quarta-feira, junho 15, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




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Faro
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À beira rio,. Alcochete [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Miguel Relvas

Começa a perceber-se qual vai ser o papel de Miguel Relvas no próximo governo, vai se o de mentiroso de serviço. Não vai ser Passos Coelho a assumir as suas mentiras, antes de ser confrontado com o que disse na campanha eleitoral será Relvas a dar o peito às mentiras, a fazer o trabalho sujo de dar o dito pelo não dito.
 
«Miguel Relvas assumiu que não haverá redução no número de ministérios. Existirão é “ministros com mais responsabilidades”.

Na RTP, Miguel Relvas assumiu que não haverá redução no número de ministérios, antes existirão "ministros com mais responsabilidades".

Num debate com Francisco Assis, Miguel Relvas voltou a abordar o número de ministérios que o próximo Governo terá.

"Não há concentração de ministérios, antes os Ministros passam a ter mais responsabilidades", disse o número dois do PSD.
 
Garantindo que a medida tem também um carácter "simbólico de eficiência", Relvas lembrou que a redução do número de ministérios seria um "processo jurídico longo com a alteração de leis orgânicas", mas deixou claro o plano que está a ser traçado: "Menos ministros com o mesmo número de serviços".
  
Durante a campanha, já Pedro Passos Coelho colocara esta possibilidade. "Dez ministros podem dar boa conta do recado sem perderem tempo com leis orgânicas e a fazer fusões de ministérios", disse o então candidato a primeiro-ministro.» [DE]

 O Diário Económico no seu melhor

José Eduardo Moniz escreve:
 
«O momento é de regeneração reclamando-se o fim dos compadrios e dos conúbios de interesses públicos e privados.» [DE]
 
E o que escreve António Costa, o director do DE, em editorial?
 
«Proponho uma definição de serviço público: a provisão de bens e serviços que não são prestados pelo sector privado, porque, simplesmente, não são rentáveis. Sem informação generalista, futebol, concursos, telenovelas e filmes, produtos que hoje encontrámos na SIC e TVI, e, já agora, também na RTP, bastaria um canal para assegurar o que fica de fora, hoje a RTP2. E, caso fosse necessário, o Estado poderia contratualizar determinadas obrigações de serviço público com os canais privados. Que, a não serem cumpridas, deveriam resultar na perda imediata da licença de televisão.
 
A Impresa, que controla a SIC e o Expresso, está contra. Já o fez saber, e o tom vai aumentar. Como a Media Capital, que tem a TVI. Percebe-se: uma RTP privada é mais um concorrente num mercado já hoje muito competitivo. Mas é interessante perceber que o principal (e único) argumento contra a privatização é precisamente a defesa e a tentativa de proteger um mercado publicitário dividido por ‘dois e meio', porque a RTP tem publicidade, mas limitada: Não há publicidade que pague três canais, dizem. E o mercado, fica onde?» [DE]
  
Pois, se os canúbios de interesses públicos e privados favorecerem a Ongoing o país fica regenerado!
     
 

 Resposta ao Dr. Francisco Louçã

«Escolheu Francisco Louçã o Facebook para criticar uma crónica minha. Disse o líder do Bloco de Esquerda, entre outras coisas, algo que atinge a minha reputação e a dos jornalistas que trabalharam comigo enquanto fui director do 24horas: Louçã classificou-o de "jornal populista e alegremente reaccionário".

É verdade que "alegremente" fiz uma capa com Joana Amaral Dias e Ana Drago sob o título "Onde é que o Louçã as arranja?" e publiquei uma subscrição para os leitores comprarem um bilhete de avião, só de ida, para a Coreia do Norte, a oferecer ao deputado do PCP Bernardino Soares.

Em contrapartida, um dia, o então presidente do Conselho de Administração do jornal, Henrique Granadeiro, foi confrontado com a exigência do Governo PSD/CDS para que eu fosse demitido. Eu próprio ouvi, de alguém com poder para fazer cair essa administração, a ordem formal, que recusei, para parar a publicação de notícias "desfavoráveis" ao primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

O 24horas não era um projecto político e, apesar de ter sido a dada altura dirigido por um militante do PCP, foi, tal como exigia o seu estatuto editorial, rigorosamente apartidário. E é estranho que um jornal alegadamente "reaccionário" tenha servido para o Bloco montar uma Comissão de Inquérito no Parlamento por causa da notícia sobre o caso Envelope 9...

Mas talvez a crítica do doutor Louçã se referisse a questões deontológicas e não políticas... Vamos a elas.

A insuspeita ERC fez, em 2009, um estudo sobre "Privacidade, Intimidade e Violência na Imprensa"... Surpresa! Os jornais Correio da Manhã (21,6% da amostra), Jornal de Notícias (21%) e Diário de Notícias (20,3%) publicaram mais notícias violentas e/ou que violaram a privacidade e a intimidade dos protagonistas do que o 24horas (18,2%), que só passou neste "ranking negro" o Público (11,7%). Na página 80, o estudo diz mesmo que o 24horas é um jornal "que se situa abaixo da média, contrariando, assim, a imagem de jornalismo sensacionalista que, não raramente, lhe está associada". O site da ERC tem o trabalho disponível onde se desmontam, cientificamente, vários "mitos urbanos" negativos sobre o jornal.

Outro insuspeito, Óscar Mascarenhas, presidente do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas entre 1996 e 2002, escreveu no JN, após o fecho do 24horas: "Deixa-me saudades o tempo em que foi dirigido por Pedro Tadeu, exemplo vivo de que um jornalista culto e com referências éticas pode fazer a diferença num jornal popular - por muitos deslizes que tenha cometido e de que era o primeiro a reprovar-se em público, caso ímpar na nossa imprensa."

Se isto é ser "populista e reaccionário", doutor Louçã, resta-me agradecer os epítetos e, para a semana, tratar do assunto que falta: o sério problema político que está por detrás do seu desabafo no Facebook.» [DN]

Autor:

Pedro Tadeu.
      

 Começa bem esta coligação

«Também Carlos Abreu Amorim, que encabeçou a lista de Viana do Castelo, defende que a candidatura de Nobre "tem todas as condições para ir em frente". "A ideia de não ter experiência é absurda. Se fosse assim, Passos Coelho também não podia ser primeiro-ministro", diz Abreu Amorim ao i.

Do lado do CDS, Ribeiro e Castro veio esta semana defender o nome de Mota Amaral para o cargo, em vez de Nobre. Confrontado com esta posição, Carlos Abreu Amorim lembra que "Ribeiro e Castro trabalhou com Vale e Azevedo sem problema nenhum". Já o ex-presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, questionado pelo i sobre se estaria disponível para voltar a ocupar o cargo, disse apenas que não fará nenhum comentário sobre essa matéria, tal como muitos outros dirigentes do PSD e do CDS.» [i]

Parecer:

Não deixa de ser divertido que caiba a alguém que foi do CDS para o PND para agora entrar no PSD pela porta dos independentes a ter por tarefa dar golpes baixos em personalidades do CDS. Começa muito bem esta coligação.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
  
 Ladrão desastrado

«Um ladrão deixou a ponta de um dedo num café que tentou assaltar, na madrugada de domingo, em Maximinos, Braga. Foi a dona do café que fez o achado insólito, anteontem à noite, depois de ter visto pingos de sangue no chão.» [CM]
     
 Podemos ficar descansados

«Francisco Madeira Lopes, membro do partido ecologista, afirmou hoje, à saída da reunião com Cavaco Silva, que "aquela que for a decisão do Presidente da República será respeitada, e a bola ficará do lado de quem será indigitado".» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Se não fossem os esverdeados do PCP o que seria deste país?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 As malfeitorias que Sócrates fez por esse mundo fora...

«O fundador do fundo Pimco, Bill Gross, advertiu ontem, numa entrevista na CNBC, que a situação financeira dos Estados Unidos é muito pior do que a Grécia e de outros países europeus que enfrentam crises da dívida.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Só pode ter sido Sócrates.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor Palma se a dívida americana também deve ser motivo para julgar Sócrates.»
  
 Garcia Pereira não quer representar Paulo Portas

«O advogado António Garcia Pereira revelou hoje ter recusado o pedido feito pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas, para avaliar as declarações feitas pela eurodeputada socialista Ana Gomes e ponderar uma eventual acção judicial.
 
"A propósito da notícia recentemente vinda a público referindo a eventual representação pela minha pessoa do sr. dr. Paulo Portas num processo contra a srª drª Ana Gomes, venho por este meio esclarecer que não aceitei patrocinar tal causa", refere Garcia Pereira, também dirigente do PCTP/MRPP, num comunicado divulgado hoje. A agência Lusa tentou contactar Garcia Pereira para mais esclarecimentos, mas tal não foi possível até ao momento.» [DN]

Parecer:

Paulo Portas enganou-se ao usar o nome de Garcia Pereira, esqueceu-se de lhe perguntar primeiro se o queria representar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»