Jumento do Dia
Passados dois anos desde as últimas legislativas parece que não há Alka-Seltzer que ajude Nuno Melo a digerir uma Constituição que parece desconhecer. Não só já se esqueceu que o PAF formou governo e governou na sequência da sua grande vitória nas legislativas, bem como que esse governo caiu devido à oposição de uma maioria parlamentar, à semelhança do que já sucedeu com outros governos.
Melo ainda não percebeu que uma moção de censura ou o chumbo de um programa de governo por maiorias parlamentares é a mesma coisa. Quando o CDS ajudou a derrubar o governo do PS para ajudar à vinda da troika também estava a derrubar o governo de um partido que tinha ganho as eleições. A diferença está no fato de o governo do PAF ter sido um nado morto, porque a unidade para o derrubar aconteceu muito mais cedo do que com o governo do PS.
«É uma ideia transversal no discurso dos militantes do CDS: o objectivo principal do partido é que a direita tenha a maioria em 2019. Não se fala noutro número que não “116 deputados” - aqueles que são necessários para uma maioria no Parlamento.
Parece ser certo que a direita parlamentar vai ter de se entender se quiser ser Governo, por isso também os centristas estão atentos a Rui Rio, porque o sucesso parlamentar está também nas mãos da nova liderança do PSD.
Em entrevista ao PÚBLICO, o vice-presidente dos centristas, Nuno Melo, diz que “já não basta ao PSD ou ao CDS vencerem eleições para poderem governar”. O eurodeputado antevê a repetição da actual solução governativa “se a direita não tiver maioria absoluta”, deixando o cenário resumido a um “ou nós ou eles”. Apesar de não ser o maior partido da oposição, Nuno Melo garante que o CDS “é muitas vezes o motor da oposição”.» [Público]
A PGR e os políticos
Depois das investigações ao perigoso Mário Centeno ouço numa televisão que estão passando a pente fino as declarações de rendimentos entregues por mais de 600 políticos no tribunal Constitucional, isto depois de terem passado a limpo as despesas feitas por dezenas de membros de um governo.
Atenção dado pela PGR aos políticos, desde os jogos da bola aos rendimentos, ocupando importantes recursos apesar de se a Procuradora Distrital de Lisboa se queixar de faltas de meios, deixando no ar que os governos pretendem asfixiar a sua (heróica) ação, leva-me a pensar que mais do que qualquer outros criminosos uma das grandes prioridades da nossa justiça são os políticos da democracia. Por este andar é mais tranquilo ir para traficante de droga ou para proxeneta do que para político.
mas o mais curioso destas notícias é que apesar de não darem em nada são passadas para a televisão e o português mais distraídos ainda vai achar que o Al Capone tomou conta do país. É esta a mensagem que alguém parece querer fazer passar, talvez para que seja necessário uma salvadora ou um salvador, uma espécie de Skip cheio de glutões comedores de nódoas do país.
Depois das investigações ao perigoso Mário Centeno ouço numa televisão que estão passando a pente fino as declarações de rendimentos entregues por mais de 600 políticos no tribunal Constitucional, isto depois de terem passado a limpo as despesas feitas por dezenas de membros de um governo.
Atenção dado pela PGR aos políticos, desde os jogos da bola aos rendimentos, ocupando importantes recursos apesar de se a Procuradora Distrital de Lisboa se queixar de faltas de meios, deixando no ar que os governos pretendem asfixiar a sua (heróica) ação, leva-me a pensar que mais do que qualquer outros criminosos uma das grandes prioridades da nossa justiça são os políticos da democracia. Por este andar é mais tranquilo ir para traficante de droga ou para proxeneta do que para político.
mas o mais curioso destas notícias é que apesar de não darem em nada são passadas para a televisão e o português mais distraídos ainda vai achar que o Al Capone tomou conta do país. É esta a mensagem que alguém parece querer fazer passar, talvez para que seja necessário uma salvadora ou um salvador, uma espécie de Skip cheio de glutões comedores de nódoas do país.