domingo, junho 17, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Marcelo, o Presidente porreiro

O Presidente da República decidiu decretar o fim das desigualdades entre litoral e interior até 1023 o que é uma maravilha, agora ficamos à espera que decrete o fim dos salários miseráveis, o fim do alcoolismo e do tabagismo, o fim da falta de casa, é fácil, fixa-se um prazo e decreta-se, o Presidente manda e o milagre aparece.

Será apenas populismo ou estaremos perante alguém que por ser de direito está convencido de que os problemas se resolvem por decreto? Há certamente alguma ignorância, senão mesmo muita, nesta forma de pensar, é evidente que as assimetrias não são apenas entre o litoral e o interior, isso é ignorar que muitas regiões do litoral são miseráveis e mesmo no litoral há grandes assimetrias.

A prior forma de abordar os problemas é convencer os portugueses de que os p+roblemas existem porque nunca tivemos um Presidente porreiro. Depois do populismo temos uma nova forma de estar na política, o porreirismo. No tempo do COPCON havia sempre um tenente que aparecia para resolver tudo, agora temos um Presidente porreiro.

«O Presidente da República defendeu hoje uma meta de cinco anos, até 2023, para resolver o problema das desigualdades entre litoral e o interior, sob pena de o país falhar como um todo.

Num curto artigo no Público, intitulado “Se não formos capazes, falhámos como país”, um ano depois dos incêndios em Pedrógão Grande, que fizeram 66 mortos, Marcelo Rebelo de Sousa alerta que minorar as desigualdades é “uma oportunidade histórica” e há um prazo para o fazer.

“Até ao fim da próxima legislatura se perceberá se somos ou não capazes de corrigir as assimetrias existentes, de ultrapassar as desigualdades que teimam em permanecer. É, pois, um desafio que começa na ponta final desta legislatura e que se prolonga para a próxima”, lê-se no texto.

“Se formos capazes de fazer reviver até 2023 o que importa que reviva, Portugal será diferente. Se não formos capazes, perdemos uma oportunidade histórica e condenamos alguns ‘Portugáis’ a serem muito ignorados, muito esquecidos, muito menosprezados e isso significa que falhámos como país”, escreveu no artigo no Público.» [Observador]