Jumento do Dia
Bruno de Carvalho parece ter encontrado um argumento para se livrar das consequências da invasão de Alcochete, invoca que já tinha sucedido o mesmo em Guimarães, sem que os jogadores tenham pedido a rescisão. Isto é, o Bruno de Carvalho considera que em matéria de invasões de centros de estágio e de agressões a jogadores o incidente em Guimarães faz jurisprudência, como lá nenhum jogador pediu a rescisão isso significa que os juízes não darão razão aos jogadores do SCP.
Independentemente do que venha a suceder este argumento apenas revela desespero e é usado num domingo na esperança de isso fazer mudar a opinião dos jogadores já na segunda. Pobre Bruno de Carvalho.
Vale a pena recordar o que se passou em Guimarães:
«O apronto estava a decorrer, à porta fechada, quando os adeptos entraram no campo de treinos e, depois de algumas trocas de palavras com os jogadores, em tom inflamado registaram-se momentos de tensão com agressões e outros elementos do plantel a tentar pôr água na fervura.» [Mais Futebol]
Comparar isto com o que sucedeu em Alcochete dá vontade de rir, até apetece perguntar aos advogados dos 23 malandros que ficaram em prisão preventiva porque não se lembraram de usar o mesmo argumento. Vale a pena ler o comunicado onde se escreve que em Guimarães «também sofreram um ato hediondo, criminoso e terrorista na Academia em Guimarães, com cerca de 50 indivíduos encapuçados, com tochas e que bateram violentamente em todos.» A partir de agora e a crer nos dirigentes do SCP, quem quiser pode entrar nos centros de estágio de desatar à lambada.
Mas o comunicado da direção do SCP roça o ridículo ao confundir leis e regras com relatórios de atividades, sugerindo-se que a lei não importa se os resultados forem positivos. A insanidade é quase óbvia quando se escreve num comunicado: «E voltamos a apelar a todo o plantel para que tenha muita serenidade, para não se deixar manipular e para que tenham umas boas férias, limpem a cabeça de uma época que nos frustrou a todos e ficarem prontos para mostrarem, na próxima época, que com atitude e compromisso continuamos todos com o objetivo de levar o Sporting a ser campeão.».
«O Conselho Diretivo do Sporting e a Administração da SAD leonino assinaram este domingo um longo comunicado de nove pontos onde abordam vários temas, a começar pela providência de cautelar que poderá ser colocada depois da decisão de fazer cair a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal e Disciplinar através da nomeação de uma Comissão Transitória. Em paralelo, os dirigentes leoninos utilizam também o exemplo da invasão ao Centro de Treinos do V. Guimarães para comparar com o que se passou na Academia, em Alcochete, e destacar que nesse caso não houve qualquer rescisão unilateral de contrato.
Destacando que “a Direção tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre” e que “a Administração [da SAD] foi a única na história do clube a apresentar um mandato positivo”, o comunicado defende que, perante essa possível providência ou outros mecanismos legais, “a lei é muito pragmática, tem de se cingir a factos e esses apontam todos para que os superiores interesses do clube e da SAD seja a manutenção da atual Direção e Comissão Executiva da SAD”.» [Observador]
JJ na Arábia Saudita?
«Jorge Jesus está em negociações muito adiantadas com o Sporting para rescindir o último ano de contrato que tinha ainda como técnico do conjunto leonino por mútuo acordo, soube o Observador, confirmando a informação avançada este domingo pelo jornal O Jogo (conteúdo fechado) de que haverá uma comunicação oficial da saída (ou outra reação, se for o caso disso) nas próximas horas ou, mais tarde, no início da semana.
O desportivo anuncia ainda o Al-Hilal, da Arábia Saudita, como futuro destino do treinador de 63 anos. Ao que o Observador apurou, esse deverá mesmo ser o próximo clube de Jesus, que irá receber um salário muito próximo do que recebia no clube leonino: entre 7,5 e 8 milhões de euros. Jesus deverá assinar por um ano e ficar com um de opção.» [Observador]
Parecer:
Agora que já falava castelhano e se prepara para aprender o inglês eis que vai aprender a falar árabe. Enfim, três anos depois sde sair do SLB cumpriu-se o seu destino, ir para o estrangeiro treinar um grande, esperemos agora que não acabe por levar algumas chicotadas.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Este JJ é um verdadeiro poliglota!»
Os centros comerciais vão morrer?
«Paredes estaladas, ervas daninhas a crescer por todo o lado e escadas rolantes enferrujadas e cobertas de estuque caído do teto. Este é o cenário pós-apocalíptico que se vê em centenas de (antigos) centros comerciais espalhados pelos Estados Unidos da América. É o país do consumo, por excelência — 70% do Produto Interno Bruto (PIB) vem do consumo –, mas o excesso de construção e a expansão do comércio eletrónico estão a fazer com que os centros comerciais, de um modo geral, não estejam a recuperar da Grande Recessão como os mais otimistas podiam esperar. Entre 2012 e 2017 caíram no abandono, estima-se, mais de 800 centros comerciais nos EUA.
A “morte” dos shopping malls nos EUA não vai parar. O Credit Suisse estimou recentemente que um em cada quatro centros comerciais nos EUA irá falir nos próximos anos, o que está a fazer soar os alarmes também na Europa. Afinal de contas, apesar das especificidades dos EUA, o e-commerce também está a crescer na Europa e os hábitos de consumo, incluindo no que toca às refeições rápidas, estão a ser alvo da disrupção de empresas como a Uber, com serviços como o UberEats, e outras. Até que ponto têm os shoppings na Europa, e também em Portugal, razões para temer o colapso? E o que é que estão a fazer para o tentar evitar?» [Observador]
Parecer:
É óbvio que é uma questão de tempo, já foi moda e hoje os centros comerciais já não atraem os clientes que atraiam no passado.
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
E esta?
«Portugal é dos países europeus com índices mais altos de satisfação com o Governo. Ocupa o 4.º lugar entre 23, mostram os últimos dados do European Social Survey (ESS), um estudo internacional, feito a cada dois anos, desde 2002. Portugal é também um dos países onde a satisfação com quem o governa mais aumentou entre 2014 e 2016, passando de 3,01 para 5,02, numa escala de zero a 10.
A pergunta feita neste inquérito é algo como: “Pense agora no Governo. Qual é o seu grau de satisfação com a forma como o Governo está a actuar?” Até agora, a nota máxima que os portugueses tinham dado a um executivo tinha sido 3,61 pontos, em 2006. Em 2012, por exemplo, verificou-se o grau de satisfação mais baixo desde que o estudo é feito, com 2,15.» [Público]
Parecer:
O Marcelo não gostar nada de saber....
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»