quarta-feira, abril 15, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



 Foto Jumento


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Festa do Avante (2005)
  
 Jumento do dia
    
Manuel Maria Carrilho

Carrilho é um morto-vivo da política portuguesa, um verdadeiro cadáver político que nenhuma força partidária quer reclamar como seu e ele sabe muito bem disso, mas não é uma alma penada qualquer, é uma alma penada vingativa e ressabiada, não esquece da queda que sofreu quando estava no luxo parisiense e do desprezo colectivo que sentiu pela forma como reagiu. Ma mesmo depois de um processo de divórcio pouco próprio para quem alimenta ambições políticas Carrilho ainda encontra forças para prosseguir a sua vingança.

Não é de Sócrates que Carrilho pretende vingar-se, mesmo preso em Évora José Sócrates deve sentir um desprezo olímpico por esta personagem, a vingança de Carrilho é contra o PS e mesmo contra a esquerda. Carrilho pode ser muita coisa mas burro ainda não parece ser e sabe muito bem que com esta intervenção apenas favorece a direita.

Enfim, um fim cada vez mais triste para um dos maiores erros de casting cometidos pelo PS. Já nõ bastava o espectáculo triste do seu divórcio, agora quer envolver o PS num sessão de pancada digna do velho Cais do Sodré. Um nojo.

«Manuel Maria Carrilho defende que a única maneira de o PS não ser altamente prejudicado nas eleições legislativas com o caso da prisão de José Sócrates é abrir caminho à expulsão do ex-primeiro-ministro do partido. Essa iniciativa deve partir do líder socialista António Costa, disse Carrilho numa entrevista publicada esta terça-feira no Diário de Notícias. “Não tenham ilusões, só esse ato redimirá o PS aos olhos do país”.


“É preciso preparar a inevitável proposta de expulsão de Sócrates do PS. A iniciativa, a meu ver, devia ser do próprio secretário-geral do PS. Todos sabemos que António Costa foi o número dois de Sócrates, e por isso também ele, como todo o país e a imensa maioria do PS, só se pode sentir traído, enganado”, afirmou numa entrevista concedida a propósito do lançamento do seu novo livro “Pensar no que lá vem”.» [Observador]

  Sampaio da Nóvoa

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É cada vez mais óbvio que Sampaio da Nóvoa é o candidato que a direita quer abater a qualquer custo, contra ele a margem para golpes baixos é reduzida, não há pântanos nem picaretas falantes, não há rabos de palha fiscais, nunca trabalhou para empresas privadas e, pior do que tudo, nunca durante o seu percurso de vida serviu de cata-vento nem elaborou falsas ementas.

Se Sampaio da Nóvoa é o alvo a abater pela direita a reacção é óbvia, começa a ser o candidato a defender pela esquerda. Porque um candidato que tem o ódio de gente como o redactor da Voz do Povo, o historiador do Observador e a não sei quantas do mesmo jornal é porque deve ter muitas qualidades.

A imagem do cata-vento é uma sugestão para imagem de campanha de MaArcelo Rebelo de Sousa, o candidato que aguarda que os seus amigos destruam a candidatura de Sampaio da Nóvoa enquanto ele vai fazendo jogo sujo, armando-se em comentador das candidaturas dos adversários.

  Pergunta a Jaime Gama

Não seria melhor levar o seu rebento para um tachito no BES dos Açores em vez de o deixar anda por aí a dizer disparates?

 Presidenciais

Já só falta o Tiririca pedir a nacionalidade e apresentar a sua candidatura.

 Esperemos que Portugal tenha mais sorte do que a Tecnoforma

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 Carro de bombista do ISIS explode no ar



 Uma curiosidade sobre a AT

Antes do processo de fusão que deu lugar à AT a área informática pertencia a uma direcção-geral própria, a DGITA. Sabem quem é que Manuela Ferreira Leite foi buscar para gerir esta direcção-geral depois de ter saneado a equipa que tinha sido nomeada por Sousa Franco? Ao BES, o tal banco com o qual colaborara Durão Barroso e que então era primeiro-ministro, nesse tempo não havia qualquer problema em que os privados não só tivessem acesso a dados como fosse eles próprios os dirigentes da direcção-geral com toda a informação fiscal e aduaneira do país. Nesse tempo a CNPD não elaborou nenhuma deliberação alarmista sobre o assunto, se calhar não sabia da existência da DGITA, da DGCI e da DGAIEC, só deu pelo fisco há dois meses.

O senhor do BES foi empossado por Manuela Ferreira Leite em 2004 e ficou a ganhar o vencimento que auferia no banco, muito acima do vencimento de um director-geral do Estado, tal como sucedia com o seu colega Paul Macedo na DGCI. Recorde-se que na altura o então director-geral dos Impostos Nunes dos Reis mandou a ministra apanhar gambuzinos, enquanto Cavalheiro Dias optou por se "reformar". Para a história fica a nomeação para DG dos Impostos de um tal Maestre Armindo que se notabilizou por um despacho nos temos do qual ele próprio ficava ilibado de multas de trânsito e pelo facto de se ter dedicado ao doutoramento enquanto era director-geral. Não consta que tenha tido problemas e foi promovido a juiz do Tribunal de Contas.

Algum jornalista questionou a transparência desta nomeação? O MP sentiu-se impelido a investigar? A IGF acompanhou a gestão? A CNPD auditou a situação? O sindicato STI questionou a nomeação? Os deputados deram pela existência da DGITA?

Agora que tanto se fala das empresas privadas que trabalham para o fisco talvez fosse interessante ver a história do desenvolvimento da informática no sector dos Impostos, um processo iniciado ainda no tempo da dupla maravilha formada por Oliveira e Costa e Cavaco Silva, quando foi adjudicada a informatização das Alfândegas à então Simens-Nixdorf.

      
 O reitor Sampaio da Nóvoa
   
«Li no DN de 9 de abril de 2015 uma coluna de opinião de João Taborda da Gama, de elogio de Saldanha Sanches, com o título "Sampaio da Nóvoa Presidente", a que passo a responder.

A questão das provas de agregação do Saldanha Sanches, aí referidas, toca-me particularmente, visto que fiz provas alguns dias depois, envolvidas em idêntica turbulência.

A lei que protocolava a realização das provas datava do regime da ditadura, assinada ainda por Américo Tomás. A votação consistia na escolha de uma bola preta ou de uma bola branca por cada membro do júri e depois procedia-se à contagem. O que estava legislado e era escrupulosamente cumprido era que a votação fosse anónima, em urna fechada. Cada catedrático ia escolher sob as longas mangas da beca uma bola preta ou branca num recipiente onde estavam misturadas e depois colocava-a na urna. Esta cena medieval passada à porta fechada do conselho da faculdade dava lugar a todos os maus instintos, cobardias, vinganças pessoais e sobretudo políticas. E, naturalmente, a um grande stress dos candidatos. Finalmente abriam-se as portas e era anunciado o resultado. Poder absoluto e anónimo. Sampaio da Nóvoa, enquanto reitor, manifestou-se várias vezes contra esta lei, o que aliás deixou escrito em ata. Finalmente, por influência da sua orientação e por vontade de Mariano Gago, a lei foi abolida e substituída por outra, em que a votação deixou de ser anónima.

Ora acontece que, quando a nova lei foi publicada, já as nossas provas, a minha, a do Saldanha Sanches e a de um colega da Faculdade de Ciências, tinham data marcada. Todavia, na publicação da nova lei estava escrito que só 15 dias depois passava a ser aplicada. Prevendo por razões óbvias o que se poderia passar comigo e com o Saldanha Sanches, o reitor Sampaio da Nóvoa telefonou--me, telefonou ao presidente do Conselho Científico da FML, telefonou ao Saldanha Sanches e chamou-nos, facultando a possibilidade de requerermos um adiamento para datas posteriores à aplicação da lei. Sou testemunha de que tivemos essa possibilidade, mas nem eu nem o Saldanha Sanches quisemos. Criaturas que gostam do risco... Saldanha Sanches chumbou. O júri dele foi presidido na Faculdade de Direito pelo reitor Sampaio da Nóvoa, o qual não podia votar. O que se passou na discussão dentro do conselho ninguém sabe, ninguém pode saber, mas os que lá estavam sabem com certeza. Perante isto Sampaio da Nóvoa voltou a telefonar-me, mas eu insisti em ir a provas nessa data. Ele resolveu então ir assistir às minhas provas "à paisana", para testemunhar.

Eu passei, mas as bolas pretas foram muitas e eu sofri um grande stress, que nunca esquecerei. Houve catedráticos que há anos não punham os pés na faculdade e que foram lá só para pôr... a bola preta, claro. Durante as provas um dos catedráticos arguentes virou-se para o reitor, que estava entre o público, e disse "eu não sei se o senhor reitor está aí por causa da candidata se é para me ver a mim". Tal como aconteceu a colegas de todas as faculdades, que me precederam ao longo dos anos, foi impossível não passar a desconfiar de algumas pessoas autoras de eventuais bolas pretas.
Estou assim particularmente qualificada para considerar que o artigo de João Taborda da Gama faz insinuações que não só fogem à verdade como dizem o seu contrário.

Ficamos pois a saber que a campanha de contrainformação relativa a Sampaio da Nóvoa já começou. Oito anos depois dos acontecimentos, faz-se um artigo de opinião sobre Saldanha Sanches, com merecidíssimos elogios, eventualmente escritos por quem dele está muito longe politicamente, para em três colunas reservar um último período (o que mais se lê) para uma falsa insinuação sobre Sampaio da Nóvoa. E o título em letras gordas, claro.» [DN]
   
Autor:

Isabel do Carmo.

PS: Não seria melhor levar o seu rebento para um tachito no BES dos Açores em vez de o deixar anda por aí a dizer disparates?


 O resultado do trabalho do Núncio Fiscoólico
   
«Portugal foi dos países onde os impostos sobre os rendimentos do trabalho mais se agravaram entre 2010 e 2014, mostra um estudo da OCDE parcialmente divulgado esta terça-feira. Para solteiros sem filhos, Portugal bate mesmo o recorde em termos de subida da carga fiscal.

A carga fiscal sobre o trabalho em Portugal continua longe dos níveis praticados nalguns países europeus, mas, nos últimos anos, está a aproximar-se a grande velocidade do topo. Entre 2010 e 2014, Portugal registou das mais altas taxas de crescimento nos impostos que incidem sobre o trabalho entre todos os países da OCDE, e a responsabilidade é do IRS, já que as contribuições para a Segurança Social se têm mantido estáveis.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Cobra-se aos trabalhadores para se dar aos patrões sob a forma de descidas de IRC ou da TSU.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Organize-se missa de acção de graças pelo trabalho desenvolvido pelo grande Núncio Fiscoólico.»

 Mais um sucesso do ajustamento
   
«As famílias continuam a ter dificuldades em cumprir com o pagamento das prestações dos créditos contraídos. A percentagem de empréstimos dados como malparados atingiu, em Fevereiro, o valor mais elevado de sempre.

O Banco de Portugal revelou esta terça-feira que, dos créditos concedidos a particulares, em Fevereiro, 4,38% eram de cobrança duvidosa, o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser divulgados (1979). Desde o início de 2014, que o crédito malparado das famílias supera os 4%.  » [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

As famílias continuama ir à falência.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco porque não comenta estas estatísticas, ele que critica "os políticos" por não comentarem as poucas estatísticas que são do seu agrado.»

 O "bom exemplo" que vem da Alemanha
   
«A fechar o ranking da organização britânica está a Alemanha, cuja dimensão da economia paralela chega a ser o dobro da dos EUA (16%). Mas o dinheiro não declarado que cai para o buraco do mercado negro ultrapassa os 200 mil milhões de dólares. De acordo com o especialista James Henry, no entanto, ainda “há na Alemanha um maior respeito pelo Estado e uma ética fiscal superior à de outros países”. Acontece que no mundo fechado dos paraísos fiscais a Alemanha tem vindo a experimentar uma onda crescente de denúncias que parecem pôr em causa o aparente civismo germânico.» [Observador]
   
Parecer:

E é a Alemanha que gosta de dar lições aos países do Sul.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Mais um milagre da Santinhga da Horta Seca
   
«A produção industrial portuguesa caiu 0,5% em Fevereiro face ao mês anterior, sendo assim a terceira maior queda da União Europeia, revelam dados do Eurostat. Na zona euro, o indicador subiu.

Tanto na zona euro como na União Europeia, a produção industrial aumentou em Fevereiro quando comparada com o mês anterior, sobretudo devido aos bens não duradouros e energia . Segundo o gabinete de estatísticas europeu, as subidas foram de 1,1% e de 0,9%, respectivamente. Em Janeiro, o indicador tinha caído 0,3% em ambas as regiões.» [DE]
   
Parecer:

Esta santinha milagreira que em boa hora o CDS nos trouxe para o governo anda muito desaparecida, deve andar a fazer milagres por outras freguesias.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
 Cervejeiro um dia, cervejeiro toda a vida
   
«A proibição de venda, disponibilização e consumo de todas as medidas alcoólicas a menores de 18 anos não será tema pacífico em Conselho de Ministros. António Pires de Lima, o homem que hoje é ministro da Economia, foi sempre um crítico de medidas deste tipo no passado. Em 2013, quando o Governo aprovou a proibição de venda e consumo de vinho e cerveja a menores de 16 anos (com distinção para o limite dos 18 anos apenas para bebidas espirituosas), Pires de Lima, então presidente da Associação de Produtores de Cerveja, dizia que o álcool “não podia servir de bode expiatório para tudo o que corre mal no país”.

Esta terça-feira, o Ministério da Saúde revelou que tenciona aprovar em breve uma revisão à lei do álcool, proibindo a venda de qualquer substância alcoólica a menores de 18 anos, porque considera que a lei de 2013 não tem sido “suficientemente eficaz” a prevenir o consumo excessivo de álcool pelos mais novos.» [Observador]
   
Parecer:

A ideia de que o consumo de cerveja é benigno não só é falsa como perigosa e é uma tese que serve apenas o interesse da indústria cervejeira. é o mesmo que dizer que o auecimento global não tem qualquer relação com os gases de efeito estufa, como defendem as petrolíferas americanas ou que não há relação entre o cancro do pulmão e o tabaco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Pires de Lima que volte para a cervejeira de onde nunca devia ter saído.»
  

   
   
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