Já foi dito quase tudo sobre o governo zipado de Pedro Passos Coelho, resta orar à virgem para que o país não se afunde e para isso temos o dr. Macedo, que em vez de esperar elos resultados para promover a missa de acção de graças bem pode sugerir ao primeiro-ministro que a primeira reunião do conselho de ministros se realize em Fátima ou, como não há tempo a perder, podem aproveitar a missa que se realizará no próximo sábado na Igreja de Nossa Senhora de Fátima em honra de Josemaria Escrivá de Balaguer e pedir ao santo que inspire os novos ministros.
Uma ministra como Assunção Cristas que sabe menos de agricultura do que o o merceeiro da minha rua, e que além da pasta dos pepinos ainda tem que decidir sobre o ordenamento do território, mar e ambiente bem precisa de um santo, receio mesmo que o santo Josemaria não chegue, tal como a ministra ainda é um santo com pouca experiência e como se sabe a Opus Dei é mais dada a bancos e banqueiros do que a pepinos e agricultores.
Com a protecção assegurada por Josemaria está o grande gestor Paulo Macedo, o homem do BCP que com cornetas e publicidade ascendeu ao estatuto do melhor gestor português. O problema está em saber se vai fazer na saúde o que fez no fisco, reunir os médicos em sessões para tocarem cornetas de São João, darem com martelinhos na cabeça dos colegas e deixar tudo o resto como estava. É muito duvidoso que venha a terminar o mandato com uma missa de acção de graças pelo sucesso do seu ministério.
A verdade é que por mais elogios que se façam aos ministros deste governo as suas fragilidades são fracas, dos ministros ditos políticos aproveita-se o Portas e dos académicos e gestores resta saber se terão ao tão propalado prestígio não devidamente demonstrado corresponde a competência exigida pelos mega ministérios que foram criados.