá qualquer encontro com os lesados do BES.

Os lesados do BES estão hoje em manifestação. Estão a percorrer as sedes dos possíveis candidatos à compra do Novo Banco e irão dirigir-se até Belém, mas ficarão à porta do Palácio de Belém, apesar de o presidente da AIEPC ter dado como informação que iria ser recebido por Cavaco Silva: “Provavelmente o Presidente da República vai receber-nos hoje ao fim do dia”, afirmou Ricardo Ângelo, à Lusa.» [Observador]
   
Parecer:

Do BES só ali entrou o Ricardo Salgado...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Que tivessem imitado Cavaco e investido na SLN, agora estariam ricos.»

 Que mal houve em chumbar Saldenha Sanches?
   
«António Sampaio da Nóvoa presidiu ao júri que chumbou a prova para professor agregado da Faculdade de Direito de Lisboa de José Luís Saldanha Sanches, em 2007. Esta parte do currículo do agora candidato presidencial foi relembrada esta quinta-feira no Diário de Notícias pelo assistente universitário João Taborda da Gama, que trabalhou com Saldanha Sanches, e está a tornar-se na primeira polémica em torno do novo candidato presidencial.

O júri era constituído por dois catedráticos de outras faculdades (Braga de Macedo e Diogo Leite Campos) e sete catedráticos da Faculdade de Direito: Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Miranda, Menezes Cordeiro, Fausto de Quadros, Teixeira de Sousa (diretor da faculdade), Paulo Otero e Paz Ferreira. Em nove pessoas, só três deram nota positiva à tese sobre “Os limites do planeamento fiscal”. Segundo a revista Visão, os três votos favoráveis vieram de Jorge Miranda, Teixeira de Sousa e Paulo Otero, sendo que um décimo catedrático, Paulo Pitta e Cunha faltou à prova.» [Observador]
   
Parecer:

Enfim, num dia lançam o nome de Jaime Gama, no dia seguinte o filho deste vem questionar Sampaio da Nóvoa porque não impediu um chumbo de Saldenha Sanches quando em novee professores seis chumbaram Saldenha Sanches. Argumento muito feio, um sinal que nesta esquerda vale de tudo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 INE responde a Passos Coelho
   
«“As estatísticas do INE são credíveis e fiáveis. Aceitando ser juiz em causa própria, o INE considera não existirem razões para colocar em causa a credibilidade e a fiabilidade das estatísticas oficiais portuguesas da sua responsabilidade”, afirmou hoje fonte oficial do instituto à Lusa, quando questionada sobre as críticas de que a instituição tem sido alvo por parte de elementos do Governo e de partidos que sustentam o executivo.

O INE refere ainda que as suas estatísticas “são produzidas obedecendo aos 15 princípios do Código de Conduta para as Estatísticas Europeias no quadro do Sistema Estatístico Europeu”, respeitando regulamentos e práticas metodológicas, “que são públicas”.

Quanto às revisões dos dados, o INE afirma que estas são “parte integrante e inerente ao processo de produção estatística” e que as estatísticas “são geralmente sujeitas a revisões”, as quais “são sobretudo originadas por nova informação sobre o passado que não foi possível integrar a tempo da divulgação anterior”.

Em março, o INE reviu em alta a taxa de desemprego relativa a janeiro, a qual passou dos 13,3%, conforme foi divulgado no primeiro mês de 2015, para os 13,8%. Já em janeiro, o INE tinha recalculado os dados do desemprego de novembro, uma vez que inicialmente tinha apurado uma taxa de desemprego de 13,9% e depois reviu a taxa em baixa, para os 13,5%.» [Observador]
   
Parecer:

O INE teve sorte, se fosse no ministério das Finanças levava já com a CNPD e com a IGF e rapidamente seria descoberta uma perigosa lista de mentiras.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
 Jogos das televisões são vigarices
   
«No ecrã há números de telefone em tamanho gigante ao lado de uma quantia elevada de euros que é um prémio em cartão ou em ouro. Os apresentadores apelam, à exaustão, aos espectadores para ligarem para um número de telefone iniciado por 760; por vezes estão a encher discurso durante minutos seguidos com as supostas maravilhas que se pode fazer com o prémio – para compensar o desemprego, pagar escola dos filhos, encher a despensa. Mas para a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social são “acções enganosas” e “práticas comerciais agressivas”, de acordo com uma proposta de deliberação que o regulador tem em cima da mesa para discutir. E só não declara que estes concursos violam a lei do jogo porque as suas competências não lho permitem.

No ano passado a ERC recebeu mais de duas dezenas de queixas e de pedidos de informação sobre a legalidade daqueles concursos publicitários. Para além de espectadores, contactaram o regulador também entidades como a Associação Portuguesa de Casinos – que defende que são ilegais por configurarem a modalidade de jogos de fortuna e azar, que é exclusiva dos casinos -; a Direcção-Geral do Consumidor, que quis saber qual o enquadramento legal dos concursos; e até o Provedor de Justiça informou ter recebido queixas pela publicidade “agressiva” destes programas.


Segundo a proposta de deliberação que está a ser estudada há algumas semanas pelo regulador, este deverá “declarar acções enganosas as informações promocionais dos concursos publicitários (…) onde se induz nos concorrentes a convicção de que os prémios atribuídos se consubstanciam em dinheiro ou coisa convertível em dinheiro”. E também considerar os “apelos insistentes à participação” como “práticas comerciais agressivas” por fazer um “aproveitamento consciente de situações de infortúnio pessoal”, como situações de “desemprego ou carência social e económica”. A ERC deverá ainda informar a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna e a Direcção-Geral do Consumidor que têm poderes sobre a matéria.» [Público]
   
Parecer:

É bem pior do que isso, é jogo ilegal e sem regras.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à Inspecção-Geral de Jogos se tem andado a dormir.»
  
 Zangaram-se as comadres na TAP?
   
«Eram oito os pontos conhecidos do acordo entre o Governo e nove sindicatos da TAP, que no final de Dezembro permitiu o cancelamento de uma greve de quatro dias entre o Natal e o Ano Novo. Agora, os pilotos, que também assinaram o documento, dizem que as negociações chegaram a um impasse: não porque algum desses pontos tenha falhado, mas porque não viram satisfeitas duas exigências “escondidas”, que não estavam plasmadas no acordo.

Reposição de diuturnidades e uma fatia entre 10% e 20% no capital da TAP: foi por causa destas duas reivindicações que o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) emitiu nesta quarta-feira um comunicado a anunciar um “impasse insanável” nas negociações com o Governo, a TAP e a PGA. Duas reivindicações que eram, até aqui, desconhecidas, mas que os pilotos garantem que, apesar de não estarem plasmadas no entendimento, “ficaram comprometidas” pelo executivo.

No entanto, ao que o PÚBLICO apurou junto de outras estruturas sindicais envolvidas nas negociações com o Governo, a reposição total das diuturnidades, suspensas desde 2011, nunca foi prometida. Já quanto à participação no capital da TAP, a exigência sempre foi exclusiva do SPAC, apesar de o executivo já ter repetido, por diversas vezes, que não será satisfeita, suportando-se num parecer da Procuradoria-Geral da República (que considerou ilegal um acordo alcançado em 1999 entre o SPAC e o Governo de então).» [Público]
   
Parecer:

Ficaram tão felizes com o arco que chegaram ao ponto de excluir os seus benefícios aos trabalhadores não sindicalizados nos sindicatos que o assinaram!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Os concursos da CRESAP no seu melhor
   
«O presidente da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap) admite que o facto de um membro do júri deste organismo ter sido apanhado em escutas das autoridades a combinar com um amigo a melhor forma de ele ganhar um concurso para um cargo desacredita a imagem da instituição. Mas recorda que a pessoa em causa, a secretária-geral do Ministério da Justiça, entretanto colocada em prisão domiciliária por causa do seu envolvimento no caso dos vistos gold, foi indicada para a Cresap pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.

O jornal i divulga na edição desta quinta-feira o conteúdo de conversas entre a secretária-geral, Maria Antónia Anes, que foi membro dos júris na Cresap para os concursos do Ministério da Justiça durante dois anos, até ser detida, e um amigo seu, o principal suspeito do caso dos vistos dourados, António Figueiredo.

Presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo tinha de se submeter ao crivo da Cresap para continuar no cargo. Na véspera do Natal de 2013 envia uma mensagem a Maria Antónia a perguntar-lhe quantos candidatos apareceram a disputar-lhe o lugar. A amiga respondeu-lhe que havia quatro, identificou-os e fez alguns comentários: “É uma gente que não tem hipótese nenhuma. A gente não consegue chumbá-los porque estas criaturas são criaturas que se dão a si mesmo 20. A gente nem que lhes dê zero, que é o que faço, eles ficam sempre com 10”. Mais tarde havia de lhe contar que lhe tinha dado nota de 19 no concurso, transmitindo-lhe novas informações sigilosas, como alguns dos requisitos relacionados com as competências comportamentais dos candidatos, revela o i.» [Público]
   
Parecer:

Pobre Bilhim...
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Oferta sugestiva
   
«O presidente russo ofereceu ao primeiro-ministro grego um ícone ortodoxo roubado pelos nazis na Grécia durante a II Guerra Mundial.

"O ícone roubado de uma catedral ortodoxa grega pelos nazis foi levado para a Alemanha. O soldado nazi que o levou foi preso em 1945 pelas tropas do Exército Vermelho e entregue às autoridades da Grécia", acrescentou, esta quinta-feira, um porta-voz do Kremlin.

"Em 1947, foi fuzilado na Grécia pelas atrocidades cometidas no país", disse ainda Dmitri Peskov.

O ícone é uma imagem de S. Nicolau, o Milagroso, que foi recuperado graças a um mecenas russo que o comprou aos herdeiros do nazi.» [JN]
   
Parecer:

Oferta ou devolução?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Fraude na comunicação social?
   
«Guilherme W. d’Oliveira, jurista e autor do relatório, admite que é necessário reforçar a transparência da informação prestada pelos órgãos de comunicação de forma legislativa. Ao Público, disse acreditar que “seria útil proceder a alterações legislativas no campo” das “obrigações de divulgação de informação” que, muitas vezes, “são detidas a um nível intermédio por meros intermediários financeiros”.

O estudo, com uma “visão prospetiva” não pretende centrar-se em nenhum caso específico, mas antes alertar para “a necessidade urgente de criar mecanismos preventivos”, admitiu. Apesar disso, Guilherme d’Oliveira acha que há “áreas mais suscetíveis” onde a “fraude é mais provável”, como é o caso dos programas e concursos associados a chamadas de valor acrescentado.

“Há uma teia de negócios paralelos que estão longe do negócio fundamental da produção de conteúdos que é, afinal, o centro de uma empresa de media”, disse ao jornal.

Só no ano passado, a ERC recebeu mais de duas dezenas de queixas relativas à legalidade deste tipo de concursos. De acordo com o Público, para além de espectadores, a entidade reguladora foi também contactada pela Associação Portuguesa de Casinos, que defende a sua ilegalidade. Também a Direção-Geral do Consumidor, que quis saber qual o enquadramento legal destes concursos, e o Provedor de Justiça entraram em contacto com a ERC.» [Observador]
   
Parecer:

E eu que pensava que os jornalistas era os únicos portugueses honestos!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a mereceida gargalhada.»
  

   
   
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