terça-feira, fevereiro 03, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Pernilongo [Himantopus himantopus], Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António
  
 Jumento do dia
    
Jerónimo de Sousa

Pela forma como Jerónimo de Sousa fala da Grécia até parece que sempre foi um simpatizante do Syriza ou que o partido vencedor das eleições se aliou ao PC da Grécia. Por este andar ainda vamos ver o Jerónimo de Sousa a convidar a Catarina Martins para irem juntos ao Carnaval.

«O líder comunista, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que "o PASOK de Portugal" não é uma "verdadeira alternativa" política, referindo-se ao maior partido da oposição, o PS, no arranque das jornadas parlamentares do PCP, até terça-feira, em Aveiro.

"[Portugal] precisa de uma verdadeira rutura e não as mudanças de cosmética para que tudo fique na mesma, as falsas mudanças daqueles que dizem que não são o PASOK de Portugal, mas que o foram ontem e que hoje deixam os destinos do país nas mãos das propostas e dos sinais do senhor Junker, do senhor Draghi e da boa vontade do diretório das grandes potências", afirmou Jerónimo de Sousa.» [Notícias ao Minuto]

 A mentira do dia

Quando o país se livrar da presidência miserável de Cavaco Silva o ainda e desgraçadamente presidente já não vai ocupar o convento recuperado com meio milhão de euros dos contribuintes, em vez disso e aproveitando a sua longa experiência na gestão de segredos vai ser o próximo apresentador da Casa dos Segredos, substituindo a Teresa Guilherme. A dona Maria assegurará os directos diários.

A primeira leva de concorrentes também já está escolhida, Marques Mendes que sabe de todos os segredos do governo, Ricardo Salgado que é especialista em segredos de políticos, Marcelo Rebelo de Sousa porque inventa segredos, Rui Teixeira e Carlos Alexandre porque são incapazes de guardar um segredo, a Felícia Cabrita porque é sempre a escolhida para revelar segredos, Fernando Lima que conta aos jornalistas do Público os falsos segredos de Belém, Passos Coelho porque é um político sem segredos e ainda Paulo Portas porque, finalmente, vai revelar o seu segredo.

 É melhor um pássaro na mão do que dois a voar

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 Kobani depois da passagem do ISIS


  
 Passos Coelho e a CGTP

Passos Coelho faz lembrar a CGTP que não assina nenhum acordo e uns tempos depois aparece na vanguarda da defesa das regras que resultaram do acordo que não assinou. Passos Coelho nunca aceita as decisões do Constitucional nem pede qualquer alteração na relação com os credores, mas depois é o grande vendedor das medidas que resultaram dos acórdãos do Tribunal Constitucional e apresenta como grandes conquistas tudo o que conseguiu graças à coragem dos irlandeses e dos gregos.

Se os gregos são cigarras teremos de aceitar que este governo é feito de ratazanas.

 Dúvidas que me atormentam

Porque razão no caso dos vistos gold não há a mais pequena violação do segredo de justiça? Será para proteger a investigação e os arguidos ou para poupar a imagem dos que no governo ou na proximidade do governo andaram a pedir a "agilização" de processos ao director do SEF e agora estão calados para que ninguém os acuse de corrupção activa enquanto o director do SEF foi acusado de corrupção passiva por causa desses mesmos telefonemas? Quem está a ser ou sai protegido por este repentino comportamento exemplar da nossa justiça, enquanto nos outros processos em investigação é o regabofe que todos conhecemos?

 Ao que isto chegou!

A apresentação dos resultados do BCP foi transmitida em directo por todos os canais de informação. O BCP deixou de investir em publicidade, basta dar uma gorjeta ao pessoal e eles dão uma hora de tempo de antena a um presidente do BCP a ler penosamente um documento enjoativo. O que terá sido servido ao jantar aos directores de informação da RTP, SIC, TVI e CMV?

 A carta de demissão no Hospital Garcia da Horta

Ao Conselho de Administração
do Hospital Garcia de Orta, EPE (HGO)
Cc Diretor de Serviço de Urgência do HGO,
Diretores dos restantes Serviços do HGO,
Bastonário da Ordem dos Médicos


Alexandra Büchel Marques dos Reis Matos, Frederico Eurico Marques Sanches, João António Franklim Correia, José Nuno Baião Vieira Raposo, Mário Carlos de Jesus Amaro, Tiago Filipe Judas de Matos e Vanda Lúcia Andrade Spencer, na qualidade de Chefes de Equipa do Serviço de Urgência Geral do Hospital Garcia de Orta EPE (SU), nos termos e para os efeitos do artº 271, da Constituição da República Portuguesa, e do artº 5 do Estatuto Disciplinar dos Trabalhadores que exercem funções públicas, publicado em anexo L. 58/2008, de 09.09, vêm, na sequência de carta de protesto enviada ao Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta EPE em 04/12/2014, e que alertava para o conjunto de aspetos funcionais e organizativos que, em nosso entender, colocavam em risco a segurança clínica dos doentes, bem como a dignidade e segurança de trabalho de todos os profissionais de saúde que ali prestam serviço, e dos quais importa novamente salientar:

- Excessiva lotação de doentes internados em área de internamento do SU, que frequentemente ultrapassa os 200%, com óbvia repercussão nos cuidados prestados aos mesmos, condicionando dificuldade e atraso na admissão de novos doentes agudos, assim como na observação de doentes na área de ambulatório

- Associado ao problema de sobrelotação, cada vez mais se assiste a um elevado número de doentes com situações infecciosas relacionadas com agentes que impõem necessidades de condições de isolamento físico, o que, na impossibilidade do mesmo, condicionam acréscimo do risco coletivo

- Insuficiência de meios humanos, quer em número, quer em diferenciação e autonomia

- A crescente complexidade clínica dos doentes que recorrem ao SU, em face do envelhecimento da população, da elevada prevalência de doenças crónicas e irreversíveis, das crescentes e conhecidas dificuldades socio-económicas vividas e da insuficiente acessibilidade a cuidados de saúde primários e terciários, não tendo vindo a ser adotadas medidas que se adequem a esta realidade

Mais se acresce que as recentes medidas de alteração organizativa implementadas no SU e para as quais não foi tida em consideração a opinião dos Chefes de Equipa do SU, não só não resolveram os problemas citados como ainda criaram constrangimentos adicionais, quer do ponto de vista clínico, quer no aspeto de relacionamento interpares, quer do ponto de vista da capacidade de organização e gestão da equipa de urgência.

Em face do exposto e do agravamento das condições de trabalho, entendemos que o risco do Acto Clínico no SU e a segurança dos doentes atingiu um ponto crítico e inaceitável.

Em virtude do acima mencionado e em coerência com o que temos vindo a expor vimos, por este meio, apresentar a nossa demissão coletiva do cargo de Chefia do Serviço de Urgência do Hospital Garcia de Orta.

Pedem deferimento,

Almada, 26 de Janeiro de 2015


Os médicos

(circula nas caixas de email)

      
 Cavaquices
   
«O meu amigo Eduardo, uma das pessoas que conheço que melhor pensam, associa a essa característica uma grande desorganização. O que o faz provocar, sem qualquer maldade, algumas confusões, que a sogra, apesar do enorme carinho que nutre por ele, apelida de "eduardices"...

É neste neologismo que me baseio para o título desta crónica. Sendo certo que, apesar de ambos provocarem confusões, não atribuo a Cavaco Silva nenhuma das características do meu amigo Eduardo que acima referi! E, confesso-o, também não nutro pelo presidente da República o carinho que o Eduardo, embevecido, recebe da sua sogra......

Cavaco Silva terminará o seu mandato como o político que mais tempo esteve à frente nos cargos mais importantes para o destino do país no pós-25 de Abril. Mais precisamente, 20 anos em 40 anos de democracia! Por isso sabemos bem que é um dos principais responsáveis pelo estado em que o país se encontra, agora que se tornou consensual que a sua atuação como primeiro-ministro, com a destruição de grande parte do setor produtivo, foi um dos maiores erros que o país cometeu.

Vem isto a propósito da rábula do disse-não-disse de Cavaco Silva sobre o BES. Antes de a abordar importa fazer um ponto prévio. É evidente que os principais responsáveis pela situação do BES são os seus administradores, com Ricardo Salgado à cabeça e tudo o que se possa passar ao lado do processo, embora relacionado com o mesmo, não nos pode distrair deste facto. Parece-me também evidente que a divulgação, por Ricardo Salgado, das datas das diferentes reuniões que teve com os personagens do costume não é mais do que uma mensagem: "Atenção que eu sei muitas coisas e, se não me derem a mão, eu não cairei só!...".


Mas esta constatação não impede que se analise o papel de Cavaco no processo. E, naturalmente, os deputados que integram a Comissão de Inquérito ao BES têm a obrigação de, perante a confirmação de audiências de Ricardo Salgado com o presidente da República para lhe expor a situação do Grupo BES, procurar ouvi-lo sobre a matéria.

Cavaco arma a confusão, dizendo que não se pronunciou sobre o BES mas sim sobre o Banco de Portugal (BdP). Tive o cuidado de ouvir a gravação da sua intervenção na Coreia do Sul, no passado dia 21 de julho e que transcrevo na íntegra: "O BdP desde há algum tempo tem vindo a tomar medidas para isolar o banco, a parte financeira, das dificuldades financeiras da zona não financeira do grupo. O BdP tem sido perentório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no BES, dado que as folgas de capital são mais do que suficientes para cobrir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa. E eu, de acordo com a informação que tenho do próprio BdP, constato que a atuação do banco e do governador tem sido muito, muito, correta".

De facto, Cavaco atribui o voto de confiança ao BES às informações que recebe do BdP. Mas será que um presidente se limita a receber informações dos organismos oficiais? Será que a batelada de assessores não recolhe informações adicionais nem estuda os dossiês de forma a que o presidente, com base em diversas fontes, interprete, com mais conhecimento de causa, o que se passa? E, ainda mais importante, será que nas audiências que Cavaco concedeu a Ricardo Salgado (segundo este a 31 de março e a 6 de maio) não lhe deram mais informações? É que, segundo o próprio Salgado, as suas audiências terão tido efeito, a julgar pelo facto de a ministra das Finanças ter escrito ao governador do Banco de Portugal informando que "responsáveis do grupo" já a tinham alertado para "eventuais riscos para a estabilidade financeira" do BES! Ou seja, bem pode Cavaco tentar virar o bico ao prego mas a sua intervenção sobre o BES foi lamentável e terá contribuído para perdas de muitos investidores.

Diz Cavaco que as audiências são reservadas. Compreendo que considere que Belém é um confessionário. Mas quando é o "pecador" que refere, publicamente, as linhas mestras da "confissão", até o padre fica liberto do pacto de silêncio. Muito mais o presidente da República, que fala e diz o que não deve e se procura calar quando tem explicações a dar...» [JN]
   
Autor:

Rui Sá.

 Fadas e formiguinhas
   
«O Governo teve uma semana desastrosa. Tudo começou com a desinquietação do resultado das eleições na Grécia. Depois foi a escolha de um parceiro nacionalista, ainda por cima para a pasta da defesa. Seguiu-se a homenagem às vítimas do nazismo, busca de identidade resistente e bofetada em Merkel e outros. O juramento à escolha, religioso ou não. Pelo meio, as declarações confirmando propósitos antigos. Depois, a realidade: recusar a privatização dos portos do Pireu e de Salónica, criar uma subvenção de energia grátis para quem a ela não tem acesso por falta de recursos, aumentar o salário mínimo e, supremo acinte, voltar a admitir 160 pessoas de limpeza para o MNE lá do sítio. Tudo ao contrário das prescrições da troika. Menino reguila, perdido perante a professora e a turma, avançando na escalada das travessuras. Os gregos deveriam ter juízo, mas resolveram acreditar em contos para crianças, Passos Coelho dixit.

Em vez de meros cumprimentos de Estado, seguidos de votos de confiança na Grécia, ou prudentemente se calar, o nosso Primeiro resolveu insultar os vencedores. Marques Guedes, prenhe de imaginação, foi em busca da formiga e da cigarra, ou seja a Esopo, via Lafontaine. Como já Ferreira Fernandes lembrou, “assim devera eu ser / e não esta cigarra / que se põe a cantar / e me deita a perder”. O nosso preclaro governo recomenda aos Gregos que se ponham “de patinhas no chão / formiguinha ao trabalho / e ao tostão”. Só que não leu as estrofes finais do poema de Alexandre O’Neill : “assim devera eu ser / se não fora não querer”. Pois é, parece que os Gregos têm outros planos. Para a nossa Pátria, o ditado do governo é diferente: o povo gastou / o povo tem que pagar / o governo salvador apertou / mas agora relaxou / para voltar a ganhar! As eleições de Outubro, entenda-se. Passos recusa a conferência dos devedores, pensa que se safa sozinho, ou à boleia. No fundo, antevendo a saída a prazo, quer manter a rigidez do porte, mesmo quando ela for de cadáver político.

Angola. Há dez anos que não estava em Angola, com vagar. Grandes diferenças: O recenseamento da população que permitiu elaborar um excelente plano de saúde para os mais de 24 milhões de habitantes. A mortalidade infantil que regrediu pouco, mas alguma coisa, de 250 para 180 por mil, elevando a esperança média de vida para acima dos 50 anos. O reconhecimento de atrasos e insuficiências, sem rebuço nem desculpas de segurança de Estado. Grandes investimentos em Saúde por todo o território; reconstrução acelerada de hospitais, centros e postos; 3 mil médicos, 3 mil estudantes de medicina no País e mais 3 mil no estrangeiro. para disporem de 15 mil médicos em 2025. Valores igualmente ambiciosos para enfermeiros e outros profissionais. Sete escolas médicas, cinco das quais provinciais, novas, estas infelizmente sem participação portuguesa. O princípio de uma cultura científica baseada na evidência. Redução das evacuações e suas listas de espera. O apreço subliminar pelo que é português, desde os medicamentos, ao apoio tecnológico e organizativo, desde a clínica à saúde pública, mais do que seria de esperar.

De súbito, a crise impacta a meio da corrida. Más notícias também para as exportações portuguesas. Cortes orçamentais na proporção da baixa do preço do petróleo, revisão dos investimentos para sustentar o já alcançado. Uma vontade de abrir estrangulamentos, como o do preço médio de medicamentos oito vezes acima dos países vizinhos, e a ineficácia dos canais logísticos apenas baseados no mercado. Os grandes flagelos permanecem latentes, a malária, a subnutrição e a higiene pública, as doenças de origem hídrica, o Ébola contido fora das fronteiras. A par dos novos problemas, como os acidentes de estrada, causadores de quase três mil mortos. De modo muito diferente do passado que testemunhei, agora sabe-se como actuar. Age-se, não se reage apenas.

Permanecem as enormes diferenças sociais, mas uma classe média afirma-se. Visível na quantidade de lojas de artigos domésticos, do têxtil do lar e até da decoração, bem como na disseminação das agências bancárias. Será natural que lojas fechem, que menos carros se vendam e até que seja atenuada a circulação viária, com a esperada subida do preço da gasolina e de impostos. Angola procura o seu lugar.» [Público]
   
Autor:

António Correia de Campos.

 Paulo Macedo tem culpas
   
«Longas horas de espera nas urgências e falta de camas nos hospitais para internar os doentes são duas das imagens que, desde Dezembro, têm marcado o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Na mesma semana em que o ministro da Saúde vai ao Parlamento para explicar o que poderá ter falhado e o que está a tutela a fazer para impedir que os problemas se repitam, o PÚBLICO ouviu cinco especialistas sobre o caos instalado nos hospitais públicos, com o objectivo de perceber se a situação pode, de facto, ser atribuída apenas a uma conjugação do frio com a circulação do vírus da gripe e que soluções propõem para as dificuldades.

A presença do ministro na quarta-feira na comissão de saúde surge na sequência de um agendamento potestativo do PCP, depois de terem sido abertos sete inquéritos a mortes nas urgências por possíveis tempos de espera acima do recomendado. Três delas estão a ser investigadas pelo Ministério Público. Os últimos dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge indicam que o país já soma mais de 2500 mortes acima do esperado para esta época do ano.

Há um ponto em que todos - o médico e gestor Adalberto Campos Fernandes, o economista da saúde Pedro Pita Barros, a administradora hospitalar Marta Temido, o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos Miguel Guimarães e o bastonário da Ordem dos Enfermeiros Germano Couto -  apontam falhas comuns: os centros de saúde não estão a dar resposta e a travar as idas às urgências e alguns hospitais têm falhado na adaptação a picos de procura. Em parte, atribuem os problemas às políticas de saúde, que levaram ao desinvestimento nos recursos humanos e que acentuaram os efeitos da crise.» [Público]
   
Parecer:

Um ministro com culpas na morte nem que seja de apenas um português deve demitir-se ou ser demitido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se uma Bic ao Opus Macedo para que ele escreva a sua carta de demissão antes que morram mais portugueses em consequência da sua política de destruição manhosa do SNS.»

 Até tu Obama
   
«O Presidente norte-americano defendeu que “não é possível continuar a pressionar países em plena depressão”: “A certa altura é preciso ter uma estratégia de crescimento para permitir que um país pague as suas dívidas e elimine alguns dos seus défices”, afirmou Barack Obama a propósito da situação da Grécia numa entrevista à televisão CNN.

Reconhecendo que a Grécia precisa “desesperadamente” de reformas e de reestruturar a economia para aumentar a sua competitividade, Obama disse que “é muito difícil iniciar estas mudanças quando o nível de vida das pessoas caiu 25%; a longo prazo, o sistema político, a sociedade não o pode suportar “.

Os comentários de Obama acontecem uma semana depois das eleições na Grécia que deram a vitória ao Syriza, partido que se opôs às medidas de austeridade impostas ao país e que quer renegociar a dívida. O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, iniciou o seu mandato com medidas que incluem travar algumas privatizações, o regresso do salário mínimo aos 751 euros (baixara nos últimos anos para 580), a distribuição de electricidade gratuita a famílias carenciadas e a reintegração de alguns funcionários públicos.» [Público]
   
Parecer:

O Obama que se cuide pois anda por ai um ministro com ar apalermado que ainda lhe vai chamar cigarra.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Pouco corajoso este Dux
   
«João Gouveia, o único sobrevivente da tragédia do Meco, faltou nesta segunda-feira ao debate instrutório do caso no Tribunal de Setúbal.

A diligência judicial está mesmo assim a fazer-se, com a presença das famílias das seis vítimas mortais e de duas testemunhas.

O pai e uma irmã do dux também compareceram em tribunal juntamente com a respectiva advogada.» [Público]
   
Parecer:

Parece que estes duxes da treta só os têm perante os caloiros.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»

 A UE começa a ceder
   
«Na semana escolhida pelo novo primeiro-ministro grego para um périplo pela Europa para negociar a situação grega, a Comissão Europeia pode estar a estudar uma solução de compromisso para colocar em cima da mesa: o fim da troika. O diário espanhol El País avança que a equipa de Jean-Claude Juncker está a estudar a hipótese de acabar com a parceria com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu para ajudar às negociações com a Grécia.

Mas acabar com o trio que tem prestado ajuda financeira à Grécia só acontecerá, escreve o El País, se Alexis Tsipras der provas de que quer respeitar os compromissos. Além desta proposta estará ainda a ser estudada uma maneira de aliviar a dívida grega que não passará por um perdão, mas por melhores condições de pagamento como um prolongamento dos prazos ou redução de juros.» [Observador]
   
Parecer:

António Costa devia perguntar a Passos se rejeita a aplicação em Portugal de todas as consequências das negociações entre Bruxelas e aqueles a que o seu governo de baixo nível designou por cigarras.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a sugestão.»
  
 Adeus troika
   
«Na semana escolhida pelo novo primeiro-ministro grego para um périplo pela Europa para negociar a situação grega, a Comissão Europeia pode estar a estudar uma solução de compromisso para colocar em cima da mesa: o fim da troika. O diário espanhol El País avança que a equipa de Jean-Claude Juncker está a estudar a hipótese de acabar com a parceria com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu para ajudar às negociações com a Grécia.

Mas acabar com o trio que tem prestado ajuda financeira à Grécia só acontecerá, escreve o El País, se Alexis Tsipras der provas de que quer respeitar os compromissos. Além desta proposta estará ainda a ser estudada uma maneira de aliviar a dívida grega que não passará por um perdão, mas por melhores condições de pagamento como um prolongamento dos prazos ou redução de juros.


Esta solução europeia só avançará se Grécia e União Europeia chegarem a um acordo para a solução pós-fim do resgate, que acontece no final deste mês. A possibilidade em estudo é a de um programa cautelar sem a entrada do FMI, o que permitiria que se desmantelasse a aliança que tem estado a controlar o resgate à Grécia já há cinco anos.» [Observador]
   
Parecer:

Agora vai aparecer o Passos Coelho armado em crente da Opus Dei a berrar que não passa sem o chicote do funcionareco local do FMI.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se prefere a troika.»
  
 Merkel tem medo que Tsipras "abuse" dela?
   
«Angela Merkel não irá aceitar reunir-se com Alexis Tsipras se o primeiro-ministro grego pedir um encontro bilateral entre os líderes da Alemanha e da Grécia no Conselho Europeu da próxima semana. Um fonte do Governo alemão disse à agência Bloomberg que Merkel quer, assim, tentar isolar o Governo grego e mostrar que não concorda com os planos de Alexis Tsipras e do seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis.

Berlim não consta da longa lista de cidades que os novos líderes do governo grego vão visitar nos próximos dias. Yanis Varoufakis reuniu-se com o seu homólogo francês, Michel Sapin, em Paris neste fim de semana e já voou até Londres para, esta segunda-feira, se encontrar com o chefe das Finanças do Reino Unido, George Osborne. Isto depois de na sexta-feira ter tido um encontro com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.» [Observador]
   
Parecer:

Desde a guerra que a Alemanha nunca foi chamada de forma tão clara a prestar contas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se um cinto de castidade à senhora Merkel para que ela possa reunir em segurança com o primeiro-ministro grego.»

 Vital Moreira zangado com o PS
   
«Vital Moreira, antigo cabeça-de-lista do Partido Socialista às eleições europeias em 2009, tem tecido duras críticas ao programa anti-austeridade e anti-troika do recém-eleito Governo helénico. No blogue Causa Nossa, Vital Moreira tem acusado Tsipras de ter um programa “pura e simplesmente irrealizável”, que levará a Grécia para a “bancarrota e para a saída do euro”. Mas as críticas do ex-juiz de Ratton não se destinaram apenas aos gregos: por cá, segundo Vital Moreira, a aproximação da esquerda portuguesa, com PS incluído, é de um “oportunismo pouco recomendável”.

“A tentativa de todas as esquerdas em Portugal para cavalgarem a vitória da esquerda radical na Grécia, incluindo partidos que pouco têm a ver com o Syriza, como o PS e o PCP, releva de um oportunismo pouco recomendável. (…) Faltava o partido de Marinho e Pinto. Subitamente parece que “todos somos Syriza” (salvo seja, no que me diz respeito)”, escreveu Vital Moreira a 26 de janeiro.

Já antes, quando ainda não se conhecia o vencedor das eleições na Grécia, o ex-deputado tinha criticado “a simpatia” que alguns setores do PS tinham demonstrado para com uma eventual vitória da coligação de extrema-esquerda. “Julguei que as simpatias do PS na Grécia iam para o Pasok, o partido socialista grego, principal vitima do desmoronamento da ficção económica e orçamental que a Grécia era e que a crise de 2008 pôs a nu”, comentou, reagindo às declarações de Eduardo Cabrita, presidente da comissão de Orçamento e Finanças, e de João Galamba, secretário nacional do partido, ao Observador.» [Observador]
   
Parecer:

Depois de ter defendido a constitucionalidade de tudo o que de brutal este governo adoptou compreende-se bem o seu alinhamento..
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Parece que o governo de Kiev é só garganta
   
«De um lado, há demonstrações de força, do outro lado, de fraqueza, mas com esperança num apoio internacional. O conflito na Ucrânia anda mais longe das primeiras páginas nos media internacionais, mas os últimos desenvolvimentos são alarmantes. O dirigente dos separatistas, Alexandre Zakhartchenko, anunciou que espera mobilizar cerca de 100 mil homens nos próximos dias para combater as forças de Kiev e, do outro lado, os EUA ponderam fornecer armamento ao Exército ucraniano.

Segundo o New York Times, fontes da administração norte-americana já defendem a entrega de armas defensivas e de outro equipamento. Uma posição inicialmente assumida pelo comandante da NATO, Philip Breedlove. A intenção ainda não é assumida pelos americanos de forma oficial, mas de acordo com o jornal, a administração Obama está a olhar para esta possibilidade sobretudo depois das dificuldades do Exército ucraniano nas últimas semanas. O jornal dá ainda conta da mudança de posição da conselheira de Obama, Susan Rice, que está disposta a reconsiderar a posição que tem assumido contra a possibilidade de os Estados Unidos fornecerem armas aos ucranianos por temerem a resposta do líder russo, Vladimir Putin.» [Observador]
   
Parecer:

É mais do que óbvio que a solução não passam nem por sanções, nem pelo apoio a um governo muito duvidoso. Se os russos que vivem na Ucrânia fossem, americanos a viverem no México e a serem tratados como os russos que vivem na Ucrânia o que fariam os EUA?

Kiev começou esta guerra com demasiadas ameaças e com ataques brutais, acabando agora por assistir a deserções em massa dos seus soldados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 Paulo Macedo tenta salvar-se
   
«Os enfermeiros poderão passar a pedir exames complementares de diagnóstico aos doentes em espera nas urgências, segundo um diploma hoje publicado em Diário da República que prevê um período experimental de um ano.

Este sistema experimental só será aplicado nos hospitais que o queiram fazer e nas unidades que forem identificadas pelas administrações regionais de saúde (ARS) como aquelas em que se possa esperar maior benefício com esta medida na redução dos tempos de espera.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Andou a tratar da sua imagem na comunicação social aproveitando-se do ébola e da legionella e agora é um ver se te havia para passar a imagem de um ministro que responde a uma crise vergonhosa que foi ele que provocou com a falta de planeamento e a destruição manhosa do SNS. Agora quer armar-se em vedeta superando os problemas de que ele próprio deve ser responsabilizado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o ministro da Saúde enquanto ainda há SNS para salvar.»

 Pobre Barroso
   
«Nem Belém, nem Bruxelas, Durão Barroso vai voltar à academia. O antigo presidente da Comissão Europeia vai voltar a Portugal para lecionar na Universidade Católica temas relacionados com Direito, Gestão e Ciência Política e Relações Internacionais. Vai ainda assumir a direção do Centro de Estudos Europeus desta instituição. Barroso será também professor visitante na universidade Princeton nos Estados Unidos da América.

Marcelo Rebelo de Sousa já tinha anunciado ontem no seu espaço de comentário semanal que Durão Barroso voltaria para dar aulas na Universidade Católica, mas esta segunda-feira soube-se em detalhe sobre que matérias vai lecionar. O antigo primeiro-ministro vai integrar o corpo docente dos programas internacionais da Universidade Católica como o mestrado em Direito, no mestrado de Gestão e no mestrado de Ciência Política e Relações Internacionais. Os temas das cadeiras envolvem assuntos temas europeus e governação global.» [Observador]
   
Parecer:

Não parece ter arranjado grande coisa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se nas Lajes se não haver´+a um lugar de camareiro para servir cafés.»
  
 Um juiz corajoso....
   
«Foi esta segunda-feira conhecido o nome do juiz sorteado para analisar o pedido de recurso de José Sócrates. Segundo dá conta o Expresso, Agostinho Torres, porém, já decidiu, anteriormente, contra Carlos Alexandre, num processo que o superjuiz moveu contra o então bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho e Pinto.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

A justiça portuguesa está mesmo pelas ruas da amargura, agora os juízes da relação são dividios entre os que ousaram discordar do Alexandre e os que tiveram receio de o fazer? Parece que este país vive sob o medo desse Alexandre.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»


 Há homens inteligentes
   
«O ministro da Economia salientou que a queda do preço do crude "tem um impacto positivo na economia portuguesa", afirmando que "por cada 20% da redução do preço do petróleo existe a expectativa, de acordo com estudos econométricos produzidos pelos gabinetes dos ministérios das Finanças e da Economia, de um crescimento do Produto [Interno Bruto -- PIB] de 0,3% a 0,5%".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este Pires de Lima até quando quer ser sério dá vontade de rir, o homem nada diz que seja seu, ou lês estat´siticas ou copia relatórios, é um dos maiores erros de casting da classe política portuguesa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se»


   
   
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