

Depois de ter sido incapaz de sanar a situação criada com a eleição de um líder parlamentar fraco e enfraquecido, parece que Rui Rio segue em frente e vai criar um governo sombra, uma experiência há muito abandonada. Aparentemente poderá ser uma boa ideia, mas se s~~ao os ministros a negociar os acordos, o líder parlamentar é um fraco Santanete, a sede do PSD é descentralizada e o protagonismo vai para os ministros sombras, o líder do PSD só vai aparecer à vistas dos eleitores quando for tomar um cimbalino na Rua de Santa Catarina.
A criação de um governo sombra sem ter resolvido os problemas no grupo parlamentar só servirá para criar mais divisões, por cada ministro sombra irão haver vários desiludidos e no fim vamos ter um governo sombra sem "apoio parlamentar", isto é, tendo o grupo parlamentar a servir de oposição. O governo sombra vai entrar em crise bem mais cedo do que a geringonça.
«A reorganização do PSD não terminou com a escolha dos novos rostos da direção de Rui Rio. O líder social-democrata, sabe o Expresso, tenciona organizar uma equipa de porta-vozes sectoriais, que darão a cara pelas propostas do partido nas várias áreas de políticas públicas e farão a marcação à atividade do Governo nesses sectores. Será uma espécie de “governo-sombra”, embora Rio goste pouco dessa designação.» [Expresso]

Um dos aspectos mais caricatos do último congresso do PSD foi terem chamado unidade do partido à aproximação de Santana a Rui Rio, cujo primeiro resultado foi a eleição de um santanete para a liderança do PSD. Graças a essa unidade Rui Rio, que já tem poucos apoios no parlamento, conta agora com um apoiante do outra que depois da "traição" dos santanetes no congresso não é reconhecido pelos que alinhados com Passos que por questões circunstâncias apoiaram Santana Lopes na corrida à liderança.
A verdade é que Santana não representa os que apoiavam e continuam a apoiar Passos Coelho e não se revêm na sua aproximação ao novo líder. Uma aproximação que poderá ter servido para que com uma ida para o Parlamento Europeu Santana Lopes superes parte das perdas financeiras resultantes do abandono do tacho na Santa Casa.

[Vota Aqui] [Observador]


«Assunção Cristas foi eleita há dois anos e, depois de ter passado o teste das autárquicas, chega ao Congresso do próximo fim de semana, 10 e 11 de março, em Lamego, para dar “um passo à frente”. É esse o lema da moção de estratégia global que vai levar a votos ao Congresso, onde apresenta o CDS como o partido “que representa a alternativa ao Governo das esquerdas unidas” e que, à luz das mudanças no xadrez político, ambiciona “chegar lá”. Ou seja, com o novo PSD de Rui Rio a entrar numa lógica de aproximação ao PS, o CDS vai fazer disso um trunfo e afirmar-se como o único partida da “alternativa”: o que tem “o melhor programa e os melhores protagonistas”.
“Queremos apresentar-nos como o partido que representa a alternativa ao Governo das esquerdas unidas, com o programa mais sólido e fundamentado, com os melhores protagonistas”, lê-se no texto na moção, de 17 páginas, onde a presidente do CDS não apresenta propostas concretas sobre temas específicos, argumentando que as linhas programáticas da moção que apresentou há dois anos “continuam válidas”.
Defendendo que o “voto útil acabou” e que o “voto é cada vez mais livre”, Assunção Cristas deixa preto no branco que o CDS deve “disputar as eleições europeias e as legislativas em listas próprias”, com a “profunda convicção” de que assim o partido dará o seu “melhor contributo para Portugal ter uma alternativa às esquerdas unidas”. Ou seja, sem o PSD, e sem Rui Rio. Cada um por si, para que a soma das duas partes seja superior à soma das esquerdas.» [Observador]
Parecer:
Mais tarde o mais cedo a aproximação de Rio ao PS em vez de acabar com a Gerigonça vai pôr fim ao PAF.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

«“Antes que seja tarde, antes que o atinja a si, limpe o mato 50 metros à volta da sua casa e 100 metros nos terrenos à volta da aldeia.” Esta é uma das primeiras frases que se podem ler no email que a Autoridade Tributária (AT) está a enviar aos contribuintes, pedindo-lhes que limpem os terrenos.
Se não o fizer até 15 de março, pode ser sujeito a processo de contraordenação. As coimas podem variar entre 140 a 5 mil euros, no caso de pessoa singular, e de 1500 a 60 mil euros, no caso de pessoas coletivas”, acrescenta o Fisco.» [Observador]
Parecer:
É óbvio que um governante nunca poderia ter mandado usar endereços que os contribuints fornecem com base na informação de que servirão para notificações fiscais. O e-mail da limpeza do mato pode ser um dos primeiros a tratar as bases de dados do fisco como bases de dados ao serviço de todos os ministérios e para serem usadas para qualquer fim.
O e-mail da limpeza do mato foi um abuso imperdoável.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»