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Borboleta, Lisboa
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Cais palafítico [A. Cabral]
Jumento do dia
Paulo Núncio, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
O secretário de Estado informou o parlamento com pompa e circunstância que o aumento da receita do IVA foi superior ao que decorreria do aumento das taxas, isto é, apesar da recessão que atinge particularmente o sector ocorreu um fenómeno do entroncamento. Segundo o secretário de Estado tudo se deve ao milagre resultante das aplicações informáticas.
Um dia depois sabe-se de uma perda brutal de empregos no sector o que faz desconfiar ainda mais dos dados do ministro. Seria muito interessante se estes dados fossem conferidos por uma entidade independente. Sem isso é difícil de acreditar que as receitas fiscais tivessem crescido ao ritmo das abóboras ou melões do Entroncamento.
«A restauração poderá perder 64 mil empregos até ao final do ano, disse hoje na Assembleia da República o secretário-geral da associação do sector, José Manuel Esteves.
"Segundo o Instituto Nacional de Estatística, houve 15.900 postos de trabalho perdidos no primeiro trimestre. Em termos homólogos [comparando com o mesmo trimestre de 2011], foram menos 33 mil empregos. Projectando para o total do ano, vamos ter mais de 64 mil [novos] desempregados", disse o secretário-geral da Associação da Hotelaria e Restauração (AHRESP), numa reunião com deputados da comissão de Orçamento e Finanças.
A AHRESP apresentou este mês uma petição na Assembleia da República para reivindicar que a taxa do IVA na restauração desça dos atuais 23 por cento para 13 por cento, a taxa que vigorava até ao início deste ano.» [Jornal de Negócios]
Um dia depois sabe-se de uma perda brutal de empregos no sector o que faz desconfiar ainda mais dos dados do ministro. Seria muito interessante se estes dados fossem conferidos por uma entidade independente. Sem isso é difícil de acreditar que as receitas fiscais tivessem crescido ao ritmo das abóboras ou melões do Entroncamento.
«A restauração poderá perder 64 mil empregos até ao final do ano, disse hoje na Assembleia da República o secretário-geral da associação do sector, José Manuel Esteves.
"Segundo o Instituto Nacional de Estatística, houve 15.900 postos de trabalho perdidos no primeiro trimestre. Em termos homólogos [comparando com o mesmo trimestre de 2011], foram menos 33 mil empregos. Projectando para o total do ano, vamos ter mais de 64 mil [novos] desempregados", disse o secretário-geral da Associação da Hotelaria e Restauração (AHRESP), numa reunião com deputados da comissão de Orçamento e Finanças.
A AHRESP apresentou este mês uma petição na Assembleia da República para reivindicar que a taxa do IVA na restauração desça dos atuais 23 por cento para 13 por cento, a taxa que vigorava até ao início deste ano.» [Jornal de Negócios]
Que merda de país é este?
Onde se cortam os subsídios aos funcionários públicos e pensionistas com Cavaco Silva a evitar consultar o Tribunal Constitucional e para aplicar a mesma medida aos pensionistas do Banco de Portugal o governador desta off-shore lembrou-se de consultar o Banco Central Europeu.
Itália a caminho de um pedido de resgate
«O Tesouro italiano colocou esta quinta-feira 5.420 milhões de euros em obrigações a cinco, sete e dez anos.
O montante ficou abaixo do intervalo máximo definido, situado entre os 2.750 e os 5.500 milhões de euros.
Assim, Itália pagou um juro médio de 6,19% (acima dos 6,03% do anterior leilão comparável) para colocar obrigações a dez anos.» [DE]
O montante ficou abaixo do intervalo máximo definido, situado entre os 2.750 e os 5.500 milhões de euros.
Assim, Itália pagou um juro médio de 6,19% (acima dos 6,03% do anterior leilão comparável) para colocar obrigações a dez anos.» [DE]
Parecer:
É quase impossível uma economia sobreviver a juros de 6%.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
E a Espanha está ainda mais perto
«A taxa de juro a 10 anos associada à dívida espanhola voltou hoje a ultrapassar a barreira dos 7%. Um valor que, no caso da Grécia, Irlanda e Portugal, significou o ponto de retorno em direcção a um pedido de resgate.
No passado dia 18 os juros espanhóis ascenderam aos 7%, pela primeira vez na História, chegando aos 7,158% e no dia seguinte atingiu os 7,042, mas desde essa data que os juros estão abaixo desta ‘perigosa' barreira psicológica.
A subida dos juros, em todos os prazos, estende-se também a Itália e a Portugal. Os juros italianos avançam mesmo para valores próximos do máximo histórico, com a ‘yield' a 10 anos acima dos 6% (nos 6,269%). No mesmo sentido, também as ‘yields' portuguesas a 10 anos estão a aumentar para os 10,484.» [DE]
No passado dia 18 os juros espanhóis ascenderam aos 7%, pela primeira vez na História, chegando aos 7,158% e no dia seguinte atingiu os 7,042, mas desde essa data que os juros estão abaixo desta ‘perigosa' barreira psicológica.
A subida dos juros, em todos os prazos, estende-se também a Itália e a Portugal. Os juros italianos avançam mesmo para valores próximos do máximo histórico, com a ‘yield' a 10 anos acima dos 6% (nos 6,269%). No mesmo sentido, também as ‘yields' portuguesas a 10 anos estão a aumentar para os 10,484.» [DE]
Parecer:
É uma questão de tempo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo pedido.»
E a Eslovénia está ainda mais perto
«A Eslovénia poderá ser obrigada a pedir ajuda internacional e a "enfrentar um cenário grego", se a oposição não apoiar em Julho as mudanças legislativas para estabilizar as finanças públicas, afirmou ontem o primeiro-ministro do país.
"Julho será o momento da verdade, quando o Parlamento votar a inscrição da regra de ouro orçamental na Constituição e sobre a forma como os referendos podem ser organizados", afirmou Janez Jansa, primeiro-ministro conservador, em entrevista à rádio eslovena Ognjisce.» [DE]
"Julho será o momento da verdade, quando o Parlamento votar a inscrição da regra de ouro orçamental na Constituição e sobre a forma como os referendos podem ser organizados", afirmou Janez Jansa, primeiro-ministro conservador, em entrevista à rádio eslovena Ognjisce.» [DE]
Parecer:
Um dia destes ainda vamos ver a Alemanha a pedir ajuda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»
Não era a Espanha que tinha feito o trabalho de casa?
«Mariano Rajoy chegou a Bruxelas apreensivo em relação à cimeira europeia. À chegada ao encontro com os líderes do Partido Popular Europeu, para preparar a cimeira, o primeiro-ministro espanhol advertiu para o facto de as decisões que foram tomadas entre hoje e amanhã virem a servir de pouco.
"Tudo isto não serve para nada se não nos pudermos financiar. Estamos a financiar a uns preços muito elevados. Há instituições em Espanha que não conseguem sequer financiar-se", declarou Mariano Rajoy. "Este é um tema capital. A União Europeia e a União Económica e Monetária têm de estar conscientes de que isto está assim e há a necessidade de tomar alguma decisão", advertiu o responsável.» [DE]
"Tudo isto não serve para nada se não nos pudermos financiar. Estamos a financiar a uns preços muito elevados. Há instituições em Espanha que não conseguem sequer financiar-se", declarou Mariano Rajoy. "Este é um tema capital. A União Europeia e a União Económica e Monetária têm de estar conscientes de que isto está assim e há a necessidade de tomar alguma decisão", advertiu o responsável.» [DE]
Parecer:
Ainda sou do tempo em que a direita exibia a Espanha como o exemplo de país que não estava a passar pelas dificuldades que Portugal enfrentava porque tinha sabido o trabalho de casa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos senhores que defendiam esta teses porque razão a esqueceram?»
Os empresários não se deixaram enganar
«Os consumidores portugueses estão mais confiantes em Junho, mede o INE, que explica que esta evolução resulta de melhorias em todas as componentes do seu indicador, com excepção das perspectivas de poupança. Já os empresários não acompanham os seus clientes: a confiança caiu em todos os sectores de actividade. Ainda assim, o indicador de clima económico registou uma ligeira melhoria.
Segundo o INE, “o aumento do indicador de confiança dos Consumidores observado em Junho resultou do contributo positivo de todas as componentes, com excepção das expectativas de evolução da poupança”. Perspectivas de emprego menos pessimista deram o principal contributo para o indicador de confiança das famílias.» [Jornal de Negócios]
Segundo o INE, “o aumento do indicador de confiança dos Consumidores observado em Junho resultou do contributo positivo de todas as componentes, com excepção das expectativas de evolução da poupança”. Perspectivas de emprego menos pessimista deram o principal contributo para o indicador de confiança das famílias.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Durante dois meses o governo mentiu aos portugueses fazendo passar a ideia de o pior já tinha passado e que tudo estava a correr bem. Pelo que agora se vê os consumidores deixaram-se enganar ma os empresários não foram nas mentiras governamentais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
PSD não que Relvas vá ao parlamento?
«O PSD recusou hoje em absoluto a possibilidade de o PS impor a próxima terça-feira para ouvir o ministro Miguel Relvas em sede de comissão parlamentar e exigiu "respeito institucional" na marcação de audições.
Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pela deputada social-democrata Francisca Almeida, após o deputado socialista Manuel Seabra ter anunciado a apresentação de um agendamento potestativo para ouvir já na terça-feira o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares sobre o caso que o envolve com o jornal Público.
"O direito potestativo está evidentemente consagrado no regimento [da Assembleia da República]. No entanto, o âmbito do direito potestativo contende-se no direito de exigir a presença do ministro, mas já não na determinação da data em que o ministro irá estar presente. Tanto mais que a praxe parlamentar indica que um requerimento é apresentado em reunião da comissão, sendo depois consensualizada a data com o ministro", contrapôs Francisca Almeida.» [i]
Estas posições foram transmitidas aos jornalistas pela deputada social-democrata Francisca Almeida, após o deputado socialista Manuel Seabra ter anunciado a apresentação de um agendamento potestativo para ouvir já na terça-feira o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares sobre o caso que o envolve com o jornal Público.
"O direito potestativo está evidentemente consagrado no regimento [da Assembleia da República]. No entanto, o âmbito do direito potestativo contende-se no direito de exigir a presença do ministro, mas já não na determinação da data em que o ministro irá estar presente. Tanto mais que a praxe parlamentar indica que um requerimento é apresentado em reunião da comissão, sendo depois consensualizada a data com o ministro", contrapôs Francisca Almeida.» [i]
Parecer:
Parece que o Relvas está com pouca vontade de ir ao parlamento.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o PSD e Relvas que quem não deve não teme.»