Foto Jumento
Igreja dos Jerónimos, Lisboa
Silva Lopes
Não era da sétima arte, não escreveu muitos livros depois dos oitenta, não teve direito a dias de luto nacional, não era de uma terra que só por isso seria uma espécie de herói da luta contra a capital, mas era um grande economista, serviu o país como poucos, esteve por várias vezes no centro da história de Portugal. Foi um dos melhores da sua geração e nunca foi famoso porque a economia e a inteligência ou o servir o país de forma anónima nunca tornaram ninguém famoso.
A maioria dos portugueses nunca gastaram um tostão do seu bolso para irem ver um filme de Manuel de Oliveira, mas são muitos poucos aqueles que devem ou ficaram a dever a Silva Lope o facto de terem alguns tostões no bolso.
A Grécia caminha para o buraco
«A Grécia estará a trabalhar num plano de contingência que passa pela nacionalização dos bancos e pela emissão de moeda própria. A informação foi transmitida ao jornal britânico The Telegraph por uma fonte próxima do Syriza, o partido que lidera o governo de coligação na Grécia, e surge numa altura delicada em que a Grécia se aproxima perigosamente da insuficiência de fundos para pagar a dívida pública e as despesas correntes. A ameaça, que não vem acompanhada do nome do seu autor mas que é citada pelo The Telegraph, equivaleria a uma saída da Grécia da zona euro, um cenário que os analistas do suíço UBS passaram a ver como mais provável do que o seu contrário.
Caso a Europa não ceda nas negociações, aproximando-se das propostas gregas e acabando com o impasse que se arrasta há vários meses, a Grécia terá um plano B em que o Estado assume o controlo dos bancos e começa a cunhar moeda, efetivamente abandonando a zona euro. O The Telegraph escreve que esta poderá ser uma consequência de uma eventual falha de pagamento ao FMI na próxima quinta-feira, que o governo garante que não acontecerá.» [Observador]
Parecer:
Já nem se ouvem as vozes de alegria no Siryza tuga.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Sampaio da Nóvoa candidato presidencial?
«O antigo reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nova, está a preparar a sua candidatura à Presidência da República, que deverá anunciar nos próximos quinze dias, avança o semanário Expresso na edição deste fim de semana. Sampaio da Nova estará a assumir que tem o apoio do PS.
Depois de Henrique Neto, será a vez de António Sampaio da Nova de anunciar a sua candidatura às eleições presidenciais, que se devem realizar no início do próximo ano. O Expresso diz que Sampaio da Nova tem uma equipa restrita a trabalhar intensamente para preparar a candidatura.
Sobre os apoios que terá, numa altura em que ainda se falam de muitos potenciais candidatos fortes na esfera política do PS, a candidatura acredita que terá o apoio do PS, mas quer avançar como independente, encontrando mais apoios à esquerda. Mário Soares já disse ao Expresso que gostaria que Sampaio da Nova avançasse e que, se o fizer, terá o seu “apoio”.» [Observador]
Parecer:
Um bom candidato presidencial.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela candidatura.»
Miguel Relvas ainda é doutor
«A falta de juízes no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa tem atrasado a sentença relacionada com o processo da licenciatura de Miguel Relvas. Enquanto esta ação não for decidida em tribunal a Universidade Lusófona não deverá anular a licenciatura do ex-ministro, que está entre as 152 que o Ministério da Educação deu ordem à Universidade Lusófona para corrigir, sob risco de perder o reconhecimento de interesse público e assim ter de encerrar.
“O processo Relvas não é urgente, nem prioritário e por isso tem ficado para trás, dada a falta de juízes” no Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa, explicou ao Observador o juiz desembargador Benjamim Barbosa, vogal do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais. De um quadro “já deficitário de 24 juízes, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa só tem 15 atualmente, que não dão conta do recado”, centrando-se apenas nos processos mais urgentes, como os de contratação de obras públicas, acrescentou.» [Observador]
Parecer:
A justiça é tão lenta que quando decidir já Relvas tirou outro curso.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos juízes do Administrativo se tamb´
em se licenciaram na Independente.»
em se licenciaram na Independente.»