sábado, fevereiro 24, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
João Oliveira, deputado do PCP

Quando ouvi a notícia de que um idoso com problemas de mobilidade andou dois quilómetros para aceder a um telefone-me interroguei os meus botões porque motivo não usou um telemóvel. Quando vi a filha queixar-se ás televisões pensei para comigo, que na zona não há acesso a rede móvel, porque se assim fosse a filha, preocupada com uma mãe com problemas cardíacos e um pai com problemas de mobilidade compraria um telemóvel que custa 20 euros.

Afinal, havia havia rede móvel com qualidade na zona e a Altice assegura que a rede fixa não foi instalada porque ninguém respondeu a mais de uma carta. Em qualquer dos casos, para fazer uma chamada para o 112 não é preciso ter uma grande visão e na maioria dos aparelhos nem é necessário ter uma assinatura com um operador ou introduzir o pin no telemóvel.

Depois ouço o deputado João Oliveira, todo empolgado, acusando a Altice de todas as culpas. Isto é, para o deputado a Altice é o demónio e por isso dispensa qualquer apuramento da verdade. Perante uma situação em que ocorreu uma morte seria de esperar mais responsabilidade, só tomando posição depois do apuramento de responsabilidades.

 Lições de economia que a realidade nos dá

Há poucas semanas os trabalhadores da Triumph festejaram a declaração de falência da empresa, podiam ir para casa descansados e enquanto trabalhadores despedidos poderiam receber subsídio de desemprego e procurar novo emprego.

Há poucos dias os trabalhadores da Rincon festejaram pelo mesmo motivo e ontem estavam esperançados de que as instalações fossem vendidas a uma segunda empresa que poderia voltar a trabalhar.

É pouco provável que os trabalhadores da Triumph tenham tanta sorte quanto os da Rincon, a vida daquela empresa foi muito provavelmente levada até ao limite da viabilidade. Pelo contrário, a Rincon morreu quando devia ter morrido, os equipamentos e instalações são modernos, os custos da reconversão são inferiores. Na Triumph está em causa um mercado onde se deixou de ser competitivo.

É uma lição de como para os trabalhadores as falências podem ter resultados positivos, é preferível que uma empresa declare falência, dando lugar a uma nova empresa mais competitiva e com donos mais competentes, do que arrastar uma empresa falida durante meses à custa de fornecedores que não recebem, impostos que não são pagos e ordenados que ficam por pagar. Empresas que não pagam os ordenados, os imposstoss e as matérias-primas só servem para destruir a economia.

Não é agradável para ninguém que uma empresa deixe de ser inviável, porque o seu mercado desapareceu, porque os seus gestores foram incompetentes ou por qualquer outra causa. Mas se a empresa deixou de ser inviável é bom para todos e mais saudável para a economia que seja declarada falida, quanto mais depressa for o seu funeral melhor. É bom que as empresas inviáveis declarem falência e deixem de fazer concorrência desleal à custa de todos.

A Rincon e a Triumph são dois exemplos que alguns setores da esquerda portuguesa deviam estudar, talvez deixassem cair alguns dos seus dogmas.

      
 Os deputados são como as putas
   
«Manuel Ferreira Leite desvaloriza a fraca votação conseguida por Fernando Negrão como líder parlamentar e considera que os deputados do PSD, mesmo sendo uma bancada afeta a Passos Coelho, acabarão por afinar pela posição do novo presidente» [TVI24]
   
Parecer:

Nunca a imagem dos deputados bateu tanto no fundo quanto o que resulta da última apreciação feita por Manuela Ferreira Leite. Ao declarar que "Cada deputado vai começar a trabalhar para ver se entra nas próximas listas", Manuela Ferreira Leite parece dizer que os deputados estão sempre disponíveis, tudo é uma questão de preço.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
 Um país de doidos, um presidente idiota e um polícia cobarde
   
«Um agente armado da polícia da Florida destacado para o liceu Stoneman Douglas no dia em que um atirador matou 14 alunos e três professores a tiro, e que estava à entrada do edifício à hora do ataque, ouviu os tiros mas nada fez para travar o massacre. Assim informou na quinta-feira o xerife do condado de Broward, Scott Israel, avançando que Scott Peterson apresentou imediatamente demissão após ter sido suspenso. "Estou devastado e revoltado", declarou Israel aos jornalistas. "Ele nunca entrou [no liceu]" após ouvir o tiroteio.

A notícia chegou nem um dia depois de Donald Trump ter sugerido que a solução para prevenir tiroteios em massa em escolas é armar professores, uma proposta há muito defendida pela National Riffle Association (NRA), a mais poderosa organização de lóbi pró-armas dos EUA. Também na quinta-feira, na sua primeira reação pública desde o massacre, o presidente da NRA acusou os democratas e os jornalistas de estarem a "explorar" o ataque por exigirem mais medidas de controlo de armas.» [Expesso]
   
Parecer:

E a solução encontrada pelo imbecil foi armar os professores transformando-os em polícias de corredor.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se tanta estupidez.»

 Um dia negro para o Negrão
   
«A eleição do novo líder parlamentar deixou ontem a bancada do PSD em clima de guerra civil. Fernando Negrão contou 35 votos a favor, 32 brancos e 21 nulos num universo de 88 deputados (um dos parlamentares, Pedro Pinto, já tinha anunciado que não votaria). E se o resultado já expressa o mau estar na bancada social-democrata, as declarações posteriores de Fernando Negrão carregaram o tom do descontentamento.

"Há um problema, não de natureza política, mas de natureza ética, neste grupo parlamentar", afirmou Negrão, na declaração em que assumiu a liderança da bancada, afirmando que os 32 votos em branco "podem ser considerados um benefício da dúvida". Afirmações que deixaram incrédulos muitos deputados, que esperavam que Negrão não assumisse o cargo, face à maioria que não optou pelo sim - 53 deputados, somando os brancos e os nulos, num contexto em que não é possível o voto contra. Dois parlamentares deram expressão pública desse descontentamento. Foi o caso de Paula Teixeira da Cruz, que em declarações ao jornal on-line Observador devolveu "em dobro" a Negrão a acusação de falta de ética. A ex-ministra, que recentemente qualificou a escolha de Elina Fraga para a direção do partido como uma "traição", considerou também que "a liderança da bancada do PSD não está legitimada nem do ponto de vista político nem do ponto de vista jurídico".

Já Sérgio Azevedo, ex-vice presidente da bancada, escreveu no Facebook: "Não querendo pessoalizar, porque vai muito além disso, teremos que remontar ao plebiscito para a aprovação da Constituição de 1933, num Estado autoritário e fascizante, para se admitir o "voto branco" como um voto favorável ou, se quisermos, de não rejeição. Para mais, teremos igualmente de contradizer séculos de teoria política, ou no limite pôr em causa, uma certa doutrina, maioritária de resto, que considera o mesmo voto como uma "rejeição ativa". E não ficou por aqui. Para o deputado, "pior do que isso", e "aqui sim pessoalizando, são as suspeições de razão ética sobre colegas que supostamente teriam nãoO JUMENTO votado mesmo integrando a lista que se apresentou a sufrágio". Por uma razão simples, conclui Sérgio Azevedo, "sendo o voto secreto isso é impossível de aferir".» [DN]
   
Parecer:

Pobre Negrão, ia sugerindo que os votos brancos deviam ser votos a favor.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Rui Rio se vai aplicar no seu grupo parlamentar as propostas que fez em relação aos votos brancos nas legislativas.»

 O e-mail da AT
   
«O PCP acusa o Governo de espalhar “alarme injustificado” ao enviar e-mails em massa para os contribuintes a avisar que é necessário limpar os terrenos em volta das casas e das aldeias, escreve a TSF. O deputado João Ramos contou que já foi contactado por idosos assustados sem saberem o que fazer.

As pessoas começaram a receber a informação no início da semana, até mesmo aquelas que não têm terrenos ou casas em espaços rurais, razão pela qual os comunistas criticam a ação. Mesmo que no e-mail se explique que é apenas uma comunicação em colaboração com o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, para eles não faz qualquer sentido que tenha sido enviado pela Autoridade Tributária.» [Observador]
   
Parecer:
Como era de esperar o e-mail da AT ia acabar mal, até porque o Estado não está a autorizado a usar os endereços de e-mail que os contribuintes deram apenas para receberem notificações fiscais.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que tenha mais cuidado com a forma como usa o seu poder.»