Foto Jumento
Aldraba no Campo de Santa Clara, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
«Duma vila beirã, a simplificação e a poupança, perfeitas. Desaparecem as três, poupa-se a placa e até pode ser que a empresa que ganhou dinheiro a fazer e colocar a placa seja a mesma que a retirará e destruirá!
Melhor é impossível.» [J. Sousa]
Melhor é impossível.» [J. Sousa]
Jumento do dia
Passos Coelho
A União Europeia fez um resgate a Portugal e do montante emprestado a juros superiores a 4% e que antes do segundo resgate à Grécia situavam-se acima dos 5% mais de 10 mil milhões de euros são destinados a refinanciar os bancos, estando o país proibido de o usar para refinanciar a CGD. Isto é, o Estado e os contribuintes sujeitaram-se a um programa de perda de soberania a troco de um empréstimo a juros elevados destinados à banca privada.
A mesma UE empresta 100 mil milhões a Espanha sem exigir contrapartidas no plano da política económica e em vez de se tratar de um empréstimo ao Estado é uma linha de crédito a juros baixos.
Tal como o ministro Gaspar o ministro das Finanças da Irlanda também participou na reunião e mal esta terminou exigiu a renegociação do acordo e um tratamento igual. Passos Coelho defende que deve pagar juros muito mais elevados do que a Espanha, deve estar sujeito á perda de soberania e deve ficar calado.
É evidente que Passos Coelho sabe que vai beneficiar do que a Irlanda conseguir, designadamente, juros mais baixos, só que a cobardia é uma instituição neste governo.
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou neste domingo que Portugal não vai pedir uma renegociação das condições do empréstimo financeiro concedido pelas instituições internacionais.
"Não vejo razão para pedir uma renegociação das condições", disse o primeiro-ministro, à saída das comemorações do Dia de Portugal, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. » [CM]
A mesma UE empresta 100 mil milhões a Espanha sem exigir contrapartidas no plano da política económica e em vez de se tratar de um empréstimo ao Estado é uma linha de crédito a juros baixos.
Tal como o ministro Gaspar o ministro das Finanças da Irlanda também participou na reunião e mal esta terminou exigiu a renegociação do acordo e um tratamento igual. Passos Coelho defende que deve pagar juros muito mais elevados do que a Espanha, deve estar sujeito á perda de soberania e deve ficar calado.
É evidente que Passos Coelho sabe que vai beneficiar do que a Irlanda conseguir, designadamente, juros mais baixos, só que a cobardia é uma instituição neste governo.
«O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou neste domingo que Portugal não vai pedir uma renegociação das condições do empréstimo financeiro concedido pelas instituições internacionais.
"Não vejo razão para pedir uma renegociação das condições", disse o primeiro-ministro, à saída das comemorações do Dia de Portugal, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. » [CM]
Passos Coelho e a austeridade exigida pela Merkel
A posição do Passos Coelho em relação à austeridade defendida pela senhora Merkel lembra-se um velho programa de televisão, o "Agora ou nunca da SIC". Passos Coelho lembra-me aquele concorrente que arrepiada pedia para lhe porem a iguana na careca gritando desesperadamente "ponha, ponha, ponha!".
Gente cobarde
Desejam que tudo corram mal na Grécia para se armarem em bonzinhos mesmo sabendo que as coisas estão tão quanto na Grécia, esperam que os irlandeses renegociem o acordo para que as cedências à Irlanda se apliquem a Portugal. Esta gente é mesmo cobarde e não percebem que estão governando um país e representando um povo.
Gente cobarde
Gente cobarde
As condições do empréstimo para refinanciamento da banca espanhola é uma violação primária das mais elementares regras de concorrência, a banca espanhola beneficiou de condições e de taxas que não foram impostas às bancas da Irlanda e de Portugal
O resgate da banca espanhola ou desencadeia a revisão do acordo com os restantes Estados-membros ou viola as regras comunitárias em matéria de concorrência.
É lamentável que a posição do Estado português em vez de ser a do direito seja a da sabujice.
A gripe espanhola da banca europeia
«Já não restarão muitas testemunhas oculares, mas logo após a falência do Lehman Brothers, em setembro de 2008, esteve em cima da mesa do Conselho Europeu a proposta de se avançar para uma União Bancária, que oferecesse uma resposta coordenada e integrada à tempestade que aí vinha. Sabe o leitor quem foi o chefe de governo que se opôs frontalmente à proposta, levando os países à missão impossível de salvarem os seus bancos nacionais? Sim, foi a chanceler Merkel quem impediu a solução que teria evitado o colapso da Irlanda, as agruras do "nosso" BPN, e a agonia de Espanha, que ontem pediu formalmente um resgate para a sua banca ao FEEF.
Este resgate não parece poder ser mais do que um balão de oxigénio, numa situação polvilhada por riscos e zonas de incerteza. Se a gente que enxameia os corredores do poder europeu aprendesse alguma coisa com a história não estaríamos a viver estes dias crepusculares. Em 1931, a falência do banco austríaco Credit-Anstalt causou ondas de choque no sistema financeiro mundial, agravando, em particular, a situação já crítica dos EUA. Só em 1933, faliram 4 000 bancos nos EUA, e a primeira medida presidencial de F. D. Roosevelt foi decretar um "bank holiday" de três dias. Era Bismarck quem afirmava ser próprio das pessoas inteligentes aprenderem com os erros dos outros. Se na Europa sobrasse algum brilho intelectual no meio político, já teríamos copiado o sistema americano que transforma a regulação e a garantia dos grandes bancos numa competência federal. Uma União Bancária na Zona Euro implicaria transferir para Bruxelas, três funções que têm sido mediocremente garantidas pelos Estados nacionais: a) uma garantia europeia comum para todos os depósitos; b) a recapitalização solidária dos bancos viáveis, de modo a não onerar a dívida pública dos Estados; c) a regulação da actividade bancária por uma autoridade europeia.
O problema é que o tempo é hoje o recurso mais escasso no Velho Continente. Estudos recentes mostram que a banca europeia continental tem sofrido um declínio continuado em todos os indicadores ao longo dos últimos quatro anos. Contudo, o seu potencial impacto negativo na economia europeia é três vezes superior ao dos bancos americanos sobre a economia de Washington. A banca está sempre presente em todos os cenários de colapso da Zona Euro. Se o pior acontecer, a própria noção de uma banca privada europeia arrisca-se a ser um nicho de negócio em vias de extinção.» [DN]
Este resgate não parece poder ser mais do que um balão de oxigénio, numa situação polvilhada por riscos e zonas de incerteza. Se a gente que enxameia os corredores do poder europeu aprendesse alguma coisa com a história não estaríamos a viver estes dias crepusculares. Em 1931, a falência do banco austríaco Credit-Anstalt causou ondas de choque no sistema financeiro mundial, agravando, em particular, a situação já crítica dos EUA. Só em 1933, faliram 4 000 bancos nos EUA, e a primeira medida presidencial de F. D. Roosevelt foi decretar um "bank holiday" de três dias. Era Bismarck quem afirmava ser próprio das pessoas inteligentes aprenderem com os erros dos outros. Se na Europa sobrasse algum brilho intelectual no meio político, já teríamos copiado o sistema americano que transforma a regulação e a garantia dos grandes bancos numa competência federal. Uma União Bancária na Zona Euro implicaria transferir para Bruxelas, três funções que têm sido mediocremente garantidas pelos Estados nacionais: a) uma garantia europeia comum para todos os depósitos; b) a recapitalização solidária dos bancos viáveis, de modo a não onerar a dívida pública dos Estados; c) a regulação da actividade bancária por uma autoridade europeia.
O problema é que o tempo é hoje o recurso mais escasso no Velho Continente. Estudos recentes mostram que a banca europeia continental tem sofrido um declínio continuado em todos os indicadores ao longo dos últimos quatro anos. Contudo, o seu potencial impacto negativo na economia europeia é três vezes superior ao dos bancos americanos sobre a economia de Washington. A banca está sempre presente em todos os cenários de colapso da Zona Euro. Se o pior acontecer, a própria noção de uma banca privada europeia arrisca-se a ser um nicho de negócio em vias de extinção.» [DN]
Autor:
Viriatpo Soromenho-Marques.