segunda-feira, junho 11, 2018

PROFESSORES

Independentemente da opinião que se possa ter sobre se os professores têm ou não razão e ainda que  se perceba que independentemente das razões que lhes assiste estas greves e ameaças de greve surgem, lamentavelmente, associadas à agenda política do BE e do PCP, é importante que um dia deste se aborde de forma global a questão dos professores.

O ensino é demasiado importante para que há uma década em vez de se discutir o assunto com seriedade, este surge sempre na perspetiva das reivindicações de Mário nogueira. Não cabe a Mário Nogueira, por maior que seja a sua capacidade de chantagear o país, decidir tudo e mais alguma coisa, deixando para o parlamento ou para o governo pouco mais competências do que o horário de abertura das portas das escolas.

O ensino não pode ser uma espécie de pelotão auto-comandado de professores dirigidos por Mário nogueira que, por sua vez, recebe instruções d Jerónimo de Sousa. Nos últimos anos os professores têm aceite que a melhoria da sua situação financeira e/ou profissional esteja associada à estratégia política do PCP. Se o objetivo era derrubar o governo de Sócrates os professores aceitaram em troca do fim da avaliação tudo fazem para derrubar o governo. Agora aceitam ser a tropa de choque do PCP no debate orçamental. Há décadas que é assim.

O Estado é muito mais do que as escolas e esta abordagem dos professores é da sua conveniência, umas vezes beneficiam das medidas adotadas para toda a Função Pública, outras forçam as suas próprias vantagens à margem dos outros funcionários públicos, ficando assim com o melhor dos dois mundos. Quando se debate o ensino os professores acham que têm o exclusivo de o fazer e, coincidência das coincidências, tudo o que seja melhor para os horários, para o esforço ou ordenados dos professores é bom para a escola pública. E debate encerrado.

É tempo de acabar com este ciclo e discutir duas coisas que podem ser bem diferentes e mesmo antagónicas. Adotar um estatuto e carreira docente compatível com os recursos do Estado e em equilíbrio com as restantes carreiras do Estado. Debater o ensino, devendo o debate ser conduzido pelas instituições que representam os portugueses e não apenas o Mário Nogueira e os seus sindicatos. É preciso discutir o ensino e devolver o poder de o discutir ás instituições que representam os portugueses e aos portugueses, independentemente das suas profissões.