segunda-feira, junho 04, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Bruno de Carvalho

Bruno de Carvalho parece ter encontrado um argumento para se livrar das consequências da invasão de Alcochete, invoca que já tinha sucedido o mesmo em Guimarães, sem que os jogadores tenham pedido a rescisão. Isto é, o Bruno de Carvalho considera que em matéria de invasões de centros de estágio e de agressões a jogadores o incidente em Guimarães faz jurisprudência, como lá nenhum jogador pediu a rescisão isso significa que os juízes não darão razão aos jogadores do SCP.

Independentemente do que venha a suceder este argumento apenas revela desespero e é usado num domingo na esperança de isso fazer mudar a opinião dos jogadores já na segunda. Pobre Bruno de Carvalho.

Vale a pena recordar o que se passou em Guimarães:

«O apronto estava a decorrer, à porta fechada, quando os adeptos entraram no campo de treinos e, depois de algumas trocas de palavras com os jogadores, em tom inflamado registaram-se momentos de tensão com agressões e outros elementos do plantel a tentar pôr água na fervura.» [Mais Futebol]

Comparar isto com o que sucedeu em Alcochete dá vontade de rir, até apetece perguntar aos advogados dos 23 malandros que ficaram em prisão preventiva porque não se lembraram de usar o mesmo argumento. Vale a pena ler o comunicado onde se escreve que em Guimarães «também sofreram um ato hediondo, criminoso e terrorista na Academia em Guimarães, com cerca de 50 indivíduos encapuçados, com tochas e que bateram violentamente em todos.» A partir de agora e a crer nos dirigentes do SCP, quem quiser pode entrar nos centros de estágio de desatar à lambada.

Mas o comunicado da direção do SCP roça o ridículo ao confundir leis e regras com relatórios de atividades, sugerindo-se que a lei não importa se os resultados forem positivos. A insanidade é quase óbvia quando se escreve num comunicado:  «E voltamos a apelar a todo o plantel para que tenha muita serenidade, para não se deixar manipular e para que tenham umas boas férias, limpem a cabeça de uma época que nos frustrou a todos e ficarem prontos para mostrarem, na próxima época, que com atitude e compromisso continuamos todos com o objetivo de levar o Sporting a ser campeão.».

«O Conselho Diretivo do Sporting e a Administração da SAD leonino assinaram este domingo um longo comunicado de nove pontos onde abordam vários temas, a começar pela providência de cautelar que poderá ser colocada depois da decisão de fazer cair a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal e Disciplinar através da nomeação de uma Comissão Transitória. Em paralelo, os dirigentes leoninos utilizam também o exemplo da invasão ao Centro de Treinos do V. Guimarães para comparar com o que se passou na Academia, em Alcochete, e destacar que nesse caso não houve qualquer rescisão unilateral de contrato.

Destacando que “a Direção tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre” e que “a Administração [da SAD] foi a única na história do clube a apresentar um mandato positivo”, o comunicado defende que, perante essa possível providência ou outros mecanismos legais, “a lei é muito pragmática, tem de se cingir a factos e esses apontam todos para que os superiores interesses do clube e da SAD seja a manutenção da atual Direção e Comissão Executiva da SAD”.» [Observador]

      
 JJ na Arábia Saudita?
   
«Jorge Jesus está em negociações muito adiantadas com o Sporting para rescindir o último ano de contrato que tinha ainda como técnico do conjunto leonino por mútuo acordo, soube o Observador, confirmando a informação avançada este domingo pelo jornal O Jogo (conteúdo fechado) de que haverá uma comunicação oficial da saída (ou outra reação, se for o caso disso) nas próximas horas ou, mais tarde, no início da semana.

O desportivo anuncia ainda o Al-Hilal, da Arábia Saudita, como futuro destino do treinador de 63 anos. Ao que o Observador apurou, esse deverá mesmo ser o próximo clube de Jesus, que irá receber um salário muito próximo do que recebia no clube leonino: entre 7,5 e 8 milhões de euros. Jesus deverá assinar por um ano e ficar com um de opção.» [Observador]
   
Parecer:

Agora que já falava castelhano e se prepara para aprender o inglês eis que vai aprender a falar árabe. Enfim, três anos depois sde sair do SLB cumpriu-se o seu destino, ir para o estrangeiro treinar um grande, esperemos agora que não acabe por levar algumas chicotadas.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Este JJ é um verdadeiro poliglota!»
  
 Os centros comerciais vão morrer?
   
«Paredes estaladas, ervas daninhas a crescer por todo o lado e escadas rolantes enferrujadas e cobertas de estuque caído do teto. Este é o cenário pós-apocalíptico que se vê em centenas de (antigos) centros comerciais espalhados pelos Estados Unidos da América. É o país do consumo, por excelência — 70% do Produto Interno Bruto (PIB) vem do consumo –, mas o excesso de construção e a expansão do comércio eletrónico estão a fazer com que os centros comerciais, de um modo geral, não estejam a recuperar da Grande Recessão como os mais otimistas podiam esperar. Entre 2012 e 2017 caíram no abandono, estima-se, mais de 800 centros comerciais nos EUA.

A “morte” dos shopping malls nos EUA não vai parar. O Credit Suisse estimou recentemente que um em cada quatro centros comerciais nos EUA irá falir nos próximos anos, o que está a fazer soar os alarmes também na Europa. Afinal de contas, apesar das especificidades dos EUA, o e-commerce também está a crescer na Europa e os hábitos de consumo, incluindo no que toca às refeições rápidas, estão a ser alvo da disrupção de empresas como a Uber, com serviços como o UberEats, e outras. Até que ponto têm os shoppings na Europa, e também em Portugal, razões para temer o colapso? E o que é que estão a fazer para o tentar evitar?» [Observador]
   
Parecer:

É óbvio que é uma questão de tempo, já foi moda e hoje os centros comerciais já não atraem os clientes que atraiam no passado.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 E esta?
   
«Portugal é dos países europeus com índices mais altos de satisfação com o Governo. Ocupa o 4.º lugar entre 23, mostram os últimos dados do European Social Survey (ESS), um estudo internacional, feito a cada dois anos, desde 2002. Portugal é também um dos países onde a satisfação com quem o governa mais aumentou entre 2014 e 2016, passando de 3,01 para 5,02, numa escala de zero a 10.

A pergunta feita neste inquérito é algo como: “Pense agora no Governo. Qual é o seu grau de satisfação com a forma como o Governo está a actuar?” Até agora, a nota máxima que os portugueses tinham dado a um executivo tinha sido 3,61 pontos, em 2006. Em 2012, por exemplo, verificou-se o grau de satisfação mais baixo desde que o estudo é feito, com 2,15.» [Público]
   
Parecer:

O Marcelo não gostar nada de saber....
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»