segunda-feira, fevereiro 20, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Catarina Martins

Dizer que não se podem demolir casas enquanto há pessoas sem casa para justificar a oposição à demolição de casas na Ilha da Culatra é puro oportunismo, Catarina Martins foi apenas conquistar votos e disse o que o povo queria ouvir. Estamos perante uma populista mais simpática do que outros populistas agora muito na moda, mas igualmente populista.

Dizer que há um restaurante privado numa ilha onde dantes havia construção clandestina para sugerir que a demolição de casas clandestinas construídas na Ilha da Culatra é desonestidade intelectual. O objectivo das alterações não visam desertificar nas ilhas.

Catarina Martins vai a todo o lado e o argumento é sempre o mesmo, a descentralização de competências do Estado abre a porta á privatização, a destruição de casas na Ilha da Culatra é para favorecer fins privados, tudo o que os governos fazem é para favorecer essa coisa maldita que são as empresas privadas. Já enjoa.

«O projeto do Governo, o projeto do PS que tem estado sob debate e como sabem já mereceu algumas alterações, é um projeto perigoso porque pensa a descentralização sem pensar a democracia. E este é o maior problema do nosso país. Descentralização sem democracia é centralização no presidente da câmara de todos os poderes e isso é que o Bloco não pode permitir", avisou Catarina Martins no encerramento da Conferência Nacional Autárquica, que decorreu este sábado « em Lisboa.

Segundo a coordenadora bloquista, a proposta do Governo de descentralização de competências para as autarquias e entidades intermunicipais - aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira - resulta numa municipalização que abre a "porta da privatização de serviços públicos que o Bloco não permitirá" já que "na generalidade dos municípios em Portugal não tem escala para gerir a maioria desses serviços".» [Expresso]

«A coordenadora do Bloco de Esquerda visitou na manhã deste domingo os núcleos de Hangares e Farol.

Catarina Martins acredita que os critérios para a decisão de demolir as habitações estão errados e assentes em especulação imobiliária.

O Bloco de Esquerda pede ao Governo que volte a analisar o caso e assinala que muitas das casas são a única habitação de dezenas de famílias.» [RTP]

 As mensagens SMS

Ouço um assessor do presidente da República dizer num programa da TSF/TVI que é a favor da privacidade mas se há alguma coisa deve poder-se aceder às mensagens SMS do Centeno e fico muito preocupado. 

Um dia destes vamos ouvir uma qualquer heroína do combate ao crime exigir que os cidadãos sejam proibidos de apagar os SMS ou mesmo a obrigar as operadoras a gravar todas as conversas telefónicas, para que as polícias as possam consultar se existirem dúvidas sobre a honorabilidade de alguém.

Mas não é só das polícias ou dos deputados armados em polícias que devemos ter receio, quando um bancário administrador de bancos (há quem chame banqueiros a estes empregados dos próprios banqueiros) quebra a a descrição, a regra mais sagrada do seu negócio, para dar as mensagens de SMS a ler a Lobo Xavier, sem qualquer autorização por parte de quem os escreveu, temos razões para duvidar até dos amigos e familiares.

Tal como se evita falar ao telefone, não vá o telefone estar sob escuta, ainda mais perigoso é não apagar as mensagens SMS ou enviá-las com alguém com os valores do António Domingues. E no meio desta podridão moral em que deputados e bancários nos lançam estão preocupados em saber se Centeno garantiu ou não ao miserável bancário que ficava dispensado de uma declaração que sío interessa aos estagiários do CM.

 Esta senhoras não ouviu falar do Caso Marquês




 Ganda Trampa!





      
 A seguir acaba-se com a escumalha holandesa?
   
«O líder da extrema-direita na Holanda, Geert Wilders, disse este sábado, em Spijkenisse — a sul de Roterdão e baluarte do seu “Partido para a Liberdade” — que quer acabar com a “escumalha marroquina” que existe no país. Rodeado de forte dispositivo policial, aquele que é o favorito nas sondagens disse ainda em inglês querer “tornar a Holanda nossa outra vez“. As declarações do holandês fizeram lembrar o slogan de Trump durante as presidenciais norte-americanas: “Please, make the Netherlands ours again.”

Geert Wilders, que lidera as sondagens para as legislativas numa campanha eleitoral que começou esta quarta-feira, referiu-se à “escumalha marroquina na Holanda”, acrescentando: “É claro, nem todos são escumalha, mas há muita escumalha marroquina na Holanda que deixa nossas ruas perigosas, sobretudo jovens… e isso tem que mudar”. O líder populista dirigiu-se aos holandeses, dizendo que “se querem recuperar o país, se querem tornar a Holanda num país para os holandeses, na nossa casa, só podem votar [no ” têm de votar na extrema-direita.» [Observador]
   
Parecer:

O que não falta são escumalhas e a holandesa não fica atrás das outras.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»