Foto Jumento
Chapim-real [parus major], Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Varanda, Lisboa [A. Cabral]
Jumento do dia
Vítor Gaspar
No mesmo bloco noticioso em que vemos imagens de Gaspar a dizer que na reunião do euro grupo apenas se deu um aval sumário a um empréstimo a Espanha, não se conhecendo quaisquer condições, ficámos a saber pelo primeiro-ministro espanhol, que falava no parlamento, que o Estado espanhol vai cobrar um juro de 8% aos bancos que recorrerem ao dinheiro e que a Espanha deverá reembolsar a União Europeia num prazo de quinze meses.
É evidente que Gaspar mente e fá-lo porque sabe que o silêncio do governo favorece quem emprestou o dinheiro a Portugal, ao não exigir igualdade de tratamento o governo português aceita condições mais rigorosas num empréstimo com juros mais elevados.
«O pacote de apoio europeu de até 100 mil milhões de euros à banca espanhola terá que ser devolvido num prazo de 15 anos com cinco anos de carência e um juro de 3%o, noticiou hoje o jornal El Mundo.
O diário avançou algumas das condições do pacote financeiro, acordado no sábado passado numa reunião do Eurogrupo, mas cujos contornos estão ainda a ser finalizados em negociações entre Espanha e os parceiros europeus.
Se estas condições forem confirmadas, o programa de apoio não terá efeito no défice do Governo nos próximos anos - no qual cairiam os juros - e, como tal, não afetará os objetivos do Executivo.
Ao mesmo tempo, podia favorecer uma descida do risco da dívida, clarificando-se dúvidas dos investidores em dívida pública espanhola perante receios de que o fundo europeu venha a ter preferência no direito de cobrança das dívidas, em caso de reestruturação.» [Expresso]
É evidente que Gaspar mente e fá-lo porque sabe que o silêncio do governo favorece quem emprestou o dinheiro a Portugal, ao não exigir igualdade de tratamento o governo português aceita condições mais rigorosas num empréstimo com juros mais elevados.
«O pacote de apoio europeu de até 100 mil milhões de euros à banca espanhola terá que ser devolvido num prazo de 15 anos com cinco anos de carência e um juro de 3%o, noticiou hoje o jornal El Mundo.
O diário avançou algumas das condições do pacote financeiro, acordado no sábado passado numa reunião do Eurogrupo, mas cujos contornos estão ainda a ser finalizados em negociações entre Espanha e os parceiros europeus.
Se estas condições forem confirmadas, o programa de apoio não terá efeito no défice do Governo nos próximos anos - no qual cairiam os juros - e, como tal, não afetará os objetivos do Executivo.
Ao mesmo tempo, podia favorecer uma descida do risco da dívida, clarificando-se dúvidas dos investidores em dívida pública espanhola perante receios de que o fundo europeu venha a ter preferência no direito de cobrança das dívidas, em caso de reestruturação.» [Expresso]
Uma pequena pergunta ao governo
O que aconteceu ao pitbull que mordeu uma jornalista numa manifestação pacífica?
As palavras do bispo
«Um alvoroço assanhado tem acolhido as declarações de D. Januário Torgal Ferreira sobre o Governo e o seu chefe. Afirmou, na TSF, que Portugal está à deriva e, para acentuar a ideia, disse: "E no fim ainda aparece um senhor que, pelos vistos, ocupa as funções de primeiro-ministro, dizendo um obrigado à profunda resignação de um povo dócil e bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico. Conclusão: parecia estar a ouvir o discurso de uma certa pessoa há cinquenta anos." A analogia irritou, alguns preopinantes, especialmente Vasco "Pulido Valente", cada vez mais analista em círculo concêntrico, que apenas enfada e não estimula.
O bispo das Forças Armadas tem sido um alvo preferencial de Vasco "PV", asfixiado de dogmas, de mal-entendidos e de rancores doentios, uma ruína melancólica sem graça e sem grandeza. Confunde, propositadamente ou não, as coisas e o seu entendimento, e o assinalável verdete que nutre pelo prelado atinge as raias do patológico.
Desta feita foi longe demais. No vitupério quase quis calar o bispo. O que me pareceu excessivo sem deixar de ser perigoso. Numa altura pesada de ameaças à livre expressão; numa situação na qual se têm registado sinais e factos censórios, a denúncia de quem discorda é extremamente delicada. Vasco "PV" ignora as declarações proferidas pelo próprio cardeal-patriarca, além das de outras figuras da Igreja, que não têm prendido os adjectivos para castigar este Governo. A questão do autoritarismo não é uma metáfora, nem um incidente passageiro. O que está em marcha tem semelhanças com os primeiros tempos do fascismo, cujo eterno retorno foi recentemente relembrado por Rob Riemen.
O niilismo moderno oculta-se na ideologia que domina a Europa, e os aparentes equívocos não são exercícios de estilo ou miniaturas verbais: constituem peças para aumentar a confusão geral. A Imprensa pouco ou nada esclarece do que se passa no interior da superfície; as televisões são caudais de frivolidades; os comentadores somente glosam e, na maioria, anotadores sem risco e sem reflexão. Alguém tem de sacudir esta inércia que nos está a liquidar como povo e a destruir, visivelmente, a nossa democracia - se é que a democracia alguma vez foi nossa.
Quando D. Januário Torgal Ferreira declara: "Apetece-me dizer: vamos todos para a rua! Não vamos fazer tumultos, vamos fazer democracia"; diz, afinal, que nos devemos saber defender, que aprendamos a nos precaver contra o ovo da serpente. E, sobretudo, nos insurjamos perante as pequenas limitações de liberdade e de justiça, que nos aplicam em nome da "inevitabilidade" e do "equilíbrio do sistema." Basta atentarmos nos discursos oficiais e no acolhimento displicente dado por uma oposição amolecida, para percebermos as razões profundas das declarações do bispo das Forças Armadas.» [DN]
O bispo das Forças Armadas tem sido um alvo preferencial de Vasco "PV", asfixiado de dogmas, de mal-entendidos e de rancores doentios, uma ruína melancólica sem graça e sem grandeza. Confunde, propositadamente ou não, as coisas e o seu entendimento, e o assinalável verdete que nutre pelo prelado atinge as raias do patológico.
Desta feita foi longe demais. No vitupério quase quis calar o bispo. O que me pareceu excessivo sem deixar de ser perigoso. Numa altura pesada de ameaças à livre expressão; numa situação na qual se têm registado sinais e factos censórios, a denúncia de quem discorda é extremamente delicada. Vasco "PV" ignora as declarações proferidas pelo próprio cardeal-patriarca, além das de outras figuras da Igreja, que não têm prendido os adjectivos para castigar este Governo. A questão do autoritarismo não é uma metáfora, nem um incidente passageiro. O que está em marcha tem semelhanças com os primeiros tempos do fascismo, cujo eterno retorno foi recentemente relembrado por Rob Riemen.
O niilismo moderno oculta-se na ideologia que domina a Europa, e os aparentes equívocos não são exercícios de estilo ou miniaturas verbais: constituem peças para aumentar a confusão geral. A Imprensa pouco ou nada esclarece do que se passa no interior da superfície; as televisões são caudais de frivolidades; os comentadores somente glosam e, na maioria, anotadores sem risco e sem reflexão. Alguém tem de sacudir esta inércia que nos está a liquidar como povo e a destruir, visivelmente, a nossa democracia - se é que a democracia alguma vez foi nossa.
Quando D. Januário Torgal Ferreira declara: "Apetece-me dizer: vamos todos para a rua! Não vamos fazer tumultos, vamos fazer democracia"; diz, afinal, que nos devemos saber defender, que aprendamos a nos precaver contra o ovo da serpente. E, sobretudo, nos insurjamos perante as pequenas limitações de liberdade e de justiça, que nos aplicam em nome da "inevitabilidade" e do "equilíbrio do sistema." Basta atentarmos nos discursos oficiais e no acolhimento displicente dado por uma oposição amolecida, para percebermos as razões profundas das declarações do bispo das Forças Armadas.» [DN]
Autor:
Baptista-Bastos.
Pobres professores contratados
«O movimento de professores contratados e desempregados promove na quinta-feira um protesto em Lisboa contra medidas como a revisão curricular ou os mega-agrupamentos, que consideram ameaçar dezenas de milhares de docentes com o desemprego.» [DN]
Parecer:
Foram a vanguarda na luta contra a Lurdinhas e agora foram esquecidos pelos sindicalistas, abandonados pelos professores instalados e despedidos pelo governo que ajudaram a eleger.
Agora são esquecidos e desprezados pelos partidos do poder e pela esquerda conservadora e os jornalistas mal lhes prestam atenção.
Enfim, mais valia serem avaliados pela Lurdinhas do que despedidos pelo Cratino, não é?
Agora são esquecidos e desprezados pelos partidos do poder e pela esquerda conservadora e os jornalistas mal lhes prestam atenção.
Enfim, mais valia serem avaliados pela Lurdinhas do que despedidos pelo Cratino, não é?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
O lado miserável da Ordem dos enfermeiros
«O bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, propôs hoje uma "redução de 10 por cento ao ano" nas vagas de acesso ao ensino superior para combater o desemprego na profissão.» [DN]
Parecer:
Mete nojo ver quem se formou sem limites usar agora a uma ordem para tentar impedir outros de estudar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se para cima dos dirigentes da Ordem dos doutores em enfermagem.»
Espanha: resgate deprimente
«“O que é deprimente é que todo o mundo disse que a Zona Euro deveria recapitalizar directamente os bancos, e não por via da dívida pública de Espanha, porque caso contrário o mercado não ficaria convencido de que o país é solvente. Mas ainda assim, os governos da Zona Euro escolheram esse caminho”, disse Osborne, num evento organizado pelo “The Times”, citado pelo diário espanhol “Expansión”.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
É evidente que o plano salva alguma banca e afunda definitivamente a economia espanhola.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo segundo resgate.»
Já há quem faça contas às saídas da Espanha e da Itália do euro
«O BES Investimento (BESI) emitiu uma nota de análise para o Deutsche Bank (DB) que reitera a sua recomendação de “vender” para as acções do banco alemão, notando que o valor dos empréstimos supera o dos depósitos em Espanha e Itália, e que uma saída dos dois países da Zona Euro teria impacto nos níveis de capital do banco.
No caso de Espanha e Itália saírem do euro e as suas divisas depreciarem 30%, pressupõe o Linn, as perdas do Deutsche Bank podem ascender a 4,2 mil milhões de euros no capital, estima o BESI. Isto, porque há uma diferença entre o montante dos empréstimos concedidos e os depósitos recebidos pelo banco nas suas duas unidades.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
No fim disto saem a Espanha e a Itália e ficam a Grécia e Portugal.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»