Foto Jumento
Montijo
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Festas de São João, Alcochete [A. Cabral]
Os putos andam agitados
Ontem ou anteontem o Álvaro, como o ministro da Economia disse aos jornalistas para o tratarem, perguntou porque razão umas cadeiras apresentadas na feira do artesanato não tinham uma bandeirinha portuguesa na etiqueta. O pessoal da JSD não perdeu tempo e já propôs uma imagem nova para os produtos portugueses e um conjunto de medidas de apoio à exportação.
Das propostas apresentadas gostei em especial do mercado da saudade:
«Alavancar na rede internacional de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo inteiro e permitir que eles sejam os embaixadores dos produtos portugueses, disseminando-os pelas suas comunidades e fomentando as suas exportações.
O líder da JSD defende que “É altura de devolver a confiança e a esperança ao tecido empresarial português, devendo ser adoptada a Esfera Armilar como marca transversal a todos os sectores da economia portuguesa aquando da sua estratégia de internacionalização”.»
Proponho que a JSD tenha representação dos conselhos de ministros e que cada ministro conte com um comissário dos jotas no seu gabinete.
Das propostas apresentadas gostei em especial do mercado da saudade:
«Alavancar na rede internacional de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo inteiro e permitir que eles sejam os embaixadores dos produtos portugueses, disseminando-os pelas suas comunidades e fomentando as suas exportações.
O líder da JSD defende que “É altura de devolver a confiança e a esperança ao tecido empresarial português, devendo ser adoptada a Esfera Armilar como marca transversal a todos os sectores da economia portuguesa aquando da sua estratégia de internacionalização”.»
Proponho que a JSD tenha representação dos conselhos de ministros e que cada ministro conte com um comissário dos jotas no seu gabinete.
Este PSD está cheio de ideias, depois de Portugal ser a Flórida da Europa propõem a criação do mercado da saudade.
A luta do homem
«Uma pessoa lê que Carvalho da Silva subscreve uma petição para auditar a dívida pública e convence-se de que o homem acordou para a necessidade de rigor e a admissão da responsabilidade dos sindicatos na penúria pátria. Depois lê-se a petição propriamente dita e aí somos nós a acordar para a natureza irreformável da CGTP.
O que o documento pretende é "determinar as partes da dívida que são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis". Estamos, portanto, em pleno território da "dívida odiosa", interessante conceito segundo o qual um país é livre de decidir que o seu débito foi contraído contra os interesses dos cidadãos, logo o débito é susceptível de "reestruturação", logo de puro calote. A inspiração do dr. Carvalho da Silva e dos parceiros da subscrição virá do Equador, que há um par de anos recorreu ao método e assumiu, com o orgulho dos malucos, o subsequente estatuto de pária.
Em abono do Equador, mas não do dr. Carvalho da Silva, reconheça-se que a respectiva dívida remonta, pelo menos parcialmente, à antiga ditadura local, que as reservas locais de petróleo disfarçam, pelo menos parcialmente, o pavor dos investidores internacionais e que o cacique e, pelo menos parcialmente, a população locais apreciam caminhar de mãos dadas com Chávez e restantes sobas da região.
Em Portugal, nem sequer temos desculpas pífias para fugir à dívida. Porém, teríamos consequências certas, todas dramáticas, todas aparentadas da insolvência sem empréstimos nem retorno. Numa palavra, teríamos o caos, e o caos é um velho objectivo do sindicalismo que nos calhou em sorte (força de expressão). Num cenário "normal", o sindicalismo indígena, com as suas exigências e chantagens, também conhecidas como "luta", funciona por desgaste gradual. Num cenário em que meio mundo sugere que a crise será uma oportunidade, a CGTP passa à acção e aproveita para tentar rebentar com isto de uma vez. Nada de espantoso. A nossa lamentável situação actual é o resultado de inúmeros erros e delírios. Carvalho da Silva é o rosto de alguns deles. A respeitosa importância que por aí se lhe dedica é causa directa de alguns outros.» [DN]
O que o documento pretende é "determinar as partes da dívida que são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis". Estamos, portanto, em pleno território da "dívida odiosa", interessante conceito segundo o qual um país é livre de decidir que o seu débito foi contraído contra os interesses dos cidadãos, logo o débito é susceptível de "reestruturação", logo de puro calote. A inspiração do dr. Carvalho da Silva e dos parceiros da subscrição virá do Equador, que há um par de anos recorreu ao método e assumiu, com o orgulho dos malucos, o subsequente estatuto de pária.
Em abono do Equador, mas não do dr. Carvalho da Silva, reconheça-se que a respectiva dívida remonta, pelo menos parcialmente, à antiga ditadura local, que as reservas locais de petróleo disfarçam, pelo menos parcialmente, o pavor dos investidores internacionais e que o cacique e, pelo menos parcialmente, a população locais apreciam caminhar de mãos dadas com Chávez e restantes sobas da região.
Em Portugal, nem sequer temos desculpas pífias para fugir à dívida. Porém, teríamos consequências certas, todas dramáticas, todas aparentadas da insolvência sem empréstimos nem retorno. Numa palavra, teríamos o caos, e o caos é um velho objectivo do sindicalismo que nos calhou em sorte (força de expressão). Num cenário "normal", o sindicalismo indígena, com as suas exigências e chantagens, também conhecidas como "luta", funciona por desgaste gradual. Num cenário em que meio mundo sugere que a crise será uma oportunidade, a CGTP passa à acção e aproveita para tentar rebentar com isto de uma vez. Nada de espantoso. A nossa lamentável situação actual é o resultado de inúmeros erros e delírios. Carvalho da Silva é o rosto de alguns deles. A respeitosa importância que por aí se lhe dedica é causa directa de alguns outros.» [DN]
Autor:
Alberto Gonçalves.