sexta-feira, junho 24, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Safara, Moura
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Avis [A. Cabral]
  
A mentira do dia d'O Jumento
  
Depois de terem usado lambretas para irem tomar posse, de terem comprado esferográficas no supermercado para assinarem o termo de posse e de terem viajado em classe económica os nossos ministros vão continuar a dar provas de franciscanismo à frente dos cargos, vão passar a almoçar nas cantinas e às sextas-feiras passarão a usar indumentária casual, vão deixar em casa as camisas e gravatas e apresentar-se nos ministérios em camisolas de alças aos buraquinhos.

Jumento do dia


Cavaco Silva

De um Presidente (com letra grande) da República espera-se que o seja de todos os portugueses e que defenda a união dos portugueses em todos os momentos. Ora, Cavaco é um presidente de cada vez menos portugueses e começa a ser evidente que a sua preocupação com o país apresenta um discurso que difere em função de quem está no governo.

O apoio mais activo que Cavaco Silva poderá dar ao governo é evitar intervenções, encerrar a sua página no Facebook, despedir os assessores intriguistas como Fernando Lima, comprar um bom anti-vírus e esperar que termine o seu mandato. A evolução da economia condenou-o como primeiro-ministro e os seus mandatos presidenciais são pobres, resta-lhe preservar a dignidade possível à frente do cargo e esperar que o mandato chegue ao fim sem se dar muito por ele.

«Reforçando a ideia também deixada na sua intervenção, Cavaco Silva insistiu que "as expectativas geradas são extremamente elevadas e as exigências impostas não têm paralelo na nossa História recente". Por isso, sublinhou, "o tempo é de união e de coragem". "Temos de trabalhar sem medo do futuro", advogou.» [DN
  

 Extinguir primeiro e pensar depois

«As competências dos governos civis na organização do processo eleitoral são o "principal entrave" à extinção destas estruturas descentralizadas do Estado. "Sem revisão da lei eleitoral os governos civis não poderão acabar", diz ao DN um ex-governador do PSD.
 
"Transferir competências como a emissão de passaportes ou a autorização para a realização de manifestações é fácil. Mas quando está em causa o processo eleitoral as coisas complicam-se."» [DN]

Parecer:

Esperemos que Passos Coelho consiga crescer de dirigentes de associações de estudantes para primeiro-ministro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 Cavaco já fala em união dos portugueses

«O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu hoje que o tempo actual deve ser de "união e de coragem", sublinhando que os portugueses têm de "trabalhar sem medo do futuro".

Numa mensagem colocada ao final da tarde na sua página na rede social Facebook, o chefe de Estado recorda que terça-feira deu posse ao XIX Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, iniciando-se, assim, "um novo ciclo político".» [DN]

Parecer:

Agora é tarde.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deseje-se a Cavaco Silva que termine o mandato quanto antes e com dignidade.»
  
 Entreguem a gestão dos estaleiros de viana do Castelo a Carvalho da Silva!

«"Se eu fosse membro do Conselho de Administração, solidário com o meu líder, era um ato nobre pedir a demissão e ir embora", desafiou Branco Viana. O sindicalista reagia ao anúncio de demissão feito por Carlos Veiga Anjos. O ainda presidente dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, um dos dois elementos não executivos, além de três administradores executivos, confirmou, quarta-feira, à Lusa, que vai pedir a demissão depois das tentativas de agressão de que diz ter sido alvo. O Coordenador da União de Sindicatos, e quadro dos estaleiros, diz tratar-se de uma "tentativa de vitimização" do presidente, que queria sair da empresa no preciso momento em que os trabalhadores tentavam chegar à administração.

"Mesmo na hora da saída não apresenta dignidade", criticou. Em causa o plenário que decorreu na empresa e no qual mais de 650 trabalhadores aprovaram uma moção exigindo a suspensão imediata do processo de reestruturação que prevê a saída de 380 funcionários, de um total de 720, até final do ano. Os trabalhadores dirigiram-se, depois, ao edifício da administração para entregar o documento, em mão. "O que se passou esta tarde foi uma vergonha, inqualificável. Fui impedido de sair da empresa pelos trabalhadores, que depois tentaram forçar a entrada no edifício da administração, onde me refugiei. Naturalmente queriam molestar os elementos da administração", afirmou Carlos Veiga Anjos à Lusa. De seguida, enquanto representantes dos trabalhadores entregavam a moção, no exterior do edifício da administração instalava-se a confusão, com outros funcionários e forçarem a entrada, altura em que partiram, inclusive, os vidros de uma das portas.» [DN]

Parecer:

Muito inteligentes estes sindicalistas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Os sindicatos devem estar interessadíssimos nas comissões sobre as indemnizações dos despedidos pois parece que estão empenhados em levar os estaleiros à falência.»
  
 Não é boy nem é girl, é filho

«Carlos Beato justificou a decisão de não nomear um chefe de gabinete e um adjunto, como é seu direito pela lei que define o regime jurídico do funcionamento e as competências dos órgãos dos municípios e das freguesias, com a necessidade de "encontrar alguém com o perfil profissional e pessoal que garantisse a qualidade, a eficácia e a confiança que o desempenho destes cargos exige".

Tendo em conta "a dinâmica de desenvolvimento" que o concelho tem sentido, "as novas exigências ao nível das responsabilidades e atribuições dos municípios" e "as medidas de gestão cada vez mais rigorosas que têm de ser tomadas no âmbito da crise que o país e a região atravessam", o autarca decidiu nomear "o licenciado e pós-graduado Pedro Miguel Correia de Morais Beato", seu filho, para seu adjunto, tendo iniciado funções esta segunda-feira.» [DN]

Parecer:

E os outros filhos da terra e do país, não merecem a confiança do autarca? Por este andar as autarquias vão passar a ser monarquias autárquicas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reprove-se.»
  
 Uma boa notícia ... para a GALP

«O preço do barril de 'brent', que é a referência para as importações portuguesas, afundava 6,15% para 107,19 dólares, em Londres, depois de já ter estado a perder mais de 7% durante a sessão.

No mesmo sentido, o preço do barril de crude, perdia 5% até aos 90,66 dólares, em Nova Iorque, mas também já esteve a recuar 6%. São as maiores quedas desde 5 de Maio e as cotações do 'ouro negro' estão em mínimos de Fevereiro.» [DE]

Parecer:

Se fosse ao contrário os combustíveis aumentariam 6% amanhã.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Silva Sebastião se a Autoridade da Concorrência acompanha essa coisa dos preços do petróleo.»
  
 BCP quase ao preço da uva mijona

«Desde o início do mês, as acções do banco liderado por Carlos Santos Ferreira já desvalorizaram mais de 12%, o que representa uma perda de quase 500 milhões de euros na capitalização bolsista. O BCP vale agora 2,85 mil milhões de euros.

Na base da derrocada do BCP está sobretudo a incerteza quanto ao futuro da Grécia: "A incerteza nos mercados está a afectar a banca. Um possível incumprimento da Grécia e a revisão em baixa das estimativas de crescimento dos EUA para este ano e o próximo estão a pressionar os títulos do sector financeiro", disse ao Económico Nuno Milheiro, da DIF Broker.» [DE]

Parecer:

Começa a perceber-se porque Paulo Macedo deixou o ordenado milionário de opus-banqueiro para ganhar enquanto ministro quatro vezes menos do que ganhava quando era director-geral.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver o futuro do BCP.»
  
 TAP pode ter de fechar devido à concorrência das low cost

«A TAP poderá perder dois mil milhões de euros de euros, devido à transferência de passageiros para companhias low-cost, como a Ryanair e a Easyjet, e à consequente pressão para reduzir preços.

A análise foi feita num estudo, divulgado pelo jornal Público, e aponta para um cenário que poderá conduzir a despedimentos e a um provável encerramento da transportadora área nacional.

Segundo o documento, realizado no início deste ano a pedido da administração, são estimadas perdas a longo prazo que levarão a uma quebra abrupta da receita, com consequências drásticas que se poderão traduzir em despedimentos e culminar no encerramento da companhia.

"O valor da empresa seria dramaticamente afectado e a sobrevivência posta em causa”, refere o relatório, que prevê que a companhia seja obrigada a "reduzir a frota”, conduzindo à “reafectação de recursos e, caso a situação se agrave, a despedimentos”. A comprovar-se este cenário, diz o documento, a TAP transformar-se-ia numa “operadora de menor importância”, facto que poderia “culminar no seu encerramento”.» [i]

Parecer:

Os maiores adversários da viabilidade da TAP não são as low cost, são os seus trabalhadores que com greves sistemáticas em períodos sensíveis estão a matar a credibilidade da transportadora nacional junto dos seus principais clientes, os portugueses só se forem doidos marcam viagens de férias na TAP pois não há período de férias em que um qualquer grupo de trabalhadores não faça uma greve chantagista.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Privatize-se a TAP quanto antes e enquanto existe.»
  
 Carvalho da Silva quer auditoria à dívida soberana

«O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, e o economista da Universidade de Coimbra José Castro Caldas são duas das figuras que subscrevem uma petição para que seja feita uma auditoria à dívida portuguesa com participação da sociedade civil.

A petição, intitulada "Por uma auditoria à dívida portuguesa", é assinada por 38 figuras ligadas ao movimento sindical, associativo e ao ensino universitário e defende uma auditoria da dívida "com participação da sociedade civil e do movimento dos trabalhadores" como forma de "determinar que partes da dívida são ilegais, ilegítimas, odiosas ou simplesmente insustentáveis".» [i]

Parecer:

Também seria interessante fazer uma auditoria aos seus sindicatos para se saber quanto têm ganho com comissões sobre as indemnizações dos despedimentos ou para se saber quantos sindicalistas estão há décadas sem trabalhar à conta dos contribuintes ou dos acordos de empresa.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se a proposta.»
  
 A SAAB não tem dinheiro para salários

«"A Swedish Automobile, ex-Spyker, anunciou hoje que a Saab Automobile está incapaz de pagar os salários dos seus empregados, por não ter ainda recebido o financiamento a médio prazo necessário", anunciou a empresa.

A 13 de Junho, a Saab anunciou uma parceria, que incluía 245 milhões de euros de investimento, com duas empresas chinesas, o distribuidor automóvel Pang Da e o construtor Zhejiang Youngman Lotus Automobile.» [Jornal de Negócios]