segunda-feira, junho 13, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Alfama, Santos Populares, 2011
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 
 
Já Só resta a esperança, Caparica [T. Miranda]
  
  
À boleia [A. Cabral]
Jumento do dia


António Mexia

António Mexia decidiu dar conselhos sobre a privatização da quota da EDP que ainda é detida pelo Estado. Está no seu direito, o problema é que parece desconhecer que cabe ao governo defender os interesses do Estado e não dos actuais accionistas. O único critério para a venda deve ser o preço e se os actuais accionistas querem defender a sua posição é fácil fazê-lo, basta pagar o melhor preço pelas acções.
 
«O presidente executivo da EDP afirma à Lusa que faria sentido que, "no processo de alienação das acções, o Estado tivesse em conta o perfil dos novos accionistas no sentido de estes contribuírem para duas coisas: estabilidade e crescimento".
 
Para António Mexia, é importante que os novos accionistas contribuam para a "estabilidade da base accionista da companhia" e, em simultâneo, "proporcionem o acesso a novos mercados e tragam nova capacidade de crescimento" para a empresa.» [DE]

 Atrás de mim virá quem de mim falará

Fui ao site da Fundação Francisco Manulel dos Santos, uma fundação a analisar e acompanhar com muita atenção, e eis que dou com uma mensagem curiosa: em 30 anos as publicações dos cientistas portugueses aumentaram 33 vezes! Os dados mais precisos consta na Pordata, uma iniciativa da fundação do hiper-merceeiro.

 
Mas é uma pena que o site do hiper-merceeiro não mostre gráficos por primeio-ministro.
    
 

 Grandes discursos sobre Portugal

«Gostei dos discursos do fim-de-semana sobre Portugal. Foram discursos bem curtidos, que nos podem levar longe. Mais do que apontar um caminho, caminhou-se. Os discursos de que falo, claro, foram proferidos pelo presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado e pelos representantes sindicais. Traduzidos, os discursos dão isto: subida de 2% nos salários. Coisa enorme, num país que corta no que ganha e suspira de alívio por continuar a ganhar. Os que fazem sapatos vão ganhar mais, porque seu sector subiu 20% nas exportações e começa a confirmar no estrangeiro o lema que espalhou lá fora nas feiras de calçado: "Sapatos portugueses: desenhados pelo futuro." Deixem-me contar uma história que se calça que nem uma luva nesta actualidade. Apeles, o artista grego, tinha feito um desenho de uma divindade do Olimpo. Um humilde sapateiro fez um reparo sobre as sandálias, o que Apeles acatou - mudou o desenho. Embalado, o sapateiro começou a dar bitaites sobre o nariz da divindade, a inclinação do torso, a proporção das mãos... Aí, Apeles mandou parar: "Ne sutor ultra crepidam." Que vai em latim porque foi por aí que nos chegou o provérbio: "Não suba o sapateiro além da chinela." É provérbio antigo e continua a valer. Os nossos bons sapateiros que continuem a fazer bons sapatos, cada vez melhores e mais exportáveis. E como seria bom continuar a ouvir só estes discursos de gente sábia que prova que o é. » [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
      

 João Duque já fala em reestruturar a dívida

«João Duque, Presidente do ISEG, e um dos nomes mais falados para a pasta das Finanças no Governo PSD/CDS, não tem dúvidas de que Portugal terá de reestruturar a sua dívida, como começa agora a acontecer na Grécia.
 
Em entrevista ao «Correio da Manhã», o economista diz que «Portugal vai ter de reestruturar a dívida. E temos de mudar o paradigma produtivo. Basta olhar para o discurso do senhor Presidente da República sobre a agricultura. Nós hoje temos défice na balança comercial de bens alimentares. E, como as coisas estão, se ficarmos sem dinheiro, temos pelo menos de ter comida». » [Portugal Diário]

Parecer:

Não confia no governo do PSD? Não era o PSD que ia resolver o problema? Parece que já está a preparar a argumentação para o falhanço.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a João Duque se vai aderir ao BE.»
  
 A anedota do dia

«O presidente do Governo Regional da Madeira admitiu hoje que preferia uma coligação PSD/PS. Acusou ainda o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de tentar "estragar" as negociações com Bruxelas sobre os benefícios fiscais àquela Zona Franca, mesmo em período de Governo de gestão.» [DN]

Parecer:

Compreende-se, com o limão a ser espremido de um lado por Portas e do outro por Cavaco dá pouco sumo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  

   






 Il Manifesto