sábado, fevereiro 03, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Joana Marques Vidal. Procuradora-Geral da República

Incomodada pela notícia de que uma estação de televisão soube antecipadamente das buscas domiciliárias ao juiz Rangel,estando a aguardar pela chegada dos magistrados á porta do juiz, a Procuradora-Geral da República sentiu necessidade de ir mais longe do que o costume, falando sobre o ajunto aos jornalistas.

A Procuradora-Geral lançou insinuações sobre todos os que de alguma forma estavam na posse da informação relativa às diligências do processo, referindo que estavam envolvidas mais de cem pessoas e sugerindo que os jornalistas também tem responsabilidades. Isto é, desde o mais modesto funcionário ao juiz Souto Moura, todos são suspeitos de terem informado os jornalistas da CMTV.

O que a Procuradora-Geral se esqueceu de explicar é que no caso dos 100-000 euros em notas de 500 que terão sido encontrados na casa do juiz não seria mais de cem pessoas a saber disso. É óbvio, quem havendo mais do que uma pessoa a saber de uma informação há sempre dúvidas e neste caso até Souto moura pode ser indiciado como suspeito da violação do segredo de justiça.

Fica também por explica porque só alguns processos são vítimas da violação do segredo de justiça e o carácter cirúrgico de muitas fugas de informação.

«Para “entalar” o Governo de António Costa e o PS, Rui Rio tem um caminho simples a tomar: avançar com a proposta de revisão da lei eleitoral e diminuição de deputados no Parlamento que o atual primeiro-ministro apresentou nos tempos de António Guterres, defende António Capucho, em entrevista à Antena 1 esta sexta-feira.

“Rui Rio vai ter de ponderar se quer entalar o PS ou não. É claro que o PS não pode votar esta lei, porque se vota esta lei rebenta com o entendimento que tem à esquerda. Mas marcava a posição, porque, realmente, a classe política está muito desprestigiada, o gesto da diminuição de deputados é muito importante, e não é apenas um gesto demagógico”, diz Capucho, ex-dirigente do PSD expulso do partido em 2014 por apoiar uma lista de independentes às autárquicas em Sintra.

Esta medida pode parecer populista, mas seria o “certo” a fazer, no entender do social-democrata. “Como ex-líder parlamentar duas vezes, como ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, como conhecedor daquela Assembleia [da República] digo e repito que 180 [deputados] chega e sobra, 230 é demais. Melhora a qualidade dos deputados, vão ter de ter muito mais cuidado a escolher os deputados”, explica António Capucho.» [Expresso]

 A justiça de confiança

O que dirão os angolanos em relação á justiça e ao MP de Portugal quando lerem o comunicado da PGR a explicar que Centeno não é corrupto mas foi enlameado a partir de notícias nos jornais ou que quando os procuradores chegaram à casa de Rangel já lá estava uma televisão à espera?

Sejamos honestos, a justiça portuguesa está ao mesmo nível da justiça angolana e se em Angola é o governo que manipula a justiça, em Portugal é a justiça que quer manipular o governo, tanto num caso como no outro a violação do princípio da separação de poderes é mais do que evidente.

Depois daquilo a que assistimos esta semana a justiça deste país ficou ao nível da de muitos países com menos tradições democráticas do que Portugal.

 E vai haver missa?

Aguardamos com ansiedade pelos resultados da CGD, depois de quase tioda a banca começar a apresentar lucros tempos esperança que o Opus Macedo consiga voltar a ser a vedeta da gestão e a ter motivos para encomendar uma missa de ação de Graças na Sé de Lisboa. Depois de termos ouvido Marcelo a pedir aos pobres que fgaçam um sacrifício para ajudar a CGD contamos que o Presidente não só compareça como ajude à missa e depois se organize uma procissão com o pessoal da Casa Civil e Militar de Belém para segurar o Pálio debaixo qual irá Macedo.

      
 Capucho ajuda Rui Rio a pensar
   
«Para “entalar” o Governo de António Costa e o PS, Rui Rio tem um caminho simples a tomar: avançar com a proposta de revisão da lei eleitoral e diminuição de deputados no Parlamento que o atual primeiro-ministro apresentou nos tempos de António Guterres, defende António Capucho, em entrevista à Antena 1 esta sexta-feira.

“Rui Rio vai ter de ponderar se quer entalar o PS ou não. É claro que o PS não pode votar esta lei, porque se vota esta lei rebenta com o entendimento que tem à esquerda. Mas marcava a posição, porque, realmente, a classe política está muito desprestigiada, o gesto da diminuição de deputados é muito importante, e não é apenas um gesto demagógico”, diz Capucho, ex-dirigente do PSD expulso do partido em 2014 por apoiar uma lista de independentes às autárquicas em Sintra.

Esta medida pode parecer populista, mas seria o “certo” a fazer, no entender do social-democrata. “Como ex-líder parlamentar duas vezes, como ex-ministro dos Assuntos Parlamentares, como conhecedor daquela Assembleia [da República] digo e repito que 180 [deputados] chega e sobra, 230 é demais. Melhora a qualidade dos deputados, vão ter de ter muito mais cuidado a escolher os deputados”, explica António Capucho.» [Expresso]
   
Parecer:

Parece que António Capucho quer ressuscitar da primeira forma, sugerindo truques de populismo rasca a Rui Rio. Capucho não percebe, talvez já lhe falte a lucidez para perceber que o país está mais preocupado com problemas sérios do que estratégias e golpes baixos. Enfim, o tempo dos Capuchos acabou e esqueceram-se de o avisar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 Vamos ter missa de acção de graças
   
«A Caixa registou lucros de 52 milhões de euros em 2017, o que contrasta com os maiores prejuízos de sempre registados no ano passado, no valor de 1860 milhões de euros. Foi a fatura do reconhecimento de imparidades (perdas) sobretudo em operações de crédito de 3000 milhões de euros, um plano desenhado por António Domingues, mas que acabou por ser operacionalizado por Paulo Macedo. Este resultado é a prometida viragem no ciclo de seis anos de prejuízos no banco do Estado.

Para o presidente, Rui Vilar, este é um sinal visível do virar de página que 2017 representou para a Caixa. “Pertencem ao passado os prejuízos, incerteza e a instabilidade”. Para além do regresso aos lucros, o resultado de exploração foi de de 604 milhões positivos.» [Observador]
   
Parecer:

Vamos todos à missa e á procissão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proponha-se o Opus Macedo para Nobel.»

 Mais um inquérito para gastar o dinheiro dos contribuintes
   
«A Procuradora-Geral da República (PGR) , Joana Marques Vidal, revelou esta sexta-feira que foi aberto um inquérito à violação do segredo de justiça, na Operação Lex. Em declarações aos jornalistas à saída do Congresso de Magistrados do Ministério Público, no Funchal, a PGR destacou ainda que o segredo de justiça deve ser “assumido por todos os intervenientes processuais e não só pelo MP”.

Marques Vidal destacou que esta questão “também implica os jornalistas”, destacando que a “comunicação é muito rápida”. Em causa estão as últimas críticas à Operação Lex, pelo facto de alguns meios de comunicação social terem sido avisados das buscas a casa do juiz desembargador Rui Rangel e do presidente do Benfica Luís Filipe Vieira. “Que eu saiba, participaram mais de 100 pessoas”, fez questão de lembrar Marques Vidal, deixando um apelo: “É preciso uma reflexão completa, um compromisso dos intervenientes”.» [Observador]
   
Parecer:

Seria interessante se a PGR tornasse públicos os esforços e investigações que fez no último inquérito a uma violação do segredo de justiça, designadamente, no âmbito do Caso marquês.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «faça-se a proposta.»