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Rio Minho [A. Cabral]
Jumento do dia
Marcelo Rebelo de Sousa
Desta vez a "Bruxa de Alfragide", surpreendeu o funcionário da TVI que lhe dá assistência no seu tempo de antena semanal ao anunciar como grande novidade que Bairrão iria deixar o tacho na Media Capital para tomar conta dos polícias, mas enganou-se, o administrador permanece na televisão e para a hitória da política portuguesa fica mais uma coscuvilhice falhada de Marcelo Rebelo de Sousa.
«Presidente da República divulgou a lista completa dos secretários de Estado que tomarão posse amanhã. Bernardo Bairrão, que era apontado como secretário de Estado da Administração Interna, não consta na lista.» [Jornal de Negócios]
«Presidente da República divulgou a lista completa dos secretários de Estado que tomarão posse amanhã. Bernardo Bairrão, que era apontado como secretário de Estado da Administração Interna, não consta na lista.» [Jornal de Negócios]
Cavaco Silva quer nomear os directores-gerais
Primeiro foi António Barreto a alertar para a nomeação de boys para os lugares de director-geral, agora é Vítor Bento a defender novas regras na sua nomeação defendendo a criação de uma comissão de avaliação com 2/3 de representantes do parlamento e um terço nomeado pelo Presidente da República. Parece que a colaboração activa de Cavaco é bem mais activa do que se espera de um Presidente da República, para já pretende-se participar na nomeação dos directores-gerais.
Um Silva para acabar com a fome no mundo
«Há 24 milhões de brasileiros a menos a passar fome depois de Lula ter sido presidente. E se alguém ajudou o metalúrgico transformado em estadista a conseguir esse milagre foi José Graziano da Silva, que como ministro liderou o programa Fome Zero, em meados da década passada. O desafio para este agrónomo de 61 anos é agora maior: calcula-se que quase mil milhões de pessoas no mundo sofram de subnutrição e na primeira linha do combate a esse drama está a FAO. Ora, ontem em Roma, os 191 países membros da agência da ONU para a alimentação e a agricultura elegeram o brasileiro para director-geral, sucedendo ao senegalês Jacques Diouf, há 17 anos patrão da FAO. Pelo caminho, ficou o espanhol Miguel Ángel Moratinos.
O triunfo de um latino-americano sobre um europeu pode ter várias explicações, a começar pela compensação pela provável vitória da francesa Christine Lagarde sobre o mexicano Agustín Carsten na corrida ao FMI. Mas o êxito de José Graziano no combate à fome no Brasil, com uma redução de 25% do número de subnutridos, valeu-lhe votos. Agrónomo formado no Brasil mas com pós-doutoramentos nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, começou por estudar as desigualdades de rendimento e como militante do Partido dos Trabalhadores ajudou Lula a preparar a revolução social que, no espaço de uma década, pôs o gigante lusófono a ser tanto uma potência emergente (7,5% de crescimento em 2010) como um país mais justo. Além da aposta nos apoios sociais, a redução da pobreza deveu muito "ao fortalecimento da agricultura familiar", como notou Lula num artigo elogioso no The Guardian. Também a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, usou todo o seu peso político para promover o ex-ministro.
Cem vezes maior que Portugal, e beneficiando da diversidade de climas, o Brasil está a impor-se como potência agrícola. No ano passado, tornou-se o segundo maior exportador de produtos agropecuários, só atrás dos Estados Unidos. O país é agora o primeiro exportador de açúcar, café, carne bovina, carne de frango, café e sumo de laranja e número dois na soja e no milho. Ora, isso significa que o Brasil não só conseguiu reduzir o seu número de esfomeados como está ajudar a alimentar um mundo em que o crescimento populacional não pára, mesmo que a ONU tenha adiado para Julho de 2012 o momento em que se assinalará a fasquia dos sete mil milhões de seres humanos. Já só falta 71 milhões de nascimentos.
À frente da FAO, José Graziano tentará uma espécie de Fome Zero global. No ano passado, o número de famintos reduziu-se em 80 milhões. Agora, o objectivo até 2015 é passar de 925 milhões para metade. Para isso será preciso contrariar os especuladores, limitar o desvio de terras para biocombustíveis e investir forte na agricultura. A América Latina terá de duplicar as colheitas, África quintuplicá-las. Contra as vozes derrotistas, o novo líder da FAO declarou "que erradicar a fome é uma meta razoável e alcançável". Força, Silva.» [DN]
O triunfo de um latino-americano sobre um europeu pode ter várias explicações, a começar pela compensação pela provável vitória da francesa Christine Lagarde sobre o mexicano Agustín Carsten na corrida ao FMI. Mas o êxito de José Graziano no combate à fome no Brasil, com uma redução de 25% do número de subnutridos, valeu-lhe votos. Agrónomo formado no Brasil mas com pós-doutoramentos nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, começou por estudar as desigualdades de rendimento e como militante do Partido dos Trabalhadores ajudou Lula a preparar a revolução social que, no espaço de uma década, pôs o gigante lusófono a ser tanto uma potência emergente (7,5% de crescimento em 2010) como um país mais justo. Além da aposta nos apoios sociais, a redução da pobreza deveu muito "ao fortalecimento da agricultura familiar", como notou Lula num artigo elogioso no The Guardian. Também a sucessora de Lula, Dilma Rousseff, usou todo o seu peso político para promover o ex-ministro.
Cem vezes maior que Portugal, e beneficiando da diversidade de climas, o Brasil está a impor-se como potência agrícola. No ano passado, tornou-se o segundo maior exportador de produtos agropecuários, só atrás dos Estados Unidos. O país é agora o primeiro exportador de açúcar, café, carne bovina, carne de frango, café e sumo de laranja e número dois na soja e no milho. Ora, isso significa que o Brasil não só conseguiu reduzir o seu número de esfomeados como está ajudar a alimentar um mundo em que o crescimento populacional não pára, mesmo que a ONU tenha adiado para Julho de 2012 o momento em que se assinalará a fasquia dos sete mil milhões de seres humanos. Já só falta 71 milhões de nascimentos.
À frente da FAO, José Graziano tentará uma espécie de Fome Zero global. No ano passado, o número de famintos reduziu-se em 80 milhões. Agora, o objectivo até 2015 é passar de 925 milhões para metade. Para isso será preciso contrariar os especuladores, limitar o desvio de terras para biocombustíveis e investir forte na agricultura. A América Latina terá de duplicar as colheitas, África quintuplicá-las. Contra as vozes derrotistas, o novo líder da FAO declarou "que erradicar a fome é uma meta razoável e alcançável". Força, Silva.» [DN]
Autor:
Leonídeo Paulo ferreira.
'No pasa nada'
«Em notícias como a de que o Exército pagou ilegalmente (aplicando, segundo a IGF, uma regra que "carece de suporte legal") 8,4 milhões de euros em remunerações, o que implicou ainda uma "revalorização" de outros salários que custou aos contribuintes 2,6 milhões por mês; ou a de que o Ministério da Justiça pagou centenas de milhares de euros em "subsídios de compensação" a magistrados que a ele não tinham direito, incluindo mortos; o que mais surpreende é que vêm a público e não se volta a ouvir falar no assunto.
Bem podem os portugueses interrogar-se sobre se os milhões pagos ilegalmente terão sido restituídos e se terá sido responsabilizado quem ordenou ou permitiu os pagamentos. Nunca terão resposta. Um denso pano cai sistematicamente sobre casos destes e, depois, a generalizada falta de memória faz o resto.
Em plena crise económica, o Comando-Geral da PSP gasta dinheiro em festarolas de aniversário quando muitos milhares de portugueses não têm que comer e a própria PSP vive afogada em carências de toda a ordem?; o Estado paga 15,7 milhões de euros em "estudos" a certos escritórios de advogados?; há autarquias que gastam 587 503 euros em concertos de Tony Carreira e Quim Barreiros, 4 324 163,13 em "festas" e 700 000 em corridas de automóveis?
"No pasa nada"... Os contribuintes "pergunt[am] ao vento que passa/ notícias do [seu] país/ e o vento cala a desgraça,/o vento nada [lhes] diz".» [JN]
Bem podem os portugueses interrogar-se sobre se os milhões pagos ilegalmente terão sido restituídos e se terá sido responsabilizado quem ordenou ou permitiu os pagamentos. Nunca terão resposta. Um denso pano cai sistematicamente sobre casos destes e, depois, a generalizada falta de memória faz o resto.
Em plena crise económica, o Comando-Geral da PSP gasta dinheiro em festarolas de aniversário quando muitos milhares de portugueses não têm que comer e a própria PSP vive afogada em carências de toda a ordem?; o Estado paga 15,7 milhões de euros em "estudos" a certos escritórios de advogados?; há autarquias que gastam 587 503 euros em concertos de Tony Carreira e Quim Barreiros, 4 324 163,13 em "festas" e 700 000 em corridas de automóveis?
"No pasa nada"... Os contribuintes "pergunt[am] ao vento que passa/ notícias do [seu] país/ e o vento cala a desgraça,/o vento nada [lhes] diz".» [JN]
Autor:
Manuel António Pina.
Um secretário de Estado Limiano
«Daniel Campelo foi escolhido para secretário de Estado da Agricultura do ministério de Assunção Cristas.
Para trás ficou a presidência da Câmara de Ponte de Lima pelas mãos do CDS/PP e algumas situações polémicas.
Daniel Campelo ficou conhecido depois de ter feito uma greve de fome no Parlamento, em 2000, para que fosse devolvida a marca de queijo Limiano ao concelho após a multinacional Lacto Ibérica ter adquirido a fábrica que produzia aquele queijo para mais tarde transferir a produção para Vale de Cambra.
O responsável foi ainda responsável pela viabilização de dois Orçamentos de Estado socialistas que lhe valeram a suspensão de militante do partido de Paulo Portas. Esse negócio ainda hoje é conhecido como o “Orçamento do Queijo Limiano”. Num Governo socialista sem maioria absoluta na Assembleia da República, Campelo viabilizaria dois Orçamentos de Estado (2001 e 2002) a António Guterres, a troco de vários investimentos públicos no distrito, com especial relevância para a conclusão dos eixos rodoviários Porto-Viana-Caminha (IC1) e a ligação a Ponte de Lima (IP9).» [i]
Para trás ficou a presidência da Câmara de Ponte de Lima pelas mãos do CDS/PP e algumas situações polémicas.
Daniel Campelo ficou conhecido depois de ter feito uma greve de fome no Parlamento, em 2000, para que fosse devolvida a marca de queijo Limiano ao concelho após a multinacional Lacto Ibérica ter adquirido a fábrica que produzia aquele queijo para mais tarde transferir a produção para Vale de Cambra.
O responsável foi ainda responsável pela viabilização de dois Orçamentos de Estado socialistas que lhe valeram a suspensão de militante do partido de Paulo Portas. Esse negócio ainda hoje é conhecido como o “Orçamento do Queijo Limiano”. Num Governo socialista sem maioria absoluta na Assembleia da República, Campelo viabilizaria dois Orçamentos de Estado (2001 e 2002) a António Guterres, a troco de vários investimentos públicos no distrito, com especial relevância para a conclusão dos eixos rodoviários Porto-Viana-Caminha (IC1) e a ligação a Ponte de Lima (IP9).» [i]
Parecer:
Isto promete.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
A vez da Espanha?
«Numa semana que é considerada como crítica, os juros da dívida espanhola estão a subir nas diversas maturidades e a aumentar o prémio de risco da dívida face aos juros da Alemanha. A ministra das Finanças espanhola confessa estar "preocupada" com esta subida mas diz que a Espanha não precisa de ser resgatada.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
COm Portugal também começou assim.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
E os juros continuam a subir
«As atenções estão sobre a Grécia e a aprovação do novo pacote de austeridade, que começa hoje a ser discutido no Parlamento helénico. E nem a confiança demonstradas por vários líderes europeus está a conseguir retirar pressão dos países periféricos.
Portugal continua a ser um dos alvos preferenciais, com as taxas de juro da dívida no mercado secundário a acentuarem a subida e a renovarem máximos desde o euro.» [Jornal de Negócios]
Portugal continua a ser um dos alvos preferenciais, com as taxas de juro da dívida no mercado secundário a acentuarem a subida e a renovarem máximos desde o euro.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Parece que começam a haver sinais de uma crise financeira, veio mesmo a tempo de ninguém no país se preocupar com os mercados.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
Despenalização do consumo de droga foi boa opção
«Consumir droga deixou de ser crime há 10 anos, mas actualmente praticamente todos os indicadores relacionados baixaram: menos toxicodependentes, menos crimes e menos mortes, ainda que a autoridade do sector não atribua o êxito apenas à lei.
A 1 de Julho completam-se 10 anos sobre a entrada em vigor da lei que descriminalizou o consumo de droga e a posse de determinadas quantidades para uso pessoal. João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), diz que "foi uma boa opção".» [JN]
A 1 de Julho completam-se 10 anos sobre a entrada em vigor da lei que descriminalizou o consumo de droga e a posse de determinadas quantidades para uso pessoal. João Goulão, presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), diz que "foi uma boa opção".» [JN]
Parecer:
Na ocasião parte da direita que agora governa foi contra.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprovem-se os resultados.»