sábado, fevereiro 25, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Passos Coelho

Nem ele nem ninguém, a verdade é que foram omitidas das estatísticas exactamente para que fossem ignorada por todos. É bem provável que o próprio Passos Coelho nada soubesse das transferências para off shores, o fisco era uma coutada de Paulo Portas e Paulo Núncio, que punham e dispunham.

Mas se o problema existiu e Passos de nada sabe isso significa apenas que Paulo Portas e Núncio faziam o que queriam sem prestar contas a ninguém. Isso não desresponsabiliza Passos, era primeiro-ministro e enquanto tal assume as responsabilidades políticas por tudo o que aconteceu. Se Paulo portas lhe era ou não leal esse é um problema dos dois.

E a propósito de Paulo Portas deve registar-se o silêncio deste senhor, que anda escondido por aí, não assumindo as suas responsabilidades, preferindo que caiba ao seu secretário de Estado dar a cara. De certeza que Paulo portas nada tem que ver com este assunto, ele que agora anda tão internacionalizado?

«O líder do PSD ficou furioso com as afirmações do primeiro-ministro, António Costa, durante o debate quinzenal, quando acusou o anterior Governo de ser zeloso no despejo de famílias por dívidas fiscais, ao mesmo tempo que foi incapaz de impedir a fuga de milhões para offshores. Passos Coelho protestou naquele momento, acusando Costa de fazer "insinuações de baixo nível", e esta quinta-feira reforçou o tom: o primeiro-ministro teve atitude “reles e ordinária”.

A indignação foi expressa na manhã desta quinta-feira perante os deputados do PSD na reunião da bancada que decorreu à porta fechada. Ao que o PÚBLICO apurou, Passos Coelho criticou fortemente António Costa por responsabilizar politicamente o anterior Governo no caso das transferências de dinheiro para paraísos fiscais sem controlo do fisco, entre 2011 e 2014. No debate, o próprio Passos Coelho afirmou desconhecer a situação enquanto primeiro-ministro. E reiterou a intenção de apurar toda a verdade. Nesse sentido, Passos Coelho disse aos deputados ter dado indicações ao líder da bancada parlamentar, Luís Montenegro, para pedir audições a antigos governantes e responsáveis da Autoridade Tributária para se perceber o que se passou.

No final da reunião, Luís Montenegro anunciou aos jornalistas que o PSD vai pedir para serem ouvidos os directores-gerais da Autoridade Tributária e Aduaneira que exerceram funções desde 2011, bem como do inspector-geral de Finanças.» [Público]

 14.ª Edição da Essência do Vinho

Vejo Passos  falar aos jornalistas no certame e fiquei sem saber se Cavaco o empossou em primeiro-ministro durante a sua última entrevista, se António Costa o convidou para ministro da Agricultura ou se terá feito muitas provas de vinho antes de chegarem os jornalistas.

 Passos Coelho não soube das transferências

Nem ele nem ninguém, a verdade é que foram omitidas das estatísticas exactamente para que fossem ignorada por todos. É bem provável que o próprio Passos Coelho nada soubesse das transferências para off shores,

 Este gajo não sabe o que é responsabilidade política?



 Vítor Gaspar e Centeno

Vítor Gaspar foi um ministro das Finanças incompetente, demonstrou ter uma frágil formação democrática, foi pouco corajoso e fugiu quando percebeu que os resultados do seu falhanço poderiam começar a ficar visíveis.

Centeno foi competente, não foi exibido como um futuro Salazar, dele não se disse que era o homem da troika e muito menos que mandava em António Costa e menos ainda que um dia seria ele o primeiro-ministro.

Não se percebe porque motivo um incompetente era promovido e agora querem demitir o competente.


 Da série "ao mau cagador até as calças empatam"

O Grupo Pingo Doce distinguiu-se no apoio à direita e ao governo de Passos Coelho, tendo colocado a sua fundação, um verdadeiro Tea Party português, ao serviço eleitoral do PSD. Em vésperas das eleições ganhas por Passos Coelho o Tea Party do merceeiro holandês lançou um livreco da treta sobre a sustentabilidade do sistema de pensões, serviu apenas para que nas suas lojas os altifalantes matraqueassem os cliente com a pergunta "sabe se vai ter pensão?".

Não admira que nem o merceeiro pai, nem o merceeiro filho tenham alguma vez questionado o governo de Passos, antes pelo contrário o merceeiro paia aparecia dia sim, dia não a apoiar a direita e só se calou um bocadinho quando se ouviram vozes a apelar ao boicote das suas loja.

Nesse tempo não se preocupavam com a austeridade, com a recessão ou com as metas orçamentais falhadas. Agora que o défice foi reduzido a mínimos sem que Cavaco tivesse alertado para o perigo da espiral de recessão, o merceeiro holandês decidiu falar para as televisões desvalorizando o défice orçamental e criticando os resultados da economia.

O problema é que o merceeiro percebe pouco de economia e nada disse sobre como promover o crescimento. Certamente não está a sugerir uma redução do consumo nas suas lojas em favor da poupança.




      
 A terceira versão de Paulo Núncio
   
«Depois de ter sido dito ao PÚBLICO que “o importante é olhar à substância” e que “a divulgação das estatísticas nada tem a ver com o tratamento e a utilização efectiva da informação sobre transferências para paraísos fiscais por parte da inspecção da Autoridade Tributária (AT)”, Paulo Núncio, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, remete para a AT a decisão de não divulgar as estatísticas relativas às transferências para offshores no valor de quase 10 mil milhões de euros, realizadas entre 2011 e 2014, para contas sediadas em paraísos fiscais que não foram alvo de qualquer tratamento por parte do Fisco, conforme que o PÚBLICO noticiou.

“A divulgação não estava dependente de aprovação expressa a posteriori do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”, responde o antigo responsável pela tutela da pasta do fisco, em declarações ao Diário de Notícias, argumentando que a instituição aduaneira e tributária tinha autonomia para avançar.» [Público]
   
Parecer:

Começou por explicar que o problema era só estatístico, no dia seguinte assegurou que cabia à AT, agora já diz que a culpa é da AT. É cada vez mais óbvio que Paulo Núncio é inimputável, a única assinatura que deverá ter feito em quatro anos de governo terá sido a da tomada de posse.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Louçã desmonta Cavaco
   
«Como era inevitável, a publicação do livro do ex-Presidente da República, Cavaco Silva, Quinta-feira e outros dias, pelo teor das informações e das opiniões que contém, provocou reacções. Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares do segundo Governo de José Sócrates, não hesita em contrapor a sua visão dos factos à do ex-Presidente em três casos em que esteve directamente envolvido: as negociações do Orçamento do Estado para 2011; o pedido de ajuda externa em 2011; e a nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) em 2008.

“Relativamente a algumas declarações que faço só agora, entendi superar o dever de reserva que me impus ao longo destes anos, como é normal num político com sentido de responsabilidade, por verificar até que ponto chegou a devassa de um ex-Presidente da República”, afirma Lacão ao PÚBLICO, argumentando que considera que Cavaco Silva o faz, “ainda por cima, comprometendo a objectividade de facto e a autenticidade de situações”.» [Público]
   
Parecer:

Pobre país que tem de assistir ao espectáculo triste de um presidente que quer ser ainda pior depois de o deixar de ser.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Cavaco que nos deixe em paz.

 Coincidências
   
«O fisco não processou cerca de 80% do montante total transferido para offshores entre 2012 e 2014. Comparando o valor total das transferências efetuadas neste período para paraísos fiscais (territórios com regime de tributação favorável), conclui-se que só pouco mais de 20% terão sido na altura objeto de processamento e controlo pelo fisco. É nesses três anos – que correspondem à governação do PSD/CDS e à tutela de Paulo Núncio sobre a máquina fiscal -, que se concentra o grosso dos quase dez mil milhões de euros de transferências para paraísos fiscais que ficaram de fora das estatísticas e do tratamento da Autoridade Tributária (AT).

A falha no tratamento de 20 declarações de instituições financeiras foi detetada pelo Ministério das Finanças em 2016, tendo dado origem a uma investigação da Inspeção-Geral das Finanças, tal como o Público noticiou esta semana. Essas declarações reportaram à administração fiscal a saída de 9.800 milhões de euros para offshores e regime de tributação privilegiada entre 2011 e 2014.» [Observador]
   
Parecer:

Paulo Núncio nada teve que ver com isto, deu-se apenas a coincidência dele ser SEAF e o agora internacionalizador da economia portuguesa ser coordenador da área económica do governo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»